domingo, outubro 29, 2006

Rádio Santo Tirso speaking

- Aí vai o Porto novamente balanceado para o ataque...golo do Benfica!
Lembrei-me hoje outra vez desta célebre frase de um não menos célebre locutor nortenho, Nuno Brás de seu nome, que num jogo com o Benfica em que o Porto estava a ser completamente dominado, quis dar a ideia de um equilíbrio inexistente, mas sem sorte, porque foi imediatamente traído pela realidade!
O locutor da rádio de Santo Tirso também não fez a coisa por menos: "olha, foi golo do Belenenses"! No resto do jogo, o relato rondava perigosamente as redes de Costinha, sem qualquer notícia sobre o envolvimento atacante do Belenenses. Como se o Desportivo das Aves estivesse sozinho em campo e ainda assim a bola teimasse caprichosamente em não entrar na nossa baliza!
Mas isso agora que interessa, ganhámos, foi uma vitória contra o destino, é a imagem que me ocorre, porque na história recente falhámos sempre o jogo da confirmação.
Não posso adiantar grande coisa, lerei as crónicas de quem lá foi, pois fiquei apenas a saber o que a curiosa reportagem de Santo Tirso ía transmitindo, como por exemplo: - pronto, lá vai o Costinha cair para ganhar tempo, é ‘sagradinho’! Então agora que o guarda-redes do Belenenses está em dificuldades, o Aves não consegue pôr a bola lá na frente!
Parece que é canto a favor do Belenenses!
Perante isto, concluo: uma vitória importantíssima e decerto difícil, porque o Desportivo das Aves não podia perder este jogo.
E reparem que foi um fim-de-semana perfeito! Há quanto tempo não ganhávamos fora com a segunda circular a perder pontos!
Saudações azuis.

Para a história: Desportivo das Aves 0 Belenenses 1 (Golo de Dady)

terça-feira, outubro 24, 2006

Tempo de antena

Não esperava vir a ter saudades do Domingo Desportivo da RTP, que antigamente me irritava pela parcialidade das análises sempre em favor dos mesmos. Não perdoava este facto ao operador público que em meu entender deveria manter-se equidistante, sem favorecer nenhum dos competidores. Mas existe um velho ditado que diz mais ou menos o seguinte: ‘atrás de mim virá quem bom de mim fará’!
É verdade, apesar de tudo, o canal público sentia-se na obrigação de ser imparcial embora não o fosse na realidade. Hoje o concessionário desse serviço informativo, a TVI, tem critérios mínimos a esse respeito, o objectivo primordial é o mercado e sendo este constituído por adeptos dos três clubes que se conhecem, toca a reduzir tudo a este desiderato.
Assim, quem se der ao incómodo de esperar por alguma notícia relevante sobre o emblema da sua predilecção, terá que se aventurar noite dentro por uma pequena aberta na cobertura cerrada dos jogos em que participam Benfica, Sporting e Porto, para desfrutar então de breves segundos de emissão que apenas registam os golos dos restantes jogos da jornada. Isto é um escândalo que ofende inclusive o direito a uma informação equilibrada e isenta. Aliás a concessão ou acordo, que envolveu concerteza o Governo através da RTP, não pode ter deixado de vincar a natureza de serviço público que ali se transmitia.
Ora bem, quem pode acabar com este estado de coisas? Não, por certo os três beneficiados, mas a Federação e a Liga deveriam ter uma palavra a dizer sobre o assunto porque são os interesses do futebol português no seu conjunto que estão em causa.
Se não percebem isso, alguém tem que os alertar. O Belenenses, tal como todos os clubes que ainda não são satélites, só têm a ganhar em denunciar esta situação vergonhosa, que atenta, inclusivamente contra a verdade desportiva, na medida em que favorece a visibilidade dos que já a têm em larga escala, em detrimento de todos os outros competidores.
Se o Madaíl ou o Hermínio mesmo assim não perceberem, a questão deve seguir para o Secretário de Estado do Desporto, que nessa altura não se pode recusar a intervir.
Por fim se a TVI não consegue transmitir um programa desportivo com um mínimo de qualidade e isenção, retire-se-lhe a concessão, ou cancele-se o contrato por incumprimento.
Saudações azuis.
JSM

sábado, outubro 21, 2006

Vitória assegurada na primeira parte.

