domingo, agosto 28, 2005

Sábado à tarde no Restelo

Dia soalheiro, mais gente que o costume porque havia bons aperitivos: Benfica (em andebol) e Sporting (em futebol de juniores) visitavam o Restelo. Fui ver os juniores.
Sob sol inclemente, encontrei uma nesga de sombra, encostado à parede, (para quando uma cobertura para valorizar aquele espaço?), e lá consegui aguentar, de pé, o jogo até ao fim!
Entre o desafio animado e uma olhadela na direcção do rio, confirmei duas realidades desagradáveis (além da incomodidade primordial):

1ª – Alguém anda a entaipar o Restelo e qualquer dia não se vê o rio!
A requalificação do estádio do Restelo é uma prioridade absoluta para nós belenenses que somos detentores de um anfiteatro de sonho mas que infelizmente não temos conseguido valorizar!
Sem desmerecer no esforço de muita gente bem intencionada, a verdade é que temos estado sujeitos a soluções de continuidade, dispersivas, a políticas de retalho e um dia destes descobrimos que o Restelo está transformado numa sucessão de abarracamentos!
O Restelo tem que passar a ser uma rota diária de belenenses e outros lisboetas que aqui venham procurar, um sítio agradável para estar, para tomar uma refeição, para ver futebol, comodamente, e se assim for já estamos no bom caminho. Mas têm que ver o rio (e o restante panorama) onde quer que se situem – é esse o nosso valor acrescentado!

2ª – Voltando aos juniores. Os nossos rapazes bateram-se generosamente, mas a equipa do Belenenses não está à altura do Sporting! E isto não pode acontecer. Não me venham agora falar em academias porque o que nós precisamos é de ter bons jogadores para valorizar. E se não temos academias, temos que inventar outras soluções! O Boavista, que também não tem academias, tem quatro convocados para os Sub-17 que irão ao próximo torneio internacional!
Temos que ser competitivos ao nível da formação e ponto final.

Bem, mas concentremo-nos no Belenenses – União de Leiria, jogo aguardado com muita expectativa mas pouco público! O público ainda está de férias e só vai aparecer se, consistentemente, nos mantivermos nos lugares da frente – a malta está farta de fogachos!
Mas esta equipa do Belenenses vê-se que tem mais qualidade do que o habitual! Desde logo um avançado – centro de classe, a jogar de costas para a baliza, a distribuir jogo, a dar tempo a que a equipa se chegue à frente, a marcar golos, enfim, uma grande aquisição! E Silas, os tais “pés” do meio campo, a assegurar a posse de bola! E José Pedro em grande!
Negativamente, o lado esquerdo da defesa que continua sem existência real, e baralha os mecanismos de compensação defensiva. Este aspecto melhorou na segunda parte!
Em contrapartida, Carlos Carvalhal encarregou-se de baralhar o “sistema” e a União de Leiria ficou com o domínio do jogo e nós ficámos sem contra-ataque!
O treinador de bancada viu assim as substituições: Ahmada jogou pouco, mas segurou com a ameaça da sua velocidade, o lateral esquerdo da União, além de que mantivemos uma frente de ataque bastante ampla! A ganhar, a segunda parte poderia proporcionar ensejos de contra-ataque para a velocidade de Ahmada! Com as alterações, perdemos capacidade de controlo de jogo a meio-campo (faltou Silas), encurtámos a frente de ataque (porque Silas se encostou a Meyong) e perdemos velocidade no contra golpe!
A União aproveitou e pelo flanco esquerdo começou a catapultar jogo por Fábio Felício (grande jogador!), e a provocar as dificuldades (desnecessárias) que todos vimos.
De qualquer modo o Belenenses mereceu amplamente a vitória e teve momentos de grande futebol (Amaral, que grande arrancada!)
Em Penafiel a questão vai decidir-se ao nível da “mentalidade” – que se espera humilde, mas ganhadora.
Saudações azuis integrais.

