domingo, dezembro 31, 2017

Corrupção Futebol Clube!

O Belém Integral sempre se bateu por um sindicato de interesses que congregasse os clubes pequenos e médios da primeira e segunda Ligas por forma a acabar de vez com a ditadura dos chamados três grandes. Porque na verdade, e no que ao futebol português diz respeito, parece que existem apenas três clubes (Benfica, Sporting e Porto) e que tudo o resto é paisagem. Este estado de coisas tem-se mantido assim com a conivência das entidades que regem o desporto em geral, o futebol em particular e do próprio governo da república. Seja ele qual for.

Fiquei por isso contente que tenha surgido este movimento do G 15 e também apreciei a firmeza e sentido de unidade que todos revelaram na assembleia geral da Liga que se realizou na passada sexta-feira. E foi precisamente por manter elevadas expectativas em relação a tudo isto que critiquei algumas das propostas, umas por ficarem aquém do esperado e outras por ultrapassarem claramente o foco de interesses do G 15. Nomeadamente a ideia peregrina de retirar pontos aos clubes cujos dirigentes exorbitassem nas suas declarações e caíssem por esse motivo na alçada dos órgãos da justiça desportiva! Seria uma espécie de lei da rolha de todo em todo desaconselhável face ao momento em que se multiplicam os indícios de que algo vai mal no futebol português. Acresce que esta lei da rolha não iria pacificar coisa nenhuma, antes pelo contrário, só contribuiria para aumentar as suspeitas que já existem.

Assim e percebendo o erro em que incorriam, terá havido um recuo e a proposta entretanto aprovada não entra na questão dos pontos. Menos mal. Deixo no entanto um aviso ao G 15: - este não é um tempo para ficar calado e muito menos para castigar quem denuncia a batota em que tem vivido o futebol português. Para bom entendedor…

Saudações azuis


Nota: Após a assembleia alguns dos dirigentes prestaram declarações à comunicação social e um deles foi o Presidente da SAD do Belenenses. Gostei das suas declarações firmes mas contidas assim como não gostei da intervenção do presidente do Braga. António Salvador não me parece que seja, no momento perigoso que atravessamos, o porta-voz ideal para o G15. E se insistir em estabelecer comparações (ou preferências) entre Benfica, Porto e Sporting, vai por mau caminho podendo mesmo arruinar o G15. E seria uma pena.

sábado, dezembro 30, 2017

Um bom jogo com os problemas do costume…

Ontem no Restelo e frente a um Sporting na sua máxima força o Belenenses realizou talvez uma das melhores exibições da época! Os jogadores nos seus lugares, uma boa estratégia, uma dinâmica assinalável, e nisso está de parabéns o treinador Domingos Paciência. Exceptuando óbviamente a insistência em fazer entrar um segundo ponta de lança na tentativa de ganhar o jogo! Sofremos logo um golo pelo corredor central e só não perdemos por acaso. Eu sei que o Domingos não vem aqui aprender nada, mas se este tipo de substituição nunca deu resultado, para quê insistir nela?! Compreende-se que refresque a equipa mas sem enfraquecer o sector intermediário que estava a assegurar a posse de bola. É que sem bola não se criam oportunidades.
  
Mas vamos lá aos problemas do costume: - eles começam no último passe ou no cruzamento deficiente, prolongam-se na falta de uma meia distância razoável (foi através de remates de meia distância que o Sporting criou algum perigo) e acabam nas limitações congénitas dos nossos ‘goleadores’. Comecemos por Maurides e pela lição do caçador – se não tens cão, caça com gato!

Maurides é um jogador corpulento mas fraco de artelhos daí cair com facilidade quando tenta receber a bola de costas para a baliza. Basta o defesa encostar-se e perde logo o equilíbrio. E o árbitro não marca falta porque o contacto é natural. Sendo assim haveria que tirar partido do seu ponto forte que é embalar em corrida e rematar na passada. Têm a palavra os médios do Belenenses – Yebda, Sousa, etc. que devem meter-lhe a bola à frente do pé esquerdo. No jogo de cabeça é a mesma coisa – entra bem de cabeça à bola mas não é um cabeceador nato.

Caeiro é um avançado posicional, um número nove á antiga, que para ser útil precisa de caudal ofensivo e cruzamentos á linha. Lançamentos compridos, jogo directo, não são para ele. Esta é uma das razões porque a substituição clássica do Domingos normalmente não funciona.

