quinta-feira, maio 31, 2018

quarta-feira, maio 30, 2018

Jogadores interessantes


Vi muitos jogos na época que agora findou, pela televisão, claro, e alguns jogadores prenderam a minha atenção. Parecem-me acessíveis, e talvez fossem úteis no plantel do Belenenses. Advertência: - estou completamente por fora dos meandros ou dos bastidores do mercado e a única coisa que posso fazer é dar palpites.

Pelas notícias que vamos lendo, para além da continuação de Licá e de algumas renovações com jogadores que já lá estão, as novidades são jovens promessas a actuar em escalões secundários. E parece que vamos enveredar de novo pelo caminho dos empréstimos. Domingos Duarte aparece hoje na imprensa e sinceramente não me entusiasma. O Desportivo de Chaves fez um bom campeonato mas não foi na defesa que teve o seu ponto forte. Basta olhar para o goal – average. Sem esquecer que Domingos Duarte coincidiu no Belenenses num ano em que sofremos muitos golos.

Na minha opinião do que o Belenenses precisa é de um defesa esquerdo e para esse lugar há um jogador interessante no Moreirense – Ruben Lima.
O Belenenses precisa de um trinco e talvez seja a altura de tentar um jogador que por motivos estranhos não vingou no Marítimo. Refiro-me a Fábio Pacheco.
O Belenenses precisa de gente com capacidade técnica do meio campo para a frente e António Xavier que este ano representou o Paços de Ferreira é um jogador interessante.
Finalmente para o ataque agradava-me contar com Victor Andrade que representou o Estoril e não sei se ainda está vinculado ao Benfica. Em qualquer caso e embora se trate de um jogador temperamental é aquilo a que Mourinho chamava de ‘ciclista’! Fundamental para esfrangalhar defesas.

Ficam os palpites sabendo que a SAD que temos não navega em milhões e que os bons jogadores a actuar em Portugal, para além de estarem sobrevalorizados, pertencem quase todos aos três clubes que sabemos.


Saudações azuis


Nota: Os jogadores mencionados têm em comum o facto de necessitarem de um novo projecto para darem um salto na carreira. Seja porque os clubes onde jogavam desceram de divisão, seja por outros motivos. Daí eu considerar que estarão mais disponíveis.

segunda-feira, maio 28, 2018

Onde o Belenenses deve jogar!


Sempre disse que o Belenenses joga onde jogarem as suas camisolas. E sempre relembrei que o problema do campo é uma dificuldade azul desde os primórdios. Foi resolvida tardiamente através das Salésias e mais tarde, por imposição camarária, houve que encontrar outro local. Esse local é o Restelo que construímos com suor e lágrimas edificando um dos mais bonitos estádios do país. Um estádio que hoje não conseguimos encher, um estádio desactualizado, com pista de atletismo e com os espectadores longe dos acontecimentos. Para cúmulo temos um diferendo entre o Clube e a SAD sobre a utilização do mesmo estádio!

Sem querer entrar na discussão entre senhorio e inquilino, pois parece que é assim que a questão está (mal) colocada, devo no entanto olhar para o essencial. E o essencial é saber onde vai o Belenenses jogar na próxima época! E só vejo uma solução, naturalmente transitória, mas que não é virgem. Refiro-me ao Estádio Nacional onde o Belenenses já jogou quando o estádio do Restelo ainda estava em obras. Outras soluções fora da zona de Belém seriam sempre prejudiciais e muito perigosas para o futuro do Belenenses.

E vou explicar porquê: - as origens de qualquer associação ou clube são sempre o factor determinante para qualquer escolha. Seja geográfica seja de outro teor. O Belenenses, ao contrário do Sporting e do Benfica é um clube essencialmente marítimo, é aí que estão as suas raízes, e é portanto aí que deve implantar-se. Perto do Tejo e das antigas comunidades marinheiras. Isto não tem nada a ver com golfinhos ou outros peixinhos. E não tem porque a Cruz de Cristo é símbolo maior em Belém e que não se confunde com a fauna aquática. Quem não perceber isto não percebe nada do Belenenses. E isto tanto vale para o estádio como para o futuro centro de treino.

