quarta-feira, março 29, 2006

Poupança

Hoje é dia de poupar uns cobres em jornais, mais um. E vendo as coisas por esse lado, encantado da vida!
Imagina-se o que seria se têm ganho! Acrescente-se que podia ter acontecido, depois de tantos falhanços de um Barça muito nervoso! A lembrar o ditado que costuma cumprir-se – quem não marca, sofre.
A eliminatória não está resolvida, pode acontecer o impensável...
O arrazoado anti-benfiquista pára por aqui, porque me parece uma boa oportunidade para vos contar uma história a todos os títulos exemplar!
Começa assim:
Ainda não há muito tempo, o Benfica estava atolado em dívidas, insolvente, Vilarinho ganha as eleições, Vale e Azevedo era preso, Vieira e o seu grupo aproximam-se da Direcção...
Na televisão, Catarros e Searas estabelecem a doutrina para construir um novo Estádio sem dinheiro, as contribuições e impostos são manipuladas, a Ministra das Finanças envolve-se, aceitam-se ‘acções’ para pagamento, inventam-se planos e embustes!
Vamos em frente que o Europeu é nacional desígnio, valem todas as derrapagens! Alguém mais ouviu falar delas?
Lembram-se quando um comentador televisivo chamado Sócrates, dizia alto e bom som – ‘Lisboa merece ter um clube campeão europeu’?!
E depois chegou o Veiga, houve clubes canibalizados, a Liga foi conquistada, a Federação não precisa, que o Madaíl é eterno!
No meio da confusão, com apito dourado a propósito, ganharam o campeonato. Com o velho Trapattoni.
Ontem, estádio cheio, quem era aquele que estava ao lado do Vieira? Seria o primeiro-ministro? O tal que investe todas as suas poupanças no Benfica?
Uma equipa que se vem apetrechando com jogadores de primeiro plano, que já conta com a espinha dorsal da selecção nacional, a mística reconquistada, viva o nacional-benfiquismo, aí está o inferno da Luz, renascido das cinzas e para dar cartas!
Gostaram da história?
Qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência!
E ai de quem ouse seguir-lhe as pisadas: o presidente seria enforcado, os sócios presos, o clube fechado.
É esta a realidade que temos que ter presente, não no Sábado, em que espero ganhar, mas nos próximos passos futuros.
Saudações azuis.

domingo, março 26, 2006

Uma certa frustração

Silas perde mais uma vez a bola, na tentativa de fintar uma floresta de pernas...contra ataque rápido do Marítimo, Pelé atrasa-se e põe em jogo um avançado contrário, tenta desarmá-lo em última instância, leva uma cotovelada, fica fora do lance...e sem dificuldade, isolado, o extremo madeirense faz o golo. Estavam decorridos vinte minutos da primeira parte, o resultado do encontro não mais se alterou: Marítimo 1 – Belenenses 0.
Na televisão deu para ver que o Estádio dos Barreiros tinha uma grande assistência, que apoiou incessantemente a equipa da casa, mas não foi por isso que o Belenenses perdeu.
Entrámos no jogo sem a arma para surpreender o Marítimo, a velocidade! Agora é mais fácil fazer a análise deste jogo e concluir que Ceará, muito isolado na frente, pouco confiante e expedito, nunca criou verdadeiro perigo. Precisávamos de um ponta, precisávamos de aproveitar a intranquilidade do Marítimo.Teríamos aliás de esperar pela segunda parte para efectuarmos o primeiro remate digno desse nome à baliza de Marcos! Quando nos aproximávamos da baliza adversária, muitas hesitações, muitas lateralizações, pouca coragem para assumir o lance individual – estou-me a lembrar de Amorim e Amaral.
O Marítimo estava veloz, criava lances perigosos, sobretudo pelo lado direito aproveitando a desenvoltura de Marcinho, um jogador credenciado! E na marcação de um livre podiam ter marcado o segundo golo e resolvido a partida.
Na segunda parte, sem substituições, fomos subindo à medida que o adversário se retraía na tentativa de defender o resultado. Mas foi só com a entrada de Ahmada, e sobretudo de Dady, que começámos a incomodar verdadeiramente o extremo reduto contrário. Faltavam vinte minutos para acabar o jogo, tempo para desperdiçar algumas oportunidades soberanas, como aquela do Zé Pedro, bem enquadrado com a baliza e a cabecear ao lado!
Não deu ao menos para empatar, talvez o resultado mais justo. Mas que não faz esquecer a descolorida primeira parte, e sobretudo a derrota frustrante.
De novo as nuvens, de novo um certo desencanto.
Mais uma semana de intensa expectativa. E é preciso ganhar ao Benfica.
De qualquer maneira.
Saudações azuis.

sexta-feira, março 24, 2006

G-14 ou G-3?

