sábado, maio 30, 2009

Blogo dependência!

Fartei-me de rir, o assunto era parodiado num desses programas de humor, e simulavam uma reunião de ‘blogo dependentes anónimos’! Em círculo, cada um expressava os seus avanços terapêuticos, as vitórias sobre si próprio, e um deles disse corajosamente: - quero que saibam que já não publico um postal há mais de um quarto de hora! No que foi imediatamente aplaudido pelos restantes!
Mas a brincar, a brincar… vão-se dizendo algumas verdades.
E por isso, eu quero que saibam que tenho lido tudo o que se tem escrito sobre a novela ‘desces tu, desço eu’, mas tenho resistido a escrever qualquer coisa sobre o assunto. Não me aplaudam… porque senão escrevo mesmo!
Aplaudiram, pronto, lá terei de escrever.
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E tenho resistido a escrever por várias razões, a primeira das quais tem a ver com as últimas eleições e com a facilidade com que surgem candidatos à Direcção do Belenenses! Mesmo em épocas de grande crise, e este facto mereceu artigos de fundo na comunicação social, quando os outros clubes se debatem com problemas de sucessão, por aqui não há problema! São quase sempre antigos dirigentes, são quase sempre apadrinhados pelo Conselho Geral, e aparecem quase sempre com as mãos vazias e um mundo de promessas!
Logo que são eleitos, declaram-se surpreendidos com o que encontram – tesouraria e dívidas – e convocam uma assembleia-geral com a faca apontada ao peito dos sócios: - ou aprovamos isto (qualquer coisa para onerar o património do Clube) ou estamos perdidos!
É caso para dizer - assim também eu era candidato! O que explica porque é que os candidatos são (quase) sempre os mesmos! E explica também porque é que muito boa gente não se candidata!

Outro dos argumentos que me leva a certa contenção tem a ver com o habitual reboliço que se vive no futebol português mal acaba o campeonato. E ainda agora a procissão vai no adro…
Uma Liga fraca, sem poder algum, uma Federação inexistente, ou que só existe para as selecções, um poder político incapaz de intervir, que usa o futebol e o desporto para propaganda própria, a justiça no bolso dos partidos, a época eleitoral, tudo se conjuga para mais um defeso em que vale tudo, em que todos gritam por el-rei mas são todos… republicanos!

Saudações azuis.

segunda-feira, maio 25, 2009

Outro dia

Descontado o dia de luto carregado, a vida continua, e posso enfim expressar-me abertamente, sem tabus que destabilizem o que quer que seja!
Vamos então ao balanço da época desportiva, com as condicionantes de sempre - só posso escrever sobre aquilo que está ao meu alcance, visto das bancadas ou através dos media:

Descemos de divisão e a nossa descida, que poderia ter sido evitada se houvesse alguma sagacidade dentro do Clube (se quem manda ali dentro, que ninguém sabe quem é, percebesse alguma coisa de futebol), foi afinal o corolário de tudo aquilo que não fizemos nas últimas épocas, onde lutámos quase sempre para não descer.
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O episódio Jorge Jesus, foi uma excepção à regra do declive inclinado, e criou por isso alguma ilusão de óptica entre os associados!
Jorge Jesus conseguiu (momentâneamente) inverter o percurso descendente porque assumiu o poder total no Belenenses! Fez de presidente, de director para o futebol e foi treinador! Conseguiu até restabelecer alguma prioridade do futebol em relação ao poder das modalidades! Como conseguiu fazer isso não interessa agora aprofundar, pois foi útil nessa altura, mas acabou por provar que só nessas condições se pode vingar no Restelo. Ainda assim viu-se aflito, quando confrontado com a proverbial incompetência da retaguarda, vidé caso Meyong!
Portanto, descemos, e continuaremos no sobe e desce se não mudarmos de vida.
Esta é a primeira conclusão que retiro desta época.
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A segunda conclusão poderá extrair-se do ‘episódio Jesus’: - O Belenenses tem que voltar a ser um clube de futebol e os seus dirigentes têm que trazer ‘curriculum’ do futebol. Não basta serem bons gestores (de outros negócios que não o futebol) ou terem feito um bom trabalho no basket, nas obras, ou no futsal.
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Quarta conclusão: - como não temos dirigentes com esse perfil, teremos que contratar alguém que (provisoriamente) assegure essa grave lacuna. Alguém com provas dadas, e se tiver um coração azul, tanto melhor. Eu disse - provisoriamente – porque espero que este seja o ponto de partida para o dirigismo belenense… no futebol. Um dirigismo de qualidade, melhor que a concorrência!
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Quinta e última conclusão: - quem não tem dinheiro para o futebol não pode ter outros ‘vícios’.

