domingo, setembro 27, 2009

Xutos e pontapés

Sem chutos nem pontapés ficaram os belenenses este fim-de-semana! E por este andar, quando a equipa voltar ao Restelo já nem a conheço! Espero entretanto que os jogadores estejam mais crescidos, adultos, e era bom não estarmos em último lugar… ainda que com um jogo a menos. Candeia que vai à frente… e não atrás.
Espero também que a viagem a Alvalade contrarie a infeliz tradição.
Mas vai ser muito difícil. A ‘lagartagem’ chora por tudo o que é canto, exige penalties iguais aos do Benfica, mete ex-bastonários ao barulho, temo que o Belém volte a servir para aplacar o mau perder dos leõezinhos.
Do outro lado da segunda circular aquilo está ao rubro! E o Jesus já disse – tenham calma que eles estão amarelados. Temos treinado muito as bolas paradas!
Confirmo pelas imagens - o Pablo atira-se para a frente, esbarra nas defesas, cai, e pronto O resto do filme já conhecemos: - quatorze contra nove, igual a goleada.
Mas parem de falar nos árbitros - novo slogan da comunicação social, enquanto isso servir o Benfica.
Ah e tal, porque é que não falas no Belenenses?!
Por várias razões. Em primeiro lugar não jogámos e além do mais, falar de quê?
Olha, o Maykon garantiu os três pontos ao Paços de Ferreira.
O Beto está em dúvida para Alvalade.
Já falei. Foram só dois pontapés.

Saudações azuis.

quarta-feira, setembro 23, 2009

Noventa anos!

Uma idade respeitável, sinónimo de conhecimento, de vida vivida, muitas alegrias, muitas desilusões, nascidos mais tarde, quando os rivais de sempre já tinham alguns anos de tarimba, nem por isso deixámos de nos impor. Arrancámos de trás para a frente, temos essa experiência, temos hoje esse dever, chegarmo-nos ao nosso lugar, que ainda está vago, à nossa espera.
Que esperamos então?!
Com humildade, porque nos perdemos entretanto, há que olhar o passado com olhos de futuro, e redescobrir o caminho. Porque ele existe. Memória, liderança e união, receita simples para o que pretendemos.
Parabéns ao Clube de Futebol "Os Belenenses".
Viva o Belenenses.
.
.
.
E porque a vida não pára, daqui a pouco entramos em campo, jogamos em Vila do Conde onde nos espera um aguerrido Rio Ave. Rio Ave que entrou muito bem neste campeonato. A competição é outra, trata-se da Taça da Liga, mas as dificuldades serão semelhantes. Nos primórdios tinhamos jeito para este tipo de competições, parecidas com os antigos campeonatos de Portugal. Que ganhámos várias vezes.
É o nosso destino, o Belenenses nasceu para ganhar.
Estarei a trabalhar e não vou ver o jogo, mas a blogosfera azul há-de dar-me as informações que preciso. Crónica minha, é que será mais difícil.
.
.Saudações azuis.

terça-feira, setembro 22, 2009

Um chip no apito

Anda tanta gente preocupada com a verdade desportiva que não seria elegante da minha parte ausentar-me de tão notável questão. Nesse sentido tenho uma série de propostas a apresentar em meu nome, e se quiserem, em nome de um conjunto de clubes que de tanto comer e calar já se habituaram ao silêncio. O silêncio dos inocentes. Ou será o silêncio dos cúmplices?!
A proposta mais óbvia, e que ainda não consta do caderno de inovações do Platini nem da lista tecnológica do Rui da brilhantina, é desde logo um chip no apito do árbitro. Seria colocado como uma espécie de adesivo que impediria o juiz de soprar ao primeiro impulso, o chamado impulso do coração. Impulso que alguns especialistas sociais deslocalizam do coração para o situar ao nível da falta de personalidade, subserviência, medo, e outras necessidades da vida corrente, como por exemplo o dinheiro e o instinto carreirista.
De facto de nada serve instalar sensores nas balizas, nas botas dos jogadores, no pau das bandeirolas de canto, se não existir o conveniente adesivo no apito do árbitro. Mas isto não fica por aqui. Outra das inovações que proponho seriam televisões sem som, ou em alternativa, tampões para os ouvidos, para os espectadores de sofá serem poupados às alarvidades dos comentadores 'desportivos' na nossa TV. Esta medida deveria ser implementada com urgência, digamos, a partir da próxima jornada.
E aqui fica o meu contributo, modesto, a favor da verdade desportiva.
.
.Saudações desportivas
.
.
.Nota importante: - No entusiasmo da proposta não reparei que as televisões actuais já são dotadas de equipamento para baixar o volume de som ao ponto de não incomodarem. Mas mesmo assim, aconselho, porque é mais seguro, não vá entrar alguém na sala e perguntar - mas porque é que isto está sem som?! E voltamos ao ponto de partida, enervamo-nos outra vez... sem necessidade.

