quinta-feira, maio 31, 2018
quarta-feira, maio 30, 2018
Jogadores interessantes
Vi muitos jogos na época que agora findou, pela televisão,
claro, e alguns jogadores prenderam a minha atenção. Parecem-me acessíveis, e talvez fossem úteis no plantel do Belenenses. Advertência: - estou completamente
por fora dos meandros ou dos bastidores do mercado e a única coisa que posso
fazer é dar palpites.
Pelas notícias que vamos lendo, para além da continuação de
Licá e de algumas renovações com jogadores que já lá estão, as novidades são
jovens promessas a actuar em escalões secundários. E parece que vamos enveredar
de novo pelo caminho dos empréstimos. Domingos Duarte aparece hoje na imprensa
e sinceramente não me entusiasma. O Desportivo de Chaves fez um bom campeonato
mas não foi na defesa que teve o seu ponto forte. Basta olhar para o goal –
average. Sem esquecer que Domingos Duarte coincidiu no Belenenses num ano em
que sofremos muitos golos.
Na minha opinião do que o Belenenses precisa é de um defesa
esquerdo e para esse lugar há um jogador interessante no Moreirense – Ruben Lima.
O Belenenses precisa de um trinco e talvez seja a altura de
tentar um jogador que por motivos estranhos não vingou no Marítimo. Refiro-me a
Fábio Pacheco.
O Belenenses precisa de gente com capacidade técnica do meio
campo para a frente e António Xavier que este ano representou o Paços de
Ferreira é um jogador interessante.
Finalmente para o ataque agradava-me contar com Victor
Andrade que representou o Estoril e não sei se ainda está vinculado ao Benfica.
Em qualquer caso e embora se trate de um jogador temperamental é aquilo a que
Mourinho chamava de ‘ciclista’! Fundamental para esfrangalhar defesas.
Ficam os palpites sabendo que a SAD que temos não navega em
milhões e que os bons jogadores a actuar em Portugal, para além de estarem sobrevalorizados,
pertencem quase todos aos três clubes que sabemos.
Saudações azuis
Nota: Os jogadores mencionados têm em comum o facto de necessitarem de um novo projecto para darem um salto na carreira. Seja porque os clubes onde jogavam desceram de divisão, seja por outros motivos. Daí eu considerar que estarão mais disponíveis.
Nota: Os jogadores mencionados têm em comum o facto de necessitarem de um novo projecto para darem um salto na carreira. Seja porque os clubes onde jogavam desceram de divisão, seja por outros motivos. Daí eu considerar que estarão mais disponíveis.
segunda-feira, maio 28, 2018
Onde o Belenenses deve jogar!
Sempre disse que o Belenenses joga onde jogarem as suas
camisolas. E sempre relembrei que o problema do campo é uma dificuldade azul
desde os primórdios. Foi resolvida tardiamente através das Salésias e mais
tarde, por imposição camarária, houve que encontrar outro local. Esse local é o
Restelo que construímos com suor e lágrimas edificando um dos mais bonitos
estádios do país. Um estádio que hoje não conseguimos encher, um estádio desactualizado,
com pista de atletismo e com os espectadores longe dos acontecimentos. Para
cúmulo temos um diferendo entre o Clube e a SAD sobre a utilização do mesmo
estádio!
Sem querer entrar na discussão entre senhorio e inquilino,
pois parece que é assim que a questão está (mal) colocada, devo no entanto olhar
para o essencial. E o essencial é saber onde vai o Belenenses jogar na próxima
época! E só vejo uma solução, naturalmente transitória, mas que não é virgem.
Refiro-me ao Estádio Nacional onde o Belenenses já jogou quando o estádio do Restelo
ainda estava em obras. Outras soluções fora da zona de Belém seriam sempre
prejudiciais e muito perigosas para o futuro do Belenenses.
E vou explicar porquê: - as origens de qualquer associação
ou clube são sempre o factor determinante para qualquer escolha. Seja
geográfica seja de outro teor. O Belenenses, ao contrário do Sporting e do
Benfica é um clube essencialmente marítimo, é aí que estão as suas raízes, e é
portanto aí que deve implantar-se. Perto do Tejo e das antigas comunidades
marinheiras. Isto não tem nada a ver com golfinhos ou outros peixinhos. E não
tem porque a Cruz de Cristo é símbolo maior em Belém e que não se confunde com
a fauna aquática. Quem não perceber isto não percebe nada do Belenenses. E isto
tanto vale para o estádio como para o futuro centro de treino.
