sexta-feira, julho 31, 2009

O meu comentário

As perguntas sucedem-se e Jorge Costa vai respondendo sem complexos, inclusivé à questão mais óbvia - se haveria o risco do Olhanense ser considerado um satélite (equipa B) do FC Porto! Para uma pergunta óbvia, uma resposta óbvia - esse risco não existe porque já todos consideram que assim é!
Mas deixemos por agora as perguntas e as respostas para eu poder explicar porque transcrevi a citada entrevista, uma vez que ela está disponível no 'record on line' e ao alcance de todos os cibernautas?!
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Obviamente para defender a minha tese, que Jorge Costa tão explicitamente escancarou. Não apenas na questão dos empréstimos de jogadores, nos clubes satélites (que são quase todos), mas especialmente quanto ao futuro da modalidade em Portugal. Aqui, Jorge Costa foi claro e objectivo - no futuro todos estes clubes satélites tenderão a encolher, e muitos, ou desaparecem ou remetem-se a um estatuto semi-profissional. E deu o exemplo da rica e desenvolvida Bélgica, que ele conhece bem.
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Eu sei que o futuro a Deus pertence, mas para quem já viveu alguma coisa, o futuro está cada vez mais parecido com o passado! Eu já presenciei esse futuro - eram quatro clubes e o resto era paisagem. Clubes médios em Portugal, não existem. Tal como as pessoas, há ricos e pobres, mais nada.
A única diferença para o passado é o fenómeno das autonomias regionais. Vamos lá ver se duram, porque é um caminho de esperança.
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Portanto, como venho repetindo, ainda há espaço para o Belenenses, mas só na parte de cima da tabela, junto aos outros três. Na parte de baixo, o destino é... semi-profissional, trabalhar de dia e treinar à noite. Como antigamente.
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.Saudações azuis

'Empréstimos' por Jorge Costa

"Os leitores do Record Online aceitaram o desafio de colocarem as questões mais pertinentes a Jorge Costa, treinador do Olhanense. O antigo capitão do FC Porto respondeu a todas e até abordou o propalado tema do empréstimo de jogadores.
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Qual é a sua opinião relativamente ao empréstimo de jogadores a equipas do mesmo escalão, visto o Olhanense até ser dos mais beneficiados por esse facto?
Marcos Areias, Amora
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Respondo com a maior naturalidade e sinceridade possível às perguntas que me fazem e por isso digo: acho ótimo! Sou beneficiado, felizmente tenho o prazer e o privilégio de poder contar com bons jogadores, e se a época passada não tivesse usufruído desta mesma possibilidade se calhar hoje não estaríamos na liga principal.
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Não concorda que é um risco apostar em empréstimos de um grande número de jogadores jovens e sem muita experiência de 1.ª Liga? Ou, pelo contrário, acha que estes dão uma mais-valia a uma equipa pela sua vontade de afirmação no futebol?
Bruno Oliveira, Coimbra
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Já na época passada se colocou essa questão e o resultado final foi a subida de divisão. É verdade que tenho jogadores jovens, mas quase todos têm já alguma experiência nas seleções e são elementos que se querem afirmar. Prefiro ter jogadores jovens com vontade de se afirmarem e de crescerem, do que ter jogadores já com vícios.
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Com as dificuldades financeiras que os clubes atravessam, qual o futuro que se advinha para a Liga portuguesa ao nível da sua competitividade e transparência?
Ivo Ramos, Odivelas
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O nosso futebol vive acima das suas possibilidades. Talvez fosse útil seguirmos o exemplo da Bélgica, um país evoluído, que tem um campeonato mais fraco que o nosso, com 50% ou 60% das equipas do campeonato principal a serem semiprofissionais. Treinam-se à noite e trabalham durante o dia, com uma massa salarial muito mais baixa que a dos clubes portugueses. Importa repensar o futebol em Portugal e perceber que não temos possibilidades para ter tantas equipas profissionais.
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Quais as diferenças de um plantel para a 2.ª Liga e de um para a 1.ª Liga?
José Pedro Franco, Santo António dos Cavaleiros
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Quando chegamos ao campeonato principal as exigências são maiores. Procuramos ter jogadores de mais qualidade. O objetivo passa por ter um plantel equilibrado e com jogadores de qualidade, dentro das possibilidades do clube."
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. (transcrição, com a devida vénia)

quarta-feira, julho 29, 2009

No bom caminho

Segundo rezam as crónicas o novo Belenenses (ou Belenenses novo) pôs em sentido o europeu Nacional da Madeira! Com uma equipa recheada de jovens jogadores, alguns oriundos da cantera, os azuis correram, jogaram, e ganharam! E é este o bom caminho, construir (e se possível manter) uma equipa baseada na formação, equipa que traga esperança para o futuro e que encha de esperança as escolas do clube! Ficam a saber que um dia poderão chegar à equipa principal. Também é assim que se reconstrói a mística.