E deixo um novo aviso à navegação: - cuidado com as decisões precipitadas e que não tenham em conta o que é o Belenenses.


Saudações azuis



Nota: Estão a aparecer notícias sobre dívidas da SAD do Belenenses, dívidas aparentemente irrisórias, mas que afectam a moral dos adeptos e o bom nome do Clube. Convinha que fossem rápidamente desmentidas ou explicadas.

sábado, maio 26, 2018

Salvador com letra pequena!


Leio e não quero acreditar mas a notícia não é falsa: - ‘Salvador reclama 3.º lugar do Sporting'! São declarações prestadas à CMTV (a quem mais poderia ser?!) e justificadas ‘pelo alegado envolvimento de um alto quadro dos leões… numa teia de corrupção de jogadores da I Liga.’*

Ora bem, analisada à distância a reclamação até pode fazer sentido e o presidente do Braga está no seu direito de a fazer. Desde que evidentemente os resultados da investigação assim o confirmem. O que já não se entende é a dualidade de critérios na defesa dos interesses do mesmo Braga! Pois já deveria ter reclamado não o terceiro mas o segundo lugar uma vez que quem o ocupa é o Benfica, clube que também está a ser investigado por alegada corrupção e compra de jogos! Sendo que o Braga foi este ano gravemente prejudicado pela arbitragem nos jogos que disputou contra os encarnados. Salvador! Afinal qual é o critério?! A pergunta faz sentido vinda de um belenense que nestas páginas sempre pugnou por uma organização com agenda própria, independente dos três eucaliptos. Essa organização não é por certo o actual G15 onde esta figurinha aparece normalmente como porta-voz. E não é porque lhe falta independência e isenção.

Infelizmente confirmam-se todos os receios que aqui já manifestei sobre a instrumentalização do G15. Desde logo pelo tipo de reivindicações que anuncia e onde nunca se vislumbra qualquer desconforto sobre o facto de haver um clube que quando joga em casa se encarrega das suas próprias transmissões televisivas podendo assim dar mais ou menos enfoque às imagens que lhe interessam. Já nos esquecemos do golo anulado ao Braga quando Séferovitch estava a pôr toda a gente em jogo?! E cujas imagens só apareceram mais tarde?! Nessa altura não se ouviram os protestos deste Salvador. Porque seria?!

Portanto se é para continuar tudo na mesma não precisamos do G15 para nada. E faço um novo aviso aos dirigentes do Belenenses (Clube e SAD) - Cuidado com as más companhias.


Saudações azuis


*Lido no jornal O Jogo de hoje.

quinta-feira, maio 24, 2018

Similitudes e diferenças


Para além da poeira que um dia há-de assentar a crise que atinge hoje determinado clube é um fenómeno generalizado e que afecta todo o futebol português. O problema da representação, a desactualização dos estatutos, as relações entre os clubes e as SAD’s, as modalidades versus futebol, as claques e o público, tudo isso está a passar à frente dos nossos olhos como num filme mas um filme censurado onde só se mostra aquilo que dá jeito! E agora o que vende e dá jeito são as feridas na careca de um jogador e a violência das claques, última descoberta nacional!

Nem de propósito, escrevi há pouco tempo um postal onde concluía que a representação do actual Belenenses não estava nem na Direcção, nem na SAD. E também não estava nos actuais adeptos divididos entre o clube e a SAD, mas que estava sim na equipa de futebol e nos símbolos que ostenta. Mantenho. E mantenho porque o ponto de partida se mantém. Quem invoca o passado glorioso do Belenenses não se pode pôr em bicos de pés e fingir que está a representar essa quimera.

Portanto seria um erro de palmatória confundir o que eu disse com as teses televisivas ou octavianas que reduzem um clube ao seu treinador e aos actuais jogadores admitindo até a possibilidade de poderem ser eles a decidir quem deve ser o respectivo presidente! Isto é coisa de idiotas.

Totalmente diferente é falar na equipa que entra em campo independentemente dos jogadores que pontualmente a sirvam. Ou o treinador que pontualmente a oriente. A equipa, sendo real e devendo ser a mais forte possível, é neste sentido uma entidade abstracta e intemporal. Nomeadamente em época de crise, em que ninguém se entende.