C.F. Belenenses 2 P. Ferreira 0

Ganhamos e o resultado era justo ao intervalo. A equipa entrou bem no jogo, e teve logo nos instantes iniciais uma boa jogada, com o Eliseu a entrar pela esquerda e a sofrer falta à entrada da área. Até ao fim da primeira parte, com uma boa exibição, criamos ocasiões de golo, falhamos umas, o árbitro anulou um golo ao Silas.
Mas não havia nada a fazer, o Zé Pedro com a pontaria afinada, marcou dois golos de bola parada, um de penalty sofrido pelo C.Costa e o segundo de livre.

Na segunda parte, nada de especial aconteceu, controlamos a partida com alguma facilidade e apenas não deixamos jogar o adversário que, na minha opinião, não jogou nada o jogo todo, mas como que se costuma dizer; “uma equipa joga o que a outra deixa jogar”.

Assisti ao jogo no topo norte o que dificultou a percepção dos lances uma vez que o jogo decorreu todo junto à baliza sul. Não me apercebi, por isso, muito bem do lance do penalty e também não vi como é que o livre cobrado pelo Zé Pedro entrou directamente, pois a bola estava longe da baliza, mais ou menos junto do banco de suplentes.
Deu no entanto para ver o jogo numa perspectiva mais geral.

E a equipa esteve diferente. Não jogou o Roma, e o Silas jogou mais adiantado, próximo do avançado, o que fez toda a diferença. São dois jogadores que por razões diferentes perdem muitas bolas no meio campo e que originam por vezes lances perigosos de contra ataque, desfavoráveis à equipa, pelo que foi uma boa opção, a de não jogar para já com estes dois jogadores juntos.
Aliado a isto esteve um grande jogo do Zé Pedro e do Eliseu, que está muito mais rápido e motivado, são para mim os jogadores que merecem mais destaque.
Já deu para ver que o Jorge Jesus gosta de jogar com extremos, e neste jogo o esquema saiu bem com o C. Costa a ter também uma interferência positiva no jogo, mais concretamente no lance do primeiro golo.

De resto nem se deu pela defesa, os laterais não subiram no terreno, e passaram todos despercebidos. Lá à frente, o Dady esteve bem, esforça-se e é também importante neste esquema, só é pena a equipa não aproveitar as bolas que ganha de cabeça; o Silas tem aquela dificuldade em jogar com os outros, talvez o Roma quando estiver mais adaptado possa melhorar este aspecto.
Dou apenas um destaque menos positivo para o Amorim, pode ser que seja da posição que ocupa, mas não gostei muito da sua exibição agravada com um cartão amarelo infantil.

Uma vitoria importante contra uma equipa do nosso campeonato. São estes jogos que temos que ganhar, embora isto continue a não estar fácil. Mas ao menos sabemos que temos uma equipa com garra e com vontade de ficar na primeira Liga, ou pelo menos temos adversários que podem descer. Vamos lá dar continuidade e pontuar com o D. Aves.

Saudações Azuis.


"Ficha técnica:


Árbitro: Paulo Paraty (Porto)

Equipas:

Belenenses - Costinha; Sousa, Gaspar, Nivaldo, Rodrigo Alvim; Rúben Amorim, José Pedro, Silas, Cândido Costa (Sandro Gaúcho, 71); Dady (Roma, 78) e Eliseu (Rolando, 85).

Paços de Ferreira - Peçanha; Mangualde, Luiz Carlos, Geraldo, Fredy (Pedrinha, 67); Paulo Sousa, Elias (Edson, 42), Dani, Didi, Ronny (João Paulo, 54) e Cristiano.

Marcadores: 1-0, José Pedro, 16 m (g.p.). 2-0, José Pedro, 39.
Acção disciplinar: cartão amarelo para Paulo Sousa (12), Rúben Amorim (25) e Dady (30).

