quinta-feira, maio 31, 2007

Espero que seja mentira…

Vi hoje com alguma preocupação a capa do Jornal “A Bola” que dava Ruben Amorim a caminho da Luz!
Não acredito e levei a notícia à conta do habitual equilíbrio de espaço e destaque reservado aos três clubes do estado. Se o Sporting e o Porto tinham feito grandes negócios com o Nani e o Andersson, havia que dar qualquer coisa ao Benfica, e lá apareceu o Amorim por tuta-e-meia na Luz, e toda a gente contente com mais um grande negócio para o Benfica!
Eu é que não estou descansado, porque o passado azul está pejado de incompetências.
Já escrevi exaustivamente sobre o assunto, não vou repetir-me, mas ainda assim gostaria de acrescentar qualquer coisa:
Não existem jogadores insubstituíveis e sabemos que o Belenenses precisa, tal como os outros clubes, de realizar encaixes financeiros para sobreviver. E sendo assim, à falta de melhor, avançam os jogadores que têm mercado. Mas o mercado, se é global para uns, é global para todos, por isso, atendendo à penúria interna, qualquer bom negócio passa invariavelmente pela venda a um clube estrangeiro e pago a dinheiro vivo. Só assim se justifica a venda, porque só assim se resolve o problema financeiro que obrigou à venda. Não alinho noutro tipo de razões, porque continuo a acreditar que o negócio dos clubes é a bilheteira, que o negócio da bilheteira são os bons espectáculos, e que os bons espectáculos de futebol têm a ver com múltiplos factores, principalmente com a competitividade das equipas, e não apenas com o brilho das estrelas mais cintilantes. Os estádios ingleses estão cheios, mesmo onde não jogam Manchester ou Chelsea, assim como os estádios espanhóis se enchem, para além da presença do Real Madrid ou Barcelona.
Mas regressemos ao Ruben Amorim, ao mesmo que se recusou a entrar em Alvalade, alegando lesão, ao Ruben Amorim que se lesionou no Jamor, mas que parece estar disponível para jogar na selecção, esse Ruben Amorim não tem ainda, nem sei se virá a ter, o arcaboiço moral para ser capitão do Belenenses, mas é indiscutivelmente um dos jogadores mais valiosos do campeonato português!
Porquê? Porque evoluiu imenso em termos defensivos, é hoje um trinco eficaz, que o diga João Moutinho, com enorme margem de progressão, a que se deve adicionar a qualidade técnica que sempre possuiu, e o forte remate de meia distância!
Estes jogadores são raros, e valem muito dinheiro. Ruben Amorim é menos agressivo que Petit mas é mais fino e tecnicista. Leva vantagem sobre Paulo Assunção no remate, e faz com mais à vontade o lugar de médio ofensivo. Ao Ruben Amorim falta-lhe apenas abraçar o projecto belenense com ambas as mãos e ao Belenenses falta-lhe apenas um projecto que se possa abraçar. A sair, é para o Manchester ou Barcelona, nunca para a segunda circular.
Saudações azuis.

