domingo, agosto 21, 2011

Mais Ferreira e menos Ferreira!

Com os ventos desnorteados e o tempo a ameaçar ciclone, assistimos (ainda assim) a um jogo interessante no Restelo. Gostei mais da primeira parte, houve mais futebol, houve mais Ferreira. Pelo contrário, na etapa complementar preferiu-se o futebol directo, a bola não circulava pelo meio campo e o jogo perdeu clareza. Foi altura de me enervar, as más recepções tornaram-se frequentes, surgiram também alguns individualismos escusados (à atenção de Miguel Rosa, armado em faz tudo, como por exemplo marcar cantos do lado direito com aquela ventosga!) e por isto ou por aquilo as oportunidades perdiam-se inglóriamente. Cruzamentos houve muitos, mas nós não temos cabeceadores (puros) naquele ataque. E o Atlético que se fechou sempre bem, resolveu apertar no final do jogo e ganhou uma série de cantos que poderiam ter causado perigo. Num jogo onde desfrutámos de poucas oportunidades de golo, terá ficado uma grande penalidade por marcar a nosso favor, falta sobre Waldir, quando o desafio já se encaminhava para o fim. De resto, e que me lembre, o Atlético também não dispôs de grandes oportunidades, a não ser num alívio infeliz de Ferreira, ainda na primeira parte, com a bola (empurrada pelo vento) a beijar o poste direito da nossa baliza.
Em resumo, um jogo em que tivemos ascendente claro durante a primeira parte, mas que não conseguimos materializar em oportunidades de golo. Na segunda parte e como já referi houve mais equilíbrio pelo que o empate não escandaliza.

Figuras e factos relevantes:

- O árbitro Olegário Benquerença errou ao não assinalar uma grande penalidade a nosso favor. A contrastar com a largueza de critério que revelou naquele lance, foi excessivamente rigoroso noutros, o que passa por ser uma característica dos árbitros portugueses.




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A nossa equipa:
- Gostei da exibição da dupla de centrais especialmente Pedro Ribeiro que teve que se haver com um calmeirão do Atlético; os laterais não destoaram, e pode dizer-se que Pires esteve mais calmo e menos precipitado; na linha média existe Ferreira que dá o tom e o risco ao futebol azul e quando não dá, porque se esconde do jogo, ou porque a bola viaja por alto da defesa para a frente de ataque, a equipa ressente-se, perde clareza e intencionalidade; depois existem os dois Victor – Lemos e Silva – um mais recuado, o Silva, com um bom pontapé de meia distância, mas ontem pouco influente no jogo; e existe o Lemos, esquerdino, que tinha deixado excelente impressão, e que desta vez escorregou muito, e acabou por ser inconsequente; no ataque, onde pontificam Miguel Rosa e Camará, afinal a dupla do ano passado, registamos as mesmas virtudes e os mesmos defeitos: - Rosa é perigoso, mas agarra-se muito à bola e pensa pouco no colectivo; Camará aguenta bem as cargas dos adversários na recepção às bolas altas, mas quando se vira ainda ainda está verde. Acresce que continuamos sem cabeceadores puros. E com tantos cruzamentos… não sei! Falta falar de Sidnei onde se notou muito a falta de pé esquerdo, especialmente na hora de decidir se vai ladear ou centrar; os últimos são os primeiros – apesar de baixote, o guarda-redes Coelho esteve bem e não comprometeu.

Resultado final: Belenenses 0 – Atlético 0

segunda-feira, agosto 08, 2011

Vitória no Restelo!

Cinco a três, uma fartura de golos! E ainda falhámos um penalty! Há quanto tempo não criávamos tantas oportunidades de golo?! O que é que mudou se os avançados são os mesmos? Bem, eu explico: - o que mudou foi o meio campo. Agora temos um Ferreira que sabe jogar à bola e um esquerdino brasileiro (não me lembro o nome) que sabe dar sequência aos lances. E o médio Victor (que já lá estava o ano passado) completa bem o sector. No ataque, Sidnei, do lado esquerdo, não jogou mal e os dois restantes, Varela e Miguel Rosa fizeram o que sabem fazer. O primeiro, é lutador mas não consegue marcar golos. O segundo agarra-se muito à bola mas é um rato da área! Marcou dois, que me lembre. Quanto à defesa, parece mais arrumada, fruto talvez do novo defesa central que veio do Trofense (eu hoje não me sai um nome!), mas é preciso rever o posicionamento nos passes em profundidade pela zona central. Especialmente na segunda parte (admito que a saída de Ferreira tenha desiquilibrado o sector) demos algumas abébias (que resultaram em golos) que não se podem dar.


E não me adianto mais, porque preciso de mais um ou dois jogos para aquilatar sobre a equipa. Que me pareceu muito melhor que a do ano passado... isso pareceu.


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Resultado final - Belenenses 5 - Leixões 3 (Taça da Liga)




. Saudações azuis.




Provocação: - Então o André Martins foi dispensado, o ano passado não servia, e este ano já o vi jogar na primeira equipa do Sporting?! E se eu falei nisto! O meio campo, lembram-se?!