Estamos no início de uma nova época e seria bom que não confundíssemos as coisas. Ninguém está acima da equipa de futebol. Quando recuperarmos a grandeza perdida, os que a recuperarem, então a conversa já pode ser outra. Mas até lá… Temos todos que trabalhar nesse sentido. Todos.


Saudações azuis

Nota: Na imagem, a equipa do Belenenses que foi campeã em 1927. 

segunda-feira, maio 21, 2018

Uma ave improvável!


A primeira coisa que me ocorre dizer é dar os parabéns ao Desportivo das Aves que ganhou merecidamente a Taça de Portugal! Uma taça que segundo o que fomos ouvindo (em toda a parte) já estava reservada para o Sporting. E assim acabaria tudo em bem com as vítimas de Alcochete transformadas em heróis nacionais. E então seriam só sorrisos misturados com mais alguns recados ameaçadores dirigidos ao grande ausente. Mas como o Aves não colaborou o cenário transformou-se em choro e todos os dedos apontaram ao verdadeiro culpado. José Mota ainda reagiu, sentiu-se desrespeitado mas isso não demoveu a comunicação social. Viram-se realmente algumas imagens da festa na Vila das Aves, mas o autocarro do Sporting a regressar ao hotel continuava a ser o foco principal. Um autocarro verde, silencioso, o que motivava ainda mais falatório. Era preciso averiguar, de todos os ângulos, a responsabilidade de Bruno de Carvalho naquela derrota. Até que alguém furou o discurso oficial e disse aquilo que parece evidente - desde o jogo de Portimão, ganho com um remate feliz de Bruno Fernandes e já muito perto do fim, que o Sporting não tem jogado nada. O atrevido foi imediatamente silenciado e voltámos ao autocarro do Sporting a deslizar pela auto estrada.


Saudações azuis

sábado, maio 19, 2018

Entretanto, noutro país…


Longe dos holofotes, no pequeno espaço que lhes é reservado, os outros clubes da Liga começam a preparar a nova época. Em silêncio porque ninguém se quer meter na zaragata. Esperam naturalmente que tudo acalme até porque estão dependentes dos saldos e empréstimos para comporem o plantel. O Belenenses não foge á regra muito embora eu tenha verificado que há um esforço da SAD em não se deixar capturar, como aconteceu no passado recente, por nenhum dos eucaliptos. Aliás não pode ser outro o caminho do Belenenses. Aquilo que verdadeiramente distingue os grandes clubes, tal como os grandes países, não é a dimensão, é a independência.

Olhando agora para a nossa casa e pela informação disponível constata-se que há vontade em manter Licá o que desde já aplaudo. Trata-se de um jogador que já esteve em alta e por isso tem condições para recuperar a antiga condição.

Outro caso de continuidade que também aplaudo é a renovação do empréstimo de Nathan. É um jogador especial, fora do comum, e pode ser que no Restelo revele toda a sua potencialidade.

A outra questão que gostava de saber diz respeito à recuperação física de Tandjigora. Sofreu uma lesão grave e não sabemos quando estará de volta. É uma dúvida importante porque é um jogador fundamental para atacarmos a próxima época.

Sobre a questão dos passes partilhados a minha opinião mantém-se. É uma matéria complexa e que me parece ter os mesmos inconvenientes dos empréstimos. A federação e a Liga não podem continuar a facilitar. A integridade das competições é o valor fundamental. Voltaremos ao assunto.

Saudações azuis



Nota: Um dos temas mais candentes no futebol português é a captura dos pequenos clubes pelos grandes. O G15 pretendeu a certa altura ser o arauto de uma revolta contra este estado de coisas. Mas perdeu gaz e parece ter sido instrumentalizado. Digo isto porque a única reivindicação que pode mudar o panorama actual de dependência passa pela centralização dos direitos televisivos  e por uma distribuição mais equitativa dos proventos. Ora não sendo esta a bandeira do G15 todas as outras reivindicações perdem importância. E nestas condições a corrupção e a batota vão continuar.

sexta-feira, maio 18, 2018

O ajuste de contas!


