segunda-feira, abril 30, 2018

O doce amargo sabor da derrota


Se o futebol se resolvesse em pura lógica o encontro entre o quarto classificado e o décimo segundo estava desde logo resolvido. E se o assunto fosse comparar orçamentos ainda mais resolvido estava. Porém em futebol nada está garantido e esse é o sortilégio do desporto rei! E foi bonito ver a luta táctica entre dois grandes treinadores – Abel Ferreira e Silas – e mais uma vez foi por um triz que a balança pendeu para o lado do plantel mais forte.

No futebol ganha quem comete menos erros e aquele primeiro lance logo no primeiro minuto de jogo foi esclarecedor. Contra adversários como é o actual Sporting de Braga um erro daqueles equivale práticamente a um golo. André Moreira felizmente defendeu. A partir daí o Belém aprendeu e assistimos a um grande jogo, muito equilibrado, com oportunidades numa e outra baliza. Em minha opinião o Belenenses surpreendeu pela capacidade em ligar o seu futebol como há muito não se via e com uma variante na defesa a cinco. Persson tanto era central como médio de acordo com as movimentações do ataque bracarense. Ataque bracarense que conseguimos travar com categoria e calma. O perigo era perder a bola nalguma transição.

Porquê?! Porque estamos a falar do Braga, uma equipa que como já tenho referido me parece ser, neste momento, a melhor desta primeira Liga. E que marca golos que se farta. O que valoriza ainda mais a exibição azul. E por falar em boas exibições, impressionou-me a desenvoltura de André Sousa e Bouba Saré, este com um futebol simples e eficaz. E assim, o empate em branco com que terminou a primeira parte reflectia o que se tinha passado dentro das quatro linhas.

Na segunda parte, como se esperava, o Braga entrou forte, e Saré, como se esperava, atendendo a que esteve muito tempo parado, dava mostras de cansaço. O Belenenses no entanto sacode a pressão e aos cinquenta e quatro minutos Maurides tem uma grande oportunidade para marcar. E nestes jogos quem marca primeiro adquire de imediato uma enorme vantagem. Mas o cabeceamento passou rente ao poste. Silas entretanto tenta refrescar a equipa. O problema é que as substituições para além de não terem acrescentado nada ao jogo belenense, vieram azaradas! Repare-se, aos 59 minutos saiu Saré e entrou Yebda e por coincidência dois minutos depois sofremos um golo. Golo que não valeu porque tinha sido precedido de uma falta sobre Persson. Entretanto o jogo prossegue e aos setenta minutos há nova substituição – sai Diogo Viana e entra Benny. Um minuto depois sofremos o golo que viria a decidir o encontro. Coincidência?! Azar?! Podemos pensar o que quisermos. Nathan ainda entrou para o lugar de Sousa mas nessa altura o Braga fechou-se e controlou o resultado.

Razão tinha Silas quando disse que havia poucas soluções no banco.


Resultado final: - Belenenses 0 – Braga 1


Saudações azuis

quarta-feira, abril 25, 2018

A república de abril e o futebol



Contas feitas, no futebol, como no resto, pouco ou nada mudou com o 25 de Abril. E hoje passados mais de quarenta anos sobre a celebrada data, podemos concluir que até piorou! Nos primórdios do estado novo, quando o poder político ainda não tinha capturado o futebol para a sua propaganda, o jogo desenvolvia-se dentro das quatro linhas e os mais fortes ganhavam mais vezes que os mais fracos. A competição é assim. Porém a partir do momento em que perder passou a ser uma vergonha, e eu não consigo precisar esse momento, a partir daí tudo se alterou. Digo isto em contraste com a Inglaterra (país que inventou o futebol) onde perder continua a ser apenas e só um dos três resultados possíveis.

Mas regressemos então à república de Abril e ao seu futebolzinho corrupto e batoteiro. Um futebol com cartas marcadas envolvido em escândalos permanentes. E porque é corrupto e batoteiro, tornou-se profundamente desigual fazendo lembrar aquela imagem em que uns jogam de botas cardadas e os outros jogam descalços. E se na república anterior já se começava a sentir algum condicionamento político sobre o futebol, nesta república de Abril a promiscuidade é total. Recordemos como se chegou até aqui.