«Fizemos uma primeira parte muito boa» (Jorge Jesus)
O técnico do Belenenses destaca a excelente primeira parte realizada pelos seus jogadores, onde marcaram dois golos e praticamente fecharam a vitória sobre o Paços de Ferreira (2-0).
«Vínhamos de duas derrotas que influenciavam psicologicamente os meus jogadores. Fizemos uma primeira parte muito boa, corremos muito, realizamos pressão alta e essa táctica desgastou muito a minha equipa, mas fomos compensados com dois golos. Na segunda parte não estivemos tão frescos e defendemos mais atrás. O Paços de Ferreira arriscou tudo e se estivéssemos melhor fisicamente podíamos ter aproveitado essa situação», esclareceu Jorge Jesus."

A Bola Online - 20-10-2006 23:49

SPM

segunda-feira, outubro 16, 2006

Isto não está fácil

Nada fácil!
Vi o jogo aqui em casa, um daqueles jogos com resultado anunciado, podia até ter escrito esta crónica ontem que não errava por muito. O Nacional da Madeira chegou ao golo sem grande esforço, não teve pressa porque sabia que mais tarde ou mais cedo aconteceria o deslize fatal. Deu-nos a iniciativa, nada de preocupante. Preocupante era a incapacidade de reter a bola, sem conseguirmos ligar três passes!
E o que é que acontecia nas alas?
O Eliseu entretinha-se a fazer faltas enervantes e desnecessárias; o Cândido Costa...nem os foras ganhava!
Dir-me-ão que o jogo foi equilibrado, que o relvado estava escorregadio, que é difícil jogar na Choupana, que o Nacional também sentiu a nossa pressão. É verdade. Mas o que é que isso tem a ver com aquele cruzamento, em que a nossa defesa está de frente para a bola, e mesmo assim aparecem dois madeirenses a cabecearem à vontade! E as faltas escusadas à entrada da área! São um risco enorme.
Durou pouco tempo a vantagem do adversário porque Alvim, o nosso melhor jogador, repôs a igualdade através de um remate tão extraordinário quanto imprevisto! Foi um bálsamo para a minha descrença.
No entanto, não conseguimos assentar jogo, continuámos nervosos e trapalhões. Todos sabemos que Roma e Pavia não se fizeram num dia, mas este Roma tem que arranjar mais força nas canetas. Foi mal servido, mas precisa de ser mais espontâneo, mais rápido a decidir-se. Fez-me lembrar o Paulo Sérgio que passava a vida no chão, a olhar para o árbitro, à espera de uma falta que nunca vinha.
Depois do intervalo a toada manteve-se, mas o Nacional procurava o golo da vitória. Emergiu um tal Pateiro, que bem secundado por Alonso, começava a abrir brechas na nossa defensiva. Na altura pensei: onde é que o Nacional foi desencantar este Pateiro!
Se estivesse a jogar por nós, numa das alas...não sei! Numa dessas jogadas, inflectiu para o meio, a bola sobrou para Nuno Amaro que não deixou os seus créditos por mãos alheias: desferiu um remate tremendo de fora da área e estava encontrado o vencedor na Choupana.
Ainda faltava muito tempo e Jorge Jesus mexeu na equipa. Saíu Rolando e entrou Daddy que de imediato atirou uma bola ao ferro da baliza adversária. Algum azar. As coisas pareciam melhorar e nos últimos dez minutos o Belenenses deu indícios de que poderia chegar ao empate, beneficiando do retraimento do Nacional.
A pressão aumentou com a entrada de Sousa e Januário e tivemos então a grande oportunidade de marcar – Daddy em frente da baliza falha de forma incrível!
Nada mais para dizer. Repito, isto não está nada fácil, os jogadores correram, suaram a camisola, mas não chega. A equipa esteve muito nervosa, trapalhona, e para ganhar são precisos golos. E para marcar golos, são precisos bons avançados, como diria o senhor de La Palice.
Resultado final: Nacional da Madeira 2 - Belenenses 1
JSM

quinta-feira, outubro 12, 2006

Alta competição

“Obikwelu mais três anos no Sporting”

Francis Obikwelu, Rui Silva e Naide Gomes renovaram pelo Sporting por mais três épocas, com mais uma de opção. Quinze dias após o empresário de Obikwelu ter ‘oferecido’ o velocista ao Benfica, os leões asseguraram a continuidade dos seus melhores atletas devido ao patrocínio da CGD.
DN – 12/10/06

