quarta-feira, novembro 30, 2005

Notícias boas e más

(Assembleia Geral)

Não fui. Do que li, parece poder concluir-se o seguinte:
Foi mais concorrida que o costume, embora realizada fora de portas. O Bingo começa a baixar. As ‘amadoras’ e o tal ecletismo, continuam a consumir recursos, a distrair-nos do essencial, funcionando quase sempre como sistema de compensação de frustrados e frustrações. O futebol a sério, continua adiado!
Isto é uma síntese. Ver desenvolvimentos noutros textos já publicados e a publicar (talvez sobre o ‘ecletismo’).


(Silas)

Volto ao assunto: Silas é um jogador caro. Um dos comentadores desta ‘casa’, lançou há pouco tempo a seguinte farpa – com a mensalidade de Silas, contratávamos dois dos melhores jogadores a actuar no Brasileirão! Estou convencido que as suas informações são credíveis. Se assim é, Silas tem que provar em campo que merece o esforço que fazemos, senão...


(Sport TV)

Tenho a Sport TV, maneira cómoda de ver os jogos ‘fora’ do Belenenses (já lá vai o tempo em que saía do sofá, para enfrentar o frio, a chuva e a derrota), mas desligo o som, por razões higiénicas. Acontece, que por razões terapêuticas, me vejo forçado a ouvir os comentadores residentes e convidados. Com honrosas excepções, aquilo oscila entre o recreio infantil e uma claque de futebol! Gritam golo a plenos pulmões quando o Benfica ou o Sporting marcam, assinalam penalties a favor dos mesmos, ignoram ou ficam silenciosos quando o lance pode prejudicá-los, e lá se decidem a rectificar qualquer coisa perante a evidência das imagens.
A televisão é, hoje em dia, o ganha-pão dos clubes, recebem adiantamentos sobre transmissões a efectuar, estão na mão da ‘Olivedesportos’, mas tudo tem limites. A Direcção do Belenenses podia e devia protestar contra a fórmula adoptada pelos comentadores – ‘a análise dos lances na perspectiva dos interesses dos grandes’. É que se tem que ser assim, devemos cobrar mais pelas transmissões. À conta do ‘insulto’.

(Boas notícias)

Não há!

segunda-feira, novembro 28, 2005

Jogo repetido

Ontem, domingo, pelas 21 horas e 15 minutos, a Sport TV resolveu transmitir um dos muitos jogos que o Belenenses tem realizado no Estádio da Luz nestas ultimas épocas.
A qualidade da imagem era boa, os jogadores estavam muito parecidos com o que são, e o jogo trouxe apenas duas novidades: esta equipa do Benfica apresentou-se bastante modesta, sendo que a outra diferença residiu no resultado, que normalmente seria 1-0 a favor do Benfica (golo de penalty) e desta vez foi um empate a zero!
No resto, as melodias de sempre, que me levaram a pensar se não estaria a sintonizar o canal ‘História’.
Quando vi a equipa toda cá atrás, recuada, a perder a bola logo que a recuperava, o Benfica de novo a carregar, aquele avançado sozinho lá à frente, e quando não estava sozinho, estava mal acompanhado – juro que até me comovi e tive saudades desses tempos, em que sofria à brava e acabávamos sempre por perder. Bem, desta vez não perdemos! Tenho que perguntar à Sport TV que cassete é aquela, e de que época era aquela equipa do Belenenses, porque eu já estou a ficar desmemoriado.
Vai para a colecção. O resultado não foi mau!

