segunda-feira, fevereiro 27, 2006

Sem título

Com o ‘caso Meyong’ a despenhar-se sobre a nossa cabeça, do clube em geral, dos sócios em particular, da equipa e do treinador, por consequência, seria e será muito difícil ganharmos a quem quer que seja.
Precisamos por isso de encerrar imediatamente este ‘caso’ para podermos recuperar um mínimo de serenidade e racionalidade, sob pena de irmos directos para a Liga de Honra.
Explico o que toda a gente já está a perceber:
Com a maior inoportunidade possível, esta Direcção andou e anda, fora de prazo, a negociar o jogador Meyong, destabilizando completamente a equipa, o jogador, e o balneário, numa fase crucial do campeonato. Isto por ser verdade dispensa argumentação ou prova.
Sem esta novela, Couceiro decerto não escalaria para este encontro com a Naval, o dito Meyong, pesado, fora de forma, com a cabeça noutro lado.
Sem esta novela, Couceiro não teria colocado Meyong em campo ao lado de Romeu, dois jogadores sem sprint longo, incapazes de responderem um ao outro, às assistências de um e outro.
Sem esta novela, o balneário estaria por certo mais tranquilo...
E nem quero falar na questão do dinheiro...
Mas o que eu vi no campo foi o seguinte:
Uma formação inadequada e um desenho de jogo inadequado para enfrentar os homens da Figueira da Foz!!!
Com Lito a segurar Sousa, Saulo a segurar Rui Jorge, Couceiro ainda assim coloca dois avançados sem mobilidade, em ponta de lança?
Se Paulo Sérgio soubesse manter-se de pé!? Se conseguisse ultrapassar, uma vez que fosse, o lateral contrário!?
Mas não, nada disso aconteceu e por isso não dispusemos de nenhuma oportunidade de golo na primeira parte, para além de um remate de cabeça de Meyong, na sequência de um livre marcado por Rui Jorge!
Ora bem, isto é caricato!!! A favor do vento, nem uma vez rematámos à baliza!? Se o lado direito do ataque teve as dificuldades que apontei, o lado esquerdo, esse, não existiu!!! Meyong, que era suposto descair para esse lado, andou perdido (!) ao pé de Romeu!!!
As bolas paradas a nosso favor, face à desconcentração permanente dos jogadores, transformam-se sempre em jogadas perigosíssimas para a nossa baliza!!!
Nestas condições é difícil marcar, mesmo contra uma equipa que até hoje, estava práticamente condenada à descida!!!
Entretanto o que fazia a Naval? Jogava, corria, sempre noutra rotação, e começou a ameaçar a nossa baliza. Uma ameaça, duas e golo. Um livre marcado rápidamente, Lito corre muito, vai à linha e... novo golo.
Partida de Carnaval? Claro que não. Adivinhava-se facilmente.
Na segunda parte, a perder por dois a zero, começámos a correr mais, mas Couceiro, não acertou com as substituições. Colocou mais um ‘poste’ a tentar flanquear o jogo! Ficámos a jogar com três pontas de lança, muito juntos, quando o jogo pedia um verdadeiro extremo num lado ou noutro! Se calhar não há!
Amaral, porque não entrou de início? Porque é que não nos encaixámos no esquema da Naval? Romeu ou Meyong ao meio, Amaral e Paulo Sérgio nas alas? Porque é que Silas e Ahmada se lesionam tanto?
Ainda assim com um pouco de sorte, podíamos ter empatado. Mas é proibido cometer erros cruciais. Mais um livre, Lito foge à marcação e faz um grande golo de cabeça.
No fim do jogo alguns sócios criticavam o nosso guarda-redes Pedro Alves, pelos golos sofridos.
Não quis escrever nada sem me certificar primeiro sobre a forma como foram consentidos ou não. Do lugar em que estava fiquei com a ideia de ter sido mal batido no primeiro golo.
Mas a televisão mostra claramente que a bola foi desviada por Gaspar enganando Pedro Alves. No segundo e terceiro está completamente isento de responsabilidades: num, tentou interceptar a bola, no outro, o remate de cabeça de Lito era indefensável.
Não arranjem portanto bodes expiatórios onde eles não existem. Marcámos apenas um golo, e de grande penalidade. Eles marcaram três e um auto golo. E ainda falharam dois ou três.
Nós, quantos falhámos?
Saudações azuis.

