domingo, dezembro 31, 2006

Futuro próximo

Já bem perto do Ano Novo será boa altura para fazer o ponto da situação e perspectivar o futuro próximo.
Como temos vindo a insistir, o Belenenses ou é futebol ou não é. Todos os factos recentes demonstram esta verdade e a presente conjuntura de aperto generalizado, com o céu a desabar sobre a terra, não permite mais fantasias nem disparates. Estamos todos falidos, e para além disso, começa a levantar-se a ponta do véu que explica este enriquecimento sem causa que vai alimentando vergonhas e outros ilícitos neste país à beira-mar plantado.
Não pensem que me iludo, nada de importante será descoberto, ninguém será incriminado, excepto os ‘bibis’ do costume, úteis bodes expiatórios do sistema, o resto são cantigas, a própria ‘doutora de bronze’ há-de aproveitar a melhor oportunidade para se demitir aparatosamente, e fica tudo como dantes. Não será bem como dantes, um ligeiro temor fará recuar alguns impulsos que o hábito consentia, algumas unhas hão-de também recolher-se, mas depois, com os jornais desportivos a comandarem a alienação, tudo se esquecerá depressa. Assim continue a aparecer o dinheirinho, venha ele de onde vier!
O futuro próximo do Belenenses navega um pouco ao largo destas marés, e para já preocupa-se em arranjar um ou dois jogadores que possam colmatar ausências de longa duração. Estamos a falar de um avançado experiente na arte de marcar golos e já agora de um extremo que esburaque os flancos adversários. Meyong emprestado, vem, não vem, parece que não vem; e mais recentemente surgem os nomes de Carlitos e Mateus oriundos do Gil Vicente, de quem, dizem, se terão desvinculado!
Se são jogadores livres, se a desvinculação não foi litigiosa, não vejo qualquer objecção em fazerem parte do plantel do Belenenses. O caso Mateus nunca visou o jogador nem este tomou qualquer atitude ofensiva para com ninguém, registe-se até a sua extrema discrição! Quanto a Carlitos, há muito que gostaria de o ver no Belenenses, pese o seu curriculum de lesões, que ainda assim lhe permitem resolver uma série de desafios por época!
E seria até uma boa oportunidade para afastar fantasmas e ao mesmo tempo reatar um relacionamento institucional com o Gil Vicente, esclarecendo juízos e equívocos, uma vez que o Belenenses como todos já reconhecem, se limitou a accionar os seus direitos, como qualquer outro Clube o faria nas mesmas circunstâncias.
Não esquecendo afinal a velha máxima – as Direcções passam, mas os Clubes permanecem.
Saudações azuis, com votos de um Bom Ano para todos os desportistas.

quinta-feira, dezembro 28, 2006

Quem foi a luminária?

Quem foi afinal que decretou estas férias grandes do futebol português… a meio da época?!
Não se sabe, ninguém se acusa, é um mistério! Sabe-se apenas que quando interpelados, treinadores e dirigentes, todos se mostram surpreendidos e dizem que foi um erro e um disparate.
O Belém Integral, que gosta de desvendar segredos, propõe-se investigar mais este estranho caso e pede para o efeito a generosa colaboração de eventuais detectives. Já existe algum trabalho de casa, uma série de pistas promissoras que nos podem levar ao local do crime:
A primeira hipótese, o primeiro suspeito, parece ser o Governo, mais precisamente o seu chefe, Sócrates. E porquê?! Sabe-se do seu entusiasmo pelos países nórdicos, é conhecida a sua vontade em transformar Portugal numa espécie de Finlândia, e nesse sentido, nada melhor do que começar por adoptar os respectivos hábitos climáticos! Se lá interrompem o campeonato por causa do frio e da neve, nós também o devemos fazer! Admitimos ainda que o primeiro-ministro terá aproveitado a oportunidade para convencer os patrões da florescente indústria do futebol, a encerrarem actividades o maior tempo possível, a fim de pouparem dinheiro ao erário público. Seria um contributo patriótico para a redução do défice.
A segunda pista leva-nos ao Presidente da Liga de Clubes que terá despachado, sem ver, a papelada que estava em cima da sua mesa de trabalho! Em linguagem futebolística diríamos que rematou para onde estava virado.
O incontornável Madaíl seria sempre o suspeito número um, senão soubéssemos de antemão que ele não é responsável por nada do que se passa na Federação. Subsiste no entanto uma dúvida: como o próprio fez questão de salientar há bem pouco tempo, Gilberto Madaíl é economista, e nessa qualidade poderá ter sido sensível aos argumentos do primeiro-ministro – o futebol português só é rentável quando está parado!
A última pista é uma mera suposição do autor e nem sei se vale a pena ser averiguada! De facto, atendendo ao crescente número de internacionais portugueses que são estrangeiros, seria uma forma de recompensar esses jogadores que assim poderiam passar o Natal com as suas famílias. Nada mais justo, os nossos rapazes merecem.
Se souberem mais alguma coisa, digam.
Saudações azuis.

