sábado, fevereiro 27, 2010

Ligados à bomba!

Parece que em sessão plenária da CML o vereador comunista Ruben de Carvalho terá vetado a bomba de gasolina que a anterior vereação camarária havia aprovado em favor do Belenenses!
Parece que o argumento invocado se prende com o facto de já termos uma bomba, tal como Benfica e Sporting!
Parece que o actual presidente do Belenenses, que estava entre a assistência, assistiu à nega!
Parece que, segundo Costa, vamos ter que aguardar pela próxima sessão!
Parece que estamos ligados à bomba, com os depósitos vazios, e sem soluções alternativas!

Comentário:

O costume – quando nos candidatamos à Direcção de um clube de futebol como o Belenenses com uma mão à frente e outra atrás, a contar apenas com a prata da casa (que está no prego há muito tempo) ou então sonhando com as dádivas dos poderes públicos (PT incluída!) … das duas, uma, ou somos influentes no meio, e conseguimos receber tanto como recebe a segunda circular, ou então ficamos quietos em casa a ver o Belém na televisão, às segundas e sextas, fora de horas, porque o dinheiro das transmissões ainda é o único com entrada certa. Embora por conta dos anos futuros!
Como por outro lado (e por absurdo que pareça) o negócio do futebol (bilheteira e transferências) nos está vedado – porque não temos dinheiro para segurar os jogadores com contratos rentáveis a favor do Belenenses – ainda menos se percebem determinadas candidaturas!
Que fazer então?! Como sair disto?!
Vou repetir-me, precisamos urgentemente de criar as condições estatutárias ou normativas para que alguém (seja belenense ou não) possa olhar o Clube como um investimento atractivo… no negócio do futebol… de primeira Liga.
Agora, tal como estamos, a funcionar em circuito fechado, sempre as mesmas caras, não vamos a lado nenhum.
E não sei se já repararam numa coisa - hoje em dia o Belenenses não é atractivo nem para se ser presidente, nem para se ser treinador, nem para se ser jogador!
Pior é impossível.

terça-feira, fevereiro 23, 2010

É a vida…

A vida está como o Belenenses – em último lugar, cada vez mais isolado, por culpa própria, sem direcção, um deserto sem fim à vista, onde apenas crescem aquelas ervas que não dão flor nem fruto.
Não vi o jogo e recuso-me a vê-lo, em reprise, para sustentar a crónica habitual. Simplesmente porque já não aguento.
Não aguento a tristeza de um clube a definhar, ano após ano, com ligeiras melhoras quando consegue libertar-se um pouco da doença (amplamente diagnosticada) que o asfixia, para logo retomar o inexorável caminho da extinção.
Aqui há uns tempos, quando avaliei o campeonato já decorrido (um terço, se não me falha a memória) ainda não éramos os últimos, mas tudo indicava que para lá caminhávamos. Era uma questão de tempo. Paralelamente, em relação ao adversário que nos visitou ontem, fui dizendo que certamente subiria na tabela e sem quaisquer problemas.
Porquê?!
A Académica teve um mau início de campeonato, foi lanterna vermelha uma série de jornadas, mas soube fazer pela vida. Teve artes para apostar num jovem e promissor treinador, e a verdade é que a partir daí, tudo mudou, o plantel que é praticamente o mesmo, consegue formar uma equipa unida e vitoriosa.
Isto seria possível de acontecer no Belenenses?!
Não.
É aliás (tem sido) um dado adquirido que uma vez caídos nos lugares de despromoção nunca mais dali saímos. A não ser através da secretaria.
Qual é então a diferença entre nós e os outros, neste caso a Académica?!
Respondo, colocando a pergunta de outra maneira – se tivéssemos optado por Villas-Boas, teríamos conseguido subir na tabela classificativa?!
Não, porque não acredito que Villas-Boas aceitasse treinar o actual Belenenses. E com isto ilibo de responsabilidades todos os treinadores que tentaram, sem sucesso, fazer alguma coisa de positivo.
As razões são várias mas a principal tem a ver com um clube sem direcção e entregue a um conjunto de interesses alheios ao futebol. Isto não se passa na Académica nem na restante concorrência.
Estou farto de o dizer, farto de falar em rotura com o passado recente, estou cansado de afirmar que o Belenense tem que se libertar deste ‘lastro’ que o empurra todos os dias para o fundo.
Quem se candidatar, se quiser salvar o Belenenses, tem que eliminar tudo o que não for futebol.
Não há volta a dar.
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PS: - Jaime Pacheco comentou o actual momento do Belenenses e não podia ser mais certeiro, quanto ao diagnóstico e quanto à terapia. É uma revolução (rotura, chamo-lhe eu), doa a quem doer, indispensável à sobrevivência do Clube de Futebol "Os Belenenses". Urgente porque o capital de esperança que ainda existe está a esgotar-se rápidamente.

sábado, fevereiro 13, 2010

Meia partida!