sexta-feira, fevereiro 24, 2006

Jogos traiçoeiros

Lembro-me de tantos! Uma vez, nesta mesma época do Carnaval, contra o Torriense, aqui no Restelo. Perdemos contra todas as expectativas. Quando foi? Há muito tempo, infelizmente para mim. Mas existem por aí historiadores da bola, capazes de identificarem imediatamente o percalço! Parece-me que pelo Torriense jogava um tal Bezerra. Não sei se ajuda!?
Ora bem, esqueçamos o parágrafo anterior e concentremo-nos na Naval 1º de Maio, que nos vem da Figueira da Foz. Já sem o Àlvaro Magalhães, treinador hiper activo, que sofre e gesticula no banco como poucos. Faz mal à saúde, mas não desgosto destes treinadores!
Também uma menção especial para o central Franco, que regressou a Portugal depois de uma experiência frustrada no estrangeiro. É perigoso nos cantos marcados a favor da sua equipa.
De qualquer maneira, sejam quais forem as condições em que a Naval se apresente no Restelo, cabe-nos fazer o nosso jogo obedecendo a duas virtudes indispensáveis: humildade e carácter.
Desde o primeiro minuto.
Nada de expectativas, nem contenções, é começar a correr desde o apito inicial do árbitro, e terminar a corrida quando o mesmo der por concluído o desafio.
Ganhar ou perder, nestas condições, não deslustra ninguém! E o mais natural é que se ganhe.
Portanto, repito nesta crónica, o que decerto Couceiro repetiu durante a semana, em todos os treinos. E como pode dar-se o caso de algum jogador resolver espreitar para a Internet, fica logo a saber que nós também estamos vigilantes.
E presentes no Estádio do Restelo para apoiar a equipa do Belenenses em mais um jogo decisivo. Mas pergunto eu?
Para um profissional de futebol, há algum jogo que não seja decisivo?!
Saudações azuis.

segunda-feira, fevereiro 20, 2006

‘Hoje não podes faltar’

“Levanta-te, resolve os teus problemas de higiene, veste uma camisola azul por debaixo da camisa, para dar sorte, despede-te da família e parte para a Reboleira.
Não te preocupes com o temporal, o nervoso miudinho que vais sentir durante o jogo nem te vai dar tempo para descobrires se está a chover ou a fazer sol! Tu bem sabes que o sol só brilhará quando a bola entrar na baliza do Estrela. Entretanto apoia os jogadores da camisola azul com a Cruz de Cristo ao peito.
Não te esqueças.”
Acordei com este bilhete à cabeceira, e fui.
Jogámos com dois falsos pontas, Amaral e Djurdevic, que protegiam as laterais tentando secar as duas fontes que jorram na Amadora: Manu e Semedo. O objectivo foi parcialmente conseguido – Semedo foi bloqueado e acabou por recuar para a defensiva, para se preocupar mais com a velocidade de Amaral do que própriamente com as tarefas atacantes; Manu foi sempre uma ameaça!
Mas não podemos negar que a estratégia confundiu o Estrela e esteve na origem da vitória. Permitiu outros espaços por onde se infiltrava Silas, que várias vezes lançou o pânico na extrema defesa adversária. O Belenenses criou de facto, na primeira parte, e no início da segunda, oportunidades suficientes para construir um resultado confortável.
A ganhar por dois a zero ao intervalo (golos de Silas e Ruben Amorim) ainda assim não estávamos descansados!
Nós, os sócios, há muito que não acreditamos na equipa, e pelos vistos, a equipa também não acredita muito nela própria! Só assim se compreende o progressivo retraimento, o inexplicável ‘cansaço’ de alguns jogadores, sem dúvida do foro psicológico, que levou o Belenenses a recuar progressivamente no terreno, entregando o domínio do jogo ao Estrela, que a cada minuto parecia mais ágil e fresco, mesmo quando ficou reduzido a dez unidades!
Passámos então por momentos de desnecessário sofrimento, nomeadamente após o golo de Maurício, obtido na cobrança de um livre, e quando faltava um quarto de hora para o fim do jogo. Diga-se que o pontapé era defensável e que Pedro Alves ficou mal na fotografia.
Sobre as substituições há que dizer, que parece que não são a especialidade de Couceiro. A ganhar, e se vamos apostar nos lançamentos para o contra-ataque não faz muito sentido manter Romeu, desgastado e sem pernas para acorrer a esses lances. Teria sido preferível manter Silas em campo e substituir Romeu.
Enfim, sofrer até ao fim é o nosso lema, já estamos habituados. No entanto, há que realçar a vitória, importantíssima, e dar os parabéns à equipa.
Que venha a Naval.
Saudações azuis.