É o que temos. Mas vamos ter que marcar golos.

Resultado final: Belenenses 1 - Sporting 1 

(Com este resultado o Belenenses foi eliminado e o Sporting segue em frente na Taça da Liga) 


Saudações azuis


Nota: Há um lance na primeira parte - encontrão de Piccini em Benny que se fosse ao contrário estou convencido que o árbitro marcava penalty. 

quarta-feira, dezembro 27, 2017

Joaquinzinho!

Eu sei que devemos ser construtivos nas análises mas a ser verdade o que li num jornal desportivo pode-se desde já dizer que o G 15 pariu um rato! Cinco propostas que em lugar de cortarem a direito com os vícios do passado fazem apenas cócegas aos donos da bola deste país! 

Comecemos pelos empréstimos de jogadores e de facto faz-se um esforço para reduzir a dependência dos clubes cessionários em relação aos cedentes. Passamos dos três actualmente permitidos para um único jogador por cada clube cedente. E num máximo de três jogadores emprestados por clubes da mesma Liga. Este normativo pode evitar uma escalada de empréstimos mas não vai ao fundo do problema. E o problema como já tenho escrito várias vezes passa pelo limite do número de jogadores que podem ser propriedade de um qualquer clube. Não havendo limite os clubes açambarcadores têm depois que os colocar e com os argumentos (e as engenharias) que se conhecem.

Outra das propostas diz respeito a melhorias no VAR apontando para um mínimo de seis câmaras em todos os jogos. O que é correcto mas ficar apenas por aqui deixa alguma margem de suspeita. Ora o G 15 não pode ignorar o absurdo de haver um clube que se responsabiliza pelas transmissões televisivas que se realizam no seu estádio! Esse clube é o Benfica e não é por acaso que algumas das maiores polémicas sobre o desempenho do VAR têm tido o estádio da Luz como palco.  'O que passou-se'?! O G 15 tem medo do Benfica?! É que se tem... o melhor é fechar a loja.

E chegamos à proposta dos meninos bem comportados que não fazem mal a uma mosca! Estou a referir-me aos castigos, uma panaceia nacional, castigos esses que podem levar à perda de pontos para os clubes dos meninos mal comportados. Se estivéssemos numa escola isto dava para contar anedotas. Entre gente crescida e que não é parva parece uma norma para o Conselho de justiça da Federação passar a distribuir os pontos ganhos no campo pelos clubes mal comportados entregando-os na secretaria aos clubes 'oficialmente' bem comportados. E se na proposta do VAR comecei a ter suspeitas com esta passei a ter certezas.

A penúltima proposta refere-e à alteração das taxas de transmissão televisiva para assim beneficiar os clubes que auferem menos receitas da televisão. Também já escrevi sobre o tema e não vale a pena andarmos com paninhos quentes. O G 15 deve dirigir-e directamente ao governo da república no sentido de reivindicar um tratamento e um regime que já é prática em todos os países europeus.

Saudações azuis

Nota: Faltou-me a proposta do 'fim do sorteio condicionado na Liga' e é óbvio que estou de acordo. 

terça-feira, dezembro 26, 2017

Pedidos ao Pai Natal

A harmonia e pacificação entre o Clube e a SAD condição indispensável para que o Belenenses consiga sair do atoleiro onde caiu; Um orçamento para o futebol equivalente às aspirações de um clube como o Belenenses que não se satisfaz com metas de manutenção; e no curtíssimo prazo – um guarda-redes face à demorada lesão de Muriel; um médio para fazer face à prolongada lesão de Tandjigora e um avançado que valha dez golos na primeira Liga. Os que lá estão não me parece que alguma vez se tenham aproximado dessa marca.

Quanto ao futebol praticado fora das quatro linhas peço ao Pai Natal que não condescenda com os batoteiros nem com os que gostam de fazer fretes aos batoteiros.


Boas Festas Azuis

sábado, dezembro 23, 2017

A doença azul...

