segunda-feira, abril 30, 2012

O jogo do futuro

Futebol alegre, veloz, sem ponta de lança fixo, golos, alegria no estádio e na televisão. Não pude ver tudo, vi uns bocadinhos mas apresso-me a dar os parabéns a Marco Paulo (que deve continuar) e a toda a equipa porque na verdade temos vindo em crescendo e (sinal de personalidade) não trememos na hora decisiva. No dia seguinte, Domingo, os resultados dos outros garantiram a permanência do Belenenses e agora temos todo o tempo do mundo para prepararmos o regresso à primeira divisão nacional. Partindo do princípio que vai continuar a haver campeonato nacional!



E este assunto leva-nos a outros assuntos: - pois bem, enquanto saboreava o triunfo sobre o Arouca, as notícias do ‘sindicato evangelista’ só falavam de ‘incumpridores’ e nessa conversa nunca se esqueciam de incluir o Belenenses! Estranho, havendo tantos incumpridores, a fazer fé no mesmo sindicato! Depois veio à baila a ‘verdade desportiva’, e aqui é preciso situar a questão. É certo que o flagelo dos salários em atraso tem que acabar rápidamente, não apenas porque afecta a verdade desportiva mas fundamentalmente porque é um acto de má-fé contratual. Por isso espero que o meu clube, daqui para a frente, apenas contrate o que pode pagar.

Porém, também espero que o meu clube denuncie outros atentados à verdade desportiva e que são normalmente silenciados, como sejam, por exemplo, os passivos astronómicos dos ‘grandes’! Passivos que desvirtuam completamente a competição.



E passemos ao escândalo da realização de um desafio do campeonato profissional entre oito jogadores de um lado e onze do outro. Outro que ainda se deu ao luxo de fazer substituições! Pergunta-se : - a quem é que interessa que a União de Leiria actue nestas condições?! Outra pergunta: - a quem é que interessou esticar a corda das rescisões até ao limite?!

A resposta a estas perguntas é importante para sabermos se vivemos num país do terceiro mundo ou, ainda pior, numa espécie de república das bananas?! Que é república… é!



Saudações azuis

segunda-feira, abril 23, 2012

Santa Clara 1 - Belenenses 1

Através do resumo do jogo, que visualizei no ‘Crónicas Azuis’, a que se junta o oportuno comentário do consócio Medina, fiquei com uma ideia do que foi o jogo, do penalty e expulsão forçados, e imagino também a capacidade de sofrimento para aguentar aquele precioso empate! Não é fácil conquistar pontos fora de casa, especialmente num campeonato tão competitivo, ainda para mais quando estamos a três jornadas do fim. Seis pontos entre o último (Freamunde – 29 pontos) e o sexto classificado (Penafiel – 35 pontos), coloca a fasquia de segurança nos 37/38 pontos, o que quer dizer que o Belenenses está a uma vitória desse objectivo crucial. Objectivo que pode (e deve) ser já alcançado contra o Arouca.

Sem Kouku, Marco Paulo vai desencantar com certeza um trinco à altura, e aqui a altura conta e de que maneira. No mais esperamos concentração e eficácia na hora de concretizar. Falta uma semana, uma semana para treinar a concentração e os nervos. Com nervos de aço e suor, vamos lá.



Marcou primeiro o Belenenses por Miguel Rosa; empatou logo a seguir o Santa Clara de grande penalidade.



Saudações azuis

segunda-feira, abril 16, 2012

De fora… vê-se melhor!

“ O meu trabalho é basicamente o mesmo, não mudei nada de um clube para o outro. Gostei de trabalhar no Belenenses, é um clube com enorme potencial, mas vive um pouco do passado e não sabe enfrentar a realidade. Costumava dizer que é um grande clube recheado de interesses, mas que nem sempre são os seus”.
José Mota (ex-treinador do CF ‘Os Belenenses’)

Uns atrás dos outros, os treinadores entram e saem, a frustração é a mesma, a ideia com que ficam é a mesma, o Belenenses podia ser… mas não é.
E se alguma justiça pode ser feita a este blogue é a coerência com que sempre identificou (e denunciou) os interesses que se servem do clube mas não servem o Clube. É uma doença instalada, fácil de diagnosticar mas difícil de resolver. Por uma simples razão: - ninguém enfia a ‘carapuça’. Mas a ‘carapuça’ está dentro do clube. Não está fora.

Olhando agora o futebol em geral, o que por cá se pratica, ou não pratica, o que vemos são os outros campeonatos europeus a jogar à bola enquanto Portugal fica parado a assistir a mais um cerimonial de propaganda. Chama-se Taça da Liga mas podia chamar-se Taça da SIC, Taça Hermínio Loureiro, Taça Benfica, Taça para os grandes ganharem mais algum dinheiro, Taça do azar atendendo a que, ao contrário do previsto, foi o Gil Vicente a chegar à final! Enfim, ou mudam o esquema da competição, dando-lhe a importância que assume nos outros países europeus, ou então, disputem a final a uma quarta-feira, discretamente.

