terça-feira, abril 30, 2019

Lugares cativos

Acabem com as discussões, poupem-nos à batota, é um mau exemplo para a juventude, dispensem os árbitros, o VAR também, e desliguem as televisões que vivem disso! Se houver coragem entreguem a decisão do título e dos lugares de honra à assembleia da república. Que não pode ser hipócrita, há apenas três candidatos oficiais - Benfica, Sporting, Porto - são eles que representam a esmagadora maioria dos adeptos e está provado que não é possível contrariá-los. Os números não mentem: - desde que o estado tomou conta do futebol, já lá vão quase oitenta anos, só por duas vezes foi quebrada essa lei de ferro! Refiro-me ao Belenenses e ao Boavista sendo que este haveria de ser posteriormente castigado pela ousadia. 
Portanto, a conclusão é óbvia, o método pode ser o sorteio,  assim escusam de jogar, há menos violência e as forças policias podem ocupar-se de tarefas mais úteis. Quanto aos outros emblemas não é difícil convencê-los. O Braga depois daquele penalty deve ter ficado convencido de vez. Os que  aceitam empréstimos, esses já foram convencidos há muito tempo. Já tenho lembrado que a decadência do Belenenses começou quando vendeu o Yaúca ao Benfica.


Saudações azuis


Nota: Espero não me enganar quando reconheço que a SAD do Belenenses, em matéria de empréstimos, está a seguir o trilho certo. O único que garante independência, e faz jus à história de grandeza do Belenenses. E talvez permita sonhar.    

domingo, abril 28, 2019

Difícil de explicar


Entre elogios e desculpas começa a ser difícil esconder a frustração por uma época que ameaça acabar nos quarenta pontos. Muitos trocariam de lugar connosco, não duvido, e muitos valorizam a campanha do Belenenses num mar de dificuldades, sem casa própria, a jogar sempre fora, e também têm razão. Mas há um momento em que os adeptos por mais fervorosos que sejam já não se contentam com os elogios e com as desculpas.

O jogo de ontem tem pouca história. Aliás na antevisão que fiz só não acertei no euro milhões. Luquinhas foi o homem do jogo (há quanto tempo não nos toca um 'homem do jogo'?!) e Inácio mostrou como se ganha um desafio com 38% de posse de bola! Esperou pacientemente por nós, lá atrás, esperou que falhássemos algum passe para colocar a bola de imediato num dos seus 'ciclistas' – Luquinhas e Baldé. Ainda assim e durante a primeira parte, tirando um ou outro susto, conseguimos passar incólumes! E até podíamos dizer que estávamos a fazer um jogo relativamente competente. Com o senão de não haver ninguém que desequilibrasse o Desportivo das Aves pelas alas. E foi talvez esse aspecto que decidiu o jogo. Cientes da ineficácia de Diogo Viana na ala direita e da ausência de Kiki na ala esquerda tentámos meter passes (impossíveis) no centro da defesa avense, passes que faziam ricochete e se transformavam em velozes contra ataques do adversário.

Daí nasceu o penalty que deu o primeiro golo. Penalty injusto, é certo, porque foi precedido de um fora de jogo que toda a gente viu... menos o árbitro, o bandeirinha e o VAR! Mas para lá do primeiro golo irregular a verdade é que já sabíamos que para sair da Vila das Aves com pontos tínhamos que marcar golos. E essa incapacidade ficou plenamente demonstrada naqueles minutos finais em que repetimos as mesmas jogadas até à exaustão e sem criar qualquer perigo.

Silas no final explicou que os jogadores estavam mal posicionados em termos de ataque! Mas então não há ninguém que os corrija a partir do banco?! Pois é, isto de ter um treinador que não pode abrir a boca durante os jogos é mais um handicap a juntar aos outros. É muito handicap.


Saudações azuis

sábado, abril 27, 2019

Hoje!