segunda-feira, maio 28, 2007

Foi pena

Estou conformado com a derrota, mas foi pena!
Foi pena não termos aproveitado a tarde sim de Costinha!
Foi uma pena a lesão de Amorim que obrigou Jorge Jesus a uma primeira substituição de risco.
Foi pena que no último quarto de hora, com o jogo controlado, Jorge Jesus tivesse optado pelos dois pontas de lança, trazendo à memória o fatídico jogo de Alvalade!
Finalmente foi pena a inoportuna lesão de Amaral que a três minutos do fim do tempo regulamentar, acabou por criar mais um desequilíbrio no nosso sistema defensivo, até então exemplar!
E foi pena porque se temos chegado ao prolongamento, era sinal de que tínhamos conseguido pulverizar o favoritismo do Sporting, e no tempo extra ou nas grandes penalidades, tudo poderia acontecer!
Poderíamos estar agora a festejar a vitória na Taça!
Perdemos por um detalhe disse Jorge Jesus no fim do encontro – a lesão de Amaral e o tempo que demorou a substituição. E eu concordo. Mas pareceu-me um risco escusado fazer entrar Garcês, especialmente depois de já ter entrado Fernando, enfraquecendo ainda mais aquele que foi o nosso ponto forte – o meio campo defensivo. Com o esquema inicialmente idealizado, (e que tem que ser posto em prática sempre que defrontamos equipas com maior potencial), conseguimos paralisar o perigoso (e ginasticado) jogo leonino, obrigando-o a desviar-se para as faixas laterais. Penso que tínhamos todo o interesse em levar o jogo para lá dos noventa minutos, e nesse sentido, as substituições só deveriam ocorrer depois disso, nunca antes. Em caso de lesão, seria defesa por defesa, médio por médio, avançado por avançado.
Isto digo eu, aqui no teclado, sem as responsabilidades da decisão.
Mas enfim, também houve mérito na conquista! Liedson foi mais rápido, adivinhou o cruzamento adiantado e tenso de Miguel Veloso e levou a Taça para Alvalade.
Glória aos vencedores, honra aos vencidos.

sábado, maio 26, 2007

The final count down

Está na hora de contarmos as horas que faltam para o grande desafio do Jamor. Que fazer? Vou dar a táctica? Escalar a equipa? Eu já sei que não jogo, única certeza, e no fim de contas o Belenenses até lucra com isso. O estádio nacional vai estar cheio, a transbordar, o comboio indispensável, que utilizei na final de sessenta contra o mesmo Sporting, já não funciona! Tudo em nome do retrocesso! Viva o alcatrão, vivam os automóveis, viva o progresso! Por causa dos automóveis, qualquer dia vai tudo a pé!
Em contrapartida, estes progressistas mostram-se incapazes de solucionar questões óbvias de comodidade e conforto, como o aumento da lotação e a indispensável cobertura das bancadas! Afinal, adoram o estado novo!
Entremos em campo, olha, o Carlitos joga de início, ainda bem, pode ser que eu acerte na antiga previsão. Vamos ganhar mesmo que o Carlitos não jogue, diz alguém ao meu lado. Está bem. Proença é o árbitro e não vou condicionar o rapaz. Desejo-lhe sorte e poucos cartões para a nossa banda.
Vamos lá ver se tenho saúde para mais este desafio. Se chover é pior para mim, mas é melhor para nós.
Saudações azuis.

sexta-feira, maio 25, 2007

Uns devem…outros não!