Naturalmente que para enfrentar a ‘globalização’ (outro nome do liberalismo selvagem!) não será este o modelo de organização mais adequado. Porque se fosse, mais clubes o adoptariam. Para sobreviver nesta selva não podemos descurar, nem menosprezar, nenhum dos meios ao nosso alcance. Essa é a regra do jogo.
Em concreto, ao mesmo tempo que apostamos e valorizamos os nossos jovens jogadores, devemos estar atentos à concorrência. E a nossa concorrência todos os dias se reforça com jogadores emprestados, jogadores de qualidade, excedentários de Benfica, Sporting e Porto. E sem gastar praticamente um tostão. O preço, como já referi vezes sem conta, é a dependência.
O Belenenses nunca aceitará emprestados nesses termos, e por isso é mais difícil o nosso percurso. Teremos que ser mais audazes e argutos. E trabalhar mais.
Sem fundamentalismos ultrapassados, para garantir o único fundamentalismo aceitável – a independência.

Saudações azuis


(Quatro notas curtas)

Cândido Costa é (e sempre foi) um ala direito que quando está em grande forma consegue ‘fazer’ (desenrascar) o lugar de defesa direito. Não é nem pode ser um jogador do meio campo pela seguinte ordem de razões: - não tem espontaneidade no passe, agarra-se muito à bola e perde-a com facilidade. Por isso nenhum dos treinadores que passaram pelo Restelo apostou nele para jogar no miolo;
Mano é um jogador polivalente que em termos defensivos pode resolver o problema na direita;
Pelé, para o bem e para o mal, poderá ser o grande trinco do Belenenses e do futebol português. Central, inclusive.
Marcelo foi bem vendido e JPO bem dispensado.
Depois de Setúbal veremos.

terça-feira, julho 28, 2009

O polvo em revista

Cá estou eu de novo com a fruta da época:

No Correio da Manhã – ligações perigosas entre as redes de prostituição e as claques de futebol. Segundo o jornal parece que um dos líderes dos ‘super dragões’ foi apanhado no Brasil a contratar brasileiras para o plantel dos bares de alterne, zona norte! Um caso típico de ‘olheiro’ que não faz discriminação sexual!

Também no Correio da Manhã – Madaíl apanhado em offshore desculpa-se com Cadilhe! A Federação joga na dona branca e lá se vai o nosso dinheirinho!

Na ‘Bola’ – visita guiada por MST aos ‘negócios estranhos’ do Benfica. Já tínhamos lido qualquer coisa sobre as dívidas do Benfica à Euroárea, mas não liguei. Porque as dívidas do Benfica quem as paga somos nós, seja através da banca nacionalizada, seja pela via autárquica. O que há de verdadeiramente original nestes negócios é a vaselina! Melhor dito, o tráfico de influências escarrapachado nos contratos como se fosse a coisa mais natural deste mundo!
Original, mas não surpreendente.

E termino com uma efeméride: - lembram-se dos assaltos na segunda circular que desembolsaram a CML em 30 milhões de euros a favor do casalinho verde encarnado (15 para cada lado)!
Lembram-se quando o Sampaio presidente da Câmara disse que durante 15 anos não se dava mais nada a nenhum dos dois! Lembram-se?!
Eu lembro-me, mas a CML já se esqueceu.

Saudações azuis

segunda-feira, julho 27, 2009

Construir

Deve ser muito difícil dirigir o Belenenses!
Dou razão ao Telmo Carvalho – vendam a SAD porque quem a comprar não vai querer perder dinheiro. Tal como está, andamos a ver passar os comboios e o Belenenses nada lucra com isso. Além do mais é fonte de suspeições e calúnias, e se calhar, entreposto de interesses alheios.
Esta situação não favorece o Belenenses, não favorece os negócios em que o Belenenses esteja interessado, apenas favorece a irresponsabilidade e o nevoeiro! Muito nevoeiro! Para cúmulo, a direcção em lugar de cumprir o programa para a qual foi eleita, vem dar satisfações aos grupos de pressão que a ‘apertam’! Desculpem lá, mas não é assim que se dirige um clube profissional de futebol.
Houve eleições, candidatou-se quem quis, ganharam estes, portanto toca a baixar a bola.
O que se passou o ano passado, arruaças, ‘apertos’ a treinadores, treinos interrompidos por técnicos improvisados, isso não pode voltar a suceder no CF “Os Belenenses”. Esses irresponsáveis não podem continuar a dar cabo do clube, ainda por cima convencidos que são os ‘salvadores da pátria’!

E depois assistimos a situações caricatas, situações que só acontecem no Belenenses! Por exemplo, enquanto o Mourinho se fartou de ‘oferecer’ oportunidades de negócio ao Porto, através do Chelsea, e não só, os sócios do Restelo preferem andar a insultar o Jorge Jesus, a encararem a possibilidade de um excelente negócio para o Belenenses!
Que me interessa a mim quem ganha também com a transferência?! Que interessa agora estar a escalpelizar o contrato feito com o Júlio César em 2008?! Foi o que foi. Melhor do que o costume, porque o costume é sermos fintados. O costume é não recebermos nada.
Tomara eu que o Jorge Jesus se interesse por outros jogadores do Belenenses. Desde que esses jogadores sejam mesmo do Belenenses! Aí é que bate o ponto.