Não se assustem, estou apenas a traduzir para português a conspiração dos chamados clubes ricos para ficarem mais ricos...à custa dos outros!
Não usam G-3, usam os seus atiradores furtivos, estacionados nos jornais, que vão preparando a opinião pública para a última golpada.
Expliquemo-nos:
São insaciáveis, e como tal, esgotadas as fontes de financiamento conhecidas, vá de se unirem a um pequeno Charleroi na tentativa de sacarem dinheiro por conta das convocatórias para as diversas selecções nacionais! A cobrar da UEFA e da FIFA, mas naturalmente através das respectivas Federações.
Em jogo estava uma indemnização monstruosa, retroactiva, mas por esta vez os organismos que superintendem ao futebol internacional, rechaçaram o pedido e a pretensão. E estabeleceram doutrina acusando o citado G-14 de cáfila de oportunistas que só pensam neles próprios, ignorando tudo o que se passa à sua volta.
A ideia base destas ‘sanguessugas’, como lhes chamou Blatter, é a seguinte: ‘Os jogadores internacionais são nossos, e quando os cedemos obrigatoriamente às selecções, continuamos a ter encargos com eles além de que se podem aleijar com gravidade e lá se vai o nosso investimento. E concluem: isto está muito caro, logo as Federações que paguem também. Quanto? Estamos abertos a negociações’!
Esta é a tese dos comilões! Que entretanto têm vindo a perder asa para outros voos, como sejam o campeonato europeu de clubes ‘à moda deles’, com os ‘meninos’ a controlarem as receitas, porque quanto às despesas, já todos conhecemos a... receita!
Não acho que a riqueza dos outros esteja directamente ligada com a minha pobreza, não sou marxista, mas no Portugal contemporâneo as coisas, tal como estão, prestam-se a dúvidas filosóficas! No futebol principalmente!
Basta reparar nos escribas de hoje! Preocupadinhos com a credibilidade do G-14! Porque falhou o tiro que tanto jeito daria aos nossos três ‘pequerruchos’. Para eles a tese está correcta, é preciso arranjar maneira de sacar mais dinheiro da Federação para dar aos grandes, práticamente os únicos que cedem jogadores à selecção. Madaíl está de acordo concerteza e assim fecha-se o círculo vicioso!
Que pena o G-14 estar desacreditado! Mas arranja-se outro organismo qualquer para seguir com a reivindicação, e pronto.
Esta é a lógica dos nossos jornalistas.
Rebater isto? Para quê?
Os outros clubes que não se deixem enganar, Belenenses, incluído. Eu já estou farto de os avisar.
Saudações azuis.

domingo, março 19, 2006

Pela madrugada...