É com gosto que escrevo esta crónica, não gosto de vitórias morais, nem daquele joguinho para sacar um empate com sabor a vitória. Os empates nunca sabem a vitória. Mas apesar disso, apesar de ter berrado em duas ou três ocasiões (no sofá, evidentemente) tenho que ser justo - fizemos hoje a melhor exibição da época!
Valorizada por um adversário que no seu estádio, estádio sempre cheio, costuma golear quem se atreva a discutir o jogo. Desta vez o Benfica não engrenou e a responsabilidade foi do Belenenses. Atenção que eu disse que discutimos o jogo, não disse que discutimos resultado. Porque há uma diferença, e não é pequena.
Aliás, vai ser essa 'diferença' que ditará (ou não) a descida à Liga Vitalis. Não basta apresentar uma excelente organização dentro do campo, uma posse de bola (sob forte pressing) como há muito não se via, não basta aumentar os níveis físicos, e o Belenenses teve tudo isso, pelo menos durante largos períodos, porque o que conta é a eficácia. E essa mais uma vez não existiu. Precisamos de marcar golos, mas também precisamos que o último passe tenha mais qualidade. E claro, não podemos sofrer golos como aquele que íamos sofrendo, na sequência de um canto a nosso favor! Uma espécie de repetição do segundo golo contra o Braga! Disso não precisamos. Bruno Vale fez o que devia fazer e foi expulso. Mas a diferença mínima manteve-se.
Quanto ao golo do Benfica, penso que há mais mérito no centro de Ramires (meio golo) e na deslocação de Cardozo, do que na má colocação defensiva.
E pronto, acrescento apenas que todos os jogadores se esforçaram por alcançar outro resultado, e houve alguns que se superaram - André Almeida, Celestino, e próprio Devic, independentemente de ter sido batido no golo. Abaixo do esperado, estiveram Lima e Yontcha.
António Conceição parece saber o que quer, e a equipa revelou isso. Se vamos a tempo?! No fim logo se vê.
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Saudações azuis.

Façam uma partida de carnaval!

Surpreendam-me, façam uma partida na segunda circular, na Luz, mascarem-se de belenenses, desfilem sem rodeios por aquela avenida, entupida, onde estão os estádios que todos pagámos, não se atemorizem, assustem o Quim com duas ou três bombas, à entrada da área! Ele que as vá desactivar dentro da baliza, o Zé Pedro já soube como é que se fazem, lembrem-se do Matateu, do Yaúca, comam a relva, não se deixem rabiar, eu prometo que não escrevo mais crónicas, juro.
Mas façam lá isso. Não custa nada. Afinal, no Carnaval, tudo vale e nada parece mal.
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Saudações azuis.

terça-feira, fevereiro 09, 2010

A inocência e o pecado

Tínhamos referido que era possível ganhar este jogo, e de facto, face às incidências da partida tudo se conjugava para isso. Escrevi na altura que era preciso ter um pouco de eficácia, um pouco de sorte e muita concentração. Mas nada disso aconteceu.
Aos quinze minutos da primeira parte dispusemos de uma grande penalidade a nosso favor, mas falhámos - não fomos eficazes.
No início da segunda parte faltou-nos sorte – o remate de Fajardo que se perdeu na barra e o cabeceamento de Mustafá levavam o selo de golo – mas o guarda-redes do Braga estava lá!
E tivemos três ou quatro momentos de pura desconcentração equivalentes a três golos sofridos. Infantilidades que já não se usam… nem nos juniores.
Acresce que jogámos quase todo o tempo em superioridade numérica.
Que mais dizer sobre este jogo?! Sobre esta oportunidade perdida?!
Pouco mais, a não ser que a equipa lutou, correu muito, mas continua a revelar pouca agressividade nos lances decisivos. E agressividade não tem nada a ver com violência ou quebra das leis de jogo. É precisamente o contrário.
O que acontece muitas vezes com os jogadores do Belenenses é que facilitam no início dos lances e depois têm que recorrer à falta, essa sim, perigosa, porque dá lugar a sanção disciplinar e à marcação de livres. Sempre perigosos também.
Enervantes os últimos minutos do jogo, com perdas de bola sistemáticas, com os jogadores de quem se esperava um último assomo a quebrarem mais depressa.
Registos individuais?!
Não me parece que seja a altura para destacar ninguém e o único ensinamento que podemos tirar é aquele com que iniciámos a crónica: - com mais eficácia, mais concentração e com um pouco mais de sorte… é possível vencer.