Ora aqui está uma pequena notícia que nos elucida sobre o estado da nação e da nossa alta competição!
Não é preciso ter pista de atletismo, como sabem estes atletas vivem e treinam em Espanha, também não é preciso investir, porque quem faz esse serviço é a nossa Caixa Geral de Depósitos, não é portanto preciso ter nada!
A receita para o êxito chama-se Benfica, Sporting e Porto, é preciso que sejam estes clubes de futebol profissional a dar o seu nome e emblema aos referidos atletas porque senão eles não ganhavam nada! O silêncio cúmplice da nação também contribui para o sucesso deste esquema.
Sou frontalmente contra esta palhaçada, contra esta espécie de atletismo nacional em Madrid, mas já agora pergunto - o que é que o Sporting dá ao Obikwelu que o Belenenses não podia dar?!
Saudações azuis.
JSM

terça-feira, outubro 10, 2006

A Taça da Liga

Desmintam-me se estou enganado! Para não ir mais longe, situemo-nos aqui ao lado, em Espanha, e na respectiva Taça da Liga, aquela que é disputada entre os clubes da Liga espanhola e que também dá acesso às competições europeias. É essa prova que tenho em mente quando defendo a sua realização em Portugal, o que me parece a coisa mais normal do mundo. E estou convicto que a prova em Espanha tem público e é rentável.
Assim, quando Hermínio Loureiro, no seu programa eleitoral, avançou com essa hipótese, pareceu-me uma excelente iniciativa, e bem ancorada em razões de oportunidade face à míngua de receitas dos clubes mais pequenos, por virtude da arbitrária redução de clubes na Liga.
Inexplicavelmente, ou talvez não, vem agora Gilberto Madaíl dizer que não apoia nem augura sucesso a esta iniciativa, segundo ele, condenada à falência se não tiver a participação dos ‘três clubes grandes’!!! O estádio do Algarve é também mencionado, não sei a que propósito! E até o campeonato de reservas é apontado como opção mais viável!
Estou estupefacto!
Claro que Madaíl, como eu sempre disse, está ao serviço, não do futebol português, não para o valorizar ao nível das provas internas, mas está apenas preocupado com a sua componente externa, ‘as suas selecções’, os seus cargos nos organismos internacionais...
Tem como grandes aliados os três clubes do estado, ocupadíssimos também com as suas receitas extraordinárias, com os seus estágios e torneios na estranja, com a sua propaganda.
São clubes europeus, o campeonato interno é um estorvo e um prejuízo, as receitas ordinárias não interessam para nada! O orçamento de estado de uma maneira ou de outra há-de pagá-las!
Portanto, tudo o que perturbe esta ‘paz’ abençoada pelo poder político é para eliminar. Como a Taça da Liga, por exemplo.
Mas felizmente que não há bela sem senão: há-de vir um tempo de vacas magras, que já se anuncia, que vai afastar ainda mais público dos campos de futebol, e por muitos motivos, alguns evidentes como a batota, que já ninguém consegue escamotear, ou a excessiva dependência da televisão. As longas paragens do campeonato, sem oferta de futebol, também não ajudam. Os jogos com o Azerbeijão também não!
Azerbeijão que alinhou com três brasileiros pelo menos, uma espécie de nação Joker, cuja nacionalidade não conta para a UEFA e para a FIFA!
Tudo isto, aliado ao facto de amanhã passarmos a ter uma selecção exclusivamente de emigrantes, tudo isto há-de cansar e desinteressar o adepto do futebol, ao ponto de começarmos a perceber que perdemos alguma coisa pelo caminho. Será então o momento, sem Madaíl, de valorizarmos de novo os campeonatos internos, a Taça de Portugal, a Taça da Liga, os campeonatos de reservas, etc.etc....
Até lá...Saudações azuis.