Mais um zero e pelo que li o guarda redes Filipe Mendes ainda evitou males maiores, ou seja, um resultado injusto mas que acontece muito a quem não consegue marcar um golo. Isto parece uma doença. Domingos pede mais apoio aos adeptos mas é difícil convencer os velhos belenenses a irem ao Restelo apoiar uma equipa cujo objectivo é a manutenção! Não se habituam a isso ainda que já tenham passado algumas épocas a ver o Belém jogar na segunda divisão. Mas repito, não se habituam. Quem já comeu faisão não esquece o sabor mesmo que ande a comer frango há uma série de anos. Este é aliás o grande problema do Belenenses, nasceu para ser grande e não consegue ser pequeno. Quanto aos novos adeptos eles serão cada vez menos e por duas razões - não foram educados para sofrer e a propaganda das outras cores é muita.

Mas voltando aos golos eu não acredito que o Domingos não consiga descobrir um ponta de lança dentro do actual plantel!
Experimente encostar o Juanto a um dos centrais adversários, deixe-o lá a marinar durante alguns jogos e vai ver que ele acaba por marcar. O mesmo se diga do Miguel Rosa que em minha opinião só pode jogar na posição nove ou seja  nas imediações da grande área. Esqueça o problema dos cruzamentos, invente outras jogadas, porque a história do futebol está cheia de ratos de área baixotes mas oportunos. O que estes jogadores precisam é de ganhar confiança. Até porque já os vi marcar golos. 
Não sendo assim... não sei.


Saudações azuis 

quinta-feira, dezembro 21, 2017

Ligeiramente deprimido…

Os adeptos azuis que restam, não confundir com os ‘sócios do Restelo’, andam ligeiramente deprimidos, para não dizer bastante deprimidos. A sua alma, que viaja nas camisolas azuis desde sempre, está a perder a cor e não fosse a Cruz a indicar-lhe o exemplo da fidelidade e já teria desistido. Um introito poético que é aquilo que sobra nos dias que correm.

Hoje temos aí o Marítimo para jogar e vencer única forma de levarmos a decisão para o jogo com o Sporting. Será mais um teste, quiçá decisivo, para aquilatarmos, sem mais desculpas, quais são as nossas reais possibilidades para esta época. É portanto um desafio à competência da SAD, à capacidade do técnico e à categoria dos jogadores. É muita pressão?! Pois que seja.

Outra coisa que deprime qualquer lisboeta (nasci na Junqueira) é a qualidade dos jornais lisboetas! Jornais desportivos ou outros, é igual, uma vez que não se distinguem. Neste capítulo, a ideologia do jornal ‘A Bola’ chega a ser doentia! Da primeira à última pagina, em cada notícia, tudo é favorável ao Benfica e tudo é desfavorável aos seus rivais mais directos. Excluem-se evidentemente os artigos semanais de Miguel Sousa Tavares e mais recentemente de Rogério Alves. E o mais curioso é ver (ou ler) os filhos de antigos belenenses completamente convertidos à nova ideologia triunfante, o nacional benfiquismo! Sabendo-se como eu sei, que o sinal mais forte para se identificar um belenense é a sua visceral rivalidade em relação ao Benfica... não tenho mais nada a acrescentar! Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades… Grande verdade! Grande Camões! 


Saudações azuis



Nota: Não me referi ao jornal Record porque não é fácil entrar na sua leitura. Aparentemente não tem ideologia, mas tem. Qual é?! Pois… Em linguagem futebolística eu diria que rematam para onde estão virados. 

segunda-feira, dezembro 18, 2017

Universo azul

E agora, Domingos?!

Em fase de experiências como se a época tivesse começado agora, dezassete pontos conquistados que não dão sossego a ninguém, dois pilares da equipa (Tandjigora e Muriel) fora de combate, que futuro para o Belenenses, Domingos?!

Precisamos de alas como de pão para a boca. Pelo menos um extremo à antiga, daqueles que fintam junto à linha lateral e esburacam uma defesa. O Diogo Viana não é esse jogador e o Roni não deve ser porque nunca joga. Adaptações, defesas que atacam e avançados que defendem isso é táctica e não rende golos.

No meio campo, a pautar o jogo da equipa precisamos de jogadores raçudos, inteligentes, eu diria mesmo muito inteligentes, e  mentalmente fortes. Em tempos sugeri o nome do Luisinho que está agora na Académica. Dadas as boas relações com a Briosa a SAD devia tentar trazê-lo em Janeiro.

Guarda-redes?! Como é que vamos resolver o problema que se criou com a lesão de Muriel?!

A situação é perigosa e a qualquer momento podemos resvalar na classificação.