quarta-feira, agosto 24, 2005

Departamento de Formação

É possível, como temos visto, ter um plantel formado por jogadores contratados com base numa prospecção cuidada como o orçamento do clube assim exige.
Acredito até que seja possível que o clube atinja um patamar elevado, ou seja, que os objectivos sejam cada vez mais próximos das expectativas dos adeptos mais exigentes, com base nesta politica. Bastando para isso que os jogadores contratados a baixo custo ou a custo zero sejam lançados e contribuam não só desportivamente, durante a época ou as épocas que permanecem no clube, mas também com receitas extraordinárias que resultem da sua transferência para outros clubes no final da época.
As expectativas elevadas que temos para esta época aliada às dificuldades associadas ao elevado investimento necessário podem constituir argumentos que justifiquem o refrear dos ânimos no que diz respeito ao desenvolvimento do departamento de formação.
No entanto a minha opinião sempre foi no sentido de se apostar na formação e acho que o Belenenses devia aproveitar as condições excepcionais que tem.

Por isso acho útil reproduzir dois artigos que li recentemente e que me fizeram reflectir novamente sobre o assunto.

“Que é que se passa” entrevista de ANTÓNIO TAVARES-TELES publicada no Jornal “Ojogo” de 12 de Agosto de 2005

"Em vez de jovens portugueses, os nossos clubes parecem preferir contratar estrangeiros"
(…) Aurélio Pereira é, entre as funções de treinador e de coordenador de departamento, leão há cerca de trinta anos. Para além de ter sido jogador verde-branco e ser uma das pessoas com quem mais útil e interessantemente se pode falar de formação.

(…)
- Mas quando nasceu o departamento de formação?
- Pode dizer-se que foi com o surgimento de alguns torneios para miúdos, sobretudo o Onda Verde do Sporting, no tempo de João Rocha. Aí por 1975/1976. Com miúdos de 8, 10, 11 anos. Foi a partir daí que nasceu essa área dentro do clube e que eu passei a coordená-la. Até que, em 1987-88, veio um treinador inglês para essa área e foi criado, no tempo de Amado Freitas pois, o departamento de recrutamento, para onde eu transitei. Porque achei muito interessante essa tarefa, para a qual montei uma estratégia, que ainda hoje, como se tem podido ver, dá os seus frutos.
- Sim, és considerado um grande craque na matéria...
– Embora o melhor elogio que me possam dar é reconhecer que sei rodear-me das melhores pessoas para trabalhar comigo. Porque são pessoas com paixão pelo que fazem, e quando se tem paixão pelo que se faz, o que importa é isso, não é o dinheiro que se possa ou não ganhar.
- Entretanto, foram despontando grandes talentos. Vista a coisa da frente para trás, o João Moutinho, por exemplo...
- Mas, neste momento, também o Beto, o Miguel Garcia, o Custódio, o Carlos Martins, o Nani, o Varela, o Semedo, o Miguel Veloso...
- Para já, indo um pouquinho mais atrás, não falarmos de Hugo Viana, do Ricardo Quaresma, do Cristiano Ronaldo...
– Exacto. E do Luís Figo, do Peixe, e por aí fora. E também, deixa-me inclui-lo aqui e com todo o gosto, o Dani, que chegou ao Sporting com oito anos. E, mais para trás, o Litos...
- O Paulo Futre...
– Sim, o Paulo Futre, que foi o primeiro grande jogador a sair do departamento. E aliás o primeiro, igualmente, a sair para o estrangeiro. Foi um pioneiro em tudo. Era um miúdo e um jogador extraordinário, hoje sem preço. Até pelo desejo que tinha de jogar, pelo prazer de fazê-lo, pelo vício que tinha de bola. E pela ambição de ser verdadeiramente um grande craque.
(…)
- Em Portugal já se investe o suficiente na formação?
- O Sporting sempre foi um clube com vocação formadora, mesmo com as dificuldades que existiam em matéria de infra-estruturas. Mas podemos orgulhar-nos do projecto-Roquette e de todas as pessoas que contribuíram e contribuem para ele, com o presidente Dias da Cunha e o naipe de pessoas que hoje com ele trabalham. Porque todos contribuem para as vitórias e as derrotas, não são só os que estão no banco ou em campo. Infelizmente, e ainda no que diz respeito às classes mais jovens, também já só se exigem vitórias, e muitas vezes a pressão assim exercida sobre os miúdos não é a melhor forma de os ajudar.
- Diz-se o mesmo relativamente ao futebol profissional...
– E é verdade! Vê que felizmente os nossos treinadores têm lançado miúdos no primeiro "team", e só lhes louvo a coragem com que o têm feito. Porque é preciso coragem para lançar um Custódio, um João Moutinho, etc. etc., por melhores jogadores que eles se mostrem. Assim, o José Peseiro merece, de resto por essas e por outras, uma grande palavra de estímulo da minha parte. Se os adeptos realizassem o incentivo que é, sobretudo nos maus momentos, o aplauso que possam dispensar à equipa...
- Muitos bons talentos a rebentar por aí mesmo fora do Sporting?
- Com certeza! Mas o que é difícil de entender é que a gente vá ver um torneio de miúdos e não estejam lá portugueses a assistir, mas sim representantes de clubes estrangeiros, que pelo visto percebem melhor do que nós os talentos que criamos por cá. Só que os nossos clubes parecem preferir contratar estrangeiros, se calhar porque as suas massas associativas também é o que querem, em vez de quererem ver projectados os nossos talentos...