À hora a que escrevo já toda a gente pediu a demissão de Bruno de Carvalho. Uns de forma velada, como o presidente da república, outros vociferantes, como o presidente da assembleia da república, o desfile na televisão é ininterrupto, a programação alterou-se e nos diversos canais só dá Bruno de Carvalho! E a gente pergunta-se?! Mas afinal quem é este homem que resiste à evidência democrática dos painéis televisivos?! À chantagem dos jogadores e equipa técnica?! À ameaça dos banqueiros?! Quem é que ele pensa que é?! Se não sai a bem sai a mal! Porque é que a justiça não assume um mandato de captura?! O que é que falta para o assalto final ao bunker de Alvalade?!

É que se isto continua não sei onde é que vamos parar! O país precisa de paz e sossego. Isto só dá para dois. E ele não percebe.


quarta-feira, maio 16, 2018

Cronica de guerra


Nada melhor que o beijo do fiscal de linha para iniciar uma crónica de guerra. Este beijo, que não devia ter acontecido, explica muito sobre o futebol que temos e sobre o que aí vem. E o que aí vem é uma guerra sem quartel entre os três clubes do estado num campeonato de denúncias onde todos se acusam mas todos prevaricam ou querem prevaricar. Não há aqui inocentes e já que estamos em maré de responsabilidades devíamos começar por cima. E quem está em cima é o governo. É pelo menos isso que todos esperamos.

Noutra perspectiva e face ao alarme social provocado pelos acontecimentos de Alcochete há uma medida que, pelo que se vê e ouve, parece recolher o consenso da população - responsabilizar Bruno de Carvalho, cortar-lhe o pio e condená-lo ás galés. Não havendo galés e se mesmo assim a corrupção e a violência continuarem há uma série de medidas que poderiam ter algum efeito. Já as enunciei várias vezes mas posso repetir. Assim, ao correr da pena vão tomando nota:

Suspender as claques ou grupos organizados de adeptos durante um ano. Sabemos que nos grandes clubes portugueses as claques funcionam como guarda pretoriana dos presidentes. Também sabemos que são um bom abrigo para marginais e criminosos de toda a espécie. E suspeitamos que gostam mais de cantar do que de futebol. Quando digo cantar é força de expressão. Gostam de ofender os adversários.
Portanto qualquer indício de que esta norma não estivesse a ser cumprida isso implicaria que o clube prevaricador jogasse os próximos jogos em casa á porta fechada.

Estabelecer uma distância higiénica entre todos os actores políticos e o futebol profissional. Falo do governo, dos deputados, dos autarcas, e dos gestores públicos. Quem for apanhado nos camarotes da Luz, Dragão ou Alvalade, o melhor é pedir a demissão do cargo. Se querem ver a bola comprem bilhete e sentem-se nos lugares reservados ao público. Se não houver condições de segurança não vão e criem-nas. Porque a segurança dos cidadãos compete ao governo. Também não podem ser comentadores de futebol nos órgãos de comunicação social.

Por maioria de razão o distanciamento e a independência da justiça ainda são mais prementes. Aí ou acabamos com as toupeiras ou são as toupeiras que acabam connosco. E a questão é tão grave que nem sei o que propor! Espero apenas que as investigações em curso não acabem em águas de bacalhau. Todas elas. Seria catastrófico não apenas para o futebol mas para o país.

Proibir os clubes de futebol profissional de competirem noutras modalidades que não pertençam à mesma federação. Isto é o que acontece nos países onde funciona o clube/modalidade situação que permite que as várias modalidades efectivamente se desenvolvam deixando de estar indexadas aos altos e baixos do futebol. E então é possível sonhar com medalhas olímpicas. A fase do ecletismo foi há mais de cem anos.
A outra grande vantagem é evitar que a corrupção que existe no futebol profissional contamine também as modalidades. Que é o que parece que já está a acontecer.
Haveria evidentemente um prazo para efectivar a mudança. E ninguém retiraria a glória passada a nenhum clube nem a nenhum atleta.