sexta-feira, novembro 25, 2005

Anonimato e assuntos importantes

Lavra grande agitação nos blogues afectos ao Belenenses, não pelas exibições da equipa de futebol, mas por causa da utilização dos denominados ‘nick names’. Há, inclusivamente, quem veja nisso atitude menos corajosa por parte dos utentes!
Antes de fazer qualquer comentário sobre o assunto, socorri-me de um texto que escrevi há já algum tempo e que passo a publicar – ‘A questão do anonimato’:
‘Recém iniciado na blogosfera, subscritor de dois ‘Blogs’, um de natureza política, a título individual, e outro em parceria, ligado ao Belenenses, logo me pareceu que o uso de pseudónimo era elementar regra de bom senso que nos defendia a privacidade contra o mundo desconhecido que contactávamos.
Por outro lado, neste universo virtual, a verdadeira identificação faz-se pela coerência das ideias e nunca me passaria pela cabeça sustentar aqui posições diferentes das que afirmo à luz do dia.
No entanto, o círculo Belenense, não o posso eu ver como mundo desconhecido e tenho verificado que muitos dos inter nautas que nos visitam e contactam não são anónimos, o que pode desequilibrar o relacionamento.
Por último, algumas das minhas intervenções podem envolver crítica à Direcção eleita e nestas circunstâncias o anonimato poderia parecer cobardia, o que não quero que se pense.
Assim, pesados os prós e os contras, decidi que os interessados poderão sempre saber quem sou através de e-mail, desde que devidamente justificado’.
E isto tem acontecido. Já enviei e recebi e-mails de vários dos meus interlocutores, sem qualquer dificuldade ou problema.
É por isso que não compreendo o incómodo e a recente cruzada contra o uso de siglas! Estou até convencido, sem qualquer vaidade, que se passasse a assinar os textos que escrevo com o meu nome próprio, quem me costuma visitar continuaria a identificar-me por JSM.
Agora, o que tenho reparado, é que nas caixas de comentários, o teor dos mesmos deixa, ás vezes, muito a desejar em termos de educação. Quer assinem com nick name, quer assinem com o nome próprio! E os assuntos importantes passam naturalmente para segundo plano!
Não termino, sem deixar uma pequena nota sobre o último texto assinado por CPA, no ‘Belenenses Sempre’. Sirvo-me para o efeito deste meu espaço, porque entretanto já foram ali publicados outros textos.
O meu comentário é o seguinte: é como sempre um texto lúcido e coerente com as posições que tem vindo a assumir.
Apenas dois reparos: Nesta altura do campeonato, parece-me excessivamente contundente em relação à Direcção (estou à vontade para o dizer porque, como desde o princípio se tornou notório, votei na lista concorrente). E em segundo lugar utiliza erradamente a expressão ‘monarquia’, levando ao engano e confusão outros consócios, e desvirtuando com isso o alcance das suas propostas. Explico:
Os clubes devem reger-se pelos seus Estatutos. Se isso não acontece, há que corrigir o erro ou alterar os Estatutos.
O que o amigo CPA quereria dizer, suponho, é que o Belenenses vem sendo dirigido por uma oligarquia, que tomou conta do Clube há uma série de anos e que, com o beneplácito dos sócios que vão votando, por lá continua, com o poder a transmitir-se por acordo entre eles. Não tem nada a ver com monarquia. Aqui o poder transmite-se por via sanguínea, de pais para filhos. A comprovar a infelicidade da comparação, registe-se que é no Boavista que tem funcionado uma fórmula encapotada de monarquia, aliás com óptimos resultados (para eles).
Estão feitos os reparos.

terça-feira, novembro 22, 2005

Crónico

Ainda bem que não pedi dispensa do trabalho. Vi hoje na televisão com calma, sem enervamentos, mesmo assim a vesícula deu sinal!
Não vou fazer crónica nenhuma sobre o jogo. Aliás rectifico: do ‘não jogo’ da primeira meia hora, da ‘tentativa de jogo’ no tempo restante. Os últimos minutos merecem uma referência especial – incapacidade para o jogo!
Depois disto há que olhar para a frente. Couceiro tem, no entanto, uma margem de manobra muito estreita.
Antigamente o Belenenses antecipava-se aos outros, tinha gente que percebia de futebol. Agora parece que não. Está à vista de todos, que não vale a pena andarmos a descobrir jogadores jeitosos na II Divisão ou mesmo aproveitar jogadores das equipas que descem. Ponho mesmo em causa a utilidade da tradicional ‘cantera’ de jovens jogadores. Hoje, uma boa equipa constrói-se rápidamente, ou com muito dinheiro (caso do Chelsea), ou com bons jogadores brasileiros (casos do Marítimo e do Nacional). Não estou a falar de cracks, estou a referir-me à imensidade de jogadores que jogam no Brasileirão. Um bom treinador, de preferência brasileiro (como tenho vindo a referir), faz o resto.
O que é que o Belenenses resolveu fazer este ano? Foi comprar uma série de jogadores jeitosos, mas que tirando Silas e Meyong, são claramente inferiores, em termos técnicos, aos tais bons jogadores brasileiros. E não só em termos técnicos, em termos tácticos e de ciência de jogo, em suma, ao nível da maturidade.
Veja-se o caso de Rolando, Ruben Amorim ou Paulo Sérgio – são jovens promissores, mas verdes. Num ano em que descem quatro equipas, não nos podemos dar ao luxo de formar jogadores no decurso da época.
Os outros clubes também não o fazem. Porque é que andamos armados em patetas?! Outro exemplo, acham que o Fábio Januário tem maturidade para filtrar todo o nosso jogo atacante? Claro que não. É um jovem jogador, que pode evoluir, que pode entrar durante os jogos, mas não lhe peçam mais.
Nos primeiros jogos, com Silas e Meyong ao seu melhor nível, disfarçámos a situação. Agora é impossível esconder que precisamos de reforços.
Este campeonato vai ser disputadíssimo, já não há grandes diferenças entre as equipas, por isso não podemos falhar.
Três ultimas notas: defesa esquerdo, centro campista e guarda-redes.
Quanto ao defesa esquerdo, e enquanto não tivermos outro, ponham lá o Sousa. No que respeita ao meio campo, não sei. Relativamente ao guarda-redes, não quero ter razão, mas é urgente dar mais oportunidades ao Pedro Alves.
Saudações azuis.