“PONTO FINAL”, artigo de HÉLIO NASCIMENTO publicado no jornal “Record” de 16 de Agosto de 2005

Um exagero
Contabilizando os jogadores estrangeiros recém-chegados a Portugal e prontos a estrearem-se na SuperLiga podiam-se fazer sete equipas. Com aqueles que por certo aterrarão por aí em Dezembro e Janeiro não será descabido avançar com a ideia de que temos malta para construir metade (!) dos conjuntos em acção na principal prova do futebol português. Um tremendo exagero.
Numa altura em que a palavra formação surge, repetidamente, no vocabulário de quase todos os dirigentes da nossa praça, nunca foi tão pertinente parar, pensar e lançar a questão: que raio de demagogia é esta?! E por muitas razões que os envolvidos aleguem em sua defesa, nenhuma terá peso suficiente para justificar o que quer que seja. Um bom assunto, também, para a Liga se debruçar...
As equipas do Marítimo, V. Setúbal, Penafiel e até do V. Guimarães encabeçam a lista. Mas o maior dos exageros diz respeito ao emblema do Funchal: em 24 jogadores apenas 5 são portugueses! Uma relação que não devia existir, que devia ser proibida. E os madeirenses até têm uma equipa B...”

Portanto e em conclusão é necessário que não percamos o ânimo e prossigamos o previsto projecto de formação belenense.