Evangelista aponta o dedo acusador. Há salários em atraso no futebol! O critério do Sindicato foi o seguinte: “o não pagamento do salário até ao dia 5 do mês subsequente àquele a que diz respeito”.
Da lista constam catorze clubes da Bwin Liga e Liga Vitalis. Percorro a lista e verifico que o Belenenses não é um dos faltosos, felizmente.
Transcrevo a reacção de António Figueiredo, presidente da SAD do Estoril, um dos clubes apontados: “Não é verdade. Vamos pagar o ordenado de Abril até 5 de Junho. Só estamos em incumprimento se o não fizermos até essa data. Deviam era ver os atrasos de outros clubes que devem quatro a seis meses de salários e nem constam da lista”!
Evangelista ameaça – “Se fosse em Espanha, os clubes devedores baixavam imediatamente de divisão”.
Fico com dúvidas: O que quereria dizer António Figueiredo quando se refere a clubes que devem muito mais… mas não constam da lista!
E porque é que não se aplica em Portugal aquilo, que com bons resultados, se aplica em Espanha!
Mudo de jornal, olho o Correio da Manhã de hoje, e leio uma pequena notícia esclarecedora: – “Benfica hipoteca centro”! À primeira vista admiti que o meio campo encarnado se tinha mudado de armas e bagagens para o Chelsea, mas não. Trata-se de mais uma brilhante manobra de engenharia financeira conhecida nos meios académicos como a “pescadinha de rabo na boca”!
Vou ver se consigo explicar: o Benfica instalou-se no Seixal, intimado pela respectiva edilidade a construir ali o seu centro de estágio. Era um dos grandes investimentos do município. A Caixa Geral de Depósitos, sempre atenta aos grandes…negócios, apoiou até ao limite de adquirir o nome do centro, que ficou a chamar-se ‘Caixa de Futebol Campus’!
Aqui chegados, ficamos a saber que o Benfica vai hipotecar o centro para garantir um empréstimo de 16 milhões de euros a contrair na dita Caixa Geral de Depósitos. Assim fica tudo em família.
No futuro, pode ser que a Câmara do Seixal considere de interesse público adquirir o centro de estágio, devidamente hipotecado, para mais tarde o devolver ao Benfica como recompensa pelos serviços prestados às gentes do Seixal. Todo este investimento poderá ser apoiado pela madrinha do centro, que é, já adivinharam, a Caixa Geral de Depósitos, ou ‘Caixa Futebol Campus’, como facilmente se deduz.
Depois disto, quem é que tem lata para obrigar algum clube a cumprir a lei!
Saudações azuis.

terça-feira, maio 22, 2007

O jogador tipo

Não sou empresário de futebol nem esta é a altura para dissertar sobre contratações. Para a semana, após o jogo da Taça, poderemos então especular sobre esta ou aquela hipotética aquisição, por agora, os jogadores que temos são os necessários e suficientes para alcançarmos os objectivos que todos ambicionamos.
O que vou escrever, versa sobre uma temática mais genérica, e que posso resumir na seguinte questão – qual é o jogador tipo que devemos procurar adquirir ou manter, atendendo ao patamar onde estamos, e tendo em vista o patamar mais elevado onde pretendemos chegar?!
Várias vezes me interrogo sobre este assunto e a conclusão a que chego é sempre a mesma: assim, para além dos jogadores da ‘cantera’, educados à Belém, e que devem ser lançados na melhor oportunidade, devemos estar atentos ao mercado, procurando aqueles jogadores experientes, com muitos anos de primeira Liga, e que nos dão sempre a sensação de terem passado ao lado de uma grande carreira! Têm neste momento trinta anos ou mais, os chamados ‘clubes do estado’ já não os vão buscar, por motivos que não têm a ver com o seu valor intrínseco, mas por outras razões que não interessa aqui escalpelizar, mas para nós, esses jogadores são importantes, e desde que estejam em boas condições físicas, podem-nos fazer muito jeito.
Em contrapartida, um Belenenses ambicioso e à procura de recuperar o prestígio perdido, dava a esses jogadores a garantia de um final de carreira condigno, o que poderia funcionar como chamariz.
E para que não digam que esses jogadores não existem, vou apenas citar um nome – Lito – joga na Naval 1º de Maio.
Mas há mais.
Saudações azuis.