sábado, novembro 19, 2005

Um Clube simpático

Os outros conhecem-nos melhor do que nós! Quando confrontados com a respectiva filiação clubista, muitos adeptos dos outros clubes grandes, repetem invariavelmente: – ‘o Belenenses é um clube simpático, é o meu segundo clube’!
O que pensarão disto os sócios e simpatizantes do Belenenses?! Que razão, ou razões, se escondem por trás desta preferência?






Deixo algumas pistas:


Atenção:Para seleccionar duas respostas pressione a tecla Ctrl

Free polls from Pollhost.com



Para responder, sugiro o método de escolha múltipla: os interessados deverão assinalar duas hipóteses, que entendam ser as mais plausíveis, para solucionar a questão colocada.
Veremos o que acontece.

terça-feira, novembro 15, 2005

Notícias do Sindicato

‘Joaquim Evangelista, 38 anos, presidente do Sindicato dos jogadores profissionais de futebol, traçou um retrato sombrio do futebol português...’. É assim que começa uma longa entrevista, conduzida por José Manuel Delgado, e que o jornal ‘A Bola’ publicou no dia 14/11/05.
O entrevistador, benfiquista confesso, pôs-me logo de pé atrás, em relação às perguntas. Quanto às respostas, não tendo eu ideia formada sobre Evangelista, limitei-me a fazer o seguinte juízo – será, que à semelhança do anterior presidente, anda à procura de emprego nalgum clube grande?!
Depois de afastar dúvidas, próprias de uma mente retorcida e doentia, dispus-me a ler a entrevista.
Evangelista não sai mal deste filme de terror em que se transformou (nunca deixou de ser) o futebol português. Com clareza lá vai explicando que o problema se centra na falta de qualidade e coragem dos dirigentes, na promiscuidade (que continua) entre a política e o futebol, na incongruência do ‘edifício Madaíl’, que produz a módica quantia de 1700 futebolistas profissionais, com uma nota informativa interessante: para os tais dirigentes, os salários só se consideram em atraso, quando ultrapassam o prazo de rescisão automática, que como se sabe, é de dois meses!
Bem, o diagnóstico é conhecido e está feito. O problema é que ninguém quer mudar absolutamente nada. A começar pelo Secretário de Estado que vai protelando a necessária intervenção, com medo de perder votos, pois claro! E estamos a falar de um Governo suportado por uma maioria absoluta no Parlamento!!!
Evangelista deu, inclusivamente, o exemplo da Espanha, cujo Governo, na altura própria, não teve dúvidas em intervir, contribuindo assim para o desenvolvimento do futebol profissional no país vizinho, como está à vista de todos!
Portanto, tenho que considerar que o presidente do Sindicato disse coisas importantes, mas se me permitem a imodéstia, faltou-me ali qualquer coisa. E por outro lado disse qualquer coisa a mais.
Por exemplo: continua a achar que a Liga deveria ser reduzida para 12 clubes (na linha aliás do pensamento de Delgado, já várias vezes expresso pelo próprio).
Penso que é um disparate porque não vai ao cerne da questão. Apoiou-se no estudo da ‘Deloitte’, que também já critiquei, e que assenta, como se sabe, em critérios teóricos, meramente economicistas, que não provaram em lado nenhum!
O campeonato escocês, por exemplo, baixou imenso de nível, sendo que os campeões continuam a ser os mesmos – Glasgow Rangers e Celtic. Por outro lado, quaisquer alterações no campeonato que não tenham o suporte de uma prévia regionalização (com criação de regiões autónomas no Continente, se necessário), não vai ter qualquer eficácia. A Espanha, criou primeiro as Regiões e depois, naturalmente, os clubes regionais foram aparecendo, e tornaram-se fortes. Não se fizeram reduções porque seriam contraproducentes.
A atestar o que acabo de afirmar (e venho afirmando, desde há longa data), sirvam de exemplo o Desportivo da Corunha e o Celta de Vigo, que antes da criação das Regiões Autónomas, não tinham grandes possibilidades de singrar na 1ª Liga espanhola, e que hoje em dia são grandes clubes em Espanha e na Europa.
Olhemos também o caso da Madeira, que nunca teve quaisquer hipóteses de manter um clube na primeira divisão, e agora, tem dois clubes na 1ª Liga! Já sei que estão a pensar nos dinheiros e apoios que vão para as ilhas, mas isso é uma falsa questão, como se demonstra no caso da Espanha. Tem a ver com o desenvolvimento das Regiões, inquestionável, outrora subdesenvolvidas, de onde as populações fugiam e emigravam e que hoje, graças ao Estatuto da Autonomia, permitem uma razoável qualidade de vida aos seus habitantes. A Galiza, em Espanha, e a Madeira, em Portugal, são bons exemplos!