E deixo um novo aviso à navegação: - cuidado com as decisões precipitadas e que não tenham em conta o
que é o Belenenses.
Saudações azuis
Nota: Estão a aparecer notícias sobre dívidas da SAD do
Belenenses, dívidas aparentemente irrisórias, mas que afectam a moral dos
adeptos e o bom nome do Clube. Convinha que fossem rápidamente desmentidas ou
explicadas.
sábado, maio 26, 2018
Salvador com letra pequena!
Leio e não quero acreditar mas a notícia não é falsa: - ‘Salvador
reclama 3.º lugar do Sporting'! São declarações prestadas à CMTV (a quem mais
poderia ser?!) e justificadas ‘pelo alegado envolvimento de um alto quadro dos leões…
numa teia de corrupção de jogadores da I Liga.’*
Ora bem, analisada à distância a reclamação até pode fazer
sentido e o presidente do Braga está no seu direito de a fazer. Desde que evidentemente
os resultados da investigação assim o confirmem. O que já não se entende é a
dualidade de critérios na defesa dos interesses do mesmo Braga! Pois já deveria
ter reclamado não o terceiro mas o segundo lugar uma vez que quem o ocupa é o
Benfica, clube que também está a ser investigado por alegada corrupção e compra
de jogos! Sendo que o Braga foi este ano gravemente prejudicado pela arbitragem
nos jogos que disputou contra os encarnados. Salvador! Afinal qual é o
critério?! A pergunta faz sentido vinda de um belenense que nestas páginas
sempre pugnou por uma organização com agenda própria, independente dos três eucaliptos.
Essa organização não é por certo o actual G15 onde esta figurinha aparece
normalmente como porta-voz. E não é porque lhe falta independência e isenção.
Infelizmente confirmam-se todos os receios que aqui já
manifestei sobre a instrumentalização do G15. Desde logo pelo tipo de
reivindicações que anuncia e onde nunca se vislumbra qualquer desconforto sobre
o facto de haver um clube que quando joga em casa se encarrega das suas próprias transmissões televisivas podendo assim dar mais ou menos enfoque às imagens que lhe interessam. Já nos esquecemos do golo anulado ao Braga quando Séferovitch estava a pôr toda a
gente em jogo?! E cujas imagens só apareceram mais tarde?! Nessa altura não se ouviram os protestos deste Salvador. Porque seria?!
Portanto se é para continuar tudo na mesma não precisamos do G15 para
nada. E faço um novo aviso aos dirigentes do Belenenses (Clube e SAD) - Cuidado com as más companhias.
Saudações azuis
*Lido no jornal O Jogo de hoje.
*Lido no jornal O Jogo de hoje.
quinta-feira, maio 24, 2018
Similitudes e diferenças
Para além da poeira que um dia há-de assentar a crise que atinge hoje determinado clube é um fenómeno generalizado e que afecta todo o futebol português. O problema da representação, a desactualização dos estatutos, as relações entre os clubes e as SAD’s, as modalidades versus futebol, as claques e o público, tudo isso está a passar à frente dos nossos olhos como num filme mas um filme censurado onde só se mostra aquilo que dá jeito! E agora o que vende e dá jeito são as feridas na careca de um jogador e a violência das claques, última descoberta nacional!
Nem de propósito, escrevi há pouco tempo um postal onde concluía
que a representação do actual Belenenses não estava nem na Direcção, nem na
SAD. E também não estava nos actuais adeptos divididos entre o clube e a SAD, mas que estava sim na equipa de futebol e nos símbolos que ostenta. Mantenho.
E mantenho porque o ponto de partida se mantém. Quem invoca o passado glorioso
do Belenenses não se pode pôr em bicos de pés e fingir que está a representar
essa quimera.
Portanto seria um erro de palmatória confundir o que eu disse
com as teses televisivas ou octavianas que reduzem um clube ao seu treinador
e aos actuais jogadores admitindo até a possibilidade de poderem ser eles a
decidir quem deve ser o respectivo presidente! Isto é coisa de idiotas.
Totalmente diferente é falar na equipa que entra em campo independentemente
dos jogadores que pontualmente a sirvam. Ou o treinador que pontualmente a
oriente. A equipa, sendo real e devendo ser a mais forte possível, é neste
sentido uma entidade abstracta e intemporal. Nomeadamente em época de crise, em
que ninguém se entende.