domingo, agosto 21, 2005

O hábito de perder

Vem de mansinho, com as primeiras desilusões, convive durante um certo tempo connosco em franca camaradagem, começa a interiorizar-se, e sem darmos por isso, passa a fazer parte da nossa vida, torna-se um hábito!
Agora, a cada insucesso, só precisamos de arranjar uma justificação adequada!
Carvalhal gostou da exibição do Belenenses, fez comparações com a Udinese (esse “monstro” do futebol italiano), “tivemos mais oportunidades, atacámos mais” (que a Udinese), enfim “a equipa ainda vai melhorar, na transição defesa/ataque, etc., etc.”.
Peseiro repetiu, que o Belenenses esteve melhor que a Udinese!...
Este tipo de declarações pode induzir os leitores em erro, pois poderão pensar que a Udinese esteve em Alvalade, esta sexta-feira, a jogar com o Belenenses e com o Sporting, uma espécie de torneio triangular, o que não corresponde à verdade.
O que na realidade aconteceu foi que a Udinese (quando jogou com o Sporting) nunca esteve a perder e acabou por ganhar. O Belenenses, por seu turno, (quando não jogou com a Udinese) nunca esteve a ganhar ao Sporting (que estava a jogar com o Belenenses) e acabou por perder. Desfeito o equívoco, aprofundemos um pouco o assunto:
- O hábito de perder, tem raízes insuspeitas, que começam logo pela valorização exagerada do adversário. Por exemplo, a ideia que se transmite de cima para baixo e chega ao balneário, é que o Sporting é uma potência do futebol mundial a quem devemos reconhecer sempre uma enorme superioridade, merecendo por isso automática vassalagem!
A partir daqui multiplicam-se os fenómenos de inferioridade como ficou patente ao longo dos noventa minutos, no relvado leonino. Citemos alguns – as desastradas intervenções (e teve pouco trabalho) de Marco Aurélio, o que em condições normais não aconteceria, se pensarmos que se trata de um guarda-redes experiente; as deficientes (e repetitivas) recepções de bola por parte de jogadores com nível técnico acima da média, a que podemos acrescentar, inúmeras precipitações, más opções de passe (sempre por falta de serenidade e por falta de confiança); ficou-me na retina o incrível atraso de cabeça de Romeu, outro experimentado avançado, que lançou de imediato um perigosíssimo contra-ataque do Sporting!
Todas estas menoridades, visíveis também no despique directo e no ritmo de jogo, foram construindo, “tábua a tábua”, o resultado inevitável – a derrota em Alvalade, contra o Sporting, mais uma a juntar ao extenso rol...
O resto, já foi e será profusamente comentado pela comunicação social, com o Sporting no papel de herói à custa da “vítima” do costume.
Para a semana há mais, mas atenção, o defesa esquerdo não se viu (nem subiu) e precisamos de outros “pés” no meio-campo.
Saudações belenenses.

“A Época Zero”

O que é uma verdadeira “época zero”? Será que se designa assim quando a mesma começa com um treinador acabado de chegar e com um número elevado de jogadores recém contratados?!
Ou existem outras possibilidades merecedoras da mesma designação?
Por exemplo quando um treinador chega mas encontra uma equipa já formada?! Ou o inverso, o treinador passa de uma época para outra mas renova completamente o plantel?!

A chegada de um treinador e/ou de um número considerável de jogadores a um clube é sempre um processo delicado mas já não há nenhum clube que “queime” uma época, de preparação, para que estes (treinador e jogadores) calmamente se adaptem e apresentem resultados. Até porque podiam ir rapidamente parar à segunda Liga! Ultimamente saem treinadores sem fazer sequer um jogo oficial, outros saem após a primeira jornada e outros ainda, conseguem resultados inesperados na sua primeira época ao serviço do clube. Tudo isto aconteceu na época passada.
O sucesso e a rapidez com que este é atingido, dependem da estrutura e da organização em que se encontra o clube. Por isso, neste caso, o termo “época zero” já está ultrapassado. Até porque não é muito agradável, sugere a impossibilidade de se atingirem objectivos ambiciosos imediatos e embora se esperem resultados estes necessitam de tempo e paciência, que os adeptos não têm, e normalmente de épocas um, dois, …, ou seja, um trabalho de continuidade que não é possível garantir hoje em dia.
Estivemos a época passada toda a falar em épocas zero ou ano zero, como queiramos chamar, apontando sempre para a construção de uma equipa. Quando na realidade tínhamos cinco jogadores emprestados e pelo menos quatro com idades superiores a 32 anos, ou seja, jogadores que seria previsível que abandonassem o clube no final da época como veio a acontecer.
Deve haver continuidade onde e quando isso é possível, mas é sem dúvida na estrutura de futebol do clube que a continuidade deve ser uma realidade, implementada com pessoas competentes, capazes de desenvolverem os projectos necessários e porem em prática as ideias que com tempo levem ao sucesso.
A verdadeira época zero pode-se dizer que aconteceu, de facto, na época passada quando se começou a constituir a estrutura de futebol que actualmente existe.
Começou quando o Rui Casaca, que chegou ao clube como adjunto do Manuel José, passou com a saída deste, para o departamento de formação, assumindo as funções de director geral e prosseguiu com o crescente protagonismo de Barros Rodrigues verificado na época passada, embora só recentemente tenha assumido a presidência da SAD, o que permitiu a construção da equipa que vai começar a próxima época.
É com a continuidade desta estrutura, da sua competência e capacidade de se fortalecer com profissionais capazes de avançarem com os projectos fundamentais, como por exemplo o projecto de formação e prospecção, que o clube pode contar ter sucesso. Para além da continuidade da equipa técnica, que se não me engano, foi já escolha da actual direcção, assim como os jogadores.
Quanto à competência só lá mais para a frente é que será possível ter a noção se existe ou não, embora esteja a ser muito gabada com base quase exclusivamente na contratação de jogadores, mas escolha de ex-atletas como o Tuck e o Filgueira para fortalecer a estrutura, nomeadamente do departamento de formação, é já um bom indicador.
Espero que no decorrer desta época se confirmem estes dois factores com bons resultados da equipa e que se justifique assim a continuidade desta estrutura. Porque treinadores e principalmente jogadores vão continuar a sair e entrar todas as épocas.