domingo, dezembro 24, 2006

Bom Natal e Feliz 2007

A secção de Futsal tem tido há já algum tempo a iniciativa nos ir enviando por e-mail as notícias relativas à modalidade assim como os cartazes de divulgação dos vários eventos que envolvem a modalidade. Tento corresponder dando o destaque possível e esta é talvez a oportunidade ideal para agradecer à secção pela atitude que é simpática e dá uma ideia agradável de empenho e vontade em envolver os adeptos, penso que é esse o objectivo, obrigado, um Bom Natal e um 2007 com muitas conquistas.

Já desejei as boas festas a todos os Belenenses num comentário mas para não faltar nada deixo aqui o cartaz, muito azul, também enviado pela secção de Futsal:

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Saudações Azuis

sexta-feira, dezembro 22, 2006

Um sentido para a derrota

Digerir quatro golos sem resposta não é fácil. Encontrar explicações para o facto, também não. Justificar o sucedido com aplausos ou sorrisos de satisfação, isso nunca.
Começo pelo fim: esta derrota só terá alguma serventia se for encarada como mais um degrau da longa escadaria que nos há-de elevar a outra condição. Ao estatuto que perdemos…e merecemos.
A crónica vai nesse sentido.
Perdemos no Estádio da Luz porque tivemos medo do adversário, porque se mantém o temor reverencial próprio de clubes pequenos, de um país pequeno. O Belenenses não ajudou Jorge Jesus a ganhar! As falhas aconteceram no sector considerado mais forte, mais coeso, em jogadores com muitos jogos nas pernas, mas que subitamente fraquejaram, escorregaram, pequenas coisas, gestos precipitados, principalmente naquele período de jogo em que não podíamos facilitar – a primeira parte.
Sofrer quatro golos de bola parada, é obra. E a sensação que ficou é que poderíamos ter sofrido mais se existissem mais lances semelhantes! Isto não tem nada a ver com sorte ou azar, é pura nervoseira.
Vamos lá então digerir o prato do dia:
O primeiro golo resulta de penalty escusado, fruto de uma precipitação de movimentos de um defesa que nos últimos jogos vinha rubricando excelentes exibições!
O segundo golo é caricato: um livre indirecto, marcado directamente para a baliza, a bola toca na barreira, talvez em José Pedro, e muda de trajectória. Costinha tem que corrigir a rota, escorrega, e não consegue evitar o golo.
No terceiro golo, livre marcado bem longe, junto à linha lateral, Nuno Gomes, que terá vindo de uma posição irregular, ganha de cabeça a Gaspar, enviando a bola para o centro da área onde acorre Kikin Fonseca, mais lesto que Nivaldo, e faz o golo de cabeça.
Quarto golo: novo livre ainda longe da área, Beto simula que vai marcar, Simão aproveita para lançar a bola para a pequena área, a linha defensiva do Belenenses desfaz-se, com Alvim a colocar em jogo três jogadores encarnados. Katsouranis cabeceia em arco para o fundo das redes à guarda de um surpreendido Costinha.
Podíamos dizer: se tivéssemos marcado primeiro, a história do jogo seria diferente. É verdade, mas não marcámos. Também se colocam outras hipóteses: ouvi alvitrar que se tem jogado o Meyong, tínhamos apontado pelo menos dois golos. Talvez, e perderíamos por quatro a dois!
Foi pena que na hora da verdade tudo tenha acontecido, parecia bruxedo.
Jesus fez uma pequena alteração na equipa: entrou Eliseu de início, não jogando, como vem sendo hábito, com Cândido Costa na posição de primeiro defesa direito. Será que Gaspar acusou demasiado esta mudança!
Ruben Amorim esteve bem a marcar Simão e na segunda parte realizou grande exibição! Dady desperdiçou muito, mas esteve lá, no sítio onde se marcam os golos. Eliseu está em boa forma, mas continuo na minha: gosto mais de o ver no meio, a ponta de lança. Com trabalho, pode fazer-se.
Esta é a minha análise de um jogo em que mentalmente fraquejámos, mas que pode servir de trampolim para melhores exibições se tivermos a coragem de perceber porque é que perdemos… jogando bem.
Saudações azuis.
JSM