Mas neste momento o que interessa é a equipa de futebol que vai jogar na Liga Sagres. É sobre ela que vou dar alguns palpites, um exercício de ficção sugerido num ‘comentário’ da concorrência – faça você a equipa do Belém!
Pois muito bem, uma equipa acessível - vendo o Júlio César ao Benfica, e em lugar de receber o dinheiro em prestações a perder de vista, exijo em troca três jogadores emprestados por uma época, sem aumento de despesa para o Belenenses. Contento-me com um dos guarda-redes que eles lá têm, com um avançado, e com o polivalente Jorge Ribeiro.
Se pudesse escolher o avançado escolheria o Mantorras, que apesar das maleitas ainda marca golos. E ficávamos a ganhar com o negócio - apagavamos uma estrela na Luz e cativavamos a comunidade angolana no Restelo; Jorge Ribeiro jogaria a defesa esquerdo (Diego e Pires devem ser lançados com calma) e passávamos a ter um especialista em bolas paradas, incluindo os cantos.
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Ainda preciso de um defesa direito, de um central de raiz e sobre o meio campo tenho dúvidas! Tenho dúvidas porque nunca vi jogar o Barge nem o Ivan. O Celestino é um jovem, tal como o Pelé, André Almeida e o Freddy. Não podem jogar todos ao mesmo tempo.
Mas o meio campo é um sector vital. Parece que continuamos a ser dominados pelos adversários, não agarramos jogo, perdemos a bola facilmente, e não há pulmão para jogarmos a alto ritmo do princípio ao fim. E sem pulmão as compensações falham, o risco de sofrermos golos aumenta exponencialmente. Como se tem visto.
Não são só as hesitações ‘centrais’, as 'avenidas' laterais, ou mesmo ‘o baluarte’, os únicos responsáveis pelos golos sofridos. É todo o sistema defensivo, no qual o meio campo ocupa papel primordial.
Se o adversário tem mais bola que nós, é natural que crie mais oportunidades de golo. Se perdemos a bola com facilidade, os contra ataques adversários tornam-se mortíferos.

Portanto, muito trabalho tem este treinador para inverter a situação e fabricar um meio campo operário, que segure a bola quando for preciso e saiba passá-la a propósito.
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Pensando melhor, poupava no defesa direito porque o Mano faz o lugar, mas o central de raiz terá de ser adquirido. E não podemos facilitar, tal é a pressão (e a convicção de alguns sócios) sobre a falta de qualidade dos actuais.
Num golpe de asa ainda ía buscar um extremo, daqueles que ‘furam’ pelas faixas laterais. Mas já não deve haver verba.
Se o negócio Júlio César falhar, as nossas necessidades mantém-se. E sem dinheiro teremos que ir bater a outra porta. O problema é a moeda de troca.
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A humildade também é um sinal de grandeza. Já não há lugar para fantasias. Reconheçamos o estado de penúria em que nos encontramos, base segura para preparar o futuro.

Saudações azuis.

sexta-feira, julho 24, 2009

As boas e as más

(As boas notícias)

Temos um activo cobiçado pelo Benfica, o jovem guarda-redes Júlio César, e a reacção normal (de um belenense normal) teria de ser uma reacção positiva! Ainda bem que podemos vender um jogador para assim realizar algum dinheiro, dinheiro que não temos, e que precisamos para solucionar as carências do actual plantel! Qual é a dúvida?!
Ah, parece que só vamos receber 10% do valor da transferência! Bem, isso é uma questão que não é para aqui chamada. E como não conheço os contornos do negócio que envolveu a aquisição de Júlio César (Dezembro 2008) não vou fazer comentários.
Posso apenas acrescentar aquilo que não é novidade para ninguém: o negócio do futebol é igual aos outros negócios – comprar mais barato e vender mais caro – com uma pequena diferença – os negócios no futebol fazem-se tendo em vista melhorar a qualidade da equipa. E não o contrário.
Além do mais, se existe cláusula de rescisão, se ela for respeitada, também não vejo qual seja o impedimento!
E mais não digo por razões que têm a ver com a valorização do património azul.

(As más notícias)

Parece que um dos elementos da Direcção recém eleita foi ‘apertado’ no estádio do Restelo por um grupo de associados! Segundo consta estarão insatisfeitos com a política de contratações e dispensas e querem provávelmente participar na gestão do clube!
Voltamos ao mesmo?! E quem são os mesmos que se acham no direito de confrontar (e perturbar) quem assumiu responsabilidades pelo Clube?! Faltando assim ao respeito a todos os sócios e ao próprio Belenenses!
Ou será alguém que quer eleições permanentes?!
É bem provável que surjam escritos e escribas a minimizar o sucedido, mas a verdade é que a comunicação social deu a notícia. E ser notícia por semelhante motivo não faz bem ao Belenenses. Afasta as pessoas decentes, afasta a boa moeda, e traz mais lixo para o Restelo.
A continuarmos assim o Belenenses não dura muito tempo.

(As péssimas notícias)

Para ganharmos uns tostões vamos gastar uns milhões. Se calhar não fazemos contas, vai para a ‘conta’ da relva!
Depois do campo de treinos ter sido arrasado pelas escolas de râguebi, agora é o campo principal que está impraticável! Pois, pois, concertos… o futebol logo se vê.

Saudações azuis

quinta-feira, julho 23, 2009

Logicamente!