A Madeira pode também ilustrar o enorme risco que correríamos se seguíssemos os critérios e a linha economicista da ‘Deloitte’. A tal Liga com 12 clubes, poderia vir a ter dois ou três clubes da Madeira! Eu explico: os clubes da Madeira têm-se classificado, época após época, muito acima dos lugares de descida, não se prevendo que a dita redução os venha a afectar. A selecção far-se-ia, decerto, entre os clubes do Continente, acantonados à volta de Lisboa e Porto, a sofrerem uma concorrência de proximidade cada vez mais forte. O Benfica, o Sporting e o Porto tornar-se-iam cada vez maiores (é o que vem sucedendo), sem qualquer benefício para os chamados clubes ‘médios’. Dá que pensar!
Mas existe ainda outro ponto, que não foi abordado na entrevista, e que me parece muito importante: tem a ver com a mentalidade e a perspectiva com que se organizam as provas em Portugal.
Referindo-me ao futebol profissional, tudo vem sendo estruturado, no sentido dos clubes grandes serem candidatos à conquista de títulos Europeus, em lugar de se valorizar o nosso campeonato! Em Espanha e em Inglaterra, para dar dois exemplos de campeonatos competitivos e rentáveis, a prova mais importante é a respectiva Liga. Por acréscimo e só por acréscimo, vêm as competições europeias. Este é um problema mental, de raiz terceiro-mundista, que também dá que pensar! E que revela a razão de muitas das moléstias do nosso futebol, que me atrevo a resumir no seguinte desabafo – vivemos todos de tanga, para sustentar três fidalgotes que se habituaram a viver bem na Europa! Muitas parecenças com as desigualdades de tratamento (de ordenado) entre a malta que cá tem que viver e trabalhar e os nossos eurocratas que folgam em Bruxelas!
Estas, algumas das lacunas de Evangelista, que no entanto, não ensombram a importância da entrevista.

quarta-feira, novembro 09, 2005

Há só um Belenenses

Esta história de ter um espaço aberto, gratuito, em prol do Belenenses, não é tarefa fácil. Os clubes, como qualquer associação humana, nascem, desenvolvem-se com o tempo, chegam à idade adulta, e para não morrer, devem ser capazes de transmitir a sua cultura aos vindouros.
As sociedades, neste caso, as associações com finalidade específica, que começam a ter problemas de memória, dúvidas sobre os seus objectivos fundacionais, sobre o significado dos seus símbolos, entram rápidamente em decadência e desaparecem (ou então mudam de ramo).
Tenho vindo a alertar os adeptos, que têm pachorra para ler o que aqui escrevo, que o Belenenses, é, neste aspecto, um clube de risco.
De risco, porque sofreu (desnecessariamente) com as incidências do processo histórico em Portugal, (passagem da II para a III Republica), criando confusão e dissidências várias no seio da massa associativa. Descemos pela primeira vez de divisão.
A decadência, que já vinha de trás, acentuou-se logicamente, e hoje aqui estamos, desconfiados uns com os outros, desorientados sobre o rumo a seguir, discutindo símbolos, se somos um clube de futebol ou um clube eclético, ou outras querelas semelhantes.
São os sinais da doença. Se será mortal ou não, depende de nós.
Este espaço de diálogo foi criado com o objectivo de tentar estabelecer a diferença entre o essencial e o acessório, de encontrar uma plataforma mínima de consenso, de forma a permitir reconstruir o Belenenses, colocando-o num lugar que não desmerecesse do sonho dos seus Fundadores.
Infelizmente nem sempre temos tido o engenho e arte para fazer passar a nossa mensagem. Continuo entretanto convencido que o problema é do mensageiro, não da mensagem.
Antes de terminar este ponto da situação, que achei necessário efectuar nesta altura do ‘campeonato’, volto a esclarecer que o Belém Integral se destina a unir e reafirmar o que encimei como título – há só um Belenenses.
Por esse motivo não nos move o intuito de atacar seja quem for, muito menos a Direcção, que foi legitimamente eleita. Teremos também o cuidado de ‘analisar’ as questões técnicas do futebol, unicamente à luz saudável dos ‘técnicos de bancada’, nada mais. O que vale também por dizer que os jogadores do Belenenses, enquanto estiverem no Belenenses, são sempre os melhores jogadores do mundo.
Saudações azuis integrais.