G15 e a proposta que falta

O presidente da SAD do Belenenses em recente entrevista descartou a questão da centralização dos direitos televisivos com o argumento de que os contratos estão feitos pelos vários clubes e já existem verbas recebidas à conta dos anos vindouros. Mas se o problema fosse fácil não era preciso matarmos a cabeça a resolvê-lo! Em Espanha por exemplo a situação era com certeza semelhante e resolveu-se. É claro que o Governo espanhol teve que intervir contra o monopólio dos donos da bola. Em Portugal terá que suceder o mesmo. O que não pode continuar é esta ignomínia (para não lhe chamar outra coisa) de haver um espectáculo em que participam dois clubes e um deles recebe um cachet diferente do outro! Sabendo-se que a participação de ambos é condição indispensável para que haja espectáculo e possa assim ser televisionado. Mude-se o que se tiver que mudar, inventem-se as engenharias financeiras que se quiserem inventar, mas este assunto tem que estar em cima da mesa.


Ainda e sempre os Campeonatos de Portugal

Um a um os clubes injustiçados lá foram saindo da toca! Custa-me a mim, e deve custar aos outros, que só agora se comece a ter a consciência da enorme injustiça e arbitrariedade de que foram alvo os antigos campeões nacionais de futebol! Aqueles que com as balizas às costas e amor à camisola elevaram bem alto o prestígio dos clubes que serviram! E todos temos que nos penitenciar pelo tempo que demorámos a repor a verdade desportiva. E mesmo que ela ainda demore a ser reposta, pois os seus inimigos são muitos, desde a estupidez à batota, estou convicto de que não haverá nenhuma corrente de pensamento que possa evitar o inevitável. Porque os campeões são todos iguais.



Saudações azuis 

domingo, dezembro 17, 2017

Preocupante!

Uma primeira parte de pré-época, cheia de experiências, embora durante algum tempo (vinte minutos) conseguisse emperrar a máquina trituradora bracarense, e uma segunda parte em que o Braga fez o que quis. Naturalmente que jogar hoje contra o Braga não é tarefa fácil pois eu bem vi que mesmo perdendo na Madeira este Braga asfixiou práticamente o Marítimo. A diferença é que o Marítimo jogou com as suas armas, poucas ou muitas, são armas, enquanto o Belenenses jogou ontem com armas de plástico, armas a fingir.
Mas voltando ao jogo, ou seja àquela primeira (recuso-me a comentar a segunda) dizia eu que entrámos bem e tenho que admitir que a ideia de Domingos até era boa mas como o comentador ía repetindo aquilo estava pouco mecanizado e só dava para defender. A parte do esquema relativo ao ataque não fazia parte das instruções. Talvez numa bola parada… Mas vamos aos pormenores que é sempre o mais importante:

- O árbitro é caseiro e nos desarmes só marca faltas ao Belenenses. Devíamos estar avisados sobre isto e ser mais rápidos a desfazermo-nos da bola;
-Por volta dos quinze minutos o André Sousa, encostado ao flanco esquerdo, posição que não domina, começa a fazer asneiras;
- Gonçalo Silva está em dia não;
- O Diogo Viana no corredor central e o Pereirinha descaído no flanco direito vão aguentando a situação; Geraldes, sem confiança nenhuma falha passes importantes; Arranques pelo flanco direito, nem um!
- O comentador Freitas Lobo diz que Domingos mudou entretanto para o 4-3-3 mas o que eu vejo é que à meia hora de jogo já não conseguimos passar o meio campo. O Braga começa a recuperar a bola com maior facilidade;
- Adivinha-se uma abébia defensiva e aos 37 minutos lá veio a prometida abébia – um cruzamento de Esgaio, um cruzamento normal, passa por Gonçalo Silva e não podia passar; Geraldes, mal posicionado, deixa-se antecipar por Fábio Martins e estava feito o golo. Um golo evitável. A estratégia de Domingos, chegar ao intervalo sem sofrer golos, cai assim por terra;
- É verdade que o Braga não dispôs na primeira parte de grandes ocasiões de golo, mas no que toca ao Belenenses o pecúlio ofensivo resume-se a dois livres e um canto! Remates, nem um!

O resto, o que aconteceu a seguir, foi e é preocupante.

