sexta-feira, julho 20, 2012

A democracia em cuecas!

A maioria decidiu (através do Governo) cortar os subsídios aos funcionários públicos, e logo apareceu um tribunal partidário a dizer que não, que não podia ser nada. Motivo: - 'em nome da equidade’! Ou seja, em nome da desigualdade entre trabalhadores públicos e privados!

A Liga de clubes decidiu, por maioria, alargar o campeonato, e logo apareceu a federação a dizer que não, que não podia ser nada. Motivo: - era prematuro! Não era conveniente!

A Assembleia geral da Liga decidiu, por larga maioria, acabar com os empréstimos de jogadores entre clubes que disputam o mesmo campeonato, e logo apareceu o conselho de justiça a dizer que não, que não podia ser nada. Motivo: - o direito ao trabalho!

‘Quer-se dizer’, pode continuar o direito à batota, o direito à falta de transparência, o direito à suspeição, o direito à desigualdade entre clubes amigalhaços e os que não são amigalhaços, o direito à ilusão, ao artificialismo completo das contas dos clubes, o direito à caricatura de uma competição onde apenas existem os três (ou quatro) clubes que emprestam (os colonizadores) e os outros, os colonizados, e finalmente, mas em primeiro lugar, os direitos insuperáveis do Benfica e do Porto! Uma vez que o Sporting, desta vez, votou na moralização do campeonato.

Pergunta-se: - para que servem afinal as assembleias, as maiorias, e os votos?!



Saudações azuis











terça-feira, julho 03, 2012

Finalmente… ou ainda é cedo?!

Parece, e nunca é demais insistir, parece, que a Liga de Futebol Profissional decidiu finalmente proibir o empréstimo (e utilização) de jogadores entre equipas que disputam o mesmo campeonato. E se for assim, Portugal deu um passo em frente na moralização do seu futebol.


“ (…) Esta decisão, que resultou de uma iniciativa do Nacional e que contou com o apoio do Sporting, teve 19 votos favoráveis, nove contra, e uma abstenção. Porém terá ainda de ser ratificada pela FPF o que leva águias e dragões a depositarem as suas esperanças em Fernando Gomes, líder da FPF (…)” (Correio da Manhã de 02.07.2012)


Portanto, daqui concluímos que ‘a procissão ainda vai no adro’, e que os interesses da ditadura que governa o futebol têm grandes hipóteses de prevalecer (mais uma vez) sobre os interesses da maioria. Tal qual o país que somos. Mas… uma vez que batemos no fundo (em tudo, menos em compadrio e corrupção, onde continuamos florescentes) pode ser que alguma coisa mude… para além das moscas! E pelos vistos as moscas têm acompanhantes permanentes, no caso os clubes que votaram com Benfica e Porto! Quem serão eles? Quem serão os parasitas que querem continuar a comer fiado enquanto os outros têm que pagar para comer?! E, claro, depois de comerem à conta já sabem que têm que abanar as orelhas aos padrinhos. Espero bem, não estar a ofender ninguém, próximo ou conhecido.


Outro assunto, a que já fiz referência noutro espaço, mas que fica bem no Belém Integral, quanto mais não seja, para memória futura. Prende-se ainda com a vergonhosa decisão de poupar o ‘nosso herói’ Ronaldo às responsabilidades que normalmente andam associadas ao posto de capitão de equipa. Ou seja, avançar na frente, dar o exemplo de coragem, etc., etc. Pois bem, que ninguém se iluda, Paulo Bento inclusivé, com a história esfarrapada de que Ronaldo ficou para último… porque ninguém queria ser o último! Não, a verdade, e por muito que custe aos indefectíveis, vai ficar amarrada a este Europeu onde fraquejámos em nome de outros interesses. Que pouco têm a ver com a selecção nacional. Por este andar continuaremos a ser o ‘país quase’, o país das vitórias morais, um país pequenino.


Saudações azuis




Nota básica: No caso de ir para a frente a nova determinação da Liga, convinha no entanto regulamentar o assunto, limitando o número de empréstimos (no máximo 4), entre clubes da primeira e da segunda Ligas. Para assim não transferir a imoralidade (e a artificialidade) para a Liga de Honra! Disse.