domingo, novembro 06, 2005

Os nervos em franja

Gritei, barafustei, apanhei frio que me fartei, vim para casa desolado. Chá quente e uma torrada e aqui estou eu a desabafar:
- Estivemos melhor do que o costume. Posso até dizer que há muito tempo que não éramos capazes de assumir o jogo, mas desta vez, durante a primeira parte, empurrámos o Boavista para o seu meio campo e limitámos as suas iniciativas!
Com a defesa bastante mais adiantada no terreno, obrigando Marco Aurélio a sair dos postes como lhe compete, com os espaços encurtados e alguma circulação de bola, faltou apenas um bocadinho mais de acutilância, eu diria, engenho e arte para marcar um golo.
De qualquer modo, penso que há mérito de Couceiro
Para a segunda parte, Carlos Brito mudou qualquer coisa na sua equipa, e o Boavista (e João Pinto) assumiu o controle do jogo. Recuámos, começámos a falhar passes, mais nervosismo, um cabeceamento à vontade e Pinheiro salva sobre o risco. Antes, Fábio Januário, numa descida perigosa já tinha tido um bom ensejo para abrir o activo. Ficámos assim empatados em lances de golo eminente.
A toada do jogo arrefeceu, estabilizámos, e Silas pelo lado esquerdo começou a criar perigo, tirando partido da fogosidade de Fábio Januário. Mais uma bola metida na área, Paulo Sérgio roda bem e atira para a baliza obrigando Areias a fazer penalty e a ser expulso.
Meyong marca irrepreensivelmente – foi golo do Belenenses, coisa rara nos últimos tempos.
Não soubemos aproveitar a vantagem numérica. Meyong, em lance irreflectido, envolve-se com Cadu (manhoso que se farta), e Bruno Paixão expulsa o nosso jogador. Prejuízo para este jogo e para os próximos dois jogos.
Dez contra dez e voltou uma inexplicável tremideira. Sousa escorrega, (muito escorregaram os nossos jogadores!), cruzamento do lado direito e o Boavista falha um golo quase certo. Marco Aurélio defende bem.
Couceiro substitui – tira Silas (mal, em minha opinião) para entrar Zé Pedro, e a seguir tira Fábio Januário para entrar Romeu (outra substituição sem qualquer proveito).
Faltavam cinco minutos, estávamos a recuar muito, a tentar segurar a vantagem tangencial, até que... João Pinto solta-se na meia esquerda do seu ataque e remata de fora da área – a bola vai à figura, mas Marco Aurélio deixa-a escapar para dentro da baliza – frango monumental.
Parecia assombração – um empate com sabor a derrota.

Sou o único que na blogosfera azul tem criticado Marco Aurélio, responsabilizando-o por golos que têm acelerado algumas das nossas derrotas. Também reconheço o seu precioso contributo noutros jogos e resultados. Neste jogo, Marco Aurélio esteve melhor do que habitualmente, quer a sair, quer a movimentar-se no seu espaço de acção. Não o vou por isso crucificar.
Penso, no entanto, que a braçadeira de capitão deve ser entregue a um jogador de campo, porque já existem vícios defensivos difíceis de mudar, situação que naturalmente sucede quando o capitão de equipa é o próprio guarda-redes.
É uma opinião. E por hoje já chega.

sexta-feira, novembro 04, 2005

Resumos da jornada

Renascença fecha ‘Frente Desportiva’