A lógica é uma das disciplinas do pensamento e por mais amor que eu tenha ao Belenenses não a consigo dispensar em alguns momentos, digamos, mais lúcidos!

O primeiro exercício prático que proponho aos que também gostam do Belenenses é o seguinte: - se nos jogos-treino que temos realizado continuamos a ser dominados pelas equipas adversárias, e nas raras oportunidades que nos surgem falhamos, qual é a capacidade do nosso meio campo e quem são os finalizadores da equipa?!
Se por outro lado (segunda premissa) já nos livrámos dos ‘pernas de pau’ do contentor, que conclusões é que podemos tirar em relação aos que permaneceram, aos da casa?!

Segundo exercício lógico: - se não conseguimos ‘arranjar’ cerca de trinta mil contos (em moeda antiga) para negociar um jogador importante para os objectivos do Belenenses como é que ainda existem sócios que concluem que podemos formar uma equipa competitiva sem jogadores emprestados?!
Se por outro lado, vamos ficando a saber que os nossos activos (jogadores vinculados) não estão afinal tão ‘vinculados’ como esperávamos, qual é o papel do Belenenses na indústria do futebol?!
Podemos concluir que é um entreposto de interesses de outrem e não do próprio clube?!

Terceiro e último exercício por hoje: - se votamos persistentemente nos mesmos dirigentes, podemos concluir que a responsabilidade é nossa pelo estado (lastimável) em que nos encontramos?!
Se por outro lado gostamos assim tanto do clube (como muitos gostam de afirmar) porque é que não concluímos que somos masoquistas?!
E se sim, porque é que não consultamos um psicólogo?!

Trabalho para casa: - repetir cem vezes que se não temos dinheiro para comprar um jogador de futebol que nos faz falta, não podemos gastar dinheiro, espaço e tempo com outras modalidades.

Dirão alguns – já cá faltava esta!
Eu respondo: - não se esqueçam do psicólogo, depois pode ser tarde… para o Belenenses.

Nota básica: este postal destina-se apenas àqueles que como eu ainda sofrem pelo Belenenses.

Saudações azuis.

A pena e o prémio!

Numa decisão inédita a Comissão de Disciplina da Federação provou que a justiça portuguesa é realmente cega. Vou mais longe - é ceguinha! Em causa estavam os distúrbios provocados pela claque do Benfica em Alcochete, incidente que levou à interrupção do chamado jogo do título, jogo que definia o campeão de juniores de futebol.
E qual foi a salomónica sentença?!
Punir ambos os clubes, Benfica e Sporting com uma derrota de 3-0 e como consequência sagrar o Benfica campeão nacional de juniores!
Já tinhamos visto muita coisa em termos de justiça republicana, mas esta mensagem de benefício ao infractor, ultrapassa as melhores expectativas! E agora já sabemos o que fazer - quando estivermos em vantagem pontual sobre o nosso adversário, o último e decisivo jogo nunca há-de chegar ao fim! Assim hajam pedras, petardos ou very-lights!
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. Também foi notícia (será!) a derrota do Belenenses frente à Académica em jogo treino efectuado em Àgueda. Como não vi o jogo não me pronuncio, mas começa a ser difícil manter a esperança numa época razoável. A ver vamos, mas sem golos não vamos a lado nenhum.
Ah, já me esquecia - segundo as crónicas, o eterno Lito continua a fazer das suas!
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Saudações azuis.

quarta-feira, julho 22, 2009

'Notícias frescas' - 2ª parte

Prosseguindo a análise da 'imprensa desportiva' fixo-me agora na primeira página do 'Record', edição papel:
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Uma página quase inteira, triunfal, Weldon no Benfica por 140 mil euros, e no canto superior um minúsculo quadradinho com o resultado do jogo contra o Atlético de Madrid! Uma derrota (1-2) com a legenda - 'mais um de Cardoso'. Nas páginas seguintes a apoteose de uma vitória moral! Segundo Jesus - a melhor exibição da época!
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Na mesma (primeira) página o Sporting tem direito a uma pequena faixa e a uma reprimenda por parte de Paulo Bento. Um empate com o Guimarães com sabor a derrota.
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O Porto aparece nos centímetros habituais com uma notícia qualquer.
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.O que fica exposto vem (infelizmente) comprovar a tese que defendi no último postal: - tudo a favor do Benfica, o Sporting nem tanto, e o Porto é para ignorar ou então para dar notícias contra.
Por outro lado, e de acordo com os media, o Benfica faz sempre negócios admiráveis, Weldon foi uma pechincha, e não há jogador neste planeta que não sonhe jogar de águia ao peito! É certo que existe alguma dificuldade em vender jogadores, os jornalistas bem se esforçam, mas por exemplo, o Luisão não há meio de ser comprado pela Fiorentina!
Para cúmulo e fonte de enervamento geral, o Porto farta-se de ganhar dinheiro a vender jogadores.
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Passemos à contra capa: Aí a preocupação dominante situa-se na baliza do Benfica. Os colunistas são unânimes em considerar que o 'dream team' encarnado está debilitado naquela posição. Ora aqui está a oportunidade do Belém para trocar de guarda-redes. Júlio César por Moreira e mais algum dinheirinho. O pior é que eles para pagarem é um cabo dos trabalhos.
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.Saudações azuis.