segunda-feira, setembro 21, 2009

O empate em Coimbra... e o resto

Só vi os golos, e pelo que vi, o golo madrugador da Académica é um clássico – Sougou ganha a linha e cruza para trás como mandam as regras. Saltam Mano e Miguel, e este, beneficiando da vantagem de estar de frente para a bola, cabeceia e marca um bom golo. Ao contrário do que já vi escrito, não descortino qualquer falha do Diakité, nem tão pouco do nosso defesa esquerdo, porque Sougou é rápido a desmarcar-se (um dos jogadores mais rápidos da Liga Sagres) e para além disso centra ‘à antiga’, bem junto à bandeirola de canto, sem necessidade de driblar para dentro. Se quiserem, Mano poderia ter feito melhor, desviando o cruzamento... mas era difícil.
O golo do empate também é bem marcado – livre de Zé Pedro ao segundo poste e cabeceamento certeiro de Diakité. Estava feito o empate.
Dizem depois as crónicas que o Belenenses espevitou e se fosse mais afoito poderia ter chegado à vitória. Mas não chegou e o empate sempre é melhor que nada.

Não jogamos sozinhos e interesso-me pelo que se passa à nossa volta. Assim, gostei de ver a decisão de Pouga num dos golos do Leixões. O Braga revelou estatura e impressionou-me o seu pressing a todo o campo! Não deixando o Porto jogar à vontade. Porto que a jogar assim não vai longe Pelo contrário quem deve ir longe esta época serão Benfica e Sporting. E a receita é simples – quando não vai a bem... vai com penalties! O que favoreceu o Benfica e lhe deu a vitória foi falso como Judas. E introduziu um novo conceito de jogador – o chamado jogador imprudente, ou seja aquele que despacha a bola sem fazer cerimónia com jogadores de águia ao peito! Eu já tinha avisado – na dúvida a favor do Benfica. Enfim, para aqueles que enchem a boca com a verdade desportiva, convido-os a fazerem a seguinte reflexão: - acham que o àrbitro marcaria penalty se o ‘imprudente’ fosse um daqueles defesas do Benfica?!
Bem, em Alvalade, a história é a mesma, e a choradeira também . E pode dizer-se que o descaramento não tem limites – o Bento diz que o falso penalty foi trocado pelo verdadeiro! Preparemo-nos então para uma nova temporada leonina cheia de penalties... a crédito!

Este é o campeonato onde estamos inseridos, nós belenenses, pobres tristes, que achamos que isto não tem nada a ver connosco. Mas tem. Colaboramos na farsa e contentamo-nos com as migalhas.
Até um dia...

Saudações azuis.