- É notícia no CM: “Programa com 25 anos já não vai para o ar Domingo. (...) O velho programa idealizado por Ribeiro Cristóvão... será substituído por quatro edições... de ‘Bola Branca’... Com a mudança de formato daquele espaço de desporto, os relatos de futebol desaparecerão do mapa, excepto as partidas que envolvam os chamados grandes ou a Selecção”.
É claro que os desfasamentos de horário dos jogos, por causa da televisão, já tinham ferido de morte este e outros programas que relatavam os jogos ao Domingo. A mentalidade redutora e economicista, fez o resto.
Aonde é que isto vai parar? No limite, haverá relatos do Real Madrid e pouco mais...
Mas faz pena. Já não poderemos ouvir os entusiásticos relatos, interrompidos pelos golos nos outros campos. A informação simultânea de tudo o que acontecia no país do futebol. A perspectiva facciosa dos locutores, a inclinarem o campo contra a realidade. Inesquecível, neste aspecto, o relato de um Porto-Benfica dos anos sessenta, com os encarnados claramente superiores; ainda assim, Nuno Brás, indefectível portista, ía transmitindo algum equilíbrio ao jogo, imaginava o Porto a pressionar, até que o insólito aconteceu: - “aí vai o Porto balanceado ao ataque... é golo do Benfica!”
Que saudades...

Estoril ameaça fechar

Não é o Casino, é o velho Clube de Futebol que joga na Amoreira. Passou por lá o Benfica. Os dirigentes também são do Benfica.
Para quando o clube único?

Couceiro reavalia plantel

Parece que é curto. Nos Blogues ligados ao Belenenses, fizeram-se interessantes análises sobre o tema. Concordo com muitos dos aspectos ali versados. Couceiro pode inteirar-se, que não perde nada.

Jornada Europeia

A substituição de Paulo Assunção! E pensar que este jogador não serviu para uma série de treinadores que chegaram entretanto ao Porto (mandaram-no para a Grécia) e afinal é imprescindível para disfarçar a ausência de centrais, atrás, e o jogo excessivamente miudinho, à frente. Pois é, não há assim tanta gente a perceber de futebol.
O treinador do Porto, que só o chamou à equipa em desespero de causa, parece que também não compreende o real valor deste tipo de jogadores.
Na Luz, a primeira parte do Villa Real! A calma, a classe, o meio campo de uma equipa a sério. Um bom exemplo para os clubes que se acham pequenos.
E já me esquecia – a sarrafada do Luizão que arrumou o Forlan. O árbitro marcou livre, a nossa comunicação social, ignorou o lance!
Saudações azuis integrais.

terça-feira, novembro 01, 2005

Sofrível mais

Antigamente dava para ir à oral, mas o professor já sabia que o aluno não sabia grande coisa.
Entrámos bem (uma novidade fora de casa), com a equipa a jogar mais avançada no terreno (outra novidade, que contraria vícios antigos), mais compacta, como aliás fazem hoje em dia quase todas as equipas, e sendo assim...é evidente que se notaram as insuficiências de base.
Jogadores fora de forma, níveis psicológicos baixíssimos, e erros infantis (no caso de Amaral e Marco Aurélio, repetitivos).
- Um livre, a bola descreveu um grande arco, durante uma eternidade, e ao segundo poste, João Tomás marcou à vontade, perante a passividade de Marco Aurélio e a incrível inércia de Amaral! Sofrer um golo destes aos 18 minutos, de um Braga imbatível e que não costuma sofrer golos... o resultado estava feito. Ainda houve tempo para mais um ou dois calafrios (desposicionamento defensivo completo) e lá acabou a primeira parte.
No resto do jogo conseguimos algum equilíbrio, (o que é positivo), mantivemos uma postura ofensiva, mas só fizemos cócegas à defesa adversária. Aqui o problema é mais grave porque envolve a incapacidade de alguns jogadores.
Não quero ser injusto porque se esforçaram e suaram a camisola, simplesmente temos que convir que, se alguns jogadores não melhorarem as suas perfomances técnicas (e psicológicas), precisamos de ir ao mercado em Dezembro.
Há jogadores irreconhecíveis! Há outros que querem mas não podem (a questão que já salientei dos níveis físicos e dos reflexos, tem que ser solucionada). Há outros que querem, mas não sabem.
No próximo jogo a ansiedade pode trair-nos, mas temos que ganhar ao Boavista.
Couceiro precisa de sorte. Não desgostei da sua actuação no Banco.