Estamos no início de uma nova época e seria bom que não confundíssemos
as coisas. Ninguém está acima da equipa de futebol. Quando recuperarmos a
grandeza perdida, os que a recuperarem, então a conversa já pode ser outra. Mas
até lá… Temos todos que trabalhar nesse sentido. Todos.
Saudações azuis
Nota: Na imagem, a equipa do Belenenses que foi campeã em 1927.
segunda-feira, maio 21, 2018
Uma ave improvável!
A primeira coisa que me ocorre dizer é dar os parabéns ao Desportivo das Aves que ganhou merecidamente a Taça de Portugal! Uma taça que segundo o que fomos ouvindo (em toda a parte) já estava reservada para o Sporting. E assim acabaria tudo em bem com as vítimas de Alcochete transformadas em heróis nacionais. E então seriam só sorrisos misturados com mais alguns recados ameaçadores dirigidos ao grande ausente. Mas como o Aves não colaborou o cenário transformou-se em choro e todos os dedos apontaram ao verdadeiro culpado. José Mota ainda reagiu, sentiu-se desrespeitado mas isso não demoveu a comunicação social. Viram-se realmente algumas imagens da festa na Vila das Aves, mas o autocarro do Sporting a regressar ao hotel continuava a ser o foco principal. Um autocarro verde, silencioso, o que motivava ainda mais falatório. Era preciso averiguar, de todos os ângulos, a responsabilidade de Bruno de Carvalho naquela derrota. Até que alguém furou o discurso oficial e disse aquilo que parece evidente - desde o jogo de Portimão, ganho com um remate feliz de Bruno Fernandes e já muito perto do fim, que o Sporting não tem jogado nada. O atrevido foi imediatamente silenciado e voltámos ao autocarro do Sporting a deslizar pela auto estrada.
Saudações azuis
sábado, maio 19, 2018
Entretanto, noutro país…
Longe dos holofotes, no pequeno espaço que lhes é reservado,
os outros clubes da Liga começam a preparar a nova época. Em silêncio porque
ninguém se quer meter na zaragata. Esperam naturalmente que tudo acalme até
porque estão dependentes dos saldos e empréstimos para comporem o plantel. O
Belenenses não foge á regra muito embora eu tenha verificado que há um esforço
da SAD em não se deixar capturar, como aconteceu no passado recente, por nenhum
dos eucaliptos. Aliás não pode ser outro o caminho do Belenenses. Aquilo que
verdadeiramente distingue os grandes clubes, tal como os grandes países, não é
a dimensão, é a independência.
Olhando agora para a nossa casa e pela informação disponível
constata-se que há vontade em manter Licá o que desde já aplaudo. Trata-se de
um jogador que já esteve em alta e por isso tem condições para recuperar a
antiga condição.
Outro caso de continuidade que também aplaudo é a renovação
do empréstimo de Nathan. É um jogador especial, fora do comum, e pode ser que no
Restelo revele toda a sua potencialidade.
A outra questão que gostava de saber diz respeito à
recuperação física de Tandjigora. Sofreu uma lesão grave e não sabemos quando
estará de volta. É uma dúvida importante porque é um jogador fundamental para atacarmos
a próxima época.
Sobre a questão dos passes partilhados a minha opinião mantém-se.
É uma matéria complexa e que me parece ter os mesmos inconvenientes dos
empréstimos. A federação e a Liga não podem continuar a facilitar. A
integridade das competições é o valor fundamental. Voltaremos ao assunto.
Saudações azuis
Nota: Um dos temas mais candentes no futebol português é a
captura dos pequenos clubes pelos grandes. O G15 pretendeu a certa altura ser o
arauto de uma revolta contra este estado de coisas. Mas perdeu gaz e parece ter
sido instrumentalizado. Digo isto porque a única reivindicação que pode mudar o
panorama actual de dependência passa pela centralização dos direitos televisivos e por uma distribuição mais equitativa dos
proventos. Ora não sendo esta a bandeira do G15 todas as outras reivindicações
perdem importância. E nestas condições a corrupção e a batota vão continuar.
sexta-feira, maio 18, 2018
O ajuste de contas!