terça-feira, setembro 15, 2009

Ninguém defende o Belenenses

Uma derrota merecida não é a mesma coisa que uma derrota indiscutível. O que se discute não é o mérito da vitória encarnada mas a irregularidade de alguns lances transformados em golos também eles irregulares. E pergunta-se: - que necessidade tinha Benquerença de favorecer o Benfica, ou posta a questão de outra maneira, será que os erros do árbitro perdem importância face à superioridade de uma das equipas sobre a outra?!
Na crónica que escrevi, levado pela frustração da derrota (mais uma), desvalorizei esses aspectos, preferindo focar a minha atenção naquilo que temos que corrigir, sob pena de continuarmos a vegetar nos últimos lugares da tabela. Hoje, porém, e face ao silêncio geral perante falhas inadmissíveis da equipa de arbitragem, é tempo de alguém vir a terreiro defender o Belenenses. Melhor dito, defender a verdade desportiva, defender o nosso campeonato.
Assim, analisando os lances dos segundo, terceiro e quarto golos do Benfica, constatamos em todos eles irregularidades que passaram em claro, e temos a certeza que se fossem ao contrário seriam devidamente penalizadas.
No segundo golo, visto na televisão, e com várias repetições, subsiste sempre a ideia que Cardoso está adiantado quando a bola lhe é endossada. Facto curioso, que não me passou despercebido, tem a ver com a linha 'tecnológica' imaginária, também ela adiantada em relação ao momento do passe! Haverá aqui manipulação?! Não vou afirmar, mas que me pareceu esquisito, pareceu.
No terceiro golo, onde o faccioso Delgado da 'Bola' fala em 'arrancar pela raiz', a verdade é outra, e basta ter óculos razoáveis - Mano despacha a bola contra os pés do 'fiteiro' Peixoto, e até duvido que haja qualquer espécie de contacto para além do forte impacto da bola contra o mesmo Peixoto. Seria pontapé de baliza, mas como Benquerença teve dúvidas, seguiu a regra do campeonato português - na dúvida, a favor dos grandes!
Finalmente no quarto golo, o fora de jogo (persistente) de Ramires é tão evidente, que não merece a pena argumentar sobre esse facto.
E termino com outra pergunta: - será mesmo verdade que o Benfica tem de ser campeão de qualquer maneira?! Será que vamos todos ser felizes para sempre?!
.
Saudações azuis.
.
.Adenda:
Já depois de ter escrito a croniqueta acima, fui ao café, li os jornais, levei com os lampiões, expliquei-lhes (tarefa árdua) que não estava em causa a vitória, mas também referi que não havia necessidade de favorecer o Benfica.
Tenho no entanto que acrescentar mais qualquer coisinha sobre o assunto - diz o Querido Manha no Record que avaliar foras de jogo é uma tarefa simples, bastando para tanto conhecer a regra do 1,2,3 - posição, interferência e não sei mais o quê! Concluindo assim pela legalidade dos golos de Cardoso e Ramires! Neste último, a posição (segundo Manha) foi legalizada pela tentativa de corte do Pelé. E eu que pensava que um jogador que estava em fora de jogo antes do cruzamento não podia tirar partido dessa posição! Aliás, noutro jornal, outro indefectível lampião, contraria a tese do Querido e afirma que o golo é irregular. Mas não deixa de salientar que são jogadas 'dificílimas' de analisar! Quando o réu é o Benfica, digo eu. O Cruz dos Santos também acha que houve falta do Mano e que este devia ter sido expulso duas vezes! Para doirar a pílula, uma leve repreensão ao David Luiz.
Mas voltando ao Querido Manha, este insurge-se contra a polémica (!) entretanto gerada pela (falsa) goleada e pôe em causa a linha virtual tecnológica do fora de jogo! Levanta inclusivé a suspeita de manipulação! Também eu, mas pelas razões inversas.
Tudo dito sobre a falsa goleada, despedi-me do café com a seguinte pergunta: - o que é que vocês vão fazer quando já não houver belenenses?! Vão jogar contra quem?! Vão ganhar a quem?! Ou estão a pensar num torneio triangular para substituir o campeonato?!
E fui-me embora sem resposta.

segunda-feira, setembro 14, 2009

Assim não dá

Um meio campo inexistente, que joga a trote, que não recupera defensivamente, que nas transições ofensivas não sabe segurar a bola para permitir que o resto da equipa suba no terreno, com um meio campo assim, perante equipas rápidas e acutilantes, a goleada é uma questão de tempo. Foi o que aconteceu. Aliás, contam-se por uma mão os jogadores do Belenenses que jogaram ao mesmo ritmo do adversário! Não estou a falar de perfomance técnica, estou a falar de velocidade, de ginástica!
Atentemos no primeiro golo, que ocorreu logo aos cinco minutos de jogo: - aquilo parecia a brigada do reumático a correr atrás do Saviola!
A perder, sem argumentos para pressionar o Benfica no seu meio campo, limitámo-nos aos lançamentos compridos para os desamparados Freddy e Yontcha, jogadas naturalmente condenadas ao insucesso.
Mas a verdade é que o score não se alterou até ao intervalo, pese as investidas encarnadas pelo flanco direito, que iam dando muito trabalho ao jovem André Pires, quase sempre apanhado entre dois adversários, uma vez que Zé Pedro não recuperava defensivamente.
Para a segunda parte, João Carlos Pereira fez a primeira alteração e deu-se mal - saiu André Pires (dos poucos que apesar de tudo corria) para dar entrada a Lima, que foi encostar-se ao flanco esquerdo na tentativa de alargar a nossa frente de ataque. Porém, isto obrigou ao recuo de Barge para defesa esquerdo, Barge que dava alguma luta ao meio campo encarnado e ainda auxiliava Mano na marcação a Di Maria. Desfez-se assim um equilíbrio que ía aguentando a nau azul pelo menos a boiar.
Saíram depois Celestino (lento e sem ideias) e Gomez (pesadíssimo e a ficar ligado ao lance do primeiro golo) para entrarem Pelé (muito desinspirado) e Filipe Bastos (que tirando um remate, não se deu por ele). Substituições que também não resultaram. A equipa baralhou-se e perdeu-se em individualismos inúteis. As recuperações defensivas continuavam a falhar e a darem golos ao Benfica. Foi assim no segundo e quarto golos, que apesar de terem sido obtidos em fora de jogo, ilustram o completo desnorte de todo o sistema defensivo, com o adversário a aparecer em superioridade numérica e em condições de alvejar facilmente a baliza de Nelson.
O terceiro golo, marcado por Javi Garcia (com o ombro) a saltar entre Diakité e Pelé, resultou de um livre mal assinalado por Olegário Benquerença, já que se tratou de um lance dividido e em que Mano toca primeiro na bola. Mas independentemente da irregularidade destes lances, a sensação que fica é triste – o Belenenses nunca revelou argumentos para discutir a partida. Se quisermos sintetizar tudo numa frase, podemos dizer que o Benfica passeou no Restelo.
Isto é que me preocupa.
E a bancada dos sócios nunca se há-de encher enquanto o Belenenses não tiver uma equipa digna dos seus pergaminhos.