domingo, maio 20, 2007

Mais uma…

Enquanto nos contentarmos com as derrotas, enquanto continuarmos a ser goleados na Luz, em Alvalade ou nas Antas, e houver uma justificação oficial para o facto, enquanto esta mentalidade perdedora persistir, não sairemos de onde estamos! Época após época, poderemos fazer mais ou menos pontos, mas não nos vamos aproximar do topo.
Previ este cenário de humilhação, escrevi sobre ele, e disse que não era positivo embandeirar em arco com a final da Taça, desvalorizando sistematicamente este jogo, que isso soava a falso, soava a inferioridade e transmitia-se aos jogadores. Avisei que a humildade era e é a nossa única arma para nos batermos de igual para igual, não apenas com o Sporting, mas contra qualquer adversário. Temos um plantel limitado sob muitos aspectos, e por isso essa humildade assentava numa defesa coesa e implacável, numa transição rápida para o ataque, com possibilidades de desferir um ou dois golpes fatais por jogo. Com esta receita subimos na tabela e chegámos ao quarto lugar, que é um lugar de honra e que em Portugal deveria merecer taças e medalhas, tal é o desnível de condições entre os donos perpétuos dos três primeiros lugares e os outros!
Entretanto, lesões e deslumbramentos vários, têm vindo a desgastar a equipa, e hoje concretizou-se aquilo que todos temíamos: uma formação estranha, passiva, pouco confiante, entregou o jogo de bandeja ao adversário. Ainda assim, escusava de sofrer tantos golos e sair destroçada de Alvalade.
É fácil falar e escrever depois do jogo, mas estranhei a insistência no trinco, se calhar não havia outro, como estranhei a insistência nos dois pontas de lança em detrimento de um ala criativo, que levasse a bola para a frente, sem a perder ao fim dos primeiros segundos, e estou a pensar em Carlitos.
Entrou na segunda parte, por troca com um dos pontas de lança, mas era tarde, a equipa já estava desmoralizada, e verdade se diga, nunca teve um meio campo em condições. A incapacidade de retenção de bola, a inépcia na recepção e no passe, atingiu níveis inexplicáveis, em poucos segundos perdíamos a bola, assim não há nada que resista.
Mas eu sou um mero treinador de bancada, não posso ir além disto…destes desabafos. E cumpro a obrigação desta crónica penosamente e, acreditem, com vontade de ser bastante mais cáustico.
Quem se salvou do naufrágio?! Talvez Rolando, apesar de ter falhado o corte no primeiro golo! Talvez Gaspar! Fernando… a espaços!
Não sei.
Saudações azuis.

quinta-feira, maio 17, 2007

Alvalade

Ainda no rescaldo da última jornada gostaria de lhe acrescentar alguma coisa. Vi na TVI grande parte do jogo entre a Académica e o Sporting, vi grande parte da actuação de Lucílio Baptista – a habilidade do costume a interferir com o jogo, a condicionar o desenlace do jogo. Para lá do penalty descarado que ficou por marcar, a mão de Tello que o colocaria de fora no jogo seguinte, o braço ostensivo de João Moutinho, que ninguém falou, a cortar um remate forte em direcção à baliza de Ricardo – neste lance Moutinho simulou uma falsa lesão na cara, enganando assim quem gosta de ser enganado… e muitos outros lances em que prevaleceu o normativo em vigor – na dúvida, a favor dos grandes!
Resolvido este jogo, as preocupações leoninas mantêm-se: mais do que o primeiro lugar, que só pode resultar de um deslize comprometedor deste Porto fatal de Jesualdo e Quaresma, o que o Sporting precisa mesmo, tal como o Benfica, é do dinheirinho que o acesso directo à Liga dos Campeões proporciona. O resto é conversa. Como se sabe, o terceiro lugar é ingrato, porque os milhões estão para lá de uma eliminatória sempre perigosa, contra um adversário ainda desconhecido e que também quer o mesmo.
Portanto, o jogo de Alvalade é vital para o Sporting. Dito isto, está tudo dito – as pressões da comunicação social, as forças ocultas que o dinheiro em jogo… oculta, os guinchos do público ao mais pequeno toque em Liedson ou Nani – é contra tudo isso que nós vamos jogar em Alvalade no próximo Domingo.
Do nosso lado estará uma nova dupla de centrais e do respectivo entendimento e rendimento, dependerá a sorte do jogo. Para não me referir a este - entra e sai - de guarda-redes, que não é de certeza benéfico para ninguém.
Agora, se este jogo é vital para o Sporting, para o Belenenses também o é. Por muitas e variadas razões: a primeira e mais importante, é que só uma afirmação de classe da nossa parte neste jogo, poderá condicionar o rendimento do Sporting na final da Taça. É a velha história, as vitórias moralizam sempre e as derrotas têm o efeito contrário.
Por outro lado, as vitórias não se trocam, porque ganhar é um hábito que se adquire…ganhando.
Por isso, o melhor é começarmos já em Alvalade.