Hoje, estica-se o dia, ou a noite, até onde for possível! E só agora estou em condições de escrever alguma coisa de jeito.
Sabem, lutei muito, gritei muito, em casa, as portas fechadas para abafar os impropérios. Quando o Amaral me ‘pára’ aquela bola com o peito, para atrasar ao Marco Aurélio...a família nem desconfia, mas a travessa da China esteve em risco de explodir contra a parede!
Uma vitória decisiva, ou quase decisiva, que isto está muito apertado. E o penalty que não foi? Se o Zé Manel não falha, era o bom e o bonito! E aquele fora de jogo assassino? Com fiscais de linha assim, só mesmo a sorte que protege os audazes. Fomos de facto audazes, entrámos bem no jogo, mantivemos o Boavista em respeito, mas a pouco e pouco senti que eles cresciam e que recomeçavam as antigas dificuldades em reter a bola. Couceiro entretanto adiantou Amaral e a coisa surtiu efeito. Acabámos a primeira parte equilibrados.
Intervalo para apanhar ar.
Segunda parte, o Boavista apareceu agressivo, os espaços para rematarem à entrada da área tornaram-se mais frequentes. Mas, de forma um tanto inesperada, surge a oportunidade: Zé Pedro aproveita um ressalto e descaído sobre a esquerda, remata e faz um grande golo.
Surpreendi-me e pensei – já não perdemos. De facto a partir daí, com mais espaço a equipa passou a movimentar-se melhor, mais tempo no meio campo do Boavista , a obrigar o adversário a cometer erros. Um desses erros foi muito bem aproveitado por Meyong. Desembaraçou-se de um defesa, entrou na área e rematou para o golo da confirmação.
Foi a vez de controlarmos o jogo, muito embora os de xadrez continuassem a ser perigosos, sobretudo pela alas.
A vitória, ao fim e ao cabo, assenta-nos bem, porque jogámos de forma inteligente, porque aproveitámos os erros do adversário, e porque tivemos a sorte que noutras ocasiões nos tem faltado.
Carlos Brito talvez não merecesse a derrota, o Boavista é uma equipa difícil, forma um bloco, corre o tempo todo! O que vem valorizar ainda mais o nosso triunfo!
Resta referir, que Sandro Gaúcho está mais solto e interventivo. E que Meyong poderia ter sido expulso. Redimiu-se com o golo.
Portanto, Couceiro está de parabéns e os jogadores também.
A luz brilha ao fundo do túnel!

quarta-feira, março 15, 2006

A lei que falta

Pode parecer estranho que num País onde a batalha da produção legislativa já foi ganha há muito tempo, que é um reconhecido campeão na modalidade, ainda falte, afinal, uma lei!
Aliás duas, a saber: a primeira, para eliminar, derrogar, fazer caducar, toda essa miríade de normas que desgraçam e entopem a vida do cidadão comum! Estamos a falar de um corte cego de 50%, mais coisa, menos coisa.
A outra lei que falta, necessariamente mais polémica, destina-se a proibir e penalizar os clubes de futebol profissional que insistam em dedicar-se a outras modalidades desportivas, para além do futebol.
No preâmbulo da referida lei poderá ler-se o seguinte:
Considerando que o atraso endémico, já secular, de que padecem as modalidades amadoras com estatuto olímpico, se deve ao facto de estarem sob a alçada dos clubes de futebol profissional, nomeadamente dos chamados Grandes, ao sabor dos altos e baixos do rendimento futebolístico;
Considerando que por via disso se estabelece um circulo vicioso, com o Estado, demitido das suas funções, a agradecer aos clubes que em sua substituição vão fazendo alguma coisa por essas modalidades, e com os clubes a exigir do Estado um tratamento de privilégio à conta da referida substituição, tudo isto sem quaisquer benefícios para as ditas modalidades e notórios prejuízos para o orçamento de Estado;
Considerando, por fim, que o desenvolvimento das modalidades amadoras, ou de alta competição, tem por base, como acontece nos países que ganham medalhas, uma rede de desporto escolar, a que se segue um patamar competitivo a cargo de clubes-modalidade;
Concluímos sem esforço, pela necessidade da entrada em vigor desta lei, que só peca por tardia!
Nota do legislador:
Não estão em causa o esforço e dedicação de pessoas e clubes que ao longo do tempo substituíram, muitas vezes com inegável brilho, as entidades que deveriam assegurar a prática desportiva em Portugal.
Mas pensamos que está na hora de pagar as dívidas de gratidão e avançar rumo à normalidade e ao desenvolvimento.