Resultado final: Braga 4 – Belenenses 0


Saudações azuis



Nota: Não serve de conforto mas há um erro técnico da equipa de arbitragem no livre que deu origem ao quarto golo. O contacto da bola com Gonçalo Silva resulta de um ricochete involuntário. O que conta, e devia ter contado, era o toque propositado de Saré para suster a bola junto à linha de fundo. Foi aí que o nosso guarda–redes, ingénuamente, cometeu a falta. Era aí que o respectivo livre deveria ter sido marcado. O árbitro hesitou, voltou a hesitar, mas eles andam com os emails na cabeça e têm medo de errar contra as equipas mais fortes. Mas errou.

sexta-feira, dezembro 15, 2017

Os quatro campeonatos do Belenenses!

A Federação Portuguesa de Futebol decidiu finalmente mexer no assunto dos Campeonatos de Portugal até à data menorizados por quem mais os devia valorizar, ou seja, a própria Federação. Para tanto criou uma ‘comissão técnica independente para estudar e categorizar as competições internas’ é assim que está descrita a iniciativa e ficamos então a aguardar as respectivas conclusões. 

O que esperamos e temo-lo escrito aqui várias vezes é que de uma vez por todas se acabe com a desvalorização dos campeonatos de Portugal que à época em que foram disputados eram a prova mais importante do calendário futebolístico nacional. Quando não a única. Ficamos até admirados como é que só agora é que alguns idiotas começam a perceber que quem desvaloriza os campeões do passado está a desvalorizar sem o saber os campeões do presente e também os do futuro. 

Sobre o argumentário burocrático que tem mantido o erro só existe uma hipótese de trabalho: – o nacional benfiquismo (que nunca deixou de vigorar) já que assim apenas saem prejudicados os seus rivais mantendo o Benfica em qualquer circunstância o mesmo número de títulos. Estranha-se por isso a reacção tardia do Futebol Clube do Porto em acompanhar a iniciativa do Sporting, como se estranha o silêncio dos outros prejudicados – Belenenses, Marítimo, Olhanense e Atlético (em representação do Carcavelinhos)!

Duas palavras finais, uma de apreço pela coragem do presidente do Sporting que não desistiu de reabilitar os atletas leoninos que foram campeões nacionais! A outra palavra para os responsáveis do Belenenses que espero façam o mesmo. E na próxima vez que visitar o Museu do Clube quero lá ver, lado a lado, os campeões nacionais de 1927, 1929, 1933 e 1946.

Saudações azuis


Nota: Para os pobres de espírito que continuam a argumentar que os campeonatos não se jogam por eliminatórias, sugiro que abdiquem do título de Campeões da Europa que conquistaram em França.

Adenda: Já depois de publicado o meu postal tomei conhecimento que a Direcção do Clube de Futebol 'Os Belenenses' também vai exigir a reposição da verdade desportiva, fazendo assim justiça aos nossos campeões nacionais de antanho. Congratulo-me naturalmente com o facto embora não subscreva as dúvidas que ressaltam do comunicado sobre 'outras correntes do pensamento...'! 

quarta-feira, dezembro 13, 2017

Chovem emails mas ninguém se molha!

(Um polvo cada vez maior)

A expressão nacional benfiquismo começa agora a ser usada com a frequência que merece mas os leitores mais antigos do Belém Integral hão-de fazer-me a justiça de a ter divulgado há bastante tempo. A ideia que na altura pretendia passar está hoje patente, é o retrato de corpo inteiro deste portugalzinho ridículo, cada vez mais pequeno, e que ninguém leva a sério. Desde a política ao desporto, tudo é suspeito. No caso do futebol, se procurarmos no mundo actual algo de semelhante, e uma vez que a união soviética já não existe, o exemplo norte coreano é irresistível. Desde logo pelo enfado com que a comunicação social lusitana encara tudo o que possa prejudicar a imagem do Benfica e do seu grande líder! Desconheço se na Coreia do Norte se disputa algum campeonato mas o que tenho a certeza é que ninguém se há-de atrever a ganhar à equipa do Kinzinho.


(Caso Mateus encerrado)

Desde a primeira hora, nomeadamente quando um tribunal não desportivo decidiu dar razão ao Gil Vicente, que venho elogiando a actuação da SAD do Belenenses, quer recorrendo da sentença que punha em cheque os interesses do Clube, quer agora onde revelou capacidade para encontrar uma solução com honra para ambas as partes. No entanto e isto já não tem a ver com o Belenenses mas com todos os participantes numa competição, o lema tem que continuar a ser o mesmo, ou seja, à justiça desportiva o que é da justiça desportiva. E a UEFA e a FIFA deveriam ser mais inflexíveis nestes casos. Precisamente para que não se tornem casos.