quinta-feira, dezembro 21, 2006

Jesus merece

O treinador do Belenenses é um homem do futebol, com uma carreira feita a pulso, o que ganhou foi ganho sem favor, quando perdeu, perdeu, ponto final. Leva as coisas a sério, trabalha muito, empenha-se e vai conseguindo transmitir a este Belenenses um pouco da sua força interior.
Dizem-me que nunca venceu na Luz! Um facto que terá o seu peso.
Hoje à noite merece ter a ponta de sorte que é sempre necessária para ali triunfar. O valor do adversário, o ambiente, a fragilidade dos árbitros portugueses, tudo concorre para dificultar o objectivo maior.
Mas Jorge Jesus não teme os desafios difíceis. O Belenenses vai ajudá-lo a ganhar.
Saudações azuis.
JSM

segunda-feira, dezembro 18, 2006

O triângulo das Bermudas

À saída do tribunal de Gondomar, Gilberto Madaíl explicou o futebol português, pelo menos desde que é o Presidente da respectiva Federação.
Disse mais ou menos isto a um batalhão de jornalistas que o aguardavam: vim aqui prestar declarações na qualidade de amigo do Major Valentim Loureiro, sou economista, não percebo nada de leis e portanto não me perguntem porque é que a Federação não levantou processos disciplinares aos arguidos por corrupção no futebol! E prosseguiu a sua exposição errática dando a entender que isso de corrupção no futebol é com os tribunais comuns, a Federação só deve agir se forem considerados culpados pelos crimes de que são suspeitos! Pelos vistos confunde tudo e deve pensar que a capacidade disciplinar da Federação, que lhe foi delegada pelo Governo, só serve para punir cartões amarelos!!!
Perante este quadro de miséria, verdadeiramente patético, é bem possível que eu tenha razão quando lhe chamei inimputável, e é bem possível que tenham que ser ouvidos em juízo, os altos responsáveis que tutelam o desporto neste país e que dão cobertura a esta situação.
Mas valerá a pena, quando se sabe que Madaíl mantém na sua lista de candidatura a novo mandato, arguidos no processo “Apito Dourado”!
Valerá a pena quando da mesma lista faz parte Hermínio Loureiro, presidente da Liga e actual deputado da Assembleia da República! E que já afirmou não sentir qualquer incompatibilidade pelo facto!
Fecha este misterioso triângulo do nosso futebol um personagem verdadeiramente intrigante! Apetece até perguntar – Veiga, quem és tu?
Sabemos apenas que foi discípulo de Pinto da Costa, que fez negócios com o Sporting quando o Sporting foi campeão, e que desaguou mais recentemente na Luz fazendo dupla com Vieira, e fazendo também o Benfica campeão!
Pelo meio uma série de negócios pouco claros.
Fica assim definido o verdadeiro organigrama do futebol português, a saber:
Consta de dois biombos articulados, um na Federação e outro na Liga, mobília devidamente recomendada pelo Governo, seja ele qual for. Para lá dos biombos e fora das vistas do grande público, existem três buracos negros, do género do ozono, por onde tudo se escapa e justifica. Finalmente, e para gáudio de uma comunicação social sempre atenta e obrigada, temos agora mais um personagem do tipo romanesco – Carolina.
É neste quadro que a Procuradora deve tentar descobrir algo. Peço-lhe apenas que não gaste o seu tempo nem os nossos impostos a descobrir peixe miúdo. Não queremos carapau de gato, queremos os tubarões.
Deixo aí as redes.
Saudações azuis.
JSM