sexta-feira, fevereiro 17, 2006

As cores da selecção

“Portugal fashion” é um artigo de fundo escrito por José Manuel Delgado no jornal ‘A Bola ‘ de 15/02/06, onde o autor se mostra surpreendido com os novos equipamentos da selecção nacional de futebol, que segundo o seu entendimento se afastam excessivamente das ‘cores de Portugal’!
Na linha do erro jacobino de confundir a parte com o todo vai desfiando uma série de argumentos que convinha esclarecer, quanto mais não fosse para afastar alguns fantasmas que imagino devem atormentar o espírito do antigo guarda-redes.
Um exemplo: diz Delgado que ‘as cores oficiais de Portugal são o verde-escuro e o escarlate, representados na bandeira nacional por dois quintos do primeiro e três quintos do segundo’!
Ora bem, a bandeira do partido republicano que em 1910 foi imposta aos portugueses por um regime não plebiscitado, é de facto verde e encarnada naquela proporção. Alguns portugueses partidários da revolução de Outubro, como Guerra Junqueiro, consideraram um erro tremendo substituir o Azul e Branco Fundador por quaisquer outras cores que não tinham nada a ver com a nossa verdadeira identidade histórica.
Acresce que as cores do partido republicano haviam sido inspiradas na bandeira da União Ibérica, solução que o partido sempre acarinhou, e sendo assim, haveria aqui outro fortíssimo argumento que desaconselhava aquela escolha.
O cronista Delgado vai buscar cores e insígnias à Ala dos Namorados, às Descobertas, a alguns episódios de lutas fratricidas, escolhidos a dedo, para justificar o injustificável: o erro verde e encarnado.
Igual afã percorreu todo o Estado Novo na tentativa de esconder ou de fazer esquecer a triste génese da bandeira republicana – uma guerra civil! Como tal, um símbolo de divisão, e face aos elementos escolhidos e derrogados, uma afronta aos nossos Maiores.
Percebendo isso, inventou para a selecção nacional de futebol uma camisola grenat (o tal escarlate de Delgado), com calções azuis e meias azuis! E foi mais longe, o equipamento alternativo constava de camisola branca com as quinas ao peito, calções azuis e meias azuis! Foi assim que jogámos muitas vezes no Mundial de 1966.
Delgado não se lembra, mas essa história das cores verde e encarnada da Ala dos Namorados foi desenvolvida na Mocidade Portuguesa. Estamos a falar de chefes de castelo e chefes de quina.
A terceira República, neste aspecto tem sido mais frontal e começou por assumir o equipamento verde e encarnado. Mas já se notam sinais de querer de novo fugir desse anátema histórico, e resolveu primeiro escurecer o encarnado e de seguida envelhecê-lo até...ao bordeaux! O equipamento alternativo é...preto!
Em minha opinião são os sinais dos tempos, de um País de luto, a fugir de si próprio, e... de uma quarta República que aí vem, a querer assemelhar-se à segunda!
Esqueci-me entretanto de Delgado! Afinal em que é que ficamos?
Como é que podemos explicar-lhe que a sua bandeira não tem nada a ver com a minha, que as cores da sua selecção, idem, idem, aspas, aspas. É que sabe, meu caro Delgado, naquele cinco de Outubro, eu estaria no outro lado da barricada, com outros portugueses, e apesar de termos perdido não somos obrigados a adoptar a bandeira do vencedor. Pela simples razão que não lutámos contra Portugal nem contra os seus símbolos mais perenes. Lutámos por uma forma de regime que nos fez como Pátria livre e independente e imagine-se, passados tantos anos, continuamos a acreditar que é o regime que melhor serve Portugal!
Nestas condições, porque razão teríamos que mudar de bandeira? Ainda por cima quando sabemos que o verde e encarnado nos foram impostos contra o azul e branco, cores que se situam para além de qualquer regime ou facção?!
Veja se percebe: para que a sua selecção seja também a minha selecção, não podemos adoptar símbolos que nos dividam. A Republica sabe isso, e essa é a razão porque anda, tal como Você, a repescar flâmulas e estandartes, a inventar cores, a apostar no esquecimento ou a tentar compor a memória! Não vale a pena. Mais tarde ou mais cedo vamos ter que corrigir o erro e restaurar as cores e os símbolos de Portugal. Pelos exemplos que a história recente nos tem dado, vide União Soviética e Jugoslávia, é melhor que seja mais cedo.
Na dúvida, tem a palavra o Fundador.