À hora a que escrevo já toda a gente pediu a demissão de Bruno de Carvalho. Uns de forma velada, como o presidente da república, outros vociferantes, como o presidente da assembleia da república, o desfile na televisão é ininterrupto, a programação alterou-se e nos diversos canais só dá Bruno de Carvalho! E a gente pergunta-se?! Mas afinal quem é este homem que resiste à evidência democrática dos painéis televisivos?! À chantagem dos jogadores e equipa técnica?! À ameaça dos banqueiros?! Quem é que ele pensa que é?! Se não sai a bem sai a mal! Porque é que a justiça não assume um mandato de captura?! O que é que falta para o assalto final ao bunker de Alvalade?!
É que se isto continua não sei onde é que vamos parar! O país precisa de paz e sossego. Isto só dá para dois. E ele não percebe.
quarta-feira, maio 16, 2018
Cronica de guerra
Nada melhor que o beijo do fiscal de linha para iniciar uma crónica
de guerra. Este beijo, que não devia ter acontecido, explica muito sobre o futebol que temos e sobre o que aí vem. E o que aí vem é uma guerra sem quartel
entre os três clubes do estado num campeonato de denúncias onde todos se acusam
mas todos prevaricam ou querem prevaricar. Não há aqui inocentes e já que
estamos em maré de responsabilidades devíamos começar por cima. E quem está em
cima é o governo. É pelo menos isso que todos esperamos.
Noutra perspectiva e face ao alarme social provocado pelos
acontecimentos de Alcochete há uma medida que, pelo que se vê e ouve, parece
recolher o consenso da população - responsabilizar Bruno de Carvalho,
cortar-lhe o pio e condená-lo ás galés. Não havendo galés e se mesmo assim a corrupção
e a violência continuarem há uma série de medidas que poderiam ter algum
efeito. Já as enunciei várias vezes mas posso repetir. Assim, ao correr da pena
vão tomando nota:
Suspender as claques ou grupos organizados de adeptos durante
um ano. Sabemos que nos grandes clubes portugueses as claques funcionam como
guarda pretoriana dos presidentes. Também sabemos que são um bom abrigo para
marginais e criminosos de toda a espécie. E suspeitamos que gostam mais de
cantar do que de futebol. Quando digo cantar é força de expressão. Gostam de
ofender os adversários.
Portanto qualquer indício de que esta norma não estivesse a ser
cumprida isso implicaria que o clube prevaricador jogasse os próximos jogos em
casa á porta fechada.
Estabelecer uma distância higiénica entre todos os actores
políticos e o futebol profissional. Falo do governo, dos deputados, dos autarcas,
e dos gestores públicos. Quem for apanhado nos camarotes da Luz, Dragão ou Alvalade,
o melhor é pedir a demissão do cargo. Se querem ver a bola comprem bilhete e
sentem-se nos lugares reservados ao público. Se não houver condições de
segurança não vão e criem-nas. Porque a segurança dos cidadãos compete ao governo.
Também não podem ser comentadores de futebol nos órgãos de comunicação social.
Por maioria de razão o distanciamento e a independência da
justiça ainda são mais prementes. Aí ou acabamos com as toupeiras ou são as toupeiras
que acabam connosco. E a questão é tão grave que nem sei o que propor! Espero apenas
que as investigações em curso não acabem em águas de bacalhau. Todas elas. Seria
catastrófico não apenas para o futebol mas para o país.
Proibir os clubes de futebol profissional de competirem noutras
modalidades que não pertençam à mesma federação. Isto é o que acontece nos
países onde funciona o clube/modalidade situação que permite que as várias modalidades
efectivamente se desenvolvam deixando de estar indexadas aos altos e baixos do
futebol. E então é possível sonhar com medalhas olímpicas. A fase do ecletismo foi
há mais de cem anos.
A outra grande vantagem é evitar que a corrupção que existe
no futebol profissional contamine também as modalidades. Que é o que parece que
já está a acontecer.
Haveria evidentemente um prazo para efectivar a mudança. E
ninguém retiraria a glória passada a nenhum clube nem a nenhum atleta.
Chamar á responsabilidade o presidente da federação portuguesa
de futebol e demitir o conselho de justiça da mesma. Quem despenaliza cotoveladas
que o país inteiro viu não pode esperar que a violência diminua. Nem
dentro nem fora das quatro linhas.
À atenção de Fernando Santos: - quem premeia um jogador violento
convocando-o para ir ao mundial, que exemplo é que está a dar?!