Hoje é tomar atenção à velocidade do Luquinhas, um craque inventado pelo Inácio, aos arranques do Baldé, um emprestado pelo Sporting que desequilibra, e à ratice do avançado centro, esquece-me agora o nome, que foi do Marítimo para o Benfica, e está agora na Vila das Aves. Por curiosidade, quem lhe paga o ordenado?! É o Aves?! Adiante. O Belenenses vai ter que defender de acordo com os padrões que nos granjearam uma série de pontos nos jogos fora - uma defesa à zona, muito solidária, com toda a gente envolvida e concentrada - como se o Aves fosse o Liverpool. Ao mínimo deslize eles criam uma jogada de perigo. Eu sei, têm trinta e três pontos, estão atrás de nós, mas este Aves do Inácio não tem nada a ver com a equipa que parecia condenada até ele chegar. Confio no Silas, confio que não invente, que consiga superar a onda de lesões e castigos reorganizando um eixo defensivo que vai ter muito trabalho. E se houver contra ataque em condições talvez seja possível marcar golos.
Um jogo difícil. O Aves precisa de pontos... e nós também.


Saudações azuis 

quinta-feira, abril 25, 2019

O futebol de abril!


Se há território onde a democracia e a liberdade ainda não chegaram esse território é o futebol português. Mas não só. E vem-nos imediatamente à memória a recente resolução do conselho de ministros que incluía Lisboa e Porto nos serviços mínimos no que toca a abastecimento de combustível ignorando o resto do país! O governo emendou depois a mão mas o retrato do centralismo republicano ficou. 

Dentro do mesmo padrão democrático foi hoje noticiado que o Belenenses já não pode disputar o seu último jogo no estádio nacional – compromissos da federação – mas a excepção abriu-se para receber o Sporting, porque diz o regulamento, Benfica, Porto e Sporting têm que jogar no mesmo estádio na condição de visitantes! E como o Belenenses recebeu no Jamor o Porto e o Benfica também terá de lá jogar com o Sporting. Perguntamos como seria se o desafio calhasse na última jornada coincidindo com a final da Taça de futebol feminino?! Mudava-se o calendário?! Mudava-se a final da Taça de futebol feminino para outro estádio?! Punia-se o Belenenses com falta de comparência?! 

Ainda sobre o interesse federativo pelo estádio nacional, só para a finais de Taça, entenda-se, tudo isto me parece absurdo! Na verdade desde que se abdicou de investir na tradicional 'casa da selecção' optando por andar a distribuir dinheiro pelos grandes clubes para pagar o aluguer dos respectivos estádios quando a nossa selecção joga na condição de visitada, desde que isso se tornou procedimento normal, não se percebe esta afeição pelo estádio nacional! Será mania ou hipocrisia?!

E continuando com os frutos de abril - liberdade, independência, democracia, etc. - que dizer da desigualdade das receitas televisivas como se em cada jogo televisionado uma equipa recebesse um cachet de estrela da companhia e a outra cachet de figurante?! Sem falar no 'factoring', antecipação de receitas televisivas, passando por cima dos direitos de imagem, escavando ainda mais a desigualdade inicial! Acham bonito?! Está aí alguém a festejar o 25 de Abril?! Com cravos e rabanetes?! Neste momento a imagem que me vem à cabeça relativamente aos quinze clubes que aceitam esta desigualdade é uma imagem feia, uma imagem das galés, com uma agravante, são escravos porque querem, se calhar porque gostam.

Saudações azuis, livres...




quarta-feira, abril 24, 2019

Os empréstimos e a verdade desportiva


Rui Pedro Soares, presidente da SAD do Belenenses veio hoje a terreiro tocar num ponto importante, não apenas para a verdade desportiva mas também para a consolidação de uma indústria do futebol baseada na competitividade, único parâmetro que a justifica. Há muito que batalho nesta e noutras 'guerras' mas a questão dos empréstimos de jogadores entre clubes que disputam o mesmo campeonato é sem dúvida um ponto de partida. Não me vou repetir, sempre fui apologista de uma proposta radical, que o tempo e o acumular de suspeições, tornam mais urgente. E sem os habituais subterfúgios da comunhão de passes e outros malabarismos. 

Aqui deve o legislador dotar o futebol de um órgão fiscalizador que decida tempestivamente (dentro da época em curso) e sem recurso aos tribunais comuns. Basta que sinalize que se trata de assunto exclusivamente desportivo obrigando os clubes no início de cada temporada a comprometerem-se nesses mesmos termos. Mais difícil será encontrar um 'órgão' independente na rede tentacular em que vegeta o futebol português. Mas o que tem que ser tem muita força.

O próximo passo, se calhar em conexão com o anterior, será o registo público do número de jogadores que cada clube mantém na sua esfera patrimonial. Para quê?! Para efeitos de fiscalização e limitação futura. Também já tenho falado neste assunto porque também vai em prol da competitividade. E da transparência. 