segunda-feira, maio 14, 2007

Impressões de Sábado

Sábado no Restelo, ameno convívio no ‘Villas’, a conversar sobre o Belenenses, pois claro. Mais tarde, oportunidade para adquirir o jornal do Clube que traz uma importante entrevista com Cabral Ferreira, e para já, uma agradável surpresa – respondendo à pergunta sobre uma eventual campanha para a recuperação e angariação de sócios, Cabral Ferreira sustenta, que na próxima revisão dos estatutos, irá propor a alteração da contagem da antiguidade associativa no sentido que temos vindo a defender no Belém Integral.
Trata-se de consagrar a ‘carreira associativa’, como o grande princípio que deve reger nesta matéria, substituindo assim a actual contagem, toda ela erguida á volta da interrupção contributiva. Estou convencido que este sistema, para além de injusto, é o responsável pelo não regresso de muitos antigos associados.
Não se esgota obviamente aqui o conteúdo da entrevista e a ela voltaremos em próximo postal.

Seguiu-se o jogo contra o Marítimo, desta vez com a novidade da companhia de dois simpáticos e fervorosos belenenses de Santiago de Cacém, pai e filho, e juntos vibrámos (e sofremos) com as peripécias de um desafio em que tínhamos que ganhar para manter a ambição do quarto posto. As notícias do Bessa nunca foram animadoras, o Braga colocou-se desde cedo em vantagem, e acabou por ganhar, portanto, os golos de Garcês e Dady, este de penalty, não chegaram para resolver de vez o assunto. Fica tudo em suspenso até Alvalade.
Em termos técnicos, a equipa esteve menos sólida em termos defensivos, o problema do trinco não foi bem resolvido, apanhámos alguns sustos, o que quer dizer que o Marítimo podia ter marcado. Valeu o regressado Marco Aurélio que conseguiu evitar o golo dos forasteiros ainda na primeira parte.
Mas não podemos reclamar, porque este ano, esta equipa faz aquilo que já não estávamos habituados – jogue melhor ou pior, ganha, e para recuperar o estatuto perdido, nós precisamos de ganhar.
Em termos individuais e socorrendo-me da opinião de um amigo, voto no Dady. Boa movimentação, poder físico, excelente recepção de bola, remate eficaz, evoluiu muito no jogo de cabeça, enfim, está a tornar-se um senhor jogador! O outro candidato a melhor em campo era Rolando. Noutro plano, Fernando também agradou e pareceu-me que Diurdevich regressou em boa forma!
Saudações azuis.

quinta-feira, maio 10, 2007

Começaram as promoções

As promoções ou os saldos como lhe queiram chamar, abriram esta semana. Assim sendo, nos diversos ‘jornais desportivos’ que temos, os habituais jornalistas ligados ao import-export, andam numa roda-viva a vender todos os jogadores que o Benfica precisa de vender…ou comprar! O Nuno Gomes, ainda convalescente e já com trinta anos, tem mercado em Itália! Por outro lado, o Miccoli talvez fique de borla porque é benfiquista desde pequenino. O Moretto é esperado com ansiedade no hemisfério sul!
Há empresários na Indonésia de olho no banco dos encarnados. Enfim, não há mãos a medir. Com tantos negócios em perspectiva não se percebe bem a crise permanente que se vive para os lados da Luz!
Com efeito, soube-se hoje pelos jornais não desportivos, que a EPUL adiantou umas massas ao Benfica na perspectiva de negócios a realizar no futuro!!! E sempre são perto de dez milhões de euros.
Pus-me logo a imaginar – que jeito que dava ao Belenenses um negócio destes…
No próximo postal escreverei sobre os grandes negócios do Sporting com a Câmara de Lisboa! Ainda são os restos daquele interminável interface do metro. Pelo andar da carruagem, tudo leva a crer que o Sporting, afinal, tinha ali uma herdade com milhares de hectares. E ninguém dava por isso!
Saudações azuis.