Centralizar os direitos televisivos na Liga ou na Federação,
custe o que custar, distribuindo a respectiva receita de forma equitativa pelos
competidores. Sem esquecer o apoio devido a quem desce de divisão. Entregar a
produção e transmissão televisivas a uma única entidade, independente dos
competidores.
Há mais medidas imediatas mas estas para começar já chegavam
para diminuir a corrupção e com ela a violência no desporto.
Saudações azuis
terça-feira, maio 15, 2018
‘É só fumaça…’
É incontornável, não há notícias sem Bruno e todas as
notícias são contra Bruno! O que costuma ser sinal de isolamento e força ao mesmo
tempo. Sempre ouvi dizer – digam bem de mim, digam mal de mim, mas falem de
mim! Estamos obviamente a falar (também nós!) de Bruno de Carvalho, presidente
do Sporting, e que segundo consta gosta de tomar exemplos do seu tio-avô, o
almirante Pinheiro de Azevedo.
Pois bem e para lá da opinião que eu possa ter sobre Bruno
de Carvalho, já o elogiei pontualmente a propósito da ‘contabilidade dos títulos’,
a verdade é que há aqui qualquer coisa que não bate certo! Uns dirão que quem
não bate certo é ele, enquanto outros não sabem o que dizer. Mas há também aqueles
que, encarniçadamente, dizem mal dele. E a palavra ‘encarniçadamente’ não é inocente.
De facto não há ‘cartilheiro’ benfiquista que não dispare, diáriamente, contra Bruno
de Carvalho toda a artilharia conhecida e alguma até desconhecida. Uma cruzada
que dá que pensar! Ainda para mais quando é rematada com aquela frase que já
todos ouvimos – ‘que seja presidente do Sporting por muitos e bons anos porque
assim o Benfica vai continuar a ser campeão’!
É claro que esta frase tem um erro no fim – o Benfica já não
foi campeão este ano. O penta foi-se. E se relacionarmos este fracasso com a
denúncia dos ‘vouchers’ feita pelo próprio Bruno de Carvalho, denúncia que
despoletou outras denúncias que a judiciária está a investigar, talvez indo por
aí encontremos uma explicação mais lógica para tanto ódio e para a palavra –
encarniçadamente – que aqui utilizei.
E se esta lógica for válida então podemos concluir que Bruno
de Carvalho é o grande adversário das águias e o que poderá pôr fim ao
respectivo reinado. Sendo assim ainda se torna mais incompreensível que alguns
ditos sportinguistas alinhem na campanha encarnada para apear Bruno de
Carvalho!
Registo de interesses: Só tenho um clube, sou belenense de
alma e coração, mas não ando distraído. O futebol português vive subjugado pela
batota e por outros interesses que é preciso combater. Assistir a tudo isto
quieto e calado não é da minha índole. E prejudica o Belenenses.
Saudações azuis
domingo, maio 13, 2018
A pensar no futuro…
Só hoje consegui ler as declarações de Silas relativas ao encontro
de ontem com o Boavista. Isto remete-nos para a impossibilidade (regulamentar) de
ouvir a reacção do nosso treinador no final dos jogos. Uma contrariedade,
a juntar a tantas outras, que nos afasta ainda mais da realidade mediática.
Realidade que só tem olhos e ouvidos para três clubes.
Mas então o que disse Silas?! Disse, em síntese, que este
jogo já é parte do futuro! E isto merece o seguinte comentário: - em jogos oficiais
o Belenenses deve apresentar-se sempre na sua máxima força. Está em causa o seu
prestígio além de que há sempre coisas para ganhar. Ou para perder. Como aliás
poderia ter sido o caso de ontem se o Boavista aproveitasse todo aquele
embaraço inicial - erros de posicionamento defensivo, passes e perdas de bola inacreditáveis,
incapacidade do meio campo para segurar a bola e sair a jogar! Em condições
normais, sem experiências temerárias, julgo que a nossa resposta teria sido
outra.
Não foram porém só os nossos erros que ameaçaram a baliza de
Muriel. Há que dar mérito a Jorge Simão e à sua brigada ligeira que, sem
avançados de raiz, aniquilou quase todas as nossas tentativas para sair a
jogar. Curiosamente, na segunda parte e reduzidos a dez jogadores, Silas jogou
também sem avançados. Maurides saiu para entrar Nathan e o Belenenses melhorou
bastante. Mas não chega, nem chegou.