Saudações azuis.

domingo, maio 24, 2009

Anos-luz!

Estamos a anos-luz de tudo aquilo que fomos e perdemos! A anos-luz de uma cultura de exigência, que vem de cima, e se transmite ao inconsciente dos jogadores. Cultura de exigência que os sócios também perderam.
Esta noite na Luz aconteceu o inevitável. E não há muito a dizer – um golo madrugador ainda aqueceu os corações, mas depois falhámos sempre - deixámos o Cardoso cabecear à vontade – falhámos a hipótese de um segundo golo – falhámos mentalmente e ficámos reduzidos a dez jogadores!
Recuámos, abrimos o campo de tiro ao adversário e sofremos as consequências – um segundo golo e o objectivo da permanência esfumou-se. Na tentativa do volte face perdemos lucidez, perdemos capacidade de transição ofensiva e desaparecemos do jogo.
Enquanto isso, a Naval empatava ao cair do pano e o gosto amargo de termos falhado acentuou-se.
Amanhã é outro dia, a esperança há-de renascer!

quinta-feira, maio 21, 2009

Canto alegre ao sul

Deixei passar o saloio, achei bonito (e justo) o título de ‘mentor da blogosfera azul’, parece-me um exagero ‘blogueiro anti-funcionários públicos’!
Exagero, porque estou actualmente nos antípodas! Afinal quem é que não gostaria de ser funcionário público em tempos de crise?! Com a certeza do salário mensal, e a garantia de não despedimento!
Eu sei que não dá para todos, mas eu tenho lá um primo, um parente, um compadre, e em nome da unidade partidária, cabe sempre mais um!
Mas o que é que isto tem a ver com o Belenenses?! Nada.
Mas o canto azul ao sul não percebeu, ou não quis perceber, e reagiu corporativamente. Ou terá sido (ainda) a luta de classes a mover-lhe a pena?!
Mas vejamos o que escrevi: -

‘Pode dizer-se que ao Belenenses lhe aconteceu o mesmo que a muitos serviços do Estado, inicialmente criados na lógica do serviço público, mas que hoje em dia apenas se justificam (e existem) para gáudio e benefício dos próprios funcionários!’

Onde é que está a novidade?
Não é verdade que o Belenenses se desviou do seu objectivo primordial (e fundacional) – o futebol?!
Não é verdade que mantém despesas e fantasias de clube grande de futebol, que foi, mas já não é?!
Não é verdade que por via disso perdeu competitividade em relação a clubes que se dedicam exclusivamente ao futebol?!
E não é verdade que perdemos capacidade e conhecimentos futebolísticos uma vez que os dirigentes que temos ‘subiram’ através das modalidades, portanto, sem quaisquer méritos no futebol. Aliás, dirigente com méritos no futebol é coisa que não existe no Belenenses há muito tempo. Tempo demais, digo eu.
E finalmente a verdade mais amarga que o autor do canto azul também sublinhou – em termos eleitorais o futebol está nas mãos (depende dos votos) das modalidades e de alguns interesses instalados no Restelo! Pior seria difícil.

