terça-feira, maio 20, 2008

Longe dos bastidores

O que por aqui se escreve sobre o Belenenses não resulta de informação privilegiada, traduz apenas a visão do adepto de bancada, e ainda bem que é assim. Mas se me poupo aos dissabores do boato e aos malefícios da intriga, corro sérios riscos de errar na perspectiva, exactamente por isso, por não estar em cima do lance. Feito o aviso, vamos lá fazer o ponto da situação:

Jorge Jesus rescindiu um contrato que havia firmado até 2010 e recusou uma proposta de renovação que apontava para 2012. Não deixou por isso de ser um bom treinador mas, sem fazer juízos temerários, parece-me que quem assim abandona um projecto de longo prazo, deve indemnizar o clube e perde o direito a quaisquer promessas monetárias, que concerteza foram feitas na suposição do cumprimento integral do contrato. Isto parece-me óbvio.
Entretanto desejo-lhe sorte na carreira, mas incomoda-me que não tenha percebido uma questão fundamental – foi o Belenenses que lhe deu projecção e não o contrário.

No meio da contra informação, própria do defeso, com os jornalistas a fazerem de empresários e os empresários a fazerem de jornalistas, parece certo que Amaral não fica. Tantas vezes o invectivei pela sua falta de confiança, pelas suas inoportunas lesões a poucos minutos do fim… que é justo que lhe dirija uma palavra de apreço, pois foi jogador que honrou a camisola e respeitou sempre a sua entidade patronal! Nunca disse em público que ‘queria dar o salto’!
Dito isto, e a ser verdade que o próximo treinador não conta com ele, penso que deve procurar uma equipa que lhe dê mais garantias de titularidade e de sucesso.

E sobre saídas abri uma excepção, prefiro falar de entradas, das necessidades do plantel, mas o postal já vai longo, fica para a próxima.
Saudações azuis.

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