A seguir ao golpe militar e face à inevitável desordem, o futebol, assustado, fugiu para o norte para onde fugiram também a produção e o emprego. O Porto e o Boavista aproveitaram para ganhar terreno à concorrência lisboeta. Abaixo do paralelo de Rio Maior reinava o ‘povo unido’ e os clubes do sul foram naturalmente varridos do mapa. Barreirense, Seixal, CUF, Amora, Lusitano de Évora, etc., quem se lembra deles na primeira divisão?!

O próprio Belenenses, que nunca foi o clube do regime, essa benesse cabia ao casalinho verde rubro, também não escapou à febre revolucionária. Mudou o nome ao estádio encheu-se de esquerdistas e maçons, e apesar de ter beneficiado de rios de dinheiro provenientes do Bingo, ganhou apenas uma Taça de Portugal e, verdadeiramente, nunca mais foi o mesmo.

Entretanto, lá fora, na república laica e socialista as coisas pioravam. As empresas do norte faliram, más notícias para o Porto, o país passou a viver dos subsídios de Bruxelas, boas notícias para os burocratas de Lisboa, pois era o governo central quem iria distribuir aquelas verbas. Altura ideal para voltarmos ao antigamente. Momento oportuno para um apito dourado com alvos definidos – Porto e Boavista. E de facto foi no consulado de Sócrates que se deu a reviravolta. O antigo primeiro-ministro, quando ainda era comentador, sempre disse na televisão que ‘Lisboa já merecia ter novamente um clube campeão europeu de futebol’.

A partir daqui tudo se torna compreensível desde o controle da comunicação social à falência dos bancos, desde os campeonatos da treta ao almejado penta. É uma democracia totalitária a funcionar - um regime, um partido, um clube! Como também é compreensível que Sócrates tenha sido constituído arguido por corrupção, tráfico de influências e branqueamento de capitais. O 25 de Abril deu nisto. E a pergunta que se coloca é esta: - terá este regime capacidade para se regenerar por si próprio?! Duvido. No entanto o desafio é esse e os dados estão lançados. Veremos se a justiça tem resposta ou se já está, por sua vez, também ela contaminada?!

Pelo que sabemos já há suspeitos identificados. Quanto ao resto da camarilha, posso dar uma pista: - comecem pelos ‘peregrinos de Évora’! E depois puxem o novelo.



Saudações desportivas

terça-feira, abril 24, 2018

Rectificação e aulas de arbitragem

Ainda sobre o golo anulado ao Estoril e confrontando melhor as imagens do referido lance constata-se que o fiscal de linha não assinalou fora de jogo e começou a correr para o meio campo, sinal de golo válido. Foi então o árbitro, em conluio (ou não) com o VAR, que decidiu invalidar o golo. Uma originalidade atendendo a que estava pior colocado que o seu auxiliar para avaliar o lance. O VAR, de acordo com o protocolo deveria manter-se em silêncio, uma vez que se trata de um lance duvidoso. E para o provar basta verificar a diferente atitude de árbitro e fiscal de linha. É verdade que só ouvindo as gravações poderíamos ficar a saber o que terá dito o VAR ao árbitro de campo. Se calhar é por isso que não podemos saber das gravações...

E daqui partimos para uma pequena aula de arbitragem especialmente destinada aos comentadores televisivos, e afins, cuja ignorância parece não ter limites! A regra básica do fora de jogo tem a ver com a posição da bola no momento do passe. Se o companheiro de equipa que a recebe está em linha ou mais atrasado em relação à mesma bola, nunca há fora de jogo. Os adversários, incluindo o guarda redes, até podem estar todos na outra baliza. Ou na bancada a confraternizar com as claques que não existem. É por isso que na marcação dos cantos ninguém está em fora de jogo. E também por isso se aconselha a que os cruzamentos sejam feitos o mais perto possível da linha de fundo. No lance em questão só havia que interpretar isto. E parece que o jogador do Estoril (que marca o golo) estava atrás da linha da bola. Ou quando muito em linha... com a bola.



Saudações azuis 

segunda-feira, abril 23, 2018

Afinal sempre é verdade...


Afinal é verdade, o nacional benfiquismo que temos vindo a denunciar, existe, o movimento foi lançado em 2012, os quadros do movimento reuniram-se, e as directrizes constam de um power point agora tornado público. Que não faz mais do que confirmar aquilo que já todos desconfiávamos: - que o caso dos emails é apenas a ponta do icebergue. Claro que há sempre a possibilidade de ser tudo falso, tudo forjado, mas é cada vez mais difícil acreditar nisso. Certo, certo, é que os resultados, desportivos e não só, estão à vista. Quatro campeonatos seguidos, dois ou três bancos falidos, dívidas escondidas nos lugares mais esquisitos, e toupeiras por todo o lado. Toupeiras de alto gabarito, ocupando os mais altos cargos quer na política, quer  na justiça, quer nos organismos desportivos. Quanto à comunicação social pouco há a acrescentar. Foi a primeira a render-se sem condições. A propaganda asfixiante é uma prova irrefutável!