Chamar á responsabilidade o presidente da federação portuguesa de futebol e demitir o conselho de justiça da mesma. Quem despenaliza cotoveladas que o país inteiro viu não pode esperar que a violência diminua. Nem dentro  nem fora das quatro linhas.

À atenção de Fernando Santos: - quem premeia um jogador violento convocando-o para ir ao mundial, que exemplo é que está a dar?!

Centralizar os direitos televisivos na Liga ou na Federação, custe o que custar, distribuindo a respectiva receita de forma equitativa pelos competidores. Sem esquecer o apoio devido a quem desce de divisão. Entregar a produção e transmissão televisivas a uma única entidade, independente dos competidores.

Há mais medidas imediatas mas estas para começar já chegavam para diminuir a corrupção e com ela a violência no desporto.



Saudações azuis

terça-feira, maio 15, 2018

‘É só fumaça…’


É incontornável, não há notícias sem Bruno e todas as notícias são contra Bruno! O que costuma ser sinal de isolamento e força ao mesmo tempo. Sempre ouvi dizer – digam bem de mim, digam mal de mim, mas falem de mim! Estamos obviamente a falar (também nós!) de Bruno de Carvalho, presidente do Sporting, e que segundo consta gosta de tomar exemplos do seu tio-avô, o almirante Pinheiro de Azevedo.

Pois bem e para lá da opinião que eu possa ter sobre Bruno de Carvalho, já o elogiei pontualmente a propósito da ‘contabilidade dos títulos’, a verdade é que há aqui qualquer coisa que não bate certo! Uns dirão que quem não bate certo é ele, enquanto outros não sabem o que dizer. Mas há também aqueles que, encarniçadamente, dizem mal dele. E a palavra ‘encarniçadamente’ não é inocente. De facto não há ‘cartilheiro’ benfiquista que não dispare, diáriamente, contra Bruno de Carvalho toda a artilharia conhecida e alguma até desconhecida. Uma cruzada que dá que pensar! Ainda para mais quando é rematada com aquela frase que já todos ouvimos – ‘que seja presidente do Sporting por muitos e bons anos porque assim o Benfica vai continuar a ser campeão’!

É claro que esta frase tem um erro no fim – o Benfica já não foi campeão este ano. O penta foi-se. E se relacionarmos este fracasso com a denúncia dos ‘vouchers’ feita pelo próprio Bruno de Carvalho, denúncia que despoletou outras denúncias que a judiciária está a investigar, talvez indo por aí encontremos uma explicação mais lógica para tanto ódio e para a palavra – encarniçadamente – que aqui utilizei.

E se esta lógica for válida então podemos concluir que Bruno de Carvalho é o grande adversário das águias e o que poderá pôr fim ao respectivo reinado. Sendo assim ainda se torna mais incompreensível que alguns ditos sportinguistas alinhem na campanha encarnada para apear Bruno de Carvalho!

Registo de interesses: Só tenho um clube, sou belenense de alma e coração, mas não ando distraído. O futebol português vive subjugado pela batota e por outros interesses que é preciso combater. Assistir a tudo isto quieto e calado não é da minha índole. E prejudica o Belenenses.



Saudações azuis 

domingo, maio 13, 2018

A pensar no futuro…


Só hoje consegui ler as declarações de Silas relativas ao encontro de ontem com o Boavista. Isto remete-nos para a impossibilidade (regulamentar) de ouvir a reacção do nosso treinador no final dos jogos. Uma contrariedade, a juntar a tantas outras, que nos afasta ainda mais da realidade mediática. Realidade que só tem olhos e ouvidos para três clubes.

Mas então o que disse Silas?! Disse, em síntese, que este jogo já é parte do futuro! E isto merece o seguinte comentário: - em jogos oficiais o Belenenses deve apresentar-se sempre na sua máxima força. Está em causa o seu prestígio além de que há sempre coisas para ganhar. Ou para perder. Como aliás poderia ter sido o caso de ontem se o Boavista aproveitasse todo aquele embaraço inicial - erros de posicionamento defensivo, passes e perdas de bola inacreditáveis, incapacidade do meio campo para segurar a bola e sair a jogar! Em condições normais, sem experiências temerárias, julgo que a nossa resposta teria sido outra.