Vamos agora aos serviços públicos. É rápido, não dói nada, qualquer português podia caricaturar a situação apontando como exemplo maior - a própria assembleia da república!
De facto inicialmente criada para servir os portugueses é hoje um órgão do estado desprestigiado, a léguas do interesse nacional, mas sempre atenta aos interesses dos deputados e respectivos partidos.
E com um problema adicional (ou será existencial!) - na assembleia da república não há excedentários, especialmente aos fins-de-semana ‘com ponte’, nesses dias, com o hemiciclo deserto, não fora as mulheres da limpeza e não havia quórum!

Sem rancor, sem azedume, vou continuar a ler o ‘canto azul ao sul’ especialmente em matérias comuns (prioridade absoluta ao futebol) e questões ligadas ao património onde tenho aprendido alguma coisa.

Saudações azuis.

quarta-feira, maio 20, 2009

A espera!

Enquanto esperamos pelo destino, ou seja, pelo(s) resultado(s) de sábado, o mundo gira e o mundo da bola também. Em Portugal o mundo não gira assim tanto, as coisas são até um bocadinho repetitivas.
Nada que nos incomode!
Por exemplo, esta semana ficámos a saber o que já sabíamos:
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1. As claques estão para o futebol assim como a água está para o deserto. Criadas para fazerem a festa no futebol, acabam quase sempre instrumentalizadas por interesses que nada têm a ver com o mesmo. Em lugar de atraírem o público (aquele que paga o espectáculo) afastam-no. Esta é a minha opinião.
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2. Ficámos também a saber o mesmo que já sabíamos pelas notícias dos jornais: em vésperas de jogo decisivo, Braga-Benfica, o treinador do Braga era dado como o próximo treinador do adversário! Tudo natural, à vista de todos! Ai, se fosse em Inglaterra… Onde o futebol atrai multidões precisamente porque os batoteiros são severamente castigados.
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3. Assinei uma petição – Por uma revolução no futebol português – cuja iniciativa partiu de dois adeptos do futebol, e pelo que li, filiados no Estrela da Amadora. É o que menos importa. Importante é a proposta apresentada, muito semelhante ao que temos vindo a propor no Belém Integral. Já lá vão quatro anos!
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4. Em contraponto não tenciono assinar uma outra petição que por aí corre – pela verdade no futebol – cuja iniciativa pertence ao jornalista Rui Santos. Nada contra a brilhantina, mas a preocupação central parece-me excessivamente tecnológica, se a bola entrou ou não, se foi falta ou não foi, tudo na perspectiva (também falível) do ‘olho de falcão’. O que se ganha num lado perde-se no outro. Além de que os problemas do futebol português são outros, têm pouco a ver com a tecnologia, têm mais a ver com a pouca vontade do poder político em intervir no sentido de democratizar a actividade. Já o disse muitas vezes: - o futebol português não muda (e está falido) porque Benfica, Sporting e Porto querem tudo menos concorrência. E a comunicação social também. É a mentalidade anti-competitiva a funcionar! Pois é, gosto de ganhar, mas tenho medo (vergonha!) de perder... Sem esquecer os interesses mais ou menos ocultos...

De resto… que tenhamos sorte. É tudo o que desejo ao Belenenses.

Saudações azuis.

sábado, maio 16, 2009

Sinal de esperança

Num dia cheio de sinais do Céu, aniversário do Cristo Rei, um pequeno milagre não faz mal a ninguém! A três minutos do fim Vinicius centrou para Wender concluir com êxito.
Vitória do Belenenses sobre o Rio Ave por uma bola a zero.
Agora temos que ganhar na Luz e esperar por... outro milagre. E quem faz um, faz dois.
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Saudações azuis.