Duas notas ainda: - em primeiro lugar e a confirmarem-se os conteúdos dos emails já revelados, só um idiota pode prometer campeonatos com outra cor que não seja o encarnado. A outra nota e que vem reforçar a primeira é a seguinte: - nestes anos de (natural e total) hegemonia o Benfica nunca precisou de vencer os seus rivais no chamado campeonato dos grandes. Bastou-lhe meter os pequenos no bolso. E aqui as palavras têm o valor que cada um lhes queira dar.


Saudações azuis


Adenda: O VAR, tal com tinha previsto, passou a ser uma arma contra os mais fracos. O golo anulado ao Estoril comprometeu e de que maneira o entendimento que tínhamos do protocolo. Trata-se de um lance duvidoso, o árbitro assinalou golo, e o VAR não poderia intervir. Mas interveio descortinando um fora de jogo milimétrico. Se fosse ao contrário não temos dúvidas que seria golo, o VAR ficaria em silêncio, e os comentadores diriam em uníssono... que estava em linha.

domingo, abril 22, 2018

Exibição personalizada e um ponto importante!

Ontem demos mais um passo para a consolidação da equipa e do seu futebol. Atendendo ao histórico, o normal nestas circunstâncias seria sairmos de Paços de Ferreira derrotados e sem apelo nem agravo. Não aconteceu assim porque a equipa manteve a sua personalidade, foi igual a si própria, mostrou que está noutro patamar! Porque uma coisa é fazer uma surpresa, e nisso o Belenenses sempre foi pródigo. Outra bem diferente é confirmar credenciais. E foi precisamente isso que o Belenenses conseguiu contra os pacenses. Uma equipa muito difícil no seu terreno e que estava desesperada por pontos.

Feito este elogio passemos aos aspectos que me chamaram mais a atenção: - em primeiro lugar a consistência da equipa face às ausências, nomeadamente no eixo central da defesa, ausências que apenas se fizeram sentir no início do jogo. Na verdade existiu alguma descoordenação nos cruzamentos e foi por aí que o Paços se adiantou no marcador.

O segundo aspecto tem a ver com a subida de forma de muitos jogadores, alguns que até a mim me surpreendem! Refiro-me por exemplo ao Diogo Viana, fisicamente mais escorreito, e a mostrar predicados importantes. Tem apenas que melhorar na finalização.

Um terceiro apontamento e que se relaciona com o primeiro tem a ver com a rotatividade que Silas vem introduzindo e que admito se prende já com a avaliação para a próxima época.

Último apontamento e que até foi realçado pelos comentadores da Sport TV diz respeito à geometria variável que a equipa é capaz de assumir dentro do próprio jogo, passando da defesa a cinco para a defesa a quatro sem (grandes) danos colaterais.

Resultado final: - Paços de Ferreira 1 – Belenenses 1


Saudações azuis

terça-feira, abril 17, 2018

Rescaldo da batota!

Ontem quis ouvir as opiniões dos comentadores árbitros que enchem as nossas televisões, o objectivo era confirmar ou emendar aquilo que escrevi sobre os lances mais polémicos do jogo no Restelo. Qual quê?! Só dava a derrota do Benfica e trezentas mil repetições de um hipotético penalty a favor dos encarnados! As imagens tinham sido emprestadas pela BTV e por aqui se vê a idoneidade do futebol que temos. Tiveram azar desta vez. Já levam dez penalidades de avanço contra três do Porto. É muita fruta.

Sobre os lances polémicos do Restelo foi tudo muito telegráfico. Não interessava falar no assunto. Lá admitiram que o Rui Patrício fez penalty; que no terceiro golo do Sporting o VAR teve uma branca; e que o Acuña fez penalty sobre o Licá. Acontece que este estava isolado e o cartão em vez de amarelo deveria ter sido encarnado. O problema é que assim ficava o Sporting em inferioridade numérica e isso é contra os regulamentos em vigor. Portanto, erros naturais, compreensíveis, e sem influência no resultado. Finalmente sobre o lance que deu origem à pressurosa intervenção do VAR para que fosse marcado o penalty que deu a vitória ao Sporting, aí também foi tudo normal.