sexta-feira, dezembro 15, 2006

Sexta-feira da vitória

Não vou poder ver o jogo e por isso deixo aqui alguns recados para logo à noite, nada que o Jorge Jesus não lhes tenha dito já. É só para reforçar:
Cuidado com o zambiano Mbesuma, espero uma marcação cerrada e nunca o deixem virar-se à vontade para a baliza. Atenção que o rapazinho chuta com os dois pés!
Cuidado com os cartões amarelos que podem estar ‘encomendados’ para o Ruben Amorim e para o Alvim, até rima!
Cuidado com o Marcinho, e não façam faltas ao pé da área.
Se seguirem estas instruções, e com coragem e abnegação lutarem até ao último segundo, a vitória há-de sorrir-nos.
Joguem o vosso futebol. Chega perfeitamente para vencer no Funchal.
Saudações azuis.
JSM

quarta-feira, dezembro 13, 2006

Sempre, sempre, ao lado dos mesmos!

O Robin dos Bosques português, Gilberto Madaíl de seu nome, lá conseguiu levar a sua avante, ou seja, conseguiu desencantar mais uns dinheirinhos para dar aos ricos. Os pobres que se lixem.
Depois dos terrenos, dos estádios do euro, e respectivos alugueres, dos centros de estágio, das bombas de gasolina, dos apartamentos, da publicidade por parte de empresas públicas e semi-públicas, e de todos os etecéteras que, “ por pudor, terei vergonha de confessar seja a quem for”…, descobrimos mais uma fonte de receita que vai contemplar, adivinhem quem? Todos, aparentemente, os três do costume, na realidade.
Descobrimos é o termo, ou não fosse Madaíl da raça dos navegadores, aqueles que descobriram novas terras, novas gentes…
Com efeito lemos hoje na imprensa da especialidade que os Clubes que cederem jogadores à selecção nacional, vão ter um “um duplo motivo de satisfação” – “além do prestígio de ter mais um internacional, os clubes portugueses passarão a receber compensações financeiras”!
A ideia recebeu naturalmente o apoio entusiástico de Hermínio Loureiro, o recente Presidente da Liga e que, já se sabe, será vice-presidente na lista única de Madaíl, que concorre de novo às próximas eleições para a Federação. O eterno destino das moscas.
Aquilo que o G14 ainda não tinha conseguido de nenhuma Federação, aí está, aprovado pela Federação Portuguesa de Futebol, sempre na linha da frente do desporto mundial!
Voltando à realidade, confesso, sem ter necessidade de escrever qualquer livro, que as provas sobre a corrupção do futebol português podem ser todas deduzidas a partir das decisões, quer da Federação, quer da Liga de Clubes.
Escusam de procurar numa só pessoa, chame-se ela Pinto da Costa ou Jorge Nuno, procurem em todos os que conviveram e convivem com este estado de sítio, há largos anos!
Saudações azuis.
JSM