'Notícias frescas'

Comentar em cima da notícia é a minha especialidade, mas evito, prefiro amadurecer o assunto. Mas hoje vai ao contrário:
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Resolvido o caso Pelé com um contrato de três anos e desconhecendo eu as cláusulas do respectivo, ainda assim arrisco dizer que para o ano, quando atingir a maioridade, terá o contrato de ser prolongado salvaguardando os interesses do Belenenses em futura e provável transferência. Curiosamente um dos 'diários da bola' noticia hoje que, com o acordo agora alcançado, o Belenenses poderá encaixar uma importante verba no caso de negociar o Pelé para outro clube! A conclusão, por ser tão óbvia, não deixa de ser inquietante - porque expôe a proverbial incapacidade do clube em rentabilizar os produtos da sua formação, que acabam por sair ou pela porta das traseiras ou então pela porta grande mas sem que o Belenenses beneficie grandemente com a situação. Basta recordar Rolando e Amorim. Vamos lá ver se desta vez conseguimos contrariar o fado perdedor.
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Também leio que Júlio César é cobiçado por Jesus! Todos sabem que sou apologista de um guarda-redes mais experiente e que não dê a sensação (pode ser só sensação) de jogar desligado da restante defensiva. Por isso, se o negócio for bom para ambas as partes (Belenenses e jogador) não vejo inconveniente. Para desenrascar a situação o Nelson, ex-Estrela, serve muito bem.
Ainda sobre a notícia é claro que o jornalista defendeu os interesses do Benfica salientando que seria uma transferência barata para o clube das águias.
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Finalmente comento o registo de entradas e saídas de jogadores deste ano e constato sem surpresa que a maior parte dos jogadores que foram dispensados, especialmente aqueles que eram ou deviam ter sido nucleares na época transacta, não conseguiram até à data arranjar novo clube! Estranho ou talvez não. Pelo contrário, alguns 'pernas de pau' já foram contratados e por gente que deve perceber de bola - Maykon, por exemplo!
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. Saudações azuis.

sábado, julho 18, 2009

Alianças e empréstimos – uma teoria

O Belenenses deve ser o único clube português, para além dos três ‘grandes’, que ainda tem adeptos que são só do Belenenses!
Não serão muitos, é uma herança do passado, um passado glorioso, infelizmente longínquo. Apesar de tudo, este facto deveria ser motivo de reflexão… e semente de esperança!
Foi essa esperança que deu asas a esta teoria, mais uma!

Na vida das pessoas como na vida dos clubes temos que ter a noção das realidades, e se a realidade nos incomoda há que arquitectar uma estratégia para acabar com o incómodo. Comecemos pela política de alianças:

Antigamente fazia sentido ter uma relação privilegiada com o Porto, mas a partir de 1974 essa aliança passou a estar condicionada pela guerra norte/sul! Desde então nunca mais retirámos quaisquer benefícios práticos da situação, enquanto o velho aliado ía aproveitando as nossas jóias da coroa. E nós, ingenuamente, sempre à espera das contrapartidas que não chegavam! De vez em quando, como no tempo de Rosa Freire, zangámo-nos inutilmente!

Os nossos dirigentes nunca perceberam que o Porto trava uma luta de sobrevivência (eu diria de morte) com o Benfica, porque o Benfica não precisa de ganhar campeonatos para se manter na crista da onda, para ter tudo a seu favor! E quem não percebe isto, está cego, não percebe o país que somos, ou gosta de se entreter a imaginar apitos das cores que lhe interessam!

A verdade é que o Porto precisa de utilizar todos os seus recursos para contrariar o nacional-benfiquismo vigente. Por isso tem que emprestar (muitos) jogadores, de forma cirúrgica, comprometendo e mantendo uma série de clubes na sua órbita. Daí a necessidade de uma folha salarial imensa!
Não foi por acaso que na última assembleia da Liga o Benfica tentou limitar o número de jogadores emprestados, tese que foi energicamente contrariada pelo Porto! Era a sua influência (e liderança) que estava em risco.
O Benfica, repito, não precisa de nada disto, nem de emprestar jogadores, nem de mexer uma palha, para exercer um domínio avassalador sobre o país futebolístico!

Nesta guerra pela hegemonia, o Sporting não conta, não tem força, será sempre o ‘Valência’ do nosso campeonato. Para isto voltar a ser uma quinta verde e encarnada (o sonho de tantos!) era preciso uma revolução, era preciso acabar com o Porto (e talvez com as regiões autónomas), reduzindo de novo o País a Lisboa e arredores… sem colónias! Ou com as colónias cá dentro!
Não me vou pronunciar sobre este cenário, irrepetível, espero, e regresso à realidade presente:

Assim, a realidade presente será o Pitbull ir para Setúbal e o João Paulo ir para um clube qualquer que corresponda aos interesses estratégicos do Porto. O Belenenses pode esperar. É um amigo seguro, o Porto não quer (nem pode) colonizar-nos.

Resumindo e concluindo a nossa política de alianças deve ser a seguinte:
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Com o Porto devemos manter uma aliança simbólica, sem dar nem esperar nada em troca. Semelhante à que existe entre Portugal e a Inglaterra – gostam muito de nós (nós nem tanto) mas quando precisamos de alguma coisa dizem-nos que têm outras prioridades.