Saudações azuis



domingo, abril 21, 2019

Amêndoas amargas


Não se pode elogiar... e em troca recebemos três amêndoas bem amargas e podiam ter sido mais... Experiência defensiva para esquecer e nas bolas paradas a vir ao de cima a falta que fazem os jogadores que sabem jogar de cabeça. Que têm esse sentido. Quer na defesa quer no ataque. No actual estado da arte Eduardo não sabe e é sempre batido, André Santos sabe mas não tem altura e Matia Lulic é ele próprio um problema defensivo – em lances sem qualquer perigosidade entra à bola de forma disparatada e os árbitros mostram-lhe naturalmente o cartão. No sábado não foi expulso por milagre. E já que estamos a falar de esquerdinos temos o caso Dálcio, que não entrando mal na partida, tem que rápidamente ganhar confiança no remate e acertar na baliza. Sobre este jogo não vale a pena falar mais, foi mais uma oportunidade perdida para ganhar, para fazer três pontos, coisa que já não sabemos o que é há tempo demais.

Faltam agora quatro jogos, e embora a manutenção esteja matematicamente garantida, esperamos um pouco mais dos jogadores, da equipa, do corpo técnico, para acabar em beleza este campeonato. Será preciso dar tudo, com a humildade e o espírito que nos catapultaram para a posição que ainda ocupamos. Menos que isso não chegamos lá.

Resultado final: Belenenses 1 - Rio Ave 3


Saudações azuis


Nota: Para variar os Sub23 também se afundaram...

sábado, abril 13, 2019

Perdulários, mas...


Confirmaram que não é por acaso que o Belenenses ocupa o lugar que ocupa e tem feito um campeonato que muitos gostariam de fazer. Não é o que queremos, o que ambicionamos, mas isso é outra coisa. Ontem depois de entrarmos a perder (faltaram as rotinas no centro da defesa) fomos tomando conta do jogo e chegámos naturalmente ao empate. Com a expulsão e reduzidos a dez, os flavienses, pese toda a garra exibida, foram dominados e Licá deu expressão a esse domínio. E foi pena não termos matado então o jogo tal o número de oportunidades desperdiçadas. Quem não marca sofre, diz-se, e foi o que aconteceu. Uma bola parada, nova falha de marcação na zona frontal da nossa baliza, e o central contrário cabeceou sem hipóteses. Um empate, o décimo terceiro, e se fizermos as contas aos empates, meio por meio, teríamos por certo os pontos necessários para estarmos hoje no quinto lugar. O que falta?! Treinar o remate, em especial a meia distância, porque não se pode entrar com a bola na baliza através de passes e mais passes.

Resultado final: Chaves 2 – Belenenses 2


Saudações azuis


Notas: 
- Se há um sinal seguro para a boa performance da equipa ele foi dado pelo treinador adversário que na 'flash' não se cansou de 'responsabilizar' o Belenenses pelo mau resultado do Desportivo de Chaves.
- O árbitro revelou pouca categoria e prejudicou sempre o Belenenses. Demorou uma eternidade a perceber que André Luís devia ser expulso; a expulsão de Sagná é ridícula; e Diogo Viana é impedido de jogar já dentro da grande área. Seria penalty e não livre fora da área.

quarta-feira, abril 10, 2019

A propaganda em análise


Uma sociedade infantil, alienada com a propaganda, já lá vão duzentos anos, consome tudo o que lhe impingem. Hoje, sem surpresa os jornais ditos desportivos, os outros são iguais, tinham na primeira página, lado a lado, os dois lados da segunda circular! De um lado estava o Sporting e a sua eterna auditoria cujo finalidade última é atirar mais umas pedras ao Bruno de Carvalho e assim distrair a opinião pública dos problemas do vizinho. Quanto ao vizinho são só boas notícias – o estádio da Luz continua a ser interditado em vão, e as obras do Seixal/Caixa são agora um novo desígnio nacional! Reabilita-se o Vieira e ficamos de boca aberta perante tanta modernidade! Imagine-se, Portugal tem ali uma fábrica de jogadores último modelo, com maternidade e tudo. No futuro há-de ter um colégio e quiçá uma universidade para árbitros... Quem paga ou pagou isto tudo não interessa mas fica a certeza que a expressão 'Campus Caixa' há-de significar alguma coisa.