segunda-feira, dezembro 11, 2006

Noitada na TVI

Desta vez quase que valeu a pena! Estava lá o Palmelão a dizer das suas e a incomodar ligeiramente os restantes convivas.
Foi mais ou menos assim, quando o locutor resolveu abordar o livro da “Lady Dy” portuense: Octávio Machado, perante o ar de surpresa dos circunstantes, questionou – “não li, mas vocês estão admirados com as revelações do livro? Então tenho que concluir que têm andado distraídos todo este tempo”! Insistiu – não se lembram porque é que eu fui corrido da selecção nacional? E atirou a matar, com os manos Oliveiras na zona do alvo: “ como é que se explica que uma empresa como a televisão pública, que ano após ano apresentava milhões de euros de prejuízo, ainda assim, conseguia engordar e enriquecer tanta gente à sua volta”!
O locutor mudou de assunto.
Foi então a vez de me apetecer telefonar para o dito domingo desportivo!
O tema era a violência na primeira Liga que, segundo os presentes, está a aumentar a olhos vistos. Mas a TVI é vesga e como só vê o que lhe interessa, resolveu exibir alguns dos lances mais violentos deste campeonato. A peça jornalística estava cozinhada de forma salomónica, via-se o Simão a agredir e a ser agredido, o Nuno Gomes idem, e porque não podiam deixar de lado a entrada do Katsouranis que vitimou o Andersson, engendraram um texto onde uma locução feminina repetia candidamente: “uma entrada legal, mas dura”!!!
Registe-se que cada nova repetição do lance escancara o que se tem vindo a esconder: trata-se de uma entrada criminosa, em que, tal como escrevi na altura, o jogador grego atinge primeiro as pernas do Andersson, levando depois tudo à frente com esse movimento, inclusive a bola! Recorde-se que nem falta foi marcada!
Depois disto como é que querem que não acredite no Palmelão: “ninguém tem vontade nenhuma de investigar ou descobrir seja o que for”!
Eu confirmo e acrescento: não têm vontade porque estamos todos implicados, uns por acção, e a maioria, por omissão.
Saudações azuis.
JSM

sábado, dezembro 09, 2006

Um grande jogo

Que começou bem, um passe profundo, magistral, a surpreender tudo e todos, com Silas nas costas da defesa do Braga a deslizar para a baliza e a marcar! Havia três minutos de jogo!
Jorge Jesus armou esta equipa com todo o cuidado do mundo, era uma vitória essencial face ao perigoso calendário que se aproxima, e por isso, entraram os que deviam entrar e nos lugares certos. Depois do golo o Braga teve mais posse de bola mas nós saímos sempre a jogar e a criar espaços e perigo, especialmente pelo flanco esquerdo do ataque.
As preocupações defensivas prendiam-se com alguma folga que Alvim deu ao falso defesa direito arsenalista – um cruzamento perigoso, um remate forte de Marcelo e outro à queima-roupa de João Pinto, este muito bem defendido por Costinha, foram lances que causaram algum calafrio. No resto, emperrámos a máquina bracarense, e já ao findar da primeira parte, Silas podia ter resolvido o jogo, mas atirou ao lado!
No segundo tempo, com muita autoridade e pundonor, não nos remetemos a uma defesa porfiada, antes empurrámos o adversário para a respectiva área, criando lances suficientes para dilatar o marcador. Que aconteceu já próximo do fim com uma recarga forte de Ruben Amorim que assim fez o 2-0 final.
O melhor jogo da época, contra um adversário de categoria, que tentou tudo para não ser desfeiteado.
Jorge Jesus está de parabéns assim como toda a equipa, sem esquecer que com este resultado passámos para a metade superior da tabela, totalizando 17 pontos e menos um jogo.