Saudações azuis

Nota: O título da crónica tem tudo a ver com este jogo e nada a ver com o romance de Graham Greene.

segunda-feira, fevereiro 08, 2010

É possível vencer

Logo á noite temos um jogo difícil, aliás todos os jogos do nosso campeonato têm sido difíceis, mas acredito que é possível vencer este Sporting de Braga.
Debilitado (pelos ‘túneis’) na zona fulcral do seu jogo ofensivo e defensivo, especialmente na posição que Vandinho ocupava, este Braga vai sentir muitas dificuldades em manter o seu nível exibicional. Cabe aos seus adversários tirarem partido disso.
Com o indispensável Fajardo (assim a sua condição física o permita) a espreitar todas as oportunidades para sair no contra ataque, precisamos de um pouco de eficácia (e sorte) na zona de finalização. Espero, como é óbvio, que a equipa tenha acordado, e que faça aquilo que vejo as outras equipas fazerem – muito suor e concentração.
Ainda ontem vi a Naval (treinada por Inácio) exibir-se com muita categoria no estádio do Dragão! Especialmente na segunda parte (e aproveitando a demora de Jesualdo Ferreira em corrigir o seu meio campo) fiquei surpreendido com a posse e a circulação de bola dos jogadores da Figueira da Foz. Acabaram derrotados mas nunca perderam a face.
Isto prova que com um grande espírito de humildade e sentido colectivo é possível vencer (ou pelos menos dar luta) a qualquer adversário.
É isso que quero que aconteça neste jogo de grande importância para o nosso futuro.

Saudações azuis

quarta-feira, fevereiro 03, 2010

O esplendor da verdade desportiva!

Aí está a verdade desportiva em toda a sua glória!
Tínhamos avisado que este campeonato se ía resolver nos túneis e não nos enganámos. O incómodo Braga, comandante do campeonato, tinha que ser afastado, tinha que ser diminuído. Cirurgicamente, no meio de um aglomerado de gente (gente a mais penso eu) era preciso descobrir e punir os responsáveis pela celeuma. E nunca houve dúvidas - as vítimas são sempre as águias, o clube dos very-ligts, os maus são sempre os outros, de preferência quem faça sombra aos altos desígnios da nação... encarnada. E a gravidade do que aconteceu (há não sei quantos meses) foi de tal ordem, que três meses é o mínimo admissível para restabelecer a ordem no país. Admite-se lá que os encorpados e latagões Vandinho e Mossoró andem a bater nos lingrinhas (e santinhos) do Luizão e Cardoso! Mais um adjunto! Não pode ser. Por isso, desça em nós a justiceira ira da comissão Costa.
E já que falamos de costas, deve ter ficado estabelecida a bitola para o outro túnel - seis meses para Hulk e prisão perpétua para o Sapunaru. No mínimo.
Pelo meio um sumaríssimo ao Garcia, porque era impossível evitar.
Bem sei que quem fabricou estas leis e as absurdas penalizações foram os clubes da Liga, mas não posso deixar de formular uma pergunta, que por certo está na cabeça de muitos adeptos da bola - mas porque será que estas coisas sucedem sempre com o Benfica?!