domingo, fevereiro 12, 2006

Sábado de prós e contras

Comecemos pelos contras:
-Os assobios iniciais dos belenenses (!) quando a equipa do Porto se dirigia para cumprir uma tradição de mais de meio século, que consiste no gesto singelo mas de grande nobreza de deixar uma coroa de flores junto à estátua do Pepe, nosso inesquecível jogador!
Os assobios e a ignorância dos factos envergonham-me como belenense, como adepto do futebol e principalmente como pessoa. Estas reacções explicam muito sobre o declínio de um Clube que já foi grande quando a grande maioria dos seus sócios tinham outra mentalidade e outras atitudes.
- Os desacatos finais enquadram-se na mesma linha de confusão e desnorte em que vive o nosso Belenenses. Motivos menores, incapacidade de aceitar a realidade, falta de coragem para enfrentar os verdadeiros adversários que nos afrontam: - que somos nós e a nossa pequenez há muito consentida. O Porto não tem culpa.
- Do que o Porto tem culpa é ter-se apresentado em clara melhoria de forma, sentados no banco, para nosso mal, uma série de jogadores que faziam as delícias dos avançados contrários e outros ‘craques’ semelhantes que até da convocatória desapareceram. Nestas condições, com Paulo Assunção a trinco, Meireles no meio e Adriano ‘de regresso’ os do Norte apareceram no Restelo com justas pretensões! Esqueci-me de Quaresma e dos seus meios remates ou meios centros que nos complicaram a vida.
Um contra, sem dúvida.
- Outro dos contras foi a ‘verdura’ da nossa defesa em lances capitais – Rolando deixando-se empurrar na hora do primeiro golo. E a ingenuidade de sofrermos um segundo golo quando teria havido tempo para atirar a bola para canto. Adriano marcou dois golos nas costas da nossa defesa e isso não pode acontecer.
- Um ultimo e decisivo contra foi a génese do segundo golo, com tudo o que lhe anda associado. Ahmada perdeu a bola porque pensamos que os adversários jogam como nós – desconcentrados, nervosos e com frequentes pausas e quebras de ritmo! Mas não, o Porto manteve um altíssimo ritmo e concentração, que só em alguns períodos acompanhámos.
A equipa depois baixou os braços e eu senti que o Belenenses tinha perdido um pouco da sua alma. Onde estão aqueles jogadores que cerram os dentes, com espírito forte, que não desistem!?
Couceiro terá querido tirar pressão à equipa quando afirmou que este jogo não era do nosso campeonato, mas eu não o teria feito.

Bem, mas vamos aos prós:
- A coragem de substituir Marco Aurélio, que não tem estado bem, dando uma oportunidade a outro jogador do plantel que afinal não desmereceu da confiança depositada!
- A primeira parte do Belenenses, jogando de igual para igual contra um Porto forte, com mais posse de bola mas pouquíssimos ensejos para marcar. Aliás nesse aspecto o jogo foi muito táctico, com enorme pressing à entrada dos dois meios campos, e daí a escassez de oportunidades de golo para uma e outra parte.
Houve jogo e isso é bom!
- O início da segunda parte e a tentativa séria de chegar ao empate, falhado por Meyong, ou bem defendido por Helton.

Estes os prós e contras de um sábado em que o Belenenses tentou, revelou as suas limitações, mas não foi este o jogo que explica a nossa miserável classificação.
Temos uma semana para levantar cabeça e ganhar na Amadora.
Saudações azuis.

sexta-feira, fevereiro 10, 2006

Zangam-se as comadres...