Portanto, para falar do futuro o melhor é não olharmos muito
para este jogo e pensarmos antes nas mudanças que terão de ocorrer para o Belenense
ter (finalmente) futuro. Em próximo postal faremos esse balanço.
Resultado final: - Boavista 1 – Belenenses 0
Saudações azuis
Nota sobre a arbitragem: - Não é meu costume perder muito tempo com 'os padres ordenados na catedral da Luz', e nem sei se este é um deles! Mas seja ou não seja o que se notou mais foi a tendência para a estupidez. Deixou passar em claro as cotoveladas do central boavisteiro Rossi mas foi lesto a estragar o jogo castigando Pereirinha com dois amarelos rigorosos. Diga-se que Pereirinha também não esteve muito clarividente neste jogo.
Nota sobre a arbitragem: - Não é meu costume perder muito tempo com 'os padres ordenados na catedral da Luz', e nem sei se este é um deles! Mas seja ou não seja o que se notou mais foi a tendência para a estupidez. Deixou passar em claro as cotoveladas do central boavisteiro Rossi mas foi lesto a estragar o jogo castigando Pereirinha com dois amarelos rigorosos. Diga-se que Pereirinha também não esteve muito clarividente neste jogo.
sexta-feira, maio 11, 2018
Liga Espanhola Ajuda Equipas Despromovidas
A Liga espanhola anunciou um conjunto de ajudas às equipas despromovidas da primeira e da segunda divisão. O organismo que rege as competições profissionais em Espanha vai utilizar o dinheiro proveniente da venda dos direitos televisivos para ajudar na transição das equipas de um escalão para o outro.
No total são 46 milhões de euros, cerca de 3,5% do bolo total dos direitos
televisivos para distribuir pelas sete equipas despromovidas nas competições
profissionais da temporada 2017/18. Sendo que 41 milhões se destinam a
dividir por Málaga, Las Palmas e Deportivo da Corunha, que baixam da La Liga, e
os restantes cinco milhões são distribuídos pelos quatros últimos classificados
da La Liga 2.
A divisão do dinheiro
será feita de acordo com os anos de permanência no escalão e os direitos televisivos
pagos nos últimos cinco anos. Assim, o Málaga vai receber 19 milhões de euros,
o Las Palmas 12 milhões e o Deportivo 9 milhões.
Após o término das competições, os clubes têm 10 dias para submeter o pedido
para estas ajudas.
(Lido no jornal A Bola de hoje)
Nota do Belém Integral: - Se calhar temos que voltar a ser espanhóis!
quinta-feira, maio 10, 2018
A Liga noutro planeta!
Coimbra foi o palco de mais uma reunião da Liga de Clubes e desta vez com o regresso ao formato do conselho de presidentes. Conselho que, segundo Proença, poderá transformar-se em futuro órgão deliberativo da mesma. Nada a opor, mas o assunto do dia era a reintegração do Gil Vicente na Liga NOS. E ficou decidido que só subirá à primeira Liga daqui a duas épocas. Entretanto o Gil vai ficar a marinar no campeonato de Portugal! Li também nas entrelinhas que quando isso acontecer o que está em cima da mesa é uma nova redução para dezasseis clubes! E os argumentos talvez sejam os mesmos de sempre, calculo eu.
Assim deve voltar a falar-se da
dimensão territorial, de como era antigamente, talvez se fale da desertificação
do interior, dos fogos florestais, talvez se esqueçam que antigamente não existiam
autonomias regionais e a possibilidade de termos duas ou três equipas da
Madeira, e mais uma dos Açores, e vão continuar a bolsar argumentos infantis,
incapazes de enfrentar o toiro pelos cornos.
E o que é que temos nos cornos do
toiro?! Vou socorrer-me do insuspeito Duarte Gomes, árbitro aposentado e colunista
no activo, que chama a atenção para a realidade do nosso futebol profissional!
Vou transcrever (em itálico) aquilo que interessa:
- A diferença pontual entre o quarto e o
quinto classificado é de quase trinta pontos. A do décimo para o décimo oitavo
de apenas nove. Este fosso merece ou não merece reflexão atenta?
- A diferença orçamental entre os
três primeiros e todos os outros não é grande. É gigante. Porto, Sporting e
Benfica dispuseram de duzentos milhões de euros. As outras quinze equipas
(todas juntas) de sessenta. Vale ou não vale a pena reflectir sobre isto?