Conclusão: é fácil roubar pontos ao Belenenses. Eu só gostava que alguns destes opinadores metessem a mão na consciência (se a tiverem) e admitissem publicamente duas coisas: - que se fosse ao contrário o VAR nunca interviria; e em segundo lugar, tratando-se de um lance duvidoso, o VAR deveria ter seguido o protocolo e manter-se calado. O problema é que quando toca a defender os interesses dos ‘clubes do estado’ nunca há dúvidas! E há que seguir a constituição da república: -  Sempre, sempre a favor dos grandes! Sempre, sempre contra os pequenos!

Enfim, deixemos em paz a batota nacional (já devíamos estar habituados a ela) e centremos a nossa atenção no difícil calendário que ainda temos pela frente. Quatro jogos e pelo menos mais dois ou três pontos para ficarmos descansados. O próximo embate é em Paços de Ferreira onde o histórico nos é muito desfavorável. Acresce que eu ouvi as declarações do respectivo treinador após a copiosa derrota imposta pelo Braga. Disse ele que seria o Belenenses a pagar as favas. Espero que isso não aconteça. Pelo contrário, espero que este remoçado Belenenses confirme em Paços que é um novo Belenenses. Um grande Belenenses!


Saudações azuis

segunda-feira, abril 16, 2018

Boa exibição, mau resultado… e o nosso fado!

Ao Belenenses nunca bastou jogar bem para ganhar! Foi sempre preciso superar outras dificuldades, nomeadamente quando jogava contra os seus rivais de Lisboa. Ontem no Restelo cumpriu-se essa sina. E a nomeação de Bruno Paixão, um árbitro que mesmo sem querer acaba por interferir com os resultados, anunciava já esse cenário. O VAR, ao princípio, ainda deu ideia de imparcialidade quando avisou Bruno Paixão para o facto de Rui Patrício, guarda-redes do Sporting, ter atingido o Yazalde na cara, derrubando-o, e não ter tocado na bola. Isto é um penalty clássico em qualquer parte. O problema é o sistema de compensações que começou imediatamente a funcionar. Na primeira parte não foi preciso. O Sporting empatou pouco tempo depois e numa desatenção azul (livre rápidamente marcado) chegou à vantagem. O terceiro golo leonino, perto do intervalo, já revelou a verdadeira identidade do VAR que temos. Desatento quando convém. O golo é precedido de falta e deveria por isso ter sido invalidado.

E veio a segunda parte, e com ela a capacidade do Belenenses para dar a volta ao texto. Com o empate soaram os alarmes na cidade do futebol. O VAR concentrou-se, foi buscar a lupa, e na molhada que habitualmente acontece nos pontapés de canto, descobriu um braço do Yebda a tocar na cabeça do Bas Dost! Nenhum deles tocou na bola e nem se pode falar naquela molhada em qualquer oportunidade de golo para ninguém. Bruno Paixão, aliás, não assinalou nada. Mas esta era a oportunidade para um Sporting em nítida quebra física de conseguir chegar à vantagem. E, como se esperava, Paixão recuou e marcou penalty. Curiosamente o VAR não viu nesse lance o derrube de Nathan por parte, suponho, do mesmo Bas Dost! O Sporting tinha que ganhar.

E para aqueles comentadores que questionaram a marcação do penalty cometido por Rui Patrício dizendo que se tinha aberto uma ‘caixa de pandora’, neste último penalty sim, abre-se um precedente que a ser seguido vai transformar cada canto ou cada ’molhada’ num manancial de grandes penalidades ao sabor das inclinações do VAR. E nós já sabemos quais são essas inclinações.

Sobre o jogo própriamente dito ele já foi escalpelizado por tanta gente que não vale a pena acrescentar grande coisa. O Belenenses está diferente para melhor e não é todos os dias que assistimos a um duelo de treinadores em que o vencedor foi o aluno e não o mestre! Silas até com dez jogadores conseguiu manter a equipa no jogo. Não há melhor elogio.

A única nota negativa tem a ver com a expulsão de Sasso, já depois do jogo acabar. Compreendo a sensação de injustiça dos jogadores mas não vale a pena dizer nada ao árbitro. Até porque Bruno Paixão reagiu como se tivesse algum peso na consciência.

Resultado final: - Belenenses 3 – Sporting 4


Saudações azuis  

terça-feira, abril 10, 2018

Os superiores interesses de um clube de futebol!

