segunda-feira, novembro 28, 2011

Que raio de fado!

Um estádio grande de mais para o público presente, uma equipa pequena demais para o estádio presente, adversários poderosos demais para um futebolzinho impotente. Aliás estou convencido que se estivéssemos na divisão inferior também estaríamos a lutar para não descer! E assim sucessivamente. Dizer mal é fácil, difícil mesmo, é ir ao estádio ver aquilo. Uma novidade, não havia luz nas casas de banho, provávelmente para desincentivar o público das primeiras necessidades, porque a maior necessidade ainda está para vir. Passando ao futebol (não) jogado, uma coisa que não percebo, ou percebo, tem a ver com as aquisições para esta época: - não jogam e os que jogam, jogam cada vez menos, e daqui resulta que o Belenenses está reduzido aos seus ex-juniores, o que é louvável, mas bastante perigoso em termos classificativos. Digo isto porque as equipas que defrontamos me parecem muito mais adultas e com outra ratice, que como sabemos são condições indispensáveis para singrar na Liga de Honra.



Adiante, gostei novamente do Zázá e foi pena ter sido substituído, pois admito que poderia estar naquele flanco direito o segredo para a reviravolta. Mas saíu, o Duarte Machado regressou ao seu lugar e quem entrou para o lado esquerdo foi o Sidnei, bom rapaz mas que também não tem pé esquerdo, logo, cruzamentos é mentira.



O guarda- redes Coelho safou algumas bolas de golo, o Camará falhou algumas bolas de golo e o Miguel Rosa está em toda a parte menos no sítio onde deveria estar, ou seja, perto da baliza adversária.



Fim do jogo, assobios merecidos perante tanta pasmaceira, e para a semana há mais. Espero que não seja mais do mesmo.



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Saudações azuis

segunda-feira, novembro 21, 2011

Janelas que se fecham, persianas que se abrem!

Esta Taça de Portugal de futebol, para quem gosta de se pôr a adivinhar, parece revelar uma fotografia do futuro. Desde logo a queda dos principais clubes do norte, até há pouco dominantes, porque apoiados numa economia mais produtiva, mas actualmente em crise. As empresas fecham, o desemprego aumenta, as autarquias estão sem dinheiro, e assim impossibilitadas de apoiar as colectividades das respectivas regiões. Tudo se conjugando para um inevitável empobrecimento. Enquanto isto, a sul, as coisas não mudam tanto. Com uma estrutura sócio-produtiva muito dependente do estado, continua a viver-se mais ou menos da mesma maneira, confirmando uma velha regra da economia - em alturas de crise os que produzem baixam de nível e são ultrapassados pelos que mantém uma renda fixa. Renda fixa, registe-se, proveniente de dinheiro emprestado pelo estrangeiro.
Acresce que o caldo de cultura centralista, fortemente enraizado no cérebro indígena, aproveita todas as oportunidades para se reforçar, reforçando a ajuda aos clubes do regime, ou seja, ao casalinho verde rubro. A comprová-lo basta ver ou ler a comunicação social.
Portanto, tudo se encaminha para uma suave sucessão republicana, e desta vez nem será necessária nenhuma demonstração de força atendendo ao grau de dependência exterior a que chegámos. Basta que o ministro das finanças (e de Bruxelas) diga o que paga e a quem paga e ponto final. É a quarta república a começar a dar as suas ordens. São os partidos únicos a serem exigidos pelos mais jovens! É o Atlético (que não tem nada a ver com este filme) a comandar a Liga de Honra! É o facto de, acima de Coimbra, já não haver nenhum clube da primeira Liga nos oitavos de final da Taça.
Convenhamos que são muitos sinais.

Saudações azuis

segunda-feira, novembro 07, 2011

Sessenta milhões de chineses!

Um lampião a sonhar é pior que dois lagartos a delirar e muito pior que três andrades a chorar! Ao lampião já não lhe chega o orçamento de estado, o orçamento da Câmara, o perdão da dívida, quer mais, quer mais dinheiro da televisão, mesmo que para isso tenha que jogar de madrugada, sim, porque o dinheirinho é tudo na vida! Pois bem, entusiasmado com a sua actual condição de clube mais ibérico de Portugal (ironias do destino e da propaganda republicana) o lampião olha com inveja para o Real Madrid e já se imagina a jogar para a diáspora, para os PALOP, seja a que horas for, e com cachets a condizer. Quem sabe se não será serviço público de televisão, com direito a hino e içar da bandeira?! Tudo é possível neste sítio à beira mar plantado. Pelo menos até ao dia em que os adversários se revoltem e lhe expliquem que ninguém joga sozinho e exijam a metade dos… sessenta milhões de chineses!
Já gora e por curiosidade gostava de saber duas coisas: - em primeiro lugar quanto é que lucrou o Real Madrid e quanto é lucrou o Osasuna; em segundo lugar, se os adeptos de um e outro clube gostaram do novo horário dos jogos!

Saudações ‘desportivas’

quinta-feira, novembro 03, 2011

Pão e circo republicano...

O futebol não conta para os apertos de cinto, não conta para os sacrifícios, ou talvez conte mas apenas para aqueles clubes que não recebem do orçamento de estado, ou vamos lá, porque todos acabam por receber, para os que recebem pouco. Pelo contrário os que recebem muito (eu quando escrevia assíduamente até lhes chamava 'clubes do estado'), para esses, não há dieta, a folha salarial do respectivo plantel é de clube de país rico, repleto de internacionais brasileiros, etc., e com toda a gente a achar isso perfeitamente normal! Vou mais longe, o estado de intoxicação é tão grande que mesmo aqueles que vão ficar sem subsídio de férias e Natal no próximo ano, não lhes passa pela cabeça questionar o escândalo nacional que é este futebol milionário em terra de tesos! Bem dir-me-ão que o futebol é tão bem gerido, tão bem gerido, que consegue resultados enquanto os patrocinadores, estilo Caixa Geral de Depósitos, BES, PT, andam de mão estendida à espera dos empréstimos da troika!!! É aí que eu não acredito, e é aí que me apetece pensar que merecia viver num país com outro regime. Um país onde não houvesse necessidade de distribuir tanto pão e tanto circo para que a população ande iludida mas contentinha.



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Saudações azuis