(entrevista de Rui Pedro Soares ao jornal A Bola)

Porque o postal já vai longo vou resumir-me ao essencial guardando outros comentários para uma próxima oportunidade. E o essencial tem a ver com a relação de confiança que actualmente não existe entre a SAD e a Direcção do Clube. E sem essa confiança não vejo como se possa materializar um novo acordo parassocial. Mas a verdade é que ele tem que ser construído. Tem que haver uma solução para que o Belenenses possa singrar. Quem é que está disponível para fazer parte da solução?!



Saudações azuis 

segunda-feira, dezembro 11, 2017

Os improfícuos!

Escolhi um palavrão para definir aquele conjunto de pseudo atacantes que jogam actualmente no Belenenses. E aqui a expressão ‘atacante’ abarca aqueles que se aproximam repetidamente da área adversária com a intenção de marcar um golo. E a primeira conclusão que retiro é que é difícil juntar tanta gente com tão pouco faro pela baliza! Daí não ser surpresa que dos quatorze golos marcados, nos quatorze jogos que já levamos, mais de metade tenham sido obra de defesas ou médios defensivos!

Eu bem sei que está cada vez mais difícil marcar um golo, em especial quando se joga em casa, seja porque temos que assumir as despesas do jogo, e ficamos mais vulneráveis lá atrás, seja porque o anti jogo é a marca de água deste campeonato. Sei isso tudo e por essa razão vou desculpando tudo e mais alguma coisa. Mas vamos ao jogo.

Ontem era mais um daqueles dias em que os adeptos esperavam um milagre. E o milagre dos três pontos passava muito pela forma como as alas conseguissem colocar rápidamente a bola ao alcance da novidade Jesus Hernandez! Porém, no lado direito (por onde o jogo é quase sempre carreado) Diogo Viana (de olhos no chão!) demora séculos a decidir-se e opta normalmente pelo erro. Tenta o drible e acaba invariávelmente no chão a pedir falta que o árbitro raramente assinala. O melhor que conseguiu naquela primeira parte foi um centro ao qual correspondeu um cabeceamento perigoso de Hernandez. É muito pouco. Do lado esquerdo temos o Freddy e o seu futebolzinho vistoso mas improfícuo. Neste deserto anti baliza retive apenas a boa movimentação de Hernandez, e a verticalidade de Benny, esse sim, capaz de fazer um golo a qualquer momento.

 E veio a cena de Chaves – um golo fortuito já próximo do intervalo, onde a azelhice de Florent veio mais uma vez ao de cima.

Segunda parte com poucas esperanças de reverter a situação, o eterno chuveirinho, com o Domingos a trocar os jogadores baixos pelos jogadores altos. E teve sorte, acabou por ser premiado! Diogo Viana consegue, finalmente, um bom cruzamento, liftado e sem necessidade de tentar driblar o adversário directo, cruzamento ao qual correspondeu Yebda que assim sossegou os martirizados adeptos azuis. Faltavam dez minutos para o jogo terminar e já não houve talento nem força para mais.

O campeonato, como venho repetindo, vai ser tremendo! E não me canso de avisar: - das quatro equipas do sul (que lutam pela manutenção), uma vai descer. O mínimo de segurança são vinte pontos na primeira volta. Temos actualmente dezassete quando faltam três jornadas… Atenção!


Saudações azuis


Nota básica: O Paços de Ferreira é uma equipa perigosa, tem um avançado a sério, e teve duas oportunidades para facturar na primeira parte. O que pode considerar-se normal porque ninguém joga sozinho. Por isso tenho que valorizar a organização defensiva do Belenenses em termos colectivos. Em termos individuais é outra coisa. Portanto o que o Belenenses não pode é ter menos oportunidades de golo que o adversário. E isso aconteceu na primeira parte. Com alguma boa vontade contei uma e meia!

quarta-feira, dezembro 06, 2017

VAR mostra-se contra os fracos…

Depois de mais uma jornada vergonhosa que só veio confirmar a suspeição instalada*, o VAR sempre silencioso e distraído quando precisamos dele, fez prova de vida no Estoril e resolveu anular um golo ao Portimonense. Bruno Paixão árbitro desse jogo até fez questão de chamar um dos fiscais de linha para assistirem em directo à lição de verdade desportiva que estava ali a ser ministrada. Mais tarde, nos vários programas de televisão, este episódio serviu para reabilitar o VAR face ao seu duvidoso desempenho no Dragão. 