Saudações azuis.

quinta-feira, setembro 10, 2009

Sagres aposta no Benfica!

É o que podemos deduzir de um patrocínio quase perpétuo (doze anos de cerveja é muito cerveja) contrato que permitiu pedir quarenta milhões junto da sempre generosa (para alguns) banca semi-nacionalizada, expressão que inclui quase todas as empresas (e instituições) ditas privadas… mas que só sobrevivem ao colo do estado. Dos impostos de todos nós, entenda-se.
Quarenta milhões de euros para comprar jogadores!
Mas deixando a política de lado, constatamos que a Sagres também patrocina a primeira Liga, que aliás leva o seu nome!
Conflito de interesses?! Nem por sombras. Pensem como eu – à Sagres interessa-lhe que a Liga seja um êxito e a Liga só será um êxito se o Benfica ganhar.

Mudando de agulha, analisemos o grande argumento estatizante da estatizante Santa Casa, que de Santa guarda apenas o nome: - diz ela, que a entrada em cena de (outras) agências de apostas, no caso a Betclick, pode provocar o aumento da criminalidade (argumento genial!) e a possibilidade de manipulação de resultados, pelo facto de patrocinar vários clubes na mesma Liga.
Não digo que não haja este risco, mas não vejo qual a diferença em relação à duplicidade do patrocínio da Sagres!
Nem, noutro plano, à consabida e autorizada presença da Olivedesportos nas várias sad’s!
Só se é por causa do encarnado!

Saudações azuis.

terça-feira, setembro 08, 2009

Um dia como os outros

As Misericórdias, instituídas pela Rainha Dona Leonor no século XV, pertenciam à sociedade civil e regulavam-se pelas 14 normas da caridade cristã. Assim prosseguiam os seus fins de assistência social, fins que justificavam algumas prerrogativas que a comunidade reconhecia e aceitava com naturalidade. A exclusividade da lotaria e outros jogos é uma dessas prerrogativas.
Porém, a justificação começa enviesar-se quando o Estado, socializante e anti-religioso resolve apropriar-se (para seu proveito e glória) daquelas irmandades. Uma primeira tentativa no século XIX e finalmente a consumação do acto em Abril de 1974.
Portanto, hoje, a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, é uma organização laica, dirigida pelo Estado laico, e duvido que continue a regular-se pelas 14 normas da caridade.
Por isso também, já não fazem sentido as prerrogativas que possui (monopólio do jogo, por exemplo) uma vez que é sempre suspeito, alguém (neste caso o Estado) atribuir prerrogativas a si próprio!
Já bem basta o que basta.

Saudações azuis.

Adenda: As 14 normas da caridade cristã são as seguintes:

(As sete obras corporais)

1. Dar de comer a quem tem fome.
2. Dar de beber a quem tem sede.
3. Vestir os nus.
4. Dar pousada aos peregrinos.
5. Assistir aos enfermos.
6. Visitar os presos.
7. Enterrar os mortos.