quinta-feira, outubro 05, 2006

Dia de reflexão

Tomada de posse
“Ele é apenas um empregado dos clubes” – disse o presidente do Nacional da Madeira, a propósito de Hermínio Loureiro, novo presidente da Liga de Clubes.
“Não vou descansar enquanto o futebol profissional não estiver limpo de uma suspeição generalizada” – disse Hermínio Loureiro na tomada de posse.
Sobre o ‘Apito dourado’, acrescentou – “É uma vergonha para a justiça que em nada dignifica o futebol”!
“Uma intervenção corajosa”
– disse Laurentino Dias, secretário do Desporto.
“Estou positivamente surpreendido” – disse Valentim Loureiro.
“Eis um monumento ao compromisso apressadamente interpretado como um arrojo de valentia. E por isso recebeu palmas. Porque para Hermínio Loureiro o problema reside na Justiça e o futebol é a vítima inocente. A Justiça é má, o futebol é bom. A culpa da situação não é de dirigentes, árbitros, empresários, que combinam favores e recompensas. A culpa é dos polícias que investigam, dos juízes que autorizam escutas telefónicas e da transcrição pública dessas conversas, o que não é permitido pela Lei.
Nem sequer foi suficientemente vago o presidente da Liga ao abordar a questão. Tivesse ordenado a frase ao contrário – “é uma vergonha para o futebol que em nada dignifica a Justiça” – e teria, assim sim, produzido uma intervenção lúcida, prometedora e corajosa” – escreveu Leonor Pinhão no jornal “A Bola” de hoje.

“ O Sporting anunciou que vai dar três meses de benefício da dúvida à nova Direcção da Liga. Em termos práticos, quer dizer isto: se, no Natal, o Sporting liderar o campeonato isolado, com mais de 4 pontos de avanço sobre o mais directo perseguidor, é porque o futebol está felizmente no bom caminho” – escreveu Leonor Pinhão no jornal “A Bola” de hoje.

Incompatibilidades
Hermínio Loureiro pediu a demissão do cargo de vice-presidente do PSD. Mantém-se como deputado por Aveiro, e continua na Assembleia Municipal de Oliveira de Azeméis.
Logo, se houver qualquer berbicacho entre um clube do distrito de Aveiro e um clube de outro círculo eleitoral, Hermínio está numa posição de imparcialidade invejável!

Mais uma paragem no campeonato,
Mais um Domingo sem futebol, mais despesas e menos receitas para os clubes, situação especialmente gravosa para os clubes mais pequenos, que não têm capacidade para participar em torneios, nem têm alternativas rentáveis.
A Taça da Liga continua em banho-maria.

Belenenses
Posta a Direcção em sossego, continuamos com um estaleiro de lesionados impressionante!
Para reflectir.

Saudações azuis.

domingo, outubro 01, 2006

Belenenses 0 - Boavista 2. Uma questão de fundo

Escrevo para libertar demónios, para afastar pesadelos, para me resignar à dura realidade!
O Boavista ganhou tranquilamente no Restelo por duas bolas a zero. Uma oferta no princípio acelerou o inevitável; um deslize a meio campo, a fechar a primeira parte, retirou dúvidas que porventura existissem: Zé Manel arrancou rápido, deixou o central para trás, e consumou a derrota.
Durante o resto do tempo o Belenenses tentou sem êxito chegar com perigo à baliza do Boavista. Se ainda estivéssemos a jogar a esta hora, posso-vos garantir que dificilmente marcaríamos um golo!
Há fio de jogo, há sinais de treino aturado, a equipa luta do princípio ao fim, tem uma boa atitude, mas não chega. Pelo menos para adversários mais matreiros, com jogadores que têm uma técnica de base superior, quero dizer, que fazem com um toque o que muitos dos nossos jogadores só conseguem fazer com dois ou três! E por isso temos os adversários sempre em cima, criando imensas dificuldades à nossa circulação de bola! E também por isso somos mais previsíveis, replicamos com mais lentidão, facilitando o trabalho das defensivas contrárias.
O rescaldo não é nada animador, e a onda de lesões continua – desta vez foi Manuel quem teve de sair, ainda na primeira parte.
Destaques: Nivaldo, sempre enérgico, Silas a revelar boa técnica, Alvim, empreendedor, e Ruben Amorim, o mais esclarecido, apesar do deslize que facilitou o segundo golo do Boavista.
A rever: as alas têm que funcionar, precisamos de criar mais desequilíbrios no um contra um. Doutra maneira, contra defensivas com qualidade e bom sentido posicional, torna-se complicado criar situações de golo. E continuamos a falhar muitos passes quando partimos para o ataque.
Olegário Benquerença poupou na expulsão de William. Uma arbitragem irritante.
Para a próxima temos que ser melhores e mais eficazes.
Saudações azuis.