segunda-feira, maio 07, 2007

Farto de Taça…

Ainda não recebi a taça e já começo a ficar farto da conversa da Taça! Taça para aqui, taça para ali, a taça é que é, não é preciso ganhar a taça, o feito é ir ao Jamor, por causa da sardinhada, vamos comprar bilhetes para perdermos com o Sporting…e festejar a seguir! Estou farto deste discurso menor, quase infantil, e para onde quer que me vire, só vejo sorrisos sem ambição, estamos contentes com tudo o que fizemos, as nossas metas foram alcançadas – ir à final da Taça!
Ando farto de dizer que a Taça não pode fazer parte dos objectivos de nenhum clube português, incluindo os chamados clubes do estado, porque se trata de uma prova completamente aleatória, que depende fundamentalmente de um sorteio, que tanto pode ser favorável, como desfavorável. Assim sendo, os objectivos de uma época têm de confinar-se às provas de regularidade.
Bem, estava eu a vociferar contra a taça, mas ninguém quer mais essa Taça do que eu. Agora o que não gosto é da desvalorização permanente do ‘próximo jogo’, ainda que seja uma manobra táctica, porque sem querer, tudo isso vai sendo interiorizado pelos jogadores, e na hora da verdade, o mais natural é falharmos.
Ao contrário, penso que melhor seria valorizarmos o que temos feito num sentido ascendente, ou seja, ‘surfando a onda’ até onde for possível, com a auto-estima em alta, dos jogadores e dos adeptos.
Esta lenga-lenga para dizer que não me interessou ver o jogo com o Braga, era afinal um jogo para perder, com alguma sorte podíamos ter sacado um empatezito, e parece que estamos todos contentes. Eu não estou!
Se tivéssemos feito um bom resultado, o jogo contra o Marítimo seria visto por mais gente, a onda azul cresceria um pouco mais, e o Sporting haveria de temer-nos um pouco mais…facilitando a vida aos jogadores azuis.
Termino com uma profecia – se continuarmos a funcionar em serviços mínimos levamos uma 'tareia' no Jamor. E aí, eu já não gostaria de ter ido à final da Taça.
São muitos anos a perder...
Braga 2 – Belenenses 1
Marcaram pelo Braga, Zé Carlos (20 m), empatou Dady (83 m) e o golo da vitória bracarense foi apontado por Carlos Fernandes, aos 89 minutos de jogo.

domingo, maio 06, 2007

Perspectivas para o Braga – Belenenses

Liga, jornada 28

A poucos jogos do fim o Belenenses está numa posição que surpreende toda a gente.
Mesmo para os adeptos, que conhecem a realidade do trabalho desenvolvido pela equipa bem orientada pelo JJ, este 4º lugar com três pontos de avanço sobre o 5º dificilmente se podia prever.
Resumindo; estamos a fazer uma época brilhante, principalmente tendo em conta os objectivos iniciais, bem mais modestos.

No entanto, toda esta surpresa não deixa de acontecer pelas circunstâncias do que se passou na época passada, e tem passado nas anteriores.
O Belenenses tem tudo, ou devia ter, para lutar pelos primeiros lugares todos os anos, mas isso não acontece pelas razões que já todos devíamos conhecer.