E agora o ‘Caso Cardinal’! Um grande silêncio entrecortado por declarações ridículas, ou programas ridículos – veja-se por exemplo o ‘discurso directo’ que a esta hora passa na TVI – onde se faz a defesa (imbecilizante) do Sporting, como se fosse uma entidade acima de qualquer suspeita! Como se fosse possível admitir que o presidente do Sporting desconhecia o ‘golpe’! Golpe que afinal determinou que um vice-presidente do mesmo Sporting fosse, para já, constituído arguido! ‘Golpe’, esclareça-se, que o próprio presidente do Sporting se apressou a denunciar junto das entidades competentes!
A tentativa de distinção entre Sporting clube e Sporting SAD também não colhe, uma vez que do ‘golpe’ resultou o ‘benefício’ desportivo que a Sporting SAD pretendia, ou seja, afastar (ou condicionar) determinado árbitro assistente, já escalado para determinado jogo. ‘Golpe’, por fim, que tentou envolver o respectivo adversário, no caso o Marítimo.
E daqui pergunto (e concluo) em termos puramente especulativos: - se não interessava que Cardinal arbitrasse aquele jogo, das duas uma: - ou a ideia era ‘apenas’ condicionar a sua actuação, e estamos a falar de corrupção pura e dura. Ou então, imaginando que Cardinal seria substituído, como foi, a suspeição alarga-se e entramos no domínio do ‘vale tudo’. E até podemos imaginar que o substituto já estaria 'à altura da situação'! Assim, de futuro, qualquer um pode obrigar a mudanças na equipa de arbitragem bastando para tal efectuar um (pequeno) depósito em euros na conta do árbitro a desnomear!
Em qualquer caso, não são boas notícias para o Sporting. Seja Clube, seja SAD.

Saudações azuis

segunda-feira, abril 09, 2012

‘Escravos cardíacos das estrelas’

Não sei porque me lembrei desta frase, retirada algures de uma ode de Fernando Pessoa, mas a verdade é que é muito difícil presenciar jogos do Belenenses sem correr sérios riscos para a saúde! Tantas foram as ocasiões desperdiçadas! Acabámos por ganhar e só posso dizer-vos que um longo suspiro (de alivio) percorreu as bancadas do Restelo. Nessa altura apeteceu-me confrontar alguns jogadores do Belenenses, perguntar-lhes como é possível existir tanta infantilidade em frente da baliza adversária?! Recado para Miguel Rosa, olhos no chão, egoísta, a rematar de longe e sem qualquer hipótese de êxito! Ou em frente da baliza a atirar fraco sem acertar no alvo! Recado para Tomané com falhanços inconcebíveis!
E que dizer da displicência de outros quando era necessária concentração e fibra?! Recado para Fernando Ferreira e algumas paragens ‘cerebrais’!

Sobre o jogo própriamente dito é preciso realçar que assistimos a jogadas de bom recorte por parte do Belenenses e o golo é claramente retrato disso - Zázá antecipa-se de cabeça e marca com categoria! Bem sei que o Moreirense já estava reduzido a dez elementos mas também é verdade, que aparte os minutos iniciais, equilibrámos sempre a contenda, nunca deixando de criar perigo para as redes adversárias. Após a expulsão as coisas tornaram-se naturalmente mais fáceis e houve oportunidade para resolver o assunto mesmo antes do intervalo. Não o fizemos e os fantasmas do jogo com o Estoril reacenderam-se. E durante a segunda parte, quantas mais vezes falhávamos, mais ‘cardíacos’ ficávamos! Foi assim até ao final!

Numa breve análise individual, para além de Zázá distinguiram-se Kouku, um gigante a interceptar, igualmente Igor Pitta, defesa esquerdo em subida de forma, e de uma maneira geral todo o sistema defensivo. O guarda – redes Coelho esteve bem dispensando-se o excesso de paragens para receber assistência, uma vez que tais atitudes, ainda que tenham alguma razão objectiva que as sustente, acabam sempre por moralizar o adversário.
E fico-me por aqui. Vamos amealhar mais alguns pontos para nos mantermos na Liga de Honra, sem nunca perder de vista o lugar que nos cabe na primeira Liga.

Saudações azuis

segunda-feira, abril 02, 2012

Upa, Upa!

Vitória fora é sempre de celebrar! Ainda por cima em campo difícil, contra adversário com pretensões! Foi um pequeno salto na tabela e vem confirmar as melhorias notadas no jogo contra o Estoril que empatámos inglóriamente. Sobre o desenrolar da partida não posso entrar em pormenores, não vi o jogo. E o que sei do relato radiofónico pouco acrescenta. Fiquei apenas com a noção que, passados os minutos iniciais, estivemos por cima da Naval. Do pequeníssimo resumo que visionei, uma constatação: - Varela, embora continue em branco, deu importante contributo ao provocar faltas perigosas, uma das quais originou o penalty que Rodrigo António transformou.
Sobre as crónicas que li, repetitivas, uma nota desagradável: - ‘o benfiquista Miguel Rosa foi o melhor’! Que raio de país e que raio de jornalistas. O 'melhor', digo eu, é instituir de vez o feriado que todos ambicionam – o dia (o mês, o ano) do Benfica! Assim, eliminavam todos os outros e resolvia-se o problema do défice! Que tal a sugestão?!
Parabéns ao Marco Paulo pela melhoria da equipa, melhoria que esperamos seja para continuar. O próximo jogo contra o Moreirense é um bom teste.

Resultado final: Naval 0 – Belenenses 1

Saudações azuis