Outra grande manobra de propaganda são as viagens à Hungria nomeadamente a Budapest! O novíssimo SNI (secretariado nacional da informação) está atento e não deixa passar nada! Em causa novamente o Rui Pinto e outro desígnio nacional – descobrir quem ousou revelar os e.mails que comprometem o Benfica! E talvez comprometam algum conhecido escritório de advogados... Quanto ao conteúdo das missivas isso pouco interessa. E a velha bandeira da segunda república sobe ao mastro da terceira - tudo pelo Benfica, nada contra o Benfica.

Belenenses?!

Bem o meu clube de sempre, e único que tenho, só tem razão de existir se combater este estado de coisas. Combater sem subserviências e sem a ilusão de querer passar por entre os pingos da chuva. Se o fizer terá mais apoiantes e não menos. Face ao que está a acontecer e vai piorar até ao fim do campeonato, as pessoas decentes não podem ficar caladas. Porque o que se perspectiva é que quer Benfica quer Porto irão ganhar os seis jogos que faltam. E vão ganhar porque os factores externos são decisivos, como se viu na Vila da Feira. A única dúvida prende-se com o Sporting, outro dos beneficiados do sistema, no caso de precisar de pontos para ficar em terceiro lugar. Recorde-se que Porto e Sporting ainda se vão defrontar.

Um campeonato assim, pré determinado, tem algum interesse?! Não se resolvia o problema com computadores, vídeos, imagens 3D e uma série de jardins de infância espalhados pelo país?!


Saudações azuis



segunda-feira, abril 08, 2019

Por decreto!

A norma para encontrar o campeão de futebol em cada época deveria subir à assembleia da república, a uma comissão, de preferência à da ética, onde pesando os prós e os contras se chegaria fácilmente à solução ideal e que no fundo é desejada por todos. Assim, como a população se distribui esmagadoramente por três clubes, Benfica, Sporting e Porto os campeonatos seriam distribuídos proporcionalmente pelos três, proposta de lei devidamente aprovada, sem necessidade de se andarem a esfalfar pelos  campos do país, poupando os adversários à derrota certa, os árbitros ao incómodo de andarem a inventar penalties e o VAR idem. Quanto ao publico, esse poderia entreter-se a ver o futebol que acontece lá fora. Na especialidade e nos fóruns televisivos a única discussão seria a da proporcionalidade! Discussões animadíssimas com o Benfica a exigir mais campeonatos que os outros em virtude dos seis milhões de adeptos que diz ter! Vantagens: - havia menos batota no futebol porque os batoteiros emigravam para a assembleia da república.

Saudações azuis

domingo, abril 07, 2019

Posse de bola, para que serve?!


A pergunta lógica pede uma resposta lógica – com mais posse de bola posso construir mais lances de perigo e diminuem na mesma medida as possibilidades do adversário. Mas se isto é verdade pergunto porque razão não definimos o jogo e o resultado durante a primeira parte, período em que dispusemos da bola a nosso belo prazer?! Ou melhor, porque é que as oportunidades que criámos foram tão diminutas?! Para além do golo de bola parada, contei mais uma ou duas, se tanto!

É verdade que a defesa do Santa Clara melhorou muito e nesta segunda volta é das menos batidas do campeonato. Mas o que também é verdade é que contra adversários que se fecham, que nos deixam sair com bola e esperam apenas o nosso erro para lançar o contra ataque mortífero, contra este tipo de estratégia não temos antídoto. Aconteceu no Bessa e voltou a acontecer ontem contra a equipa açoriana. Será que os nossos avançados se tornaram ineptos de repente?! E os médios e os alas já não conseguem servir os avançados em condições?! Alguma coisa terá de mudar. E não havendo críticas a fazer ao sistema de jogo, pois continuamos com a bola em nosso poder, eu optaria por trocar algumas peças da engrenagem. Ontem por exemplo, e ainda durante a primeira parte eu teria mudado o Diogo Viana para o meio fazendo entrar Sagná para a ala direita. Sacrificando Nico Velez.

É fácil falar depois do jogo mas a posse de bola tem que servir para alguma coisa. E se calhar precisamos de um jogador que consiga 'furar' a muralha pelo meio abrindo assim espaços onde meter a bola nos avançados. E talvez que as oportunidades de golo aumentem.

Com este empate o sonho de chegar mais longe terá acabado. No entanto devemos guardar as lições desta época – os adeptos vivem de sonhos e sem eles o Jamor continuará vazio.