Mas a verdade é que este ano estamos lá, disso não há dúvidas, e o melhor que podemos fazer é aproveitar, e para isso é preciso saber lá estar.
Nessa perspectiva, o jogo de hoje é um jogo importante, não só pelo 4º lugar mas também porque para o futebol nacional são importantes, todos, os jogos em que há alguma coisa em jogo, ainda por cima com equipas que estão num bom momento e têm qualidade para proporcionar um bom espectáculo.
Acho que é assim que se passa nas ligas europeias que promovem o futebol, e promovem os jogos, principalmente os que envolvem boas equipas

Neste momento o interesse da liga resume-se à conquista da mesma por parte do Porto, o que a não acontecer é apenas por demérito próprio, e à escolha de quem fica no 2º, que deve ser à vez, e para a CS é isto o futebol nacional.
A luta pelo 4º lugar não merece o mínimo destaque, isto quando todos sabemos que os três primeiros lugares estão reservados e o 4º lugar é o título para os restantes clubes. Ninguém promove estes jogos e por isso não admira que os estádios estejam vazios.

Para o Belenenses estar envolvido nesta disputa pelos lugares de cima e é bom, mas temos que saber lá estar encarando estes jogos de uma maneira diferente e mostrando que a competição ganha com isso.

Enfim, espero um grande jogo logo e espero que as declarações do JJ, a dizer que ia rodar jogadores em Braga, seja táctica.

Saudações Azuis

PS: O jogo é às 18 horas com relato aqui.

sexta-feira, maio 04, 2007

Viva o futebol

Com as eleições em ponto de mira deixei o relvado em pousio, e nem a habitual crónica saiu do balneário! Reponho agora em traços largos o que ficou por dizer, o que ficou por escrever, em termos de puro futebol!
Ganhámos bem ao Beira-Mar e impressionou-me sobretudo a movimentação colectiva da equipa, especialmente quando perdia a bola e pressionava o adversário! Nenhum jogador estava parado, todos sabiam para onde se movimentar, chama-se a isto – treino e concentração. Daí que o Beira-Mar, à semelhança de outros adversários que temos defrontado, de poucas oportunidades dispôs para marcar. Também por isso sofremos poucos golos!
Aqui está o segredo da abelha!
Volto entretanto à crónica mais agreste que escrevi sobre o jogo com o Porto. Gosto de ter razão, mas nem sempre a tenho, no entanto, depois do que aconteceu no Bessa, e sabendo que não existem dois jogos iguais, ainda mais convicto fiquei que se entrássemos com outro espírito nas Antas, o resultado seria outro, de qualquer forma, teríamos vendido cara a derrota.
Como referi na altura, esta defesa do Porto, sem Pepe e sem o trinco Paulo Assunção, se for pressionada, desfaz-se como um baralho de cartas. Contra o Boavista chegou a meter dó, e os centrais, de cabeça perdida, só acabaram o jogo, por excessiva benevolência da arbitragem.
Olho agora para Braga e adivinho um jogo que será decidido pela coragem, mas sobretudo pela humildade. Os jornalecos que temos, não têm feito outra coisa senão tentar destabilizar alguns dos nossos jogadores, enchendo-lhes a cabeça com propostas tão fantásticas quanto ilusórias. Esperemos pois que conservem a humildade, única maneira, repito, de conseguirmos alcançar os nossos objectivos.
Jesus estará atento a este detalhe, tenho a certeza.
Saudações azuis.