Pela minha parte já reflecti e o
pontapé de saída passa pela revolução que ainda ninguém quis fazer no futebol português.
Passa desde logo pela distribuição mais equitativa dos direitos televisivos o
que só acontecerá quando a Liga ou a Federação tiverem a coragem de ir á cara
do toiro. Passa pela independência dos clubes actualmente reféns dos três clubes
do estado. Isto evidentemente se os senhores permitirem ou os escravos se
revoltarem.
Uma última nota a dar conta da
ausência do Sporting. Não sabendo qual foi a desculpa apresentada compreendo a
ausência enquanto a Liga continuar a fazer de conta que vive noutro planeta.
Saudações azuis
terça-feira, maio 08, 2018
O Belenenses… quem o representa?
O problema da representação associativa
é um assunto que merece ser aprofundado sob pena de estarmos a repetir chavões
sem qualquer interesse ou significado. Dizer que o Belenenses são os seus
sócios com as quotas em dia é um disparate tão grande como reafirmar que uma qualquer
direcção eleita por uma parte, sempre ínfima desses mesmos sócios, representa o
clube, a sua história, e tem legitimidade para decidir sobre o seu futuro! Em
desespero de causa e á falta de melhor argumento invocam-se então os estatutos tal
como os golpistas invocam a (sua) constituição depois de negarem a anterior. É preciso
medir as palavras. E se queremos realmente falar de história devemos ter a humildade
para reconhecer que a única semelhança, o único vínculo, entre o Belenenses
actual e o seu passado grandioso é a cor das camisolas e o símbolo da Cruz de
Cristo. Para além da memória de alguns adeptos. A representação do Belenenses regressou
à base da pirâmide. À sua equipa de futebol. Afinal onde tudo começou.
Saudações azuis
domingo, maio 06, 2018
Vitória do querer!
Não sabemos se esta foi a última vitória no Restelo ou se
foi a primeira de muitas que nos levarão ao topo! Mas isso para mim pouco
interessa porque continuo a afirmar que o Belenenses jogue onde jogar terá sempre
atrás de si os seus verdadeiros adeptos. Já o vi jogar nas Salésias, no estádio
nacional quando o Restelo estava em obras e por isso, enquanto for possível, posso
vê-lo a jogar na China se for esse o caso.
O que importa é que tenhamos o essencial: - onze jogadores
de Cruz ao peito, honrando o símbolo e a sua história e uma equipa técnica que
transmita a mística belenense. O resto tem que vir por acréscimo.
Quanto ao jogo de ontem o que podemos dizer é que foi mais
um passo no sentido ascendente, um passo difícil é certo, mas um passo! Não é
fácil recuperar duas vezes no marcador perante uma equipa que tem nas suas
fileiras jogadores fora de série como o japonês Nakajima! Que quase sozinho
pode desequilibrar qualquer contenda. É claro que contra este tipo de jogadores
não podemos dar avanço! Não é Fredy?!
A perder logo desde início soubemos no entanto reagir, Silas
teve que fazer alguma coisa porque defrontar o ataque do Portimonense com a nossa
defesa em contra pé… não dá. Mas isso são questões técnicas e eu confio plenamente
naquela dupla que temos no banco a orientar a equipa.
Na segunda parte e com as alterações feitas a equipa
melhorou, criou mais oportunidades, conseguindo algum ascendente. Nestas
condições o resultado final acaba por ser justo. E há uma nova realidade no
futebol azul: - o Belenenses actual cria muitas oportunidades de golo e isso faz
toda a diferença.
Análise individual:
Muriel – Regressado á baliza depois de uma longa paragem
mostrou estar à altura das necessidades. Tem muita experiência e transmite
confiança. Um senão – é um esquerdino total e por isso sente muitas
dificuldades quando lhe atrasam a bola para o seu lado direito. À atenção dos nossos
defesas.
André Geraldes – Tarda em ser aquele Geraldes rápido e
decidido que conhecemos no primeiro ano em que vestiu de azul. Acabou por ser
substituído por Pereirinha.
Sasso – Esteve bem a defender mas falhou alguns passes
simples que não pode falhar.
Nuno Tomás – Cumpriu. Pareceu-me um pouco pesado.