Depois das bicicletas do Ronaldo, que ameaçam substituir as caravelas no imaginário nacional, tivemos esta semana o linchamento público do presidente leonino! Outro grande desígnio nacional! Acusam-no de pôr em causa os superiores interesses do Sporting! Mas na verdade a acusação é outra e bem mais grave: - Bruno de Carvalho denunciou o nacional benfiquismo, a corrupção latente, pedra angular da situação que vivemos. E isso não tem perdão. Assim, depois de analisada (até à exaustão) a arma do crime, um post no facebook, conferidas as impressões digitais, tudo aponta para que o culpado acabe os seus dias no degredo. Ou em alternativa numa clinica psiquiátrica onde será devidamente reeducado.

Mas deixemos esta guerra que aparentemente não é nossa para nos debruçarmos sobre a frase de que todos abusam para justificar a acusação – os superiores interesses de um clube de futebol! Mas quais são eles afinal?!

Para mim os superiores interesses do Belenenses passam sempre por ganhar o próximo jogo e todos os outros a seguir. E sustento esta máxima lembrando-me das vitórias passadas que me obrigam, pelo menos, a igualar aquele esforço e aquela glória. Nessa altura não me lembro de mais nada. Nem das contas do clube, ou da SAD, nem das querelas internas, ou daquilo que escrevo ou deixo de escrever. Penso aliás que todos adeptos reagem da mesma maneira. E por maioria de razão o respectivo representante. Palmas quando ganham, assobios quando perdem. Fugir a esta regra ou é hipocrisia ou tentar iludir a questão. Há também, claro, os que se conformam com as derrotas ou já se habituaram a elas. Para esses não faço ideia do que falam quando invocam os superiores interesses do clube que dizem amar!

Por último constato com alguma esperança o aparecimento de um fenómeno curioso! Numa época onde o dinheiro comanda tudo e onde todos (jogadores, treinadores, roupeiros, dirigentes) querem ‘dar o salto’ a troco de mais uns cobres, começa a vingar o discurso de alguns treinadores, um discurso mais próximo das raízes do clube que representam, e assim vão estabelecendo uma ponte entre a equipa e os adeptos. Silas está a fazer isso no Belenenses e eu aplaudo. Por muitos e bons anos.

Saudações azuis



Notícia fresca - O Correio da Manhã afirma hoje na sua edição em papel que João Amaral, um dos melhores jogadores do Vitória de Setúbal, não alinhou contra o Benfica por indicação da Direcção sadina. Estranha o referido jornal que sendo um jogador totalista, não estando lesionado e tanto quanto se sabe não fazendo parte do rol dos emprestados, alguma coisa se terá passado! Nada que interesse com certeza.

segunda-feira, abril 09, 2018

‘É uma equipa muito difícil de contornar’!

Estas palavras são de Luís Castro, experiente treinador do Chaves, e são o melhor elogio que se pode fazer ao Belenenses. Estamos a falar de uma equipa onde a entrada ou saída de novos jogadores não afecta o seu rendimento base. Mas como disse Silas e eu concordo, ‘ainda falta subir uma montanha’ para conseguirmos ter um processo ofensivo com o mesmo nível do processo defensivo. E aí não há volta a dar, ou os homens do meio campo (agora diz-se ‘transições’) evoluem muito, seja mentalmente, seja no passe, ou então a montanha será sempre inacessível. Ontem, por exemplo, foi desesperante a incapacidade de Yebda e Bakic para virarem o jogo através de um simples passe á distância! Não, não me chamo Bruno de Carvalho, e por isso acho que ainda posso nomear os aselhas e as aselhices. Aliás eles não lêem o Belém Integral. 

De resto e mantendo-me na apreciação individual penso que a entrada de Licá foi determinante para termos alguma expressão ofensiva. Pena que esteja ainda tão pouco confiante no que toca a enfiar a bola na baliza. Diogo Viana está muito melhor mas precisa de calibrar os cruzamentos. Yazalde mantém as características de sempre: - excelente a jogar de costas para a baliza mas pouco eficaz na hora de concluir. Nathan faz progressos mas tem que durar mais tempo. Sousa entrou melhor que o costume, mais afoito a virar-se para o ataque, e tem que potenciar de uma vez por todas o seu remate. Que não é própriamente em força mas um misto de força e jeito. Há que treinar. Quanto a Geraldes, cuja inclusão como terceiro central surpreendeu, só precisa de ganhar confiança e concentração. Os que não nomeei (André Moreira, Sasso, Persson e Florent) foram os melhores. Juntamente com Licá. Falta falar de Fredy já que Maurides esteve pouco tempo em campo. Em relação a Fredy temos aquele velho problema – dá uma no cravo, outra na ferradura. Acertou na ferradura quando marcou o golo e em alguns lances bem conseguidos. Nas infantilidades, acerta sempre no cravo.