Com o Benfica nem no plano simbólico por todas as razões e mais uma! Razões simples de entender – o Benfica não precisa de alianças e o cordeiro nunca se alia com o lobo. Ainda por cima com o covil perto do curral.


Com o Sporting e atendendo ao que fica dito podemos efectivar acordos pontuais, inclusive empréstimos de jogadores atendendo à situação de carência em que vivemos. E estou convencido que será fácil negociar com o Sporting sem comprometer os jovens da nossa formação. O Sporting tem lá muito por onde escolher.

E já que estamos a ventilar este assunto sugiro que se tente o empréstimo do Tiuí, jogador que resolveria um grande problema do nosso plantel – quem marque golos!
Não vem tapar a progressão de ninguém, nem temos lá ninguém que dê garantias de marcar golos. Além disso, é um jovem jogador, desaproveitado, e que há-de querer brilhar para voltar ao Sporting. É triste estar a dizer isto mas sirva-nos de consolação que o hipotético brilharete do Tiuí… há-de corresponder a muitos golos do Belenenses. E os golos dão pontos no campeonato.

No resto vamos apostar decisivamente na formação, mas com uma ressalva, ninguém joga no primeiro time sem estar agarrado por um contrato de longa duração. Contratos sem cláusulas para 'dar saltos' cá dentro. Saltos para o Real Madrid, sim senhor!
O ‘caso’ Pelé não se pode repetir. Além do mais, faz mal ao ego.

Saudações azuis.

quinta-feira, julho 16, 2009

Um romance central!

Ainda não começou o campeonato e a blogosfera azul já faz pontaria aos centrais! Não conheço os reforços, ainda não vi nenhum jogo treino, seria prudente (e lógico) não me pronunciar sobre a nova equipa do Belém. Mas o romance dos centrais tira qualquer pessoa do sério!
Explico: - Se eu fosse reler as minhas crónicas relativas à época transacta, descobriria facilmente que a questão central tem pouco a ver com os centrais! Cheguei a dar como exemplo a opinião do ex-Jesus bracarense, especialista em treino defensivo, que não compreendia o que se passava com a equipa do Belenenses!
A verdade sobre o mau rendimento da época passada tem outras pistas, e não é oportuno insistir no tema.
Reconduzidos ao problema central, é preciso não esquecer que no futebol moderno toda a equipa defende, as compensações são fundamentais, exigem muito treino e pulmão, e nesse aspecto volto à organização defensiva de Jorge Jesus. Bem sei que tínhamos o Hugo Alcântara (muitas vezes castigado) e o Rolando (que ainda não era craque) mas recordo que nalguns jogos foram substituídos por outros jogadores (Devic, inclusive) e a defesa não se ressentiu. Portanto, qualquer comparação que se faça, não pode ignorar que no último campeonato sofremos mais de quarenta golos! Com uma média de quase dois golos por jogo! Assim, amealhar pontos era praticamente impossível.
Outro aspecto a considerar tem a ver com a experiência do guarda-redes, mas este assunto é tabu em Belém, porque a maioria dos comentadores acha que o Júlio César não faz parte da defesa!
Pois bem, concluamos: - nem oito nem oitenta, o treinador terá de organizar a equipa a partir dos alicerces, de trás para a frente, os adversários não podem esburacar as nossas laterais com a facilidade da época passada, e ninguém se pode esquecer da ‘laranja mecânica’ – todos atacam e todos defendem.
Depois… é preciso ter o tal avançado que falha pouco, e marca pelo menos dez golos no campeonato.
Mas como disse no princípio, eu estou por fora. Aguardemos os próximos desenvolvimentos.

Saudações azuis.
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Comentário a propósito: - Vi mais tarde o video do golo que sofremos! E vê-se bem: - contra ataque serrano, Diakité em recuperação defensiva, e na tentativa de cortar o lance, mete a cabeça à bola colocando-a ao alcance do extremo direito contrário, e este força a entrada na àrea, com o nosso lateral (Pires) à ilharga. Acaba por rematar cruzado, de ângulo difícil, batendo o guarda-redes Júlio César. A mim pareceu-me um remate defensável e que Júlio César foi muito mal batido. Mas ninguém fala nisso! Nas crónicas que li a responsabilidade recai sempre sobre o lateral esquerdo! Assim não vamos lá, muito embora tenha que referir que Pires ainda está muito verde para ser titular. Não me esqueço das 'avenidas' que o Urreta abriu no último jogo na Luz.
E fico-me por aqui. Mas sofremos mais um golo daqueles...

domingo, julho 12, 2009

Campeonato condicionado

Razões que a razão desconhece continuam a condicionar o campeonato português. A expressão - ‘campeonato’ - deve aqui ser utilizada com as maiores cautelas já que tem um significado restrito, a precisar de descodificação.
Explico: - significa Hermínio e as quatro regiões!