quarta-feira, maio 02, 2007

Uma vez belenenses, belenenses para sempre

Esta é a filosofia em que deve assentar qualquer política de fidelização no Clube de Futebol “Os Belenenses”. O resto é paisagem, é fogo de vista, não interessa.
A partir daqui basta estabelecer uma linha de acção consequente, e pô-la em prática de imediato.
Não me lembrei disto no ‘day after’ de umas eleições em que o meu candidato não conseguiu convencer a maioria dos sócios. Não acordei hoje para a realidade, a verdade que expus em título, está escrita neste espaço há muito tempo. Mil vezes repetida, oxalá desta vez seja ouvida e efectivada. Sem medos nem complexos.
A primeira medida a tomar consiste em olhar para o adepto do Belenenses, em termos de carreira associativa, valorizando sobretudo a sua fidelidade de coração e não apenas a sua fidelidade a uma fórmula de quotização ininterrupta. A recuperação desses milhares de sócios, que por este ou aquele motivo se afastaram, passa por aí. Não chega a atribuição de um número de sócio, mais ou menos baixo, sem lhe garantir os outros direitos, neste caso a antiguidade que ele adquiriu muito justamente no passado. E vai contabilizando continuamente sempre que restabelece a sua ligação ao Clube. Isto é assim tão difícil de perceber, ou de fazer?!
Sobre o mesmo tema, mas noutra vertente, é preciso reduzir o leque do voto qualificado a proporções razoáveis.
Chegámos a um ponto em que o Presidente do Belenenses foi eleito por cerca de 1.300 pessoas, que lhe valeram mais de 7.000 votos. No outro lado, distribuíram os seus votos pelos dois candidatos vencidos, perto de 1.000 sócios. Como se vê por estes números, a superioridade de Cabral Ferreira é enganadora. Daí as suas dificuldades em fazer aprovar documentos nas Assembleias-gerais, onde a regra é um homem, um voto.
Urge portanto adequar o número de votos ao número de cabeças, para que a superioridade nas urnas tenha alguma correspondência nas assembleias. Tão simples como isto.
Saudações azuis.

terça-feira, maio 01, 2007

Memória presente, memória ausente!

Terminadas as eleições, escolhido o Presidente do Clube de Futebol “Os Belenenses” para os próximos dois anos, a primeira verdade surge cristalina – a memória presente venceu em toda a linha!
Venceram os últimos resultados do futebol e venceram os sócios que dispunham de mais votos. E se os resultados desportivos se explicam por si, já não é tão líquida a explicação dos resultados eleitorais.
Partindo de um universo com cerca de seis mil votantes (ao que nós chegámos!), um extraordinário efeito multiplicador transformou as pouco mais de duas mil almas que votaram, 2.130 para ser mais preciso, em quase onze mil e quatrocentos votos! Numa simples operação aritmética podíamos chegar à conclusão que cada sócio votante valia por seis! Mas não é bem isso que se passa, o que acontece é que os chamados ‘grandes eleitores’, aqueles que depositam nas urnas mais de seis votos por cabeça, têm um peso cada vez maior na escolha do Presidente do Clube.
Não contesto os resultados, não contesto o voto qualificado, embora conteste o método que define a antiguidade, e talvez seja a altura de o revermos. Assim como seria conveniente reduzir o leque de votos atribuido. Mas independentemente de tudo o mais, não tenho dúvidas que na actual euforia em que justamente vivemos, mesmo que fosse um voto por cabeça, embora mais apertada, a vitória acabaria por sorrir a Cabral Ferreira.
É assim o futebol, no relvado e fora dele.
Quando escrevo estas linhas já sei que o Relatório e Contas relativo ao exercício de 2006 foi aprovado, e ainda bem, era um acto de bom senso de forma a evitar embaraços ou desculpas à nova Direcção. E digo isto porque entendo que estas eleições podem vir a ter uma importância decisiva na já longa história deste clube – ficou definida uma alternativa credível, que tem uma ideia e uma estratégia para o Belenenses; e ao mesmo tempo definiram-se responsabilidades. A partir de agora e para aqueles sócios que têm vindo a votar sistemáticamente na mesma política e nas mesmas pessoas, para esses, está na altura de assumirem também as suas responsabilidades. Nomeadamente os tais grandes eleitores que garbosamente se apresentam às urnas com uma mão cheia de votos. A responsabilidade é isso mesmo – fazer escolhas e assacar com as respectivas consequências.
Termino como comecei – Cabral Ferreira é o Presidente do Belenenses e o seu êxito corresponde ao êxito do Belenenses. Desejo-lhe por isso os maiores êxitos. Já no que toca à colaboração que lhe devo como belenense, exorto-o a ler o que por aqui se escreve, neste espaço, integralmente azul.