terça-feira, maio 12, 2009

Duas crónicas possíveis

Não vi o jogo nem hei-de ver, mas sei o que se passou: - Casimiro Mior armou mal a equipa, o Carciano fartou-se de falhar e o Arroz deixou-se antecipar pelo Renteria! Valeu na circunstância a experiência do nosso guarda-redes, um especialista a sair dos postes, senão em vez de cinco… levávamos dez!
E sei mais: - apesar da goleada são de realçar as (habituais) boas exibições de Zé Pedro e Silas, jogadores que a comunicação social tanto aprecia! Sempre a empurrarem a equipa para a frente, o seu labor só não deu frutos porque no ataque temos alguns avançados que só marcam golos nos anos bissextos!
O árbitro fez o que lhe competia, prejudicou o Belenenses!
Findo o encontro o ex-presidente Fernando Sequeira, responsável por mais esta derrota, foi vaiado e perseguido por um grupo de associados, grupo esse que exerce várias funções no Restelo, como por exemplo: - dispensar treinadores e interromper os treinos para ajudar o treinador a treinar!
Mas há males que vêm por bem! Com a descida e a possível extinção da secção de futebol as restantes modalidades podem finalmente expandir-se até ao campo principal! E as bancadas, entretanto desertas, podem servir os mil e um projectos eleitorais: - supermercados, creches, berçários, infantários, escolas, lares da terceira idade, clínicas veterinárias, hospitais, escritórios, etc., etc., … parece até que o país estava à espera do Estádio do Restelo para se desenvolver!
Nestas condições o Clube de Futebol “Os Belenenses” reabre brevemente noutro local e com nova gerência.
E com novos sócios também, nem que tenha que os contratar! Piores que os actuais não são concerteza.

A outra crónica possível, sem ironia, menos destrutiva, mais confiante, dirá aquilo que sempre disse: - o problema do Belenenses, como de qualquer colectividade que se afunda, não é um problema de treinador, nem de jogadores, muito menos um problema de gestão, é seguramente um problema de liderança. Liderança forte, incontestável, e que una a família belenense.

Saudações azuis escuras.
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Nota básica: Para quem não saiba, Casimiro Mior há muito que deixou de ser treinador do Belenenses, e na equipa inicial que defrontou o Braga não alinhou nenhum dos brasileiros contratados por Fernando Sequeira. Carciano e Arroz nem constavam da convocatória.

segunda-feira, maio 11, 2009

Independentemente…

Do resultado do jogo desta noite (a que não assistirei), independentemente do nome do Presidente do Clube de Futebol “Os Belenenses” (Viana de Carvalho, que não conheço pessoalmente) e do seu projecto eleitoral, continuo a ser belenense e por isso daqui envio alguns recados ao novo responsável:

1. Não tenha vergonha nem confunda a Cruz de Cristo com a moldura do emblema, coloque-a bem visível onde sempre esteve, no lado esquerdo da camisola, em cima do coração.
2. Recentre a actividade do Clube no futebol e devolva o estádio do Restelo ao futebol.
3. Enquanto não construir uma equipa de futebol competitiva e consistente, para lutar pelos primeiros lugares da primeira divisão, não construa mais nada no Restelo. Aliás, o que há a fazer não é construir mas destruir os ‘abarracamentos’ que entretanto cresceram e têm vindo a desvalorizar o património que temos à nossa guarda.
4. Sendo assim, preocupe-se em manter a mais-valia que constitui um espaço aberto e verde na encosta do Restelo, com vistas para o rio, que deve servir apenas para a prática do futebol e para área de lazer do associado (ou do visitante) comum.
5. Nesta lógica as únicas obras aceitáveis são: recuperar o campo de treinos (campo nº 2) e fazer outro ao lado (quando houver dinheiro) sacrificando o actual pavilhão e aproveitando aquele espaço onde construíram uma cobertura inqualificável! Talvez seja então possível criar o necessário parque de estacionamento subterrâneo.
6. Também na mesma lógica, as piscinas devem ser olhadas como área de lazer e não de desporto de alta competição. Deixemos isso aos clubes de natação. E também não devem servir para escritórios de contabilidade.
7. Com estas e outras medidas semelhantes matam-se vários coelhos com uma cajadada, a saber: - aos frequentadores das piscinas (ou praticantes de outras modalidades que ainda subsistam) não se exige que sejam sócios do Clube de Futebol “Os Belenenses”, basta um cartão de utente, renovável, diluindo-se assim o risco de num futuro próximo, numa qualquer assembleia-geral, que esses 'sócios do Belenenses' (mas que no futebol são adeptos dos clubes da segunda circular) venham a ditar, com o seu voto, o fim do futebol no Clube! Isto já esteve mais longe de acontecer.
8. E finalmente desejo que tome posse e que tome o pulso ao Clube acabando com os vários protagonismos e os vários poderes alternativos que vão desgastando o Belenenses. Dê as suas ordens, sejam boas ou erradas.