Não foram porém só os nossos erros que ameaçaram a baliza de Muriel. Há que dar mérito a Jorge Simão e à sua brigada ligeira que, sem avançados de raiz, aniquilou quase todas as nossas tentativas para sair a jogar. Curiosamente, na segunda parte e reduzidos a dez jogadores, Silas jogou também sem avançados. Maurides saiu para entrar Nathan e o Belenenses melhorou bastante. Mas não chega, nem chegou.

Portanto, para falar do futuro o melhor é não olharmos muito para este jogo e pensarmos antes nas mudanças que terão de ocorrer para o Belenense ter (finalmente) futuro. Em próximo postal faremos esse balanço.

Resultado final: - Boavista 1 – Belenenses 0


Saudações azuis


Nota sobre a arbitragem: - Não é meu costume perder muito tempo com 'os padres ordenados na catedral da Luz', e  nem sei se este é um deles! Mas seja ou não seja o que se notou mais foi a tendência para a estupidez. Deixou passar em claro as cotoveladas do central boavisteiro Rossi mas foi lesto a estragar o jogo castigando Pereirinha com dois amarelos rigorosos. Diga-se que Pereirinha também não esteve muito clarividente neste jogo.

sexta-feira, maio 11, 2018

Liga Espanhola Ajuda Equipas Despromovidas


A Liga espanhola anunciou um conjunto de ajudas às equipas despromovidas da primeira e da segunda divisão. O organismo que rege as competições profissionais em Espanha vai utilizar o dinheiro proveniente da venda dos direitos televisivos para ajudar na transição das equipas de um escalão para o outro.


No total são 46 milhões de euros, cerca de 3,5% do bolo total dos direitos televisivos para distribuir pelas sete equipas despromovidas nas competições profissionais da temporada 2017/18. Sendo que 41 milhões se destinam a dividir por Málaga, Las Palmas e Deportivo da Corunha, que baixam da La Liga, e os restantes cinco milhões são distribuídos pelos quatros últimos classificados da La Liga 2.
A divisão do dinheiro será feita de acordo com os anos de permanência no escalão e os direitos televisivos pagos nos últimos cinco anos. Assim, o Málaga vai receber 19 milhões de euros, o Las Palmas 12 milhões e o Deportivo 9 milhões.



Após o término das competições, os clubes têm 10 dias para submeter o pedido para estas ajudas.

(Lido no jornal A Bola de hoje)


Nota do Belém Integral: - Se calhar temos que voltar a ser espanhóis! 

quinta-feira, maio 10, 2018

A Liga noutro planeta!


Coimbra foi o palco de mais uma reunião da Liga de Clubes e desta vez com o regresso ao formato do conselho de presidentes. Conselho que, segundo Proença, poderá transformar-se em futuro órgão deliberativo da mesma. Nada a opor, mas o assunto do dia era a reintegração do Gil Vicente na Liga NOS. E ficou decidido que só subirá à primeira Liga daqui a duas épocas. Entretanto o Gil vai ficar a marinar no campeonato de Portugal! Li também nas entrelinhas que quando isso acontecer o que está em cima da mesa é uma nova redução para dezasseis clubes! E os argumentos talvez sejam os mesmos de sempre, calculo eu. 

Assim deve voltar a falar-se da dimensão territorial, de como era antigamente, talvez se fale da desertificação do interior, dos fogos florestais, talvez se esqueçam que antigamente não existiam autonomias regionais e a possibilidade de termos duas ou três equipas da Madeira, e mais uma dos Açores, e vão continuar a bolsar argumentos infantis, incapazes de enfrentar o toiro pelos cornos.

E o que é que temos nos cornos do toiro?! Vou socorrer-me do insuspeito Duarte Gomes, árbitro aposentado e colunista no activo, que chama a atenção para a realidade do nosso futebol profissional! Vou transcrever (em itálico) aquilo que interessa:

 - A diferença pontual entre o quarto e o quinto classificado é de quase trinta pontos. A do décimo para o décimo oitavo de apenas nove. Este fosso merece ou não merece reflexão atenta?