quinta-feira, agosto 18, 2005

Eles são … Belenenses Sempre

... Isso já nós sabíamos, pois habituámo-nos a ler os seus comentários e artigos nos blogs dedicados ao Belenenses e praticamente desde o início da blogosfera azul.
Devo confessar que senti a sua falta desde que deixaram de escrever com a frequência habitual, e é por isso com satisfação que anuncio o seu regresso com a criação de um novo Blog Belenenses Sempre, que promete.
Graficamente está muito bom e o nome dos autores diz tudo, vai certamente ser um blog de referência.
O Belém Integral deseja felicidades a esta iniciativa e aos seus autores.

sábado, agosto 06, 2005

Os clubes do Estado

Há pouco tempo foram as camisolas do Benfica, agora são as portas de Alvalade e da Academia de Alcochete!
Envolvidos em milhões de Euros estão de novo a Portugal Telecom e a EDP!
Claro que não são, "de jure", empresas públicas, claro que devem ser óptimos negócios para ambas as partes, mas com franqueza... será um bom exemplo de conduta? Quando se sabe que os exemplos devem vir de cima?
Toda a gente sabe que a PT e a EDP são empresas "'especiais" e que qualquer negócio com os três grandes do futebol português "cheira" sempre a favor! E ainda assim, não se hesita?
Para lá do juízo de valor que se possa fazer sobre esta febre de arranjar dinheiro a qualquer preço, que não poupa portas e portões, existem regras e limites que não convém ultrapassar, até para os "óptimos" negócios.
Os outros clubes que competem directamente com "estes clubes do Estado" também são gente, e se calhar também têm portas para vender ou alugar!
Afinal o que estas empresas "especiais" estão afazer é pura e simplesmente continuar a desequilibrar, fora das quatro linhas, a competição desportiva! E isso é muito feio e deseducativo!!!
Já expliquei que a sociedade anti-competitiva que somos é um dos traços mais negativos do nosso carácter, que convinha combater e não acentuar .
É por isso que procedimentos deste tipo, não ajudam nada... e remetem-nos para as extintas democracias populares de Leste e para as respectivas sociedades, infantis e tiranizadas !
Não é bom sinal...

Nota:
O que também não é bom sinal é o silêncio geral sobre este assunto!