sexta-feira, março 10, 2006

O regresso ao futuro

Começa hoje, se quiseres. Segue os bons exemplos, traça o teu objectivo, que não poderá ser menos do que ser campeão. Não ligues à troça, ao desânimo, até daqueles que julgavas fiéis e fortes, não cedas um milímetro, sacrifica o supérfluo, fixa-te no essencial. Claro que terás de ter aquela qualidade primeira: belenense de alma e coração.
Na estratégia que seguires usarás a sensibilidade e o bom senso, mas não percas nunca de vista o teu alvo.
Não existem etapas, anos zero, classificações para a Europa. Se visares menos do que ser campeão vais acabar a lutar para não descer. Como agora.
Estás em Portugal e já uma vez te avisei, que por aqui não existem, nem classe média, nem clubes médios. Ou estás em cima ou estás em baixo.
Escolhe, portanto, o lado de cima, que é o que te dita a tua certidão de nascimento.
Muda tudo em função desse lugar almejado: desde logo o discurso. Se não estiveres em primeiro lugar, só podes repetir que queres ganhar todos os jogos até lá chegar. Chamar-te-ão utópico, deslumbrado, mas não faças caso. Prepara-te para arranjares inimigos. Muitos deles serão os que agora te dão pancadinhas nas costas!
Podes ser confrontado com situações inimagináveis!
Podes chegar à triste conclusão que os verdadeiros inimigos do Clube, estão lá dentro. Fazem-se passar por belenenses, apresentam folha de serviços, mas servem-se mais do que servem.
Podes ser forçado a deitar abaixo o Pavilhão, a fechar as piscinas, a remodelar o Estádio, que dizem que é lindo, enquanto vais descendo de divisão.
Se ouvires o grito: deixem morrer o Clube, mas salvem o Estádio, já sabes o que é que tens a fazer? Salva o Clube.
Nem que tenhas de jogar em campos emprestados, como naquele tempo em que eras campeão de Portugal!
Troca tudo por pontos e vitórias e voltarás a encher, não apenas o Estádio do Restelo, mas os estádios onde o Belenenses se deslocar!
Para que não deites tudo a perder, não te esqueças da receita do sucesso:
- Rectaguarda firme, que não te atraiçoe ao primeiro desaire.
- Um grande treinador que será o teu outro eu.
- Respeito pelos sócios e pela memória do Clube.
E se tens alguma dúvida sobre os seus símbolos, eu esclareço-te: é a Cruz de Cristo e a cor Azul.
Se seguires este caminho, terás sempre mais vitórias que derrotas, e serás o Presidente de um Grande Clube.
Saudações azuis.

terça-feira, março 07, 2006

E agora?

Quando já me começa a meter raiva olhar para a cara dos nossos jogadores, é muito mau sinal!...
Mumificados, lentos, sempre a levantarem o braço, a pedir desculpa por mais um passe falhado, mais um centro disparatado, por uma perda de bola infantil! Aquela lentidão não é normal!? A falta de explosão, de nervo, de convicção!? De onde vieram estas almas penadas? Até o Rui Jorge me parecia mais espevitado quando andava a treinar na praia!
Já não se aguenta!
Vi o jogo hoje, na repetição da SportTV, aquilo foi um suplício.
Estou convencido que muito poucas equipas, para além do Belenenses, perdiam aquele jogo em Vila do Conde!
O Delson centra bem! O Evandro sabe jogar à bola! O Chidi não sei da onde, sabe cobrir a bola, desembaraçar-se facilmente dos adversários! O lateral direito do Rio Ave, homem já entradote, corre e esburaca a nossa defesa! Afinal o Rio Ave é uma grande equipa e tinha só vinte e seis pontos!?
Há qualquer coisa que não bate certo.
As estatísticas dizem que tivemos mais posse de bola, que rematámos mais vezes, mas nós precisamos de cem remates para marcar um golo! E os remates foram de meia distância. Os nossos dois avançados nunca se libertaram das marcações! Ninguém entra de trás para a frente em direcção à área adversária! Para isso era preciso ter coragem e músculo, coisa que não abunda.
Temos medo de ter a bola, ficamos atarantados quando a recebemos. Recepções inconcebíveis! Impróprias de uma Liga profissional. Aí está a explicação porque jogamos parados, a lançar bolas para frente, para os dois avançados. Que se por milagre as conseguem dominar, ficam longe e desamparados do resto da equipa!
As nossas bolas paradas são práticamente inofensivas! Eles tiveram duas ou três, e marcaram dois golos!
E a defesa? Ou o sistema defensivo, se preferirem?
Há quem continue convencido que temos uma defesa sólida, mas não se iludam. Falta classe e comando. E já agora, concentração.
No Belenenses confirma-se aquela conhecida frase do futebolês: cada canto é meio golo.
Estamos a sofrer golos demais, e assim é difícil ganhar.
O jogo foi isto e não vale a pena acrescentar grande coisa.
Com a Liga de Honra ao fundo do túnel, resta-nos tentar o impossível e esperar que a sorte se lembre de nós.
Entretanto, aqui ficam mais umas dicas deste treinador de bancada:
Temos que passar a jogar ostensivamente à defesa, com dois trincos, tentando amealhar o maior número de pontos. No fundo trata-se de assumir o nosso verdadeiro estatuto de equipa que luta (desesperadamente) para não descer.
Os jogadores que se encontrarem em melhores condições físicas e psicológicas devem ser os preferidos. Refiro-me a jogadores ágeis, velozes, e corajosos. Quem não quiser dar o litro não pode ser convocado, tenha ou não o estatuto de vedeta.
Como não temos ninguém no meio campo que marque o risco e leve a equipa para a frente, atrevo-me a sugerir que o Paulo Sérgio (uma nulidade até à data) passe a jogar no miolo, com funções de jogador vagabundo, em prejuízo de um avançado de raiz. Eu sei que neste momento me vão cair todos em cima, mas temos que explorar alguma capacidade que o rapaz tem de arrancar com a bola. No meio campo talvez se atire menos vezes para o chão e pode amarelar os adversários, pois aí, as faltas são mais claras. Não se perde nada em experimentar.
Saudações azuis.