Saudações azuis

domingo, maio 10, 2009

Lista A vence pela diferença de 66 votos!

Já se conhecem os resultados das eleições no Belenenses:
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Num universo de cerca de 6.000 sócios com direito a voto, votaram apenas 1.548 o que corresponde a 75% de abstenções.
Os 1.548 votantes representaram 9.296 votos que se distribuiram do seguinte modo:
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Lista (A) - 4.328 votos (46,6%)
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Lista (B) - 4.262 votos (45,9%)
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Lista (C) - 479 votos (5,2%)
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Votos nulos........ 114 (1,2%)
votos brancos..... 113 (1,2%)
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Venceu a Lista (A) liderada por Viana de Carvalho que é assim o novo Presidente do Clube de Futebol "Os Belenenses".
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Comentário breve: - registe-se em primeiro lugar a escassa diferença de votos entre os candidatos das listas A e B, que se cifrou em apenas 66 votos. Um bom resultado apesar de tudo para João Barbosa atendendo à péssima prestação da equipa de futebol!
Por outro lado o candidato da Lista C não conseguiu fazer passar a sua mensagem e podemos também concluir que se as eleições se têm realizado na data inicialmente prevista, antes portanto dos jogos (e das derrotas) com Nacional e Trofense, a Lista B ganharia folgadamente.
Uma lição para todos os candidatos - o futebol é que manda e é quem decide.
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Outro aspecto que merece reparo foi a escassa participação dos associados. Uma enorme abstenção (75%) indicia sempre um divórcio entre eleitores e eleitos. Outra lição para todos.
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Finalmente e antes de endereçar os parabéns ao vencedor, um reparo para a enorme diferença entre o numero de votantes e o nùmero de votos! Ou seja, 1.548 sócios produziram mais de 9.000 votos! Seis vezes mais! Um escândalo que os novos estatutos terão corrigido.
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. Saudações azuis.

sábado, maio 09, 2009

Resultados esquisitos!

Nunca gostei de reduzir as análises ao vitimismo ou à mania da perseguição, até porque no Belenenses esse é um fado que esconde muita incompetência e lassidão. Somos nós que temos que fazer pela vida e neste país de corrupção à beira-mar plantado só é anjinho quem quer ou gosta de ser. E se não sabem o que é fazer pela vida, eu explico: - é fazer o que os outros fazem, é usar os meios e os estratagemas que os outros usam.

Nesta guerra não há inocentes porque desde que o dinheiro tomou conta do futebol, tudo se resume ao ‘tacho’ que antigamente dava para quatro, depois para três, e agora só dá para um, e mal!
E o ‘tacho’ mais apetecível é, como todos sabemos, o dinheirinho que vem da Europa, da chamada Liga Milionária, sob a forma de subsídio directo ao primeiro classificado do campeonato. É portanto aqui que se concentra a artilharia de Benfica, Sporting e Porto, que arrastam tudo à sua volta numa verdadeira caça ao tesouro, cujo resultado mais visível é ficarmos todos mais pobres!

Aliás o futebol português não muda porque estes três clubes não querem! Preferem esmifrar-se uns aos outros a reorganizarem o campeonato em moldes mais equilibrados e por conseguinte, mais rentáveis! No fundo, não querem concorrência.

Por isso a guerra norte-sul, apitos dourados, e mais recentemente esse ‘movimento pela verdade desportiva’, são tudo episódios mais ou menos ridículos da mesma farsa.
Tal como os resultados esquisitos que acontecem nas últimas jornadas do campeonato!
Quem sabe se na Luz não conseguimos (também) alcançar um resultado esquisito! Em nome de uma certa democracia.