terça-feira, fevereiro 02, 2010

Quem não tem cão…

Pronto, há que enfrentar o desafio com aquilo que temos e fazemos as contas no fim.
Saíram dois jogadores (Diakité e Ivan) e entraram quatro. E um ex-júnior que acabou inscrito.
Faltava um verdadeiro motor, não veio, mas reconheça-se que seria difícil encontrar alguém com essas características, pois como venho referindo são jogadores muito requisitados, por isso quem os tem não se desfaz deles.
Há que reinventar um meio campo com o Celestino, André Almeida, Zé Pedro e Fajardo. E o Miguelito em alternativa. Para a posição de médio defensivo ainda temos o Gomez (que precisa de outro andamento) e o Pelé.
O Fajardo será sempre um elemento chave no apoio ao ataque, aproveitando assim o seu faro pelo golo. Porque precisamos de gente com veneno nas botas e ele tem-no.
No ataque, mais propriamente no capítulo da finalização as coisas não estão famosas. Vamos ter que improvisar.
Homem golo não existe. Lima é generoso, faz umas diagonais e remata de longe. Não chega. Pelo menos em casa e contra equipas do nosso campeonato (onde não podemos usar a arma do contra ataque) não chega.
Yontcha não é um avançado centro clássico. E também não é um ponta de lança típico. Oscila entre um e outro. E já se percebeu que se lesiona facilmente. Temos aqui um bico-de-obra. Romário é muito jovem…
E os flancos, como é?! Pede-se velocidade e capacidade de drible, quem poderá ser?! O Freddy?! Parece deslumbrado e perde muitos lances. O Dani pode engrenar de um momento para o outro. Mas o trabalho de flanquear passa muito pela disponibilidade dos laterais. Miguelito tem bons pés e sabe cruzar. Veremos.
Enfim um monte de problemas e soluções que o nosso treinador terá que equacionar e resolver.
Talvez estruturar uma equipa de combate, com o centro de gravidade num meio campo povoado, que não deixe espaços entre linhas (obrigando a defesa a avançar no terreno) e com apenas um avançado de raiz, aproveitando para tal a disponibilidade física do Lima. Os outros 'avançados' têm que surgir, à vez, do meio campo.
Isto sou eu a pensar em voz alta.
Mas com muita energia e determinação, podemos lá chegar.

Saudações azuis.


Nota básica: - Apenas me referi aos problemas do meio campo ofensivo e à escassez de golos marcados. Mas é evidente que todos os jogadores, os que mencionei e os que não mencionei, serão indispensáveis para o sucesso que pretendemos. Porque numa verdadeira equipa não há suplentes nem titulares, mas apenas jogadores prontos para darem o seu contributo à equipa.

"Vá apoiar o Belenenses no autocarro azul ..."

De acordo com o solicitado:
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."Acompanhe a equipa de Futsal na difícil deslocação a caso do Freixieiro no próximo sábado dia 6.
A Secção de Futsal está a organizar um autocarro com saída do Restelo às 9h. O preço da viagem, incluí bilhete para o jogo e é de apenas 12,5€.

As marcações podem ser efectuadas nas Relações Publicas, na Loja Azul, na Secção de Futsal (durante o período dos treinos), através do mail cfb-futsal@gmail.com ou pelo telefone 914101111.

Acompanhe a equipa, o seu apoio é importante e pode fazer a diferença.
Inscreva-se já.

Cumprimentos,
Luís Filipe Silva
Director da Secção de Futsal
do C.F. osBelenenses"

segunda-feira, fevereiro 01, 2010

Bons exemplos

Vi o Paços contra a Académica na televisão, um jogo disputado na Mata Real e onde se podem colher bons exemplos.
Em primeiro lugar a entrada da Académica, desinibida, com um pressing alto e efectivo, fruto de muito treino táctico e mental. E muito esforço físico, onde nenhum jogador está parado e sabe perfeitamente que tarefa tem que desempenhar a cada momento. A ideia base é recuperar a bola o mais depressa possível. E assim aconteceu. O Paços não tinha espaços, era obrigado a jogar para trás, mesmo com dificuldade porque havia sempre alguém na zona a importunar.
Pensei no Belenenses. Entrámos assim na Figueira?! Com este espírito de conquista?! Com a lição bem sabida?!
Não, não entrámos, todas as crónicas o confirmam – entrámos receosos, retraídos, à espera do adversário, a ver o que é que o jogo dava. Já não se pode jogar assim, isso era dantes, quando não existia o actual equilíbrio.
Mas continuemos a análise a este jogo: - veio a segunda parte, a Académica adiantou-se naturalmente no marcador e ciente de que estava tudo resolvido (tal era a incapacidade revelada até aí pelo Paços de Ferreira), começou a recuar as suas linhas, fez algumas substituições para segurar o adversário, mas não contou com a raça e o querer dos pacenses, que nunca desistiram de remar contra a maré.
Ulisses Moraes fez o contrário e arriscou tudo. E nos últimos quinze minutos (lembrei-me então do ‘último quarto de hora’ do Belenenses) o Paços de Ferreira empurrou a equipa de Coimbra para o seu reduto.
E conseguiu empatar muito justamente.
A Académica quis reagir mas a embalagem era do Paços. Que já no expirar do tempo de compensação conseguiu uma saborosa vitória.
Moral da história – os jogos duram noventa minutos mais o tempo de compensação.
Curiosidade deste jogo – um dos artífices da vitória foi o ‘nosso’ Baiano (os pernas de pau, lembram-se!), lateral direito, que por duas vezes cruzou a bola para o sítio certo. Onde estavam os autores dos golos.

Saudações azuis