quinta-feira, março 02, 2006

Juntar os cacos

Destroçados por fora, estilhaçados por dentro, toca a ir buscar a cola de contacto e restaurar minimamente a alma belenense, a que sobrou de mais uma derrota!
Tarefa a que já me habituei, diga-se, e que costumo realizar, metódicamente, a partir de quinta-feira. É matemático!
Se quiserem a receita, partilho-a de bom grado:
Primeiro, voltemos as vistas para fora das quatro linhas, esqueçamos por momentos jogadores e treinador, inclusive a táctica para tentar bater o Rio Ave.
A seguir, esqueçamos também a Direcção que temos e a respectiva SAD, façamos de conta que não existem!
Aqui chegados, pensemos nos grandes problemas que o Clube vai ter que enfrentar, independentemente do que vier a suceder no campeonato, imaginando o que faria um razoável capitão da nau azul.
Desta vez, aproveito algumas das preocupações do consócio Jorge Brás, descritas no Canto Azul. É um excelente artigo, que comentei no local, e que merece algum desenvolvimento!
Temas recorrentes, que já por aqui abordei, mas essenciais à nossa sobrevivência.
Comecemos pelo Bingo, um dos grandes sustentáculos financeiros do Belenenses actual: é uma receita que tem vindo a decair, que o próximo Casino de Lisboa pode condenar a uma morte lenta, e nesse sentido convinha tomarmos algumas medidas imediatas. A legislação que regula os Bingos dos Clubes de futebol profissional deveria ser revista uma vez que está completamente obsoleta, sujeita a condições restritivas absurdas, quando o Governo se prepara para dar dinheiro aos clubes de futebol profissional proveniente do Euro-Milhões!
O próprio imposto, pesadíssimo, sobre os respectivos prémios, desincentiva a frequência e quando vier o Casino, o que se prevê é que as salas de Bingo acabem por falir todas. Não sei qual é o raciocínio e qual será o argumento utilizado pelo Governo para atirar para a falência as salas de Bingo, enquanto dá ‘dinheiro do jogo’ aos clubes, para pagarem os impostos em dívida, ou facilita os jogos de azar nos casinos do Sr. Ho!?
Claro que estas perguntas ficarão sem resposta enquanto os clubes interessados (os que ainda exploram Bingos) não as colocarem frontalmente ao Governo.
Outra questão ventilada no citado artigo prende-se com a escassez de jogos e receitas que afectará os clubes pequenos face à redução do campeonato para dezasseis clubes. Sabe-se que isto só aconteceu porque convém aos três clubes grandes e às selecções do Dr. Madaíl, na linha da propaganda do regime. Mas o que vai acontecer é que os clubes pequenos vão perder em toda a linha. Menos jogos, menos receitas, com os jogadores mais tempo inactivos a receberem salário, com os adeptos desses clubes (os poucos que existem) a serem obrigados a ver na SportTV um torneio do Benfica na Abissínia ou a selecção de sub-veteranos a jogar numa homenagem ao Figo!
Enquanto as despesas fixas se mantêm e até aumentam.
O que é que tu, próximo capitão da nau azul, pensas fazer?
Vais naturalmente insistir com a Taça da Liga, com os campeonatos de Lisboa de Reservas, etc.etc. E fazes muito bem.
Não vais é continuar a olhar para o ar, à espera que aconteça qualquer coisa.
Então, resultou? Como é que estão os cacos? A cola já secou?
Saudações azuis.