Belenenses 1 - Santa Clara 1


Saudações azuis


Nota: A análise refere-se à primeira parte porque na segunda reduzidos desde cedo a 10 unidades e perante um adversário que fomos moralizando, só nos restava defender.




quarta-feira, abril 03, 2019

A desigualdade que envergonha


É um grito recorrente neste Belém Integral e vou continuar a clamar até que a voz me doa! Refiro-me à repartição dos direitos televisivos entre as equipas que disputam o mesmo campeonato, os dados são conhecidos e a diferença no caso português é obscena. Segundo o relatório anual da UEFA Portugal continua a ser o país europeu onde a diferença entre aquilo que auferem os três grandes e as equipas médias é maior: – Benfica, FC Porto e Sporting recebem 15,4 vezes mais do que os restantes clubes. Na Europa civilizada os grandes ganham em média 2,4 vezes mais que os outros!

Começam entretanto a ouvir-se outras vozes a pôr o dedo na ferida. Mourinho explica a falência da nossa indústria do futebol pela desproporção gritante entre os direitos televisivos e José Couceiro apresenta números: - em Inglaterra a proporção entre o clube que recebe mais e o que recebe menos é de 1,2; essa mesma proporção em Portugal é de 15,4. Batendo certo com o relatório da UEFA.

Quem é que gosta disto?! É concerteza quem, podendo alterar a situação, nada faz para isso. Ou seja, Governo e Federação devem gostar da desigualdade. Os clubes habituaram-se a ela. Como dizia o outro, a escravatura é um vício.


Saudações azuis

segunda-feira, abril 01, 2019

Mateus...


Caso sem fim à vista, assombração azul, e até podia não ter acontecido nada não fora a crónica de asneiras que já não se usam. Explico: - em condições normais este era um jogo para acabar a zeros, empatado, com o Belenenses a ter bola mas sem armas para fazer golos, e o Boavista com uma defesa 'à Lito', intratável, mas que ofensivamente estava muito dependente dos nossos erros. E de facto não podíamos errar. Vimos isso em duas fífias de Sasso (não são erros, são mesmo fífias) e numa dividida entre Diogo Viana e Mateus com este ainda a conseguir rematar. 

E por falar em Mateus estávamos avisados, eu pelo menos estava, que o perigo só podia vir dali. Assim não se compreende que Gonçalo Silva, jogador experiente, não tenha resolvido aquele lance despachando a bola com firmeza. Sasso, aliás, quis imitá-lo a seguir, e também lhe passou pela cabeça tentar ludibriar Mateus... Teve sorte. Tivemos sorte.

Mas o jogo seria sempre difícil atendendo à situação delicada dos axadrezados na tabela classificativa. Pelas alas era impossível passar a não ser que tivéssemos no banco um extremo a sério, daqueles que são fortes no um para um, e neste caso eram sempre dois boavisteiros que fechavam. Restava o jogo interior e isso dependia dos médios conseguirem fazer transições com sinal mais. Nem com sinal mais, nem com sinal menos, além de que o Boavista tinha instruções para matar qualquer iniciativa perigosa. E fez as faltas que quis. Em última análise tentámos os passes de longa distância, mas a respectiva qualidade deixou muito a desejar.
Finalmente os dois avançados escalados para este jogo – Licá e Velez – foram sempre presa fácil para os centrais contrários.

Mas ainda é preciso explicar o segundo golo do Boavista. E eu explico. Diga-se que quando Silas substituiu Nuno Coelho desfazendo a defesa a três eu já 'sabia' que estaríamos mais perto de sofrer o segundo golo do que de empatar. Já 'sabia' porque tenho dotes de adivinho e também porque o histórico não se engana. Mas voltemos ao segundo golo do Boavista. Em concreto o que aconteceu foi o seguinte: - já a caminho do final do jogo desfrutámos de vários pontapés de canto, dois deles do lado esquerdo do nosso ataque, e quem se encarregou da respectiva marcação foi Matia Lulic. Foram ambos (mal) marcados ao primeiro poste, com a bola muito baixa e de fácil intersecção pela defensa boavisteira. O primeiro rendeu um cartão amarelo ao nosso Zacharya afim de parar um perigoso contra ataque e o segundo rendeu o segundo golo ao Boavista. O futebol não é uma ciência exacta, mas às vezes parece!

Resultado final: - Boavista 2 – Belenenses 0

Saudações azuis