A minha análise individual é a seguinte:
A equipa está praticamente definida e isso é importante em termos de rotinas, e contribui para a subida de forma dos jogadores. Por outro lado, penso que a partir deste jogo haverá mais confiança e menos nervosismo, passando a equipa a cometer menos erros.
Depois deste intróito, todos constatámos que a defesa, incluindo Costinha, esteve imperial, nomeadamente Gaspar, imbatível no jogo aéreo, e também Nivaldo, simplesmente intratável. Não foi por acaso que os avançados do Sporting de Braga ficaram a zero!
Sandro Gaúcho foi essencial, implacável na marcação, tem uma extraordinária capacidade de impulsão que lhe permite devolver inúmeras bolas, e no meu entender, divide com Gaspar, Nivaldo e Ruben Amorim, o título de melhor em campo! Ruben que também esteve bem na marcação, beneficia da presença de Gaúcho para se libertar para tarefas ofensivas onde naturalmente vinca a sua classe. Marcou um grande e decisivo golo.
Silas jogou na posição de falso ponta de lança, mais adequada às suas características e onde indiscutivelmente rende mais. Revelou alguma precipitação nas recepções de bola, mas isso não desvaloriza uma excelente actuação e um golo cheio de sentido de oportunidade.
José Pedro não esteve tão brilhante como nos últimos jogos, o meio campo do Braga também não é pêra doce, mas trata-se de um elemento indispensável, que a qualquer momento pode causar estragos nas defensivas adversárias, que estão sempre de sobreaviso, pois já todas conhecem as potencialidades do seu pé esquerdo! Uma grande entrada em drible pela área e cruzamento a condizer, foi infelizmente desaproveitado por Ruben Amorim.
Dady não mata mas mói. Há-de matar estou certo, atendendo aos progressos que continua a exibir. Fez bem Jorge Jesus em mantê-lo em campo, pois à sua conta prendeu dois defesas lá atrás. Claro que os adeptos esperam mais, sempre mais, mas o Nem não se deixa enganar facilmente.
Os restantes cumpriram. Uma nota para saudar o regresso de Amaral depois de uma longa lesão, e que pode vir a ser a ala que precisamos. Assim ele queira, porque já jogou nesse lugar, e tem velocidade para isso.
Saudações azuis.
JSM

terça-feira, dezembro 05, 2006

Alto risco

Não era previsível que a última Assembleia-geral Ordinária viesse a descambar num ajuste de contas com a actual Direcção, a ponto de se equacionar a sua demissão num cenário de eleições antecipadas!
Que seria naturalmente contestada, não temos dúvidas. Que seriam chumbadas as suas propostas, também não me admira, porque não é novidade. Que seria oportunidade para se perfilarem algumas candidaturas, tendo em vista o próximo acto eleitoral, também acho natural.
Mas não foi assim que as coisas se passaram – a Direcção apresentou-se mal preparada, estranhamente dividida, o que a juntar às três derrotas consecutivas e ao risco de nova descida de divisão, incendiaram-se ânimos que fizeram transbordar o copo da paciência associativa. E as coisas são o que são.
Perante a gravidade dos factos a Direcção deveria ter apresentado a sua demissão, disponibilizando-se a assegurar a gestão do Clube até ao novo acto eleitoral. O único argumento aceitável para não se demitir seria a instabilidade que isso causaria na equipa de futebol. Fraco argumento quando se sabe que a gestão da equipa de futebol está nas mãos do treinador e por ele passam todas as decisões no que concerne a possíveis reforços de Dezembro. O regime de gestão não inviabilizaria por certo esses reforços pontuais.
Assim, temos que concluir que a Direcção não mediu bem as consequências do seu gesto, nem soube tirar as prometidas ilacções, pois ignorou a forte contestação que a cada derrota irá sofrer.
Preferiu continuar, confiando apenas, e Deus queira que assim seja, nas vitórias da equipa de futebol! E o ciclo adivinha-se tremendo…Braga, Marítimo fora, Benfica, Sporting, Benfica…
Quando uma Direcção que tem falhado completamente no futebol, se escuda no futebol, a situação pode tornar-se explosiva.
Saudações azuis.
JSM