- A diferença orçamental entre os três primeiros e todos os outros não é grande. É gigante. Porto, Sporting e Benfica dispuseram de duzentos milhões de euros. As outras quinze equipas (todas juntas) de sessenta. Vale ou não vale a pena reflectir sobre isto?

Pela minha parte já reflecti e o pontapé de saída passa pela revolução que ainda ninguém quis fazer no futebol português. Passa desde logo pela distribuição mais equitativa dos direitos televisivos o que só acontecerá quando a Liga ou a Federação tiverem a coragem de ir á cara do toiro. Passa pela independência dos clubes actualmente reféns dos três clubes do estado. Isto evidentemente se os senhores permitirem ou os escravos se revoltarem.

Uma última nota a dar conta da ausência do Sporting. Não sabendo qual foi a desculpa apresentada compreendo a ausência enquanto a Liga continuar a fazer de conta que vive noutro planeta.


Saudações azuis

terça-feira, maio 08, 2018

O Belenenses… quem o representa?


O problema da representação associativa é um assunto que merece ser aprofundado sob pena de estarmos a repetir chavões sem qualquer interesse ou significado. Dizer que o Belenenses são os seus sócios com as quotas em dia é um disparate tão grande como reafirmar que uma qualquer direcção eleita por uma parte, sempre ínfima desses mesmos sócios, representa o clube, a sua história, e tem legitimidade para decidir sobre o seu futuro! Em desespero de causa e á falta de melhor argumento invocam-se então os estatutos tal como os golpistas invocam a (sua) constituição depois de negarem a anterior. É preciso medir as palavras. E se queremos realmente falar de história devemos ter a humildade para reconhecer que a única semelhança, o único vínculo, entre o Belenenses actual e o seu passado grandioso é a cor das camisolas e o símbolo da Cruz de Cristo. Para além da memória de alguns adeptos. A representação do Belenenses regressou à base da pirâmide. À sua equipa de futebol. Afinal onde tudo começou.


Saudações azuis

domingo, maio 06, 2018

Vitória do querer!


Não sabemos se esta foi a última vitória no Restelo ou se foi a primeira de muitas que nos levarão ao topo! Mas isso para mim pouco interessa porque continuo a afirmar que o Belenenses jogue onde jogar terá sempre atrás de si os seus verdadeiros adeptos. Já o vi jogar nas Salésias, no estádio nacional quando o Restelo estava em obras e por isso, enquanto for possível, posso vê-lo a jogar na China se for esse o caso.

O que importa é que tenhamos o essencial: - onze jogadores de Cruz ao peito, honrando o símbolo e a sua história e uma equipa técnica que transmita a mística belenense. O resto tem que vir por acréscimo.

Quanto ao jogo de ontem o que podemos dizer é que foi mais um passo no sentido ascendente, um passo difícil é certo, mas um passo! Não é fácil recuperar duas vezes no marcador perante uma equipa que tem nas suas fileiras jogadores fora de série como o japonês Nakajima! Que quase sozinho pode desequilibrar qualquer contenda. É claro que contra este tipo de jogadores não podemos dar avanço! Não é Fredy?!

A perder logo desde início soubemos no entanto reagir, Silas teve que fazer alguma coisa porque defrontar o ataque do Portimonense com a nossa defesa em contra pé… não dá. Mas isso são questões técnicas e eu confio plenamente naquela dupla que temos no banco a orientar a equipa.

Na segunda parte e com as alterações feitas a equipa melhorou, criou mais oportunidades, conseguindo algum ascendente. Nestas condições o resultado final acaba por ser justo. E há uma nova realidade no futebol azul: - o Belenenses actual cria muitas oportunidades de golo e isso faz toda a diferença.


Análise individual:

Muriel – Regressado á baliza depois de uma longa paragem mostrou estar à altura das necessidades. Tem muita experiência e transmite confiança. Um senão – é um esquerdino total e por isso sente muitas dificuldades quando lhe atrasam a bola para o seu lado direito. À atenção dos nossos defesas.

André Geraldes – Tarda em ser aquele Geraldes rápido e decidido que conhecemos no primeiro ano em que vestiu de azul. Acabou por ser substituído por Pereirinha.