Florent – Muito bem a atacar mas foi pelo seu lado que o
Portimonenses ameaçou durante a primeira parte. A dobra do meio campo ou do
terceiro central podem ter falhado. De qualquer maneira está em grande forma e
quando começar a marcar golos…
Persson – O melhor dos centrais/médios! É um patinho feio
mas Silas tem apostado nele. Sóbrio e sempre concentrado vai fazendo o seu
trabalho. Com a sua altura tem que marcar golos nas bolas paradas.
Benny – Não conseguiu impor-se como se esperava. Silas parece
contar com ele para o futuro Belenenses. Até porque é dos poucos que ‘tem golo’.
Foi substituído por Nathan.
Sousa – Uma tarde pouco propícia. Um bom sentido táctico mas
não chega. Algumas falhas na transição e pergunto: - Há quanto tempo não marca
um golo de meia distância?!
Freddy – Duas partes distintas. Na primeira parte falhou muitos
passes alguns dos quais comprometeram o esforço colectivo. Melhorou no segundo
tempo e serviu Nathan de forma magistral na jogada do segundo golo. Mas tem que
corrigir falhas só admissíveis em principiantes.
Licá – Gosto de ver jogar Licá, gosto da maneira como se
desmarca, sempre disponível para acorrer aos lançamentos compridos, Se for bem
servido pode render muito mais.
Maurides – Tem que puxar sempre a bola para o lado esquerdo e
isso prejudica a conclusão de alguns lances. Concretizou duas grandes
penalidades ao estilo Pelé … ex-belenense!
Nathan – deu a volta ao jogo atacante do Belenenses. Parece
é que tem poucas pilhas.
Pereirinha – Entrou para o lugar de Geraldes e cumpriu.
Saré – Para segurar o resultado.
Resultado final: - Belenenses 3 – Portimonense 2
Saudações azuis
quinta-feira, maio 03, 2018
A UEFA e os países do terceiro mundo!
Os milhões da UEFA são sempre bem-vindos quando quem os
recebe é um país civilizado. Caso contrário, aqueles milhões mais não fazem do
que aprofundar o fosso entre os vários clubes que disputam um mesmo campeonato.
Nesta matéria, quando pensamos num país civilizado ocorre-nos a Inglaterra. E
quando pensamos num país do terceiro mundo ocorre-nos Portugal.
Colocada a questão desta maneira o esforço civilizacional nem
seria assim tão difícil! Bastava copiar o modelo que rege o futebol inglês e esperar
pelos resultados. Acontece que o que parece simples às vezes é muito complicado, nomeadamente quando os respectivos indígenas gostam do sistema que têm, gostam
das desigualdades, e já não conseguem viver sem batota e corrupção! Perante
isto… batatas!
Mas há aqui um pequeno problema. Um problema aritmético para
o qual convido os leitores a debruçarem-se: - pois se há apenas dois lugares disponíveis
na Liga milionária e nós temos três eucaliptos qual vai ser a solução?! Mais batota
e mais corrupção. Alguém tem dúvidas?!
Noutro registo e se houvesse verdadeira vontade para reformar
o futebol português (a tal indústria) o normativo a implementar teria que se
basear no seguinte princípio contabilístico: - nenhum clube pode viver de
receitas extraordinárias… como se elas fossem ordinárias! E bastaria uma entidade
realmente independente para fiscalizar este imperativo.
Mas, como disse, não cansem a cabeça, copiem o futebol
inglês. Afinal foram eles que inventaram o futebol.
Saudações azuis
Nota das dívidas: - Estes perdões de dívidas com prefixo... (re)negociação, (re)escalonamento, (re)estruturação, etc., não podem deixar de nos preocupar. Eu bem sei que isto acontece em todos os clubes mas aqui o que conta é a dimensão da dívida. E para os contribuintes que vão pagando estes sucessivos perdões conta muito. É claro que esta minha nota nada tem a ver com os protestos sindicais do nacional benfiquismo. Estou a referir-me ao assunto em termos genéricos. E em termos genéricos esta brincadeira tem que acabar.
Nota das dívidas: - Estes perdões de dívidas com prefixo... (re)negociação, (re)escalonamento, (re)estruturação, etc., não podem deixar de nos preocupar. Eu bem sei que isto acontece em todos os clubes mas aqui o que conta é a dimensão da dívida. E para os contribuintes que vão pagando estes sucessivos perdões conta muito. É claro que esta minha nota nada tem a ver com os protestos sindicais do nacional benfiquismo. Estou a referir-me ao assunto em termos genéricos. E em termos genéricos esta brincadeira tem que acabar.
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