Direcção continua

“O Presidente do Belenenses, Cabral Ferreira, garantiu que irá cumprir o mandato até ao fim”, pode ler-se na ‘Sportugal’.
Falando à saída de uma reunião de emergência que juntou todos os Corpos Gerentes, Cabral Ferreira destacou a importância da “estabilidade”, factor que pesou na sua decisão. E desvalorizou os reveses da recente AG, acrescentando – “propostas de aumentos de quotas já foram chumbadas noutras Direcções, e em relação aos orçamentos, mesmo no próprio país, já se viveu de duodécimos”.
Estas as notícias de última hora que interessam por certo a todos os belenenses e nesse sentido aqui se transcrevem.
O Belém Integral comentará este assunto em próximo postal.
Saudações azuis.

domingo, dezembro 03, 2006

Vitória em Aveiro

Uma vitória fundamental, contra uma equipa necessitada de pontos como nós e que é agora treinada pelo nosso conhecido Carlos Carvalhal.
Diga-se que entrámos muito bem no jogo, em pressão alta, uma rapidez de trocas de bola que eu nunca tinha visto e foi graças a esses factores que chegámos ao golo. Zé Pedro desarma um defesa aveirense, caminha pelo eixo central e dispara um excelente remate à entrada da área. Com cinco minutos de jogo, estava aberto o marcador em Aveiro. Continuámos a controlar a partida e através da marcação de um canto chegámos ao segundo golo: Silas marca o canto para o segundo poste, Gaúcho devolve de cabeça para o outro lado e Dady, também de cabeça, marca. Três toques e golo!
Os aveirenses reagiram e reduziram para 1-2 logo no início da segunda parte. Jardel, ligeiramente deslocado, ganha nas alturas e amortece para um companheiro que, sem perder o sentido do lance, consegue desfeitear um desamparado Costinha.
Havia ainda muito tempo para jogar, mas lá conseguimos levar a água ao nosso moinho e conquistar três preciosos pontos.
As substituições, todas ocorridas na segunda parte, foram as seguintes: Silas por Eliseu, Alvim, lesionado, por Faísca, e por fim, Dady por Manuel.
Espera-se a confirmação deste resultado na próxima sexta-feira contra o Braga, no Restelo.
Saudações azuis.
JSM

sexta-feira, dezembro 01, 2006

AG da insatisfação

Orçamento para 2007 chumbado, Direcção contestada, muita insatisfação e pode bem acontecer que o acto eleitoral, previsto para Abril do próximo ano, venha a ser antecipado.
Este é ao fim de contas o resumo da Assembleia-geral Ordinária que ontem decorreu no Restelo.
Pelo que li, face à derrota das suas propostas e pontos de vista, Cabral Ferreira encerrou o debate dizendo que saberia tirar as devidas ilacções do que tinha acontecido. Espera-se assim por uma reunião de emergência da Direcção, a realizar na próxima segunda-feira, e onde poderão surgir novidades.
Crítico desde a primeira hora do rumo que o Belenenses vem seguindo, não vou neste momento tecer quaisquer comentários, quer sobre a Assembleia a que não pude assistir, quer sobre cenários que entretanto se desenhem. A minha opinião é contudo conhecida, já a escrevi e reescrevi dezenas de vezes neste espaço, e resume-se no seguinte: o Belenenses precisa de fazer um corte com o seu passado recente, com o declínio irremediável, e para isso precisa de gente descomprometida com a crise permanente em que temos vivido.
Se vai aparecer ou não alguém com esse perfil, se existe ou não coragem e capacidade para tal, não sei, mas é disso que o Belenenses precisa.
Penso que sobre isso ninguém tem dúvidas.
Se me é lícito, não termino sem uma advertência: qualquer que seja a decisão que a actual Direcção venha a tomar, a prioridade é manter o Belenenses na primeira Liga, custe o que custar.
Saudações azuis.