Saudações azuis.

quarta-feira, maio 06, 2009

Um clube a ferros!

Pode dizer-se que ao Belenenses lhe aconteceu o mesmo que a muitos serviços do Estado, inicialmente criados na lógica do serviço público, mas que hoje em dia apenas se justificam (e existem) para gáudio e benefício dos próprios funcionários!
O Belenenses também foi fundado para jogar futebol e discutir os primeiros lugares do campeonato, e foi o que fez durante muito tempo. Por isso cresceu, tornou-se grande, e foi à sombra desse crescimento e dessa grandeza que começaram a nascer outras modalidades, que empregou mais pessoal, que multiplicou directores e seccionistas. E tudo isto é normal de acontecer numa época em que o eclectismo estava na moda.
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Só que sobrevindo a crise, não teve capacidade para se regenerar, não cortou o acessório para manter o essencial, enfim, nunca teve coragem para aceitar a sua realidade.
Preferiu ir morrendo devagar, foi perdendo o sentido da sua existência e está hoje na mão dos funcionários do clube, dos múltiplos interesses instalados no Restelo, de uma série de modalidades ditas amadoras, respectivos atletas e directores, alguns credores, e por simpatia e cumplicidade, na mão de muitos dos ex-dirigentes que deram origem a esta situação!
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Contra isto, os poucos sócios (e que são apenas sócios) que ainda acorrem às eleições pouco podem fazer! Não têm qualquer hipótese de alterar este quadro de interesses, uma vez que toda esta minha gente vota (!) e ocupa sem cerimónias o espaço eleitoral. Mais, pensam que o clube são eles!
E ai de quem se atreva a candidatar-se propondo muito simplesmente que o Belenenses retorne aos caminhos da sua antiga glória e grandeza! É de imediato perseguido ou anulado. E é perseguido e anulado porque quem defende os interesses do Clube de Futebol “Os Belenenses” tem obviamente de cortar a direito, acabar com as modalidades e despedir pessoal. Ou seja, recomeçar de novo.
E isso não interessa aos ‘sócios do Restelo’. Esses estão-se nas tintas se o Belenenses desce ou não de divisão, provavelmente nem gostam de futebol, haverá alguns que nem belenenses são!
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Por isso não me iludo com estas eleições, será mais do mesmo enquanto não aparecer alguém a propor uma rotura definitiva com o passado recente. Doa a quem doer.
O resto é conversa, é segunda divisão, é o sobe e desce permanente. Até que um dia já nem sobe, só desce.

terça-feira, maio 05, 2009

O jogo da Trofa

Houve um grande treinador que disse: - quando temos jogadores medianos apostamos no jogo apoiado, não apostamos no contra-ataque. O contra-ataque é para quem tem jogadores com capacidade de passe à distância e pontas de lança rápidos e possantes, que em dois toques sabem esgueirar-se a caminho das balizas. E depois não falham.
Já não me recordo do nome deste treinador, ou se ele alguma vez existiu, mas lembrei-me dele quando o Àvalos insistia em bombear a bola na direcção do Roncatto ou do Wender, em lances condenados ao insucesso. Nem o Àvalos se chama Dudu (quem não se lembra deste anafado brasileiro que jogava a passo, mas punha a bola onde queria!) nem temos ninguém lá na frente que saiba disputar (e ganhar) um lance aéreo, ainda por cima contra o chamado forte da casa – de seu nome Valdomiro! Um defesa central que comanda (à voz e ao gesto) toda a defesa e ainda tem tempo para ir lá à frente marcar ou dar a marcar! Já tinha marcado no Restelo, estávamos todos avisados, e mesmo assim de nada serviu. Aliás quem ganhou o jogo foi a dupla Hugo Leal - Valdomiro! O primeiro marcava as faltas com a perfeição exigida, o segundo aparecia na nossa grande área para concluir. E não fez mais estragos por mero acaso.
Neste jogo da Trofa e numa altura crucial do desafio, bem a meio da segunda parte, senti que fomos forçados a recuar no terreno, alguma coisa cedeu! Concedemos então muitas faltas que o Hugo Leal lançava perigosamente sobre a baliza de Júlio César. A partir daí só o empate esteve ao nosso alcance, e como sempre, apenas nos últimos minutos, quando o adversário recuou instintivamente tentando conservar a preciosa vantagem.
Este jogo foi o retrato de muitos outros jogos, jogamos benzinho durante alguns períodos, de repente sofremos golos estranhos, e passamos o resto do tempo a correr atrás do prejuízo. Que raio de sina!
E faltam três jogos...