Sasso – Esteve bem a defender mas falhou alguns passes simples que não pode falhar.

Nuno Tomás – Cumpriu. Pareceu-me um pouco pesado.

Florent – Muito bem a atacar mas foi pelo seu lado que o Portimonenses ameaçou durante a primeira parte. A dobra do meio campo ou do terceiro central podem ter falhado. De qualquer maneira está em grande forma e quando começar a marcar golos…

Persson – O melhor dos centrais/médios! É um patinho feio mas Silas tem apostado nele. Sóbrio e sempre concentrado vai fazendo o seu trabalho. Com a sua altura tem que marcar golos nas bolas paradas.

Benny – Não conseguiu impor-se como se esperava. Silas parece contar com ele para o futuro Belenenses. Até porque é dos poucos que ‘tem golo’. Foi substituído por Nathan.

Sousa – Uma tarde pouco propícia. Um bom sentido táctico mas não chega. Algumas falhas na transição e pergunto: - Há quanto tempo não marca um golo de meia distância?!

Freddy – Duas partes distintas. Na primeira parte falhou muitos passes alguns dos quais comprometeram o esforço colectivo. Melhorou no segundo tempo e serviu Nathan de forma magistral na jogada do segundo golo. Mas tem que corrigir falhas só admissíveis em principiantes.

Licá – Gosto de ver jogar Licá, gosto da maneira como se desmarca, sempre disponível para acorrer aos lançamentos compridos, Se for bem servido pode render muito mais.

Maurides – Tem que puxar sempre a bola para o lado esquerdo e isso prejudica a conclusão de alguns lances. Concretizou duas grandes penalidades ao estilo Pelé … ex-belenense!

Nathan – deu a volta ao jogo atacante do Belenenses. Parece é que tem poucas pilhas.

Pereirinha – Entrou para o lugar de Geraldes e cumpriu.

Saré – Para segurar o resultado.


Resultado final: - Belenenses 3 – Portimonense 2



Saudações azuis

quinta-feira, maio 03, 2018

A UEFA e os países do terceiro mundo!



Os milhões da UEFA são sempre bem-vindos quando quem os recebe é um país civilizado. Caso contrário, aqueles milhões mais não fazem do que aprofundar o fosso entre os vários clubes que disputam um mesmo campeonato. Nesta matéria, quando pensamos num país civilizado ocorre-nos a Inglaterra. E quando pensamos num país do terceiro mundo ocorre-nos Portugal.

Colocada a questão desta maneira o esforço civilizacional nem seria assim tão difícil! Bastava copiar o modelo que rege o futebol inglês e esperar pelos resultados. Acontece que o que parece simples às vezes é muito complicado, nomeadamente quando os respectivos indígenas gostam do sistema que têm, gostam das desigualdades, e já não conseguem viver sem batota e corrupção! Perante isto… batatas!

Mas há aqui um pequeno problema. Um problema aritmético para o qual convido os leitores a debruçarem-se: - pois se há apenas dois lugares disponíveis na Liga milionária e nós temos três eucaliptos qual vai ser a solução?! Mais batota e mais corrupção. Alguém tem dúvidas?!

Noutro registo e se houvesse verdadeira vontade para reformar o futebol português (a tal indústria) o normativo a implementar teria que se basear no seguinte princípio contabilístico: - nenhum clube pode viver de receitas extraordinárias… como se elas fossem ordinárias! E bastaria uma entidade realmente independente para fiscalizar este imperativo.
Mas, como disse, não cansem a cabeça, copiem o futebol inglês. Afinal foram eles que inventaram o futebol.


Saudações azuis


Nota das dívidas: - Estes perdões de dívidas com prefixo... (re)negociação, (re)escalonamento, (re)estruturação, etc., não podem deixar de nos preocupar. Eu bem sei que isto acontece em todos os clubes mas aqui o que conta é a dimensão da dívida. E para os contribuintes que vão pagando estes sucessivos perdões conta muito. É claro que esta minha nota nada tem a ver com os protestos sindicais do nacional benfiquismo. Estou a referir-me ao assunto em termos genéricos. E em termos genéricos esta brincadeira tem que acabar.