A primeira região, é mais do que região, é uma religião nacional – trata-se do casalinho verde e encarnado, bandeira do centenário a que isto chegou!
Lisboa é deles… tal como as restantes regiões do continente. Com uma única excepção, o Porto enquanto ganhar.
A segunda região é o Futebol Clube do Porto.
A terceira região é a autonomia madeirense que promete continuar a desenvolver-se (e a cumprir os requisitos) podendo em futuro próximo albergar mais um concorrente Sagres.
E criou-se agora uma quarta região, Entre Douro e Minho, onde se situam duas cidades com grande tradição benfiquista - Braga e Guimarães. Nos últimos tempos, esta região tem sido palco de uma luta entre Benfica e Porto pelo controlo dos principais clubes.

Definida a geografia da bola indígena (a palavra apropriada seria ‘indigente’) o condicionamento do sorteio fica esclarecido:
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Benfica e Sporting nunca jogam no mesmo fim-de-semana em Lisboa;
Marítimo e Nacional nunca jogam no mesmo fim-de-semana na Madeira;
Braga e Guimarães nunca jogam no mesmo fim-de-semana em casa.
E o Porto, por exclusão de partes, só tem que se preocupar com o Leixões.
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Eliminados quaisquer obstáculos que possam interferir com as receitas dos mais fortes e ricos (à conta do orçamento de estado!) os mais necessitados (como o Belenenses) podem entreter-se a jogar a altas horas da noite, às segundas e sextas, por causa das esmolas da televisão.
Para comemorar tudo isto foram lançadas as bolas do centenário, ainda redondas, mas com as cores e motivos que eu tanto aprecio.

Saudações azuis

quinta-feira, julho 09, 2009

quarta-feira, julho 08, 2009

Falar de futebol

Da época se avizinha, da equipa que precisamos de construir, dos erros cometidos, resumindo - a opinião de mais um treinador de bancada.
Começo pelos factores que decidem o sucesso ou insucesso de qualquer empreendimento: - para chegarmos à Índia foi preciso querer chegar à Índia, vontade colectiva interpretada e consubstanciada na liderança maior. Que soube escolher um condutor de homens com o mesmo espírito. Nestas circunstâncias é como o código postal, meio caminho andado, com os jogadores a perceberem perfeitamente que ou se empenham a sério na empresa ou vão borda fora.
Criado o clima, vejamos o que temos que corrigir da época passada: - a defesa, onde todos defendem, não existiu. E desatámos a culpar os centrais, depois os laterais, os médios, e estranhamente, houve quem pensasse que o guarda-redes não tinha culpas no cartório!
Eu ligo pouco aos jogadores. Antigamente, um bom jogador fazia a diferença, hoje, existem milhões de jogadores, os rapazes não estudam e querem ser craques, a dificuldade está na escolha. Mas difícil, difícil, é transformar onze jogadores numa equipa.
O ano passado nunca conseguimos. Nunca houve uma liderança forte, no Belém todos mandam, e os jogadores sentem isso, e começa cada um a puxar para o seu lado, nada feito.
Podia dar exemplos de ‘pernas de pau’ que com uma liderança forte e coesa (direcção e treinador) conseguiram milagres. Que afinal não eram milagres, nem os jogadores eram afinal ‘pernas de pau’.
E podia dar exemplos ao contrário.
Também é preciso sorte, especialmente ao princípio, pois em se ganhando embalagem… tudo se torna mais fácil. E esta sorte tem muito a ver com os golos que se marcam ou deixam de marcar.
Na época transacta nunca tivemos um goleador! E faz muita falta.

Nomes que gostaria de ver no Belenenses?! Para quê?! Não me fazem a vontade.
Passei a vida a falar no Lito, um jogador acessível à nossa bolsa, e nada. Agora já é tarde, vai acabar a carreira na Académica.
O Paulão da Naval é um central experiente; também elogiei o lateral direito do Rio Ave que foi parar ao Porto; outro central, o Valdomiro do Trofense, que marca golos que se farta, vai continuar no Trofense?! Agora, uma heresia - gostava de ter um guarda-redes experiente, que soubesse comandar a defesa. Será que com o ‘velho’ Nelson (Estrela da Amadora) teríamos sofrido tantos golos?!
Avançados?! O Anselmo, que também jogou no Estrela, pareceu-me sempre um jogador de categoria… e acessível. E que é feito do (gigante) João Paulo (ex- Estoril e ex-União de Leiria) que o ano passado esteve para ser contratado?!
Enfim, quem lá está há-de saber o que faz.

Saudações azuis.

segunda-feira, julho 06, 2009

A semana

Rebuscando os assuntos que merecem algum comentário só encontro estes:

Tauromaquia e desporto – a investida do ministro da economia sobre a trincheira comunista fica para a história como o retrato mais fiel do redondel de São Bento. A faiena tem contornos desportivos e o azedume deve-se a um cheque passado pelo ex-ministro a favor do clube de futebol de Aljustrel. Sentindo o latifúndio em risco os comunistas farpearam fortemente o ex-Guevara até que este não se conteve e brindou o Bernardino ‘coreano’ com o gesto do marido enganado.
Uma telenovela de amor, ciúme e latifúndio, com as minas de Aljustrel muito ao fundo.
Numa rápida apreciação individual podemos dizer que Pinho foi corrido mas esteve bem… pela primeira vez!