Descobrem-se as verdades! Assim fala o povo, enquanto Valentim se queixa amargamente do silêncio presidencial quanto à devassa do segredo de justiça no caso do ‘apito dourado’!
O Major terá declarado que Sampaio só se preocupa com as escutas e o segredo de justiça, quando o seu número de telefone vem à baila no processo da Casa Pia! No resto anda de bico calado!
Ora não sei se repararam, que escrevi ‘apito dourado’ com letra pequena!? Não foi por acaso, não senhor. A circunstância especialíssima de finalmente termos descoberto em Portugal uma nova forma de criminalidade, altamente desconcertante, que se preocupa apenas em subornar árbitros de segunda e terceira categoria, para obter resultados em campeonatos de divisões inferiores, ou até em competições de solteiros e casados, diz bem da perigosidade dos indiciados e dos seus sofisticados fins!
Bem, o que interessa é que fomos nós que descobrimos ‘isto’, ou não fossemos o grande país dos descobrimentos!
E descobrimos mais: que toda esta gente indiciada, e todos os outros que poderiam ter sido mas não foram, seriam incapazes de mexer uma palha que fosse, para interferir com os resultados dos jogos da 1ª Liga ou Liga de Honra, por razões que à partida não são fáceis de compreender, mas que têm afinal uma explicação bem simples!
Porque está em segredo de justiça vou limitar-me a publicar excertos do que consegui apreender, cruzando alguns dados e informações diversas: parece que esta raça de pilha galinhas segue religiosamente a filosofia das vítimas – ‘grão a grão enche a galinha o papo’!
Para grandes operações financeiras, altos empreendimentos, transferências vultuosas, em cheque ou numerário, não contem com eles! Isto é gente com amor à camisola!
É por isso que podem acumular cargos importantes e ser presidentes disto e daquilo sem qualquer risco para o património público e privado!
Mas não era aqui que eu queria chegar. Eu contei-vos toda esta história porque estou preocupado com o desabafo do Major. Se o homem resolve insistir no tema da pedofilia, estou convencido que aquela profecia inicial pode cumprir-se – muita gente vai engolir o apito e os miúdos da Casa Pia ainda vão presos!
Eu se calhar não vou tão longe. Mas admito perfeitamente uma vasta junção de processos, uma vez que há políticos envolvidos em todos eles!
Ora aqui está uma coisa que os portugueses também já descobriram.

quinta-feira, fevereiro 09, 2006

Enquanto o ‘apito’ vai e vem...

Folgam árbitros, jornalistas e jornais. Estes, já não têm vergonha nenhuma ou sequer respeito pelo leitor que por vício ou alguma outra razão desconhecida, lá vai comprando o jornaleco para acompanhar com a bica!
O ‘Record’, que não se distingue dos outros dois concorrentes, apresenta-nos hoje umas imagens plenamente gratificantes sobre alguns dos lances ‘duvidosos’ do jogo da Luz, que opôs Benfica e Nacional da Madeira, a contar para a Taça de Portugal.
Se os lances eram antes duvidosos, deixaram de o ser para quem olhe calmamente para as fotografias do jornal, retiradas das imagens televisivas! O que não se entende e permanece duvidoso é o critério que presidiu à colocação das legendas!?
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De facto, no lance em que Leo pretende atingir a bola e atinge o calcanhar de Miguelito, é penalty por ser na grande-área do Benfica. O título da legenda está errado: onde se lê – ‘na bola’, deveria ler-se – ‘no calcanhar’.
A outra legenda trocada é aquela em que Ricardo Rocha, fazendo a ‘mancha’ como qualquer experimentado guarda-redes, evita com o braço que a bola se dirija para a sua baliza! Por ser na grande-área do Benfica é penalty que também ficou por assinalar!
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O título da legenda ‘à queima’ sugere que é bola no braço e não braço na bola. Seria, se Ricardo Rocha não se tivesse movimentado como um guarda-redes na tentativa de suster o remate, o que aconteceu, mas com o braço.
Para a próxima aconselho os jornalistas do ‘Record’ a fazerem o que é costume nestas circunstâncias, tratando-se de um dos grandes do futebol português: não mostrem imagens, disfarcem, assobiem para o lado... e falem no ‘apito dourado’.É mais higiénico e escusam de brincar com os leitores. Pelo menos com aqueles que não são ‘ceguinhos’ por convicção!