segunda-feira, maio 04, 2009

Ecos de um desastre

Era proibido perder e perdemos. Era proibido sofrer golos infantis e sofremos. Nestas circunstâncias, torna-se muito difícil virar resultados especialmente quando uma equipa não dispôe de um homem golo. Ainda reduzimos mas não foi suficiente. Queixas da arbitragem parece que existem. Falta de sorte também. Mas nada disto explica o último lugar na tabela!
Pode dizer-se que ninguém faria pior.
Talvez a partir de agora se possa falar de futebol, da revolução necessária, do fim das modalidades, que nos impedem de competir em igualdade de condições, por exemplo, com o Trofense, que por certo não se dispersa no ragueby ou no andebol. Que não tem tantos directores e seccionistas, nem precisa de ter tantos empregados, etc, etc,...
A ver se deixamos de navegar nestas meias tintas, nem peixe nem carne, que apenas servem para dissipar recursos sem proveito nem glória.
Ah, e sobre os árbitros, o problema é que ninguém nos respeita e sabem porquê? Porque não nos damos ao respeito. No Belenenses não se sabe quem manda, e há gente demais a mandar!
Vivemos uma situação perigosa, não abusem.
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.Resultado final: Trofense 2 - Belenenses 1

sábado, maio 02, 2009

Atenção!

Acabei de ver na SportTv o jogo de Vila do Conde, que terminou empatado a zero. Com este resultado o Rio Ave soma 24 pontos e coloca a fasquia da salvação nos vinte e sete pontos. Tantos quantos deve conseguir se vencer na última jornada, em casa, o Estrela da Amadora. Tarefa perfeitamente ao seu alcance.
Portanto a questão que se coloca a partir de agora é a seguinte: - onde vai o Belenenses buscar os seis pontos que lhe faltam? Obviamente que precisa de vencer dois dos quatro jogos que tem para disputar, sendo que uma das vitórias terá de ser obrigatoriamente contra o mesmo Rio Ave, no Restelo. As outras hipóteses de vitória reduzem-se ao Braga (em casa) ou já nesta jornada contra o Trofense (na Trofa). A Luz na última ronda é para esquecer.
E mesmo que façamos os tais vinte e sete pontos ainda há que contar com a derrota do Rio Ave em Guimarães, o que não é líquido.
E não é líquido porque o Rio Ave está em crescendo (duas vitórias e um empate nos três últimos jogos!) e tem trunfos para jogar, como por exemplo, o Fábio Coentrão (emprestado pelo Benfica) e o Yazalde (emprestado pelo Braga). E também não me passou despercebido o defesa direito, de seu nome Miguel Lopes!
Assim, talvez tenhamos que inventar mais um pontito… os tais vinte e oito pontos…
Vamos lá cerrar os dentes e lutar até ao fim.

Saudações azuis.
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.Nota do Autor: - Continuo a 'vaticinar' tomando como base os clubes em relação aos quais temos vantagem nos jogos efectuados, ou seja, Trofense e Rio Ave. E também porque só dependemos de nós uma vez que serão próximos adversários, no tudo ou nada. Quanto ao Vitória de Setúbal, só um colapso evitará que faça menos de vinte e sete pontos até ao final do campeonato. Tem um calendário acessível, e tem um golo de vantagem sobre o Belenenses. O que pode vir a fazer toda a diferença...
Mas a esperança é a última a morrer.