(As sete obras espirituais)

1. Dar bom conselho.
2. Ensinar os ignorantes.
3. Corrigir os que erram.
4. Consolar os tristes.
5. Perdoar as injúrias.
6. Suportar com paciência as fraquezas do nosso próximo.
7. Rogar a Deus por vivos e defuntos.

sexta-feira, setembro 04, 2009

Já não há matraquilhos azuis…

É o segundo postal reticente em menos de uma semana o que pode querer dizer alguma coisa! Até eu me surpreendo! A verdade é que já não existem matraquilhos azuis, equipados ‘à belenenses’, com um ‘Matateu’ a avançado centro - bonecos pintados de azul celeste, que já no meu tempo contrastavam com a maioria verde e encarnada. Como é longa e inexorável a decadência!
E o que se vê hoje em dia?!
Um clube espartilhado pelas modalidades, com adeptos do museu e de museu, que invectivam o silêncio de velhos associados, silêncio que é a única resposta possível face ao desbarato visível, adeptos singulares, que num dia berram contra a vinda do Adu e no dia seguinte já se propõem visitar os Estados Unidos à conta do Adu!
Não há quem entenda este clube, que cada vez percebe menos de futebol, cujas direcções provêm quase sempre das ditas modalidades (ou das obras!), um clube que se lamenta de não ter gente no estádio, ou nas deslocações fora de casa, depois de anos e anos de derrotas, de desilusões, de descomando e pouca vergonha, um clube, enfim, que não compreende o que lhe está a acontecer.
Um postal pessimista que procura manter alguma esperança, porque os tempos são outros e trazem sempre oportunidades, mas é um postal que sabe que nenhum dos problemas estruturais do Clube foi ainda enfrentado, quanto mais resolvido.
Fica para o fim o pedido mais urgente – que o próximo jogo no Restelo seja uma redenção. A vitória, e não concebo que se jogue para outro resultado, seria uma boa oportunidade para a esperança.

Saudações azuis.

quarta-feira, setembro 02, 2009

Como ía dizendo…

Assisti à vitória contra a Naval, vi os minutos finais do jogo de Braga, soube das novidades pelos jornais, e tudo junto, misturado e amassado, o que ficou na retina foi a arrancada de Pelé pedreira acima, só travada (em falta) pelo ‘amarelado’ Vandinho.
Na semana passada tinha sido o drible do Freddy (no Restelo) e a peitaça do Yontcha para o golo inaugural! São estas as recordações que me fazem sonhar, como acredito que façam sonhar muitos belenenses.
E a propósito do Pelé, li com atenção um comentário anónimo sobre a ‘posição 6’ – os nomes que eles inventam – e gostei da análise! A leveza e agilidade de Pelé, a rodar, a virar o jogo para a frente, (sempre rodeado de adversários), em contraste com a lentidão e o peso de Gomez (Gavilan)! Lembro-me que me fartei de berrar no Restelo para o homem se despachar, para deixar de atrasar sistematicamente a bola, como se não tivesse outra ideia na cabeça. Este Gavilan, quando chegou, era alto e fininho, agora parece pesar toneladas! Salta à bola com os adversários, e cai. Estica-se na tentativa de desarme, e fica-se. No segundo golo do Braga, perde a posição e demora tempo a reagir. É certo que não vi o jogo, mas estranhei a nota alta que lhe deram! Talvez pelo espírito de luta!
Na minha opinião, precisa de abater alguns quilos e pensar (e agir) mais rápido.
Não estou a embirrar com o Gavilan, estou apenas a preocupar-me com as transições ofensivas e com as recuperações defensivas.
Mas existe outro problema na equipa – o resto do meio campo. Porque continuo convencido que é quase sempre no meio campo que se decidem os jogos. E neste aspecto não estamos especialmente bem servidos.
Escrevi em tempos que era importante conhecer o verdadeiro valor do Ivan, e mantenho. Quando ele entrou, ao fim, no jogo contra a Naval, um adepto que estava à minha frente, ficou fora de si e gritava a plenos pulmões na direcção do treinador – ‘tira o Ivan que ele não joga nada’! Eu fiquei preocupado (nunca o tinha visto jogar) mas tirando alguma lentidão ou falta de ritmo, pareceu-me ter bons pés, sabia segurar a bola e nunca a perdeu para nenhum adversário. Até meteu um golo! Escusado será dizer que o nosso adepto anti-Ivan entrou em confusão, virou-se inclusivamente para trás, na tentativa de explicar o inexplicável… e ouviu a sugestão que merecia - algumas flexões como experiência educativa, ou em alternativa, duas voltas à pista de atletismo.
Mas ainda assim, será Ivan o tal nº 10 (lá estou eu a usar as novas tecnologias) que precisamos?!
Um assunto a rever.

Saudações azuis.