segunda-feira, fevereiro 06, 2006

A crónica do sofrimento

Estamos melhor. A grande questão a resolver, ou seja, passarmos a ser uma equipa mais adulta, com mais personalidade, está mais próxima de ser uma realidade.
Nesta semana não perdemos gaz, mantivemos níveis aceitáveis de posse de bola, em condições competitivas difíceis, já que o Vitória de Guimarães precisava urgentemente de ganhar. A verdade é que tivemos alguns períodos de jogo razoáveis, uma zona defensiva eficaz, e com um pouco mais de serenidade podíamos ter saído de Guimarães com os três pontos.
Seria decerto um resultado injusto para o Vitória, mas estava ao nosso alcance, uma vez que a seguir à marcação do nosso segundo golo, os de branco abanaram...
Mas aí, vieram de novo ao de cima as insuficiências antigas, a maioria do foro psicológico, do equilíbrio emocional, que fazem oscilar demasiado a equipa, principalmente nos jogos fora de casa.
Por outro lado, as substituições não resultaram, tal como já não tinham resultado contra o Penafiel. É certo que Djurdjevic entrou bem no jogo e que foi dos seus pés que saiu o passe para o golo de Ruben Amorim, mas a partir daí veio a tremideira habitual e fomos incapazes de tirar partido do contra ataque, no sentido de aproveitar o desespero do Vitória.
Faltou sempre o compasso de espera, o jogador que a meio campo soubesse colocar a bola à frente de um ‘ciclista’ que deixamos de ter com a saída de Ahmada.
A equipa acabou por recuar muito, tentou defender o empate, e nós os adeptos, fizemos o que costumamos – sofrer!
Dá ideia de que não somos capazes de estar à frente do marcador!
Duas últimas notas: Rui Jorge confirmou-se como um elemento essencial à estabilização da equipa; e Couceiro está a conseguir recuperar alguns jogadores importantes para esta luta de morte que vamos ter que travar até ao fim do campeonato.
Saudações azuis.

quinta-feira, fevereiro 02, 2006

Notícias frescas

Bartolomeu falou e disse (Jornal ‘O Jogo’ de 02/02/06):
‘Como é que o Estrela, com tudo penhorado, paga 25 mil euros/mês por um jogador?
(...) Mas não é só esse. Há por exemplo um outro jogador que tem um contrato de 8600/mês, só que efectivamente ganha 20 mil euros líquidos. E há muitos mais. E curiosamente há também um clube, que nem sequer é dos grandes, que paga a um jogador 50 mil euros líquidos/mês, embora nesse caso sem contrato paralelo, tudo declarado. Mas eu pergunto: como pode um clube como esse pagar tanto dinheiro por mês a um jogador? Enfim, por hoje, fiquemo-nos por aqui’.
Bartolomeu sabe do que está a falar. Tem empresas, sabe o preço dos melões, sabe comprar melões, dirige um clube sem adeptos, sabe o que isso custa, declara os vencimentos, paga os impostos, não está para levar com a concorrência desleal dos ‘vendedores ambulantes’. E protesta e faz muito bem!
Já aqui escrevemos sobre este problema gravíssimo para a saúde e higiene do futebol português. Mas, para além da honrosa excepção do Presidente do União de Leiria, parece que ninguém se importa com a concorrência desleal, o que no mínimo, é estranho!?
E das duas, uma: ou os presidentes dos clubes cumpridores são incompetentes e idiotas, ou então, está tudo comprometido com o tal ‘sistema’, e têm todos ‘rabos de palha’!?
Responda quem souber, porque eu já dei para este peditório.
Outra notícia relativamente fresca, veio à estampa no DN de 31/01/06, assinada pelo cronista José Manuel Barroso, que suspira pelo ‘Meu querido futebol’...que afinal está nas mãos dos ‘mafiosos’ e ele não sabia! Só descobriu agora depois de ter conversado com uns jornalistas!
Sem qualquer vaidade, se virem este Barroso, avisem-no que pode manter-se melhor informado sobre o tema, aqui no Belém Integral, uma casa sempre interessada em esclarecer leões incautos!
Saudações azuis.