quinta-feira, agosto 04, 2005

A Festa

"Foi bonita a festa, pá!" - Passe o "Abrilismo"!
Lá vai o CPA ficar outra vez desorientado com as minhas afinidades políticas...
Mas estava bonita, foi pena o vento!
Pagar quotas, que remédio.
Uma torta de maçã no râguebi, com algumas placagens.
Evitei os Blogues porque ainda estou de quarentena. Mas envio daqui um abraço azul a todos, e um agradecimento especial pelo convite, ao amigo (se o posso tratar assim) Lacerda.
Estava lá o Câmara Pereira, "a celebridade". Lembrei-me do "Ser azul e branco" - já foi há tanto tempo...
Arrancou o hino - "Belém, Belém, das caravelas..." gosto daquela música! Com aquele vento, Barroso e as caravelas chegaram depressa à Índia...
Começou o jogo.
Rui Ferreira põe os pitons na cara de um belga!? Comentário certeiro da bancada: O Rui não pode jogar "amigáveis". Concordo.
Por trás de mim estava o futuro do Belenenses - um miudinho frenético, ao colo do pai, gritava desesperadamente pelo Belém, mas com decibéis tão agudos, que eu cheguei a encarar a hipótese de ser substituído ao intervalo.
O intervalo, a primeira e única decepção: dirijo-me naturalmente à casa de banho e qual não é o meu espanto quando deparo com a dificuldade de uma bicha ou fila como lhe queiram chamar! Surpreendido tentei inteirar-me sobre o que se passava?! Em vão.
Ora, a ideia que tenho, desde sempre, sobre os WC do Belenenses, é que eram óptimos e espaçosos. Estou até convencido, que nessa área, nos mantínhamos à frente dos nossos rivais de Lisboa!
Não conheço os novos estádios, que eles fizeram com o dinheiro dos contribuintes, e até admito que agora, tenham jaccuzi, mas antigamente, quando ia a Alvalade ou à Luz, para ver o Belenenses, era normal ter que fazer as necessidades contra a parede !
Espero que o assunto seja solucionado e o conforto reposto, até porque a provecta idade da maioria dos sócios não dispensa o chichizinho antes e depois... das grandes emoções!
Veio a segunda parte, o golo dos belgas, a necessidade de explicar ao meu sobrinho de sete anos que aquilo... era fogo de vista!
E o miúdo animou-se.
E houve fogo de vista, para acabar tudo em beleza!
Parabéns aos responsáveis.
E viva o Belenenses.

quarta-feira, agosto 03, 2005

SEMANA DE APRESENTAÇÕES – Época 05/06

A semana passada foi dedicada às apresentações. Dos equipamentos no Fórum Almada e da equipa no Estádio do Restelo. E na minha opinião ambas podiam ter corrido melhor. Se na primeira houve falta de pontualidade (mais de uma hora) na segunda houve excesso de vento, o que aliado à dureza do adversário impediu que o jogo fosse mais agradável, valeu pela oportunidade de ver em acção os novos jogadores.


Apresentação dos equipamentos no Fórum Almada. Uma ideia interessante que chama a atenção das pessoas que por ali passam.



Entrada das equipas em campo. Apesar da qualidade dos reforços continuam a passar poucas pessoas pelo Restelo. É verdade que o vento estava desagradável e o jogo podia ter sido melhor mas nem uma coisa nem outra se podia prever no primeiro jogo da época no Restelo depois de dois jogos com resultados positivos na digressão a França.
Quanto à equipa – continuo a achar que teremos esta época uma boa equipa embora quer no jogo de sábado quer no de ontem contra o Olhanense (que ganhamos 2-1) isso ainda não seja evidente. Mas que temos bons jogadores, um plantel mais equilibrado e com mais soluções já foi bastante visível nestes dois jogos. O Gaspar e o Faísca deram já algumas garantias que, com um melhor entrosamento, podem formar com o Pelé e Amaral ou Sousa e Rolando uma boa defesa, e o Diordjevic jogou ontem e bem (na segunda parte) a lateral esquerdo. No meio campo nem se fala, destaco para já o Silas, Zé Pedro e o próprio Dio, mas globalmente parecem ser todos boas apostas (falta ver em acção o Ricardo Araújo). Ou seja, a base está feita e para o ataque temos jogadores que também me agradaram bastante, principalmente o Ahamada, o Meyong e o Paulo Sérgio. Podemos agora jogar no 4-4-2 do CC ou num 4-3-3 que está a dar boas indicações, é uma questão de se aperfeiçoar a equipa para que no decorrer de um jogo se possa utilizar os dois sistemas, de preferência, sem fazer substituições.



Por último, a passagem da claque F.A. para o topo norte parece á primeira vista uma ideia não muito boa, mas ao que tudo indica, a iniciativa terá partido da própria F.A., e acho que se aquele sector estivesse mais composto com sócios e adeptos seria bastante interessante.