Resumindo: - era um jogo em que não podíamos perder fazendo assim jus ao resultado obtido contra o Porto. E não perdemos! Podíamos até ter ganho. O empate parece ser um resultado justo.

Resultado final: - Chaves 1 – Belenenses 1


Saudações azuis


Nota final: Não fiz referência à capacidade do Chaves mas é preciso não esquecer que tem nas suas fileiras dois grandes jogadores. Bressan, muito inteligente, e Mateus Pereira, um fora de série que rompe qualquer linha defensiva.

domingo, abril 08, 2018

Chaves, jogos psicológicos, etc.

Daqui a pouco entraremos em Chaves e vingaremos o desaire de 1912 que acabou por consolidar o regime republicano que sofremos. Nada contra o Desportivo local. Eu é que ainda mantenho (teimosamente) a questão monárquica. Uma questão que Silas vai resolver mesmo que não saiba do nefasto acontecimento. Aliás armará a defesa, pois é disso que se trata, por forma a propiciar o contra ataque venenoso que servimos aos 'tripeiros' na passada segunda-feira. Dúvidas: - Persson no lugar de Nuno Tomás?! Sousa vai jogar no vértice do triângulo de meio-campo?! Ou será Chaby?! Nathan ao lado de Licá?! Ou será atrás de Maurides?! Silas há-de resolver o assunto.

Entretanto e já que iniciámos esta crónica com uma questão bélica vamos terminar com um comentário sobre o belicoso presidente do Sporting. Em linguagem futebolística àquilo (entrar em guerra com o plantel) chama-se partir o jogo. E ao contrário do que pensam algumas virgens assustadas às vezes dá resultado. Estou a lembrar-me do presidente do Marítimo que também sacudiu o balneário e foi o que se viu. O mais provável é que os jogadores leoninos comam a relva contra o Paços de Ferreira. Espero no entanto que fiquem saciados e quando forem ao Restelo já lhes tenha passado a fome. De qualquer modo lá os esperamos sem dramas nem traumas porque em jogos psicológicos Silas também já mostrou que é mestre.

Saudações azuis

quinta-feira, abril 05, 2018

Bicicletas!

Bicicletas há muitas...



Saudações azuis

terça-feira, abril 03, 2018

Temos treinador!

A ideia mais clara sobre o jogo de ontem foi Silas quem a verbalizou na conferência de imprensa: - ‘gostei do resultado mas não da exibição’. E acrescentou – ‘precisamos de ter mais bola. E isso vai ter que acontecer no futuro seja contra o Porto seja contra quem for’!
Na verdade foi apenas isso que faltou ao Belenenses. Pois sendo certo que o adversário é dos mais asfixiantes na recuperação da bola mesmo assim não podemos dar tantas hipóteses de assalto á nossa baliza como demos. Porque nem sempre tudo corre bem, nem sempre se consegue defender com a mesma categoria e com a mesma limpeza.

Portanto o melhor que nos aconteceu foi termos confirmado que Silas pode vir a ser o pilar de um projecto com futuro. Assim lhe dêem as condições necessárias. E nessas condições devemos evitar frases do tipo – maternidade de treinadores, etc. O que queremos é um projecto concreto e sustentável. Lutar para os quarenta pontos e passar o campeonato de credo na boca, não obrigado. O Belenenses, como se viu, é de outra estirpe. Este resultado há muito que os adeptos o mereciam.

Resultado final: Belenenses 2 – Porto 0


Nota final: À margem deste feliz acontecimento outro houve e que também me deixou com água na boca! Refiro-me à contabilidade dos campeonatos matéria que subirá em breve à assembleia da república e onde se espera seja feita justiça aos campeões de Portugal! A assembleia não tem poderes para decidir mas pode influenciar uma decisão federativa. Uma coisa é certa o Belenenses ganhou de facto quatro campeonatos e não apenas um como sempre nos quiseram fazer crer. A quem interessava (e interessa) manter a mentira… isso não vou revelar. Mas vocês já sabem qual é a minha opinião.


Saudações azuis