Eleições à antiga portuguesa – a ‘instituição’ foi a votos e a lista do Vieira das Furnas obteve um resultado do terceiro mundo. O acto ultrapassou providências cautelares, a comunicação social empenhou-se em distorcer, até ao limite, a realidade dos factos, e o candidato vencido foi votar protegido pela polícia! A fazerem lembrar velhas eleições!
Subsiste a pergunta: - o que haverá de tão importante nestas eleições para tal comportamento por parte dos media?!

O balneário azul – falar do balneário belenense é falar de Silas e Zé Pedro. Dois jogadores que assumem a actual cultura do clube. Ou seja, menos vitórias e mais derrotas, descidas de divisão sistemáticas, com a culpa a recair (quase) sempre no treinador. Convenhamos que o curriculum não é famoso. Para os mais novos e para quem chega de novo o discurso do balneário também não deve ser famoso! Estou a imaginar – falhámos, íamos ganhando, tivemos azar, etc. …
Mas eu entendo que o balneário é mais amplo e estende-se inevitavelmente aos dirigentes do Clube. Sendo assim, acredito na velha máxima - que uma liderança forte faz forte a fraca gente. Não vou portanto dar palpites sobre jogadores, muito menos sobre o futuro de Silas e Zé Pedro.

Saudações azuis.

quinta-feira, julho 02, 2009

Amendoíns outra vez!

Pronto, começaram as notícias sobre o futebol e começo eu a ferver! Será fervura em pouca água? Veremos.
André Almeida e Pelé, dois jovens da cantera, o último ainda sem contrato de profissional, já estão prometidos ao FC Porto! Direito de opção, o que na prática é a mesma coisa. Vamos repetir a cena ‘Rolando’?!
Teóricamente, direito de opção significa que o Porto pode cobrir, igualando, a melhor proposta que fizerem pelos rapazes. Isto na vigência do contrato que os liga ao Belenenses.
Mas na prática é tudo ao contrário – os rapazes interiorizam que são (potenciais) jogadores do FC Porto e comportam-se como tal. Vão rodando no Belenenses e no caso de serem mesmo bons, quando chegar a altura de renovarem novamente, antes de darem o salto, estão-se nas tintas para os interesses do clube formador/vendedor e só pensam em facilitar a transacção ao clube comprador. Isto é dos livros.
Os nossos dirigentes, por seu turno, também interiorizam que só é possível negociar nestas condições e preparam-se para trocar ouro por amendoíns. À semelhança dos índios da América do sul perante os conquistadores espanhóis!
Assim nunca conseguiremos vender uma ‘truta’ no mercado europeu. Talvez ganhemos uns trocos se Porto, Benfica, ou Sporting, ganharem uns milhões na venda do jogador que formámos!
Até nisto a união europeia é uma mentira. Porque não é para todos. Para os pequenos não é de certeza. Para os anjinhos também não.

Saudações azuis.

quarta-feira, julho 01, 2009

Desportivamente falando…

Nas quatro linhas está a verdade desportiva, ao menos, a verdade desportiva a que temos direito. Ninguém gosta e eu não gostaria de saber que aquele jogo que vejo, que testemunhei, possa vir a ter um resultado diferente na secretaria. Independentemente dos erros do árbitro ou dos acasos que passaram despercebidos.
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Questão diferente é a posterior verificação de fraude (sempre premeditada) e cuja existência terá condicionado o resultado da partida. Sirva de exemplo o que (não) aconteceu no Futsal: - se o Ricardinho tivesse sido expulso no jogo anterior (como deveria ter sido) não jogaria a finalíssima. Mas se mesmo assim o Benfica o pusesse a jogar era evidente para todos que a verdade desportiva estava a ser atraiçoada. Mesmo que nas quatro linhas o Ricardinho tivesse marcado vinte golos e feito uma exibição de sonho.
E ainda que todos, excepto o reclamante, desconhecessem o hipotético impedimento do Ricardinho.
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Dei este exemplo, mas podia ter dado o exemplo do ‘Caso Mateus’. Para quem não se lembra foi um jogador que alinhou pelo Gil Vicente estando impedido de o fazer e sabendo o Gil Vicente que Mateus não podia jogar. Uma fraude, portanto.
Mas também podia dar o exemplo dos jogos entre equipas com salários em atraso quando defrontam equipas com salários em dia… se houvesse uma norma que punisse tempestivamente tal prática.
Mas não há.
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O que existe agora são um conjunto de pressupostos para um clube se inscrever nas competições profissionais organizadas pela Liga. E assim, é a Liga que decide quem está em condições de competir na época de 2009/2010. E decidiu excluir o Estrela da Amadora. Como o Belenenses ficou em 15º lugar no campeonato anterior é ele quem tem o direito de ocupar a vaga em aberto. Não há aqui benefícios nem prejuízos, é tudo muito claro e automático.
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As únicas coisas que podemos comentar (a título histórico e não só) são outras:
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1. O golo de William (Paços de Ferreira) que a poucos minutos do fim deu vantagem ao Belenenses em desfavor do Trofense.
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2. E o campeonato miserável que fizemos, indigno dos nossos pergaminhos, os responsáveis por esta situação e pelo acentuado declínio do Clube.

E não há Futsal que nos valha.

Saudações azuis.