Ora bem, não interessa muito averiguar se o VAR foi naquela ocasião oportuno, a mim pareceu-me que não, e o experiente treinador do Portimonense também não gostou. Achou aquilo forçado, aconselhando inclusivé uma paragem do VAR até novas ordens. Eu concordo.

E concordo pela simples razão de que não vale a pena acrescentar à suspeição que actualmente impende sobre a arbitragem uma nova suspeição, desta feita sobre o VAR. Suspeição inevitável porque o VAR não é uma maquineta que trabalha sozinha, tem gente atrás e essa gente são os árbitros que temos.**

E puxando agora a brasa à minha sardinha, que todos sabem ser o Belenenses, temo bem que o VAR a continuar assim possa interferir decisivamente na luta pela permanência, sabendo-se como se sabe o clima de compadrio em que vegeta o futebol português. Suspeitas?! Claro que tenho. E esta é só mais uma.

Saudações azuis



*Ontem foram revelados no Porto Canal mais uma série de emails (cujo conteúdo nunca ninguém desmente) e que configuram um verdadeiro atentado à verdade desportiva. Se Fernando Gomes pensava que o VAR era a salvação do campeonato, bem pode pôr as barbas de molho. Não só não é a salvação como pode apressar a sua derrocada. É impossível trabalhar sobre a batota. Pelo menos para pessoas decentes.

**Para além da cereja da suspeição no topo do bolo que é existir um clube que se encarrega das transmissões televisivas no seu estádio! Isto é uma aberração e uma anedota que enquanto não for extirpada a batota irá continuar. Não brinquem connosco. Não brinquem com o futebol. 

domingo, dezembro 03, 2017

A fotografia de um jogo…

Que no fim deixou a imagem de um jogo para a fotografia! Um filme antigo, interessante, mas com final conhecido. No entretanto uma boa reacção, algumas ameaças à baliza leonina, mas todos sabíamos que eram apenas ameaças.
O primeiro fotograma revelou o erro inicial chamado Bouba Saré! Não havia necessidade. Sem ritmo físico e mental Saré era um homem a menos. E demos o primeiro brinde, o único que o Sporting aproveitou. Mais um arranque de Podence pela direita e Florent nervoso faz uma falta escusada que dá penalty. Domingos queixou-se da diferença de critérios em relação aos três grandes, um lugar comum, mas quem é que tem dúvidas sobre isso?! Essa é a realidade do futebol português.
Na segunda parte Domingos corrige, sai Saré, entra Maurides para a frente de ataque e Sousa ocupa o seu lugar no meio campo. Seguiu-se o melhor período do Belenenses, as tais ameaças, quer pela esquerda pela direita mas onde faltam os últimos metros que é como quem diz, o poder de fogo. Mais espinafres e mais eficácia na hora de rematar à baliza.
Últimos minutos, última fotografia! Domingos faz aquilo que os treinadores costumam fazer naquelas circunstâncias. A perder por uma bola a zero, tira um médio (Sousa) e faz entrar mais um avançado (Caeiro) para jogar ao lado de Maurides. No fim pode dizer que tentou tudo mas o mais certo é levar com o segundo golo. Que esteve para acontecer por duas vezes. Quanto ao Caeiro não me lembro se teve hipóteses de tocar na bola. Para a próxima mantenha o Sousa apesar dos lances irritantes e talvez tenha mais sorte.

Notas – Os brindes e os pés de Muriel

Sobre os brindes não vale a pena acrescentar dificuldades ás naturais dificuldades de jogar em casa dos grandes. Em especial nos primeiros minutos e nos últimos de cada parte. Despachar a bola de preferência para as faixas laterais e nunca para jogadores que a irão receber com os adversários nas suas costas. Quanto a Muriel, um excelente keeper, mas com um jogo de pés de alto risco. Ou não fosse ele um esquerdino total. É de evitar arranjarmos lenha para nos queimarmos. Até porque os adversários já perceberam o ponto fraco.


Saudações azuis