domingo, abril 29, 2007

Oportunidade adiada

Infelizmente foi o que aconteceu,
O Engº Cabral Ferreira venceu;

Lista A - 7 103 votos (62.5%)
Lista B - 1 003 votos (8.8%)
Lista C - 3 079 votos (27.1%)
Nulos - 94
Brancos - 83
Total de votantes: 2 130
Total de votos: 11 362 votos

(foto retirada do Blog futurobelenenses.blogspot.com)

A conclusão é simples; os sócios são os verdadeiros responsáveis por termos o Clube medíocre e sem ambição que temos. Somos cada vez menos mas pior que isso é que os que restam não são grande coisa, 60% dos sócios insistem em manter o Clube parado no tempo com dirigentes que há anos não fazem nada pelo Clube.
E nestas eleições não há sequer a desculpa que não havia alternativa, os resultados do Jesus não podem servir de justificação.
Em mais um momento triste, está na altura de mais uma vez reflectir; Continuo sócio quando não me identifico com a maioria dos sócios e os seus dirigentes, ou faço o que têm feito ao longo dos anos muitos adeptos que são hoje ex-sócios, cada vez menos ligados ao Clube.
Sou 100% Belenenses e nem é preciso dizer que sempre o serei, mas começo, na melhor das hipóteses, a ficar farto de sofrer.
Provavelmente, e neste caso os resultados do Jesus vão ajudar, vou dar (mais) uma oportunidade presente. Não deixarei de ir ao Jamor e festejar a Vitória que também acho que mereço.
Mas se o Engº Cabral Ferreira quiser começar a fazer alguma coisa no sentido de, pelo menos, manter os sócios no Clube, posso sugerir que crie condições para manter o JJ com uma equipa com objectivos mais ambiciosos e que faça uma época parecida com esta para o ano e nos seguintes. Isso seria um princípio porque há muito mais para fazer.
Saudações Azuis
SPM (4 votos)

sexta-feira, abril 27, 2007

Oportunidade ao futuro

O regresso ao futuro

Começa hoje, se quiseres. Segue os bons exemplos, traça o teu objectivo, que não poderá ser menos do que ser campeão. Não ligues à troça, ao desânimo, até daqueles que julgavas fiéis e fortes, não cedas um milímetro, sacrifica o supérfluo, fixa-te no essencial. Claro que terás de ter aquela qualidade primeira: belenense de alma e coração.
Na estratégia que seguires usarás a sensibilidade e o bom senso, mas não percas nunca de vista o teu alvo.
Não existem etapas, anos zero, classificações para a Europa. Se visares menos do que ser campeão vais acabar a lutar para não descer.
Estás em Portugal e já uma vez te avisei, que por aqui não existem, nem classe média, nem clubes médios. Ou estás em baixo ou estás em cima.
Escolhe, portanto, o lado de cima, que é o que te dita a tua certidão de nascimento.
Muda tudo em função desse lugar almejado: desde logo o discurso. Se não estiveres em primeiro lugar, só podes repetir que queres ganhar todos os jogos até lá chegar. Chamar-te-ão utópico, deslumbrado, mas não faças caso. Prepara-te para arranjares inimigos. Muitos deles serão os que agora te dão pancadinhas nas costas!
Podes ser confrontado com situações inimagináveis!
Podes chegar à triste conclusão que os verdadeiros inimigos do Clube, estão lá dentro. Fazem-se passar por belenenses, apresentam folha de serviços, mas servem-se mais do que servem.
Podes ser forçado a deitar abaixo o Pavilhão, a fechar as piscinas, a remodelar o Estádio, que dizem que é lindo, enquanto vais descendo de divisão.
Se ouvires o grito: deixem morrer o Clube, mas salvem o Estádio, já sabes o que é que tens a fazer? Salva o Clube.
Nem que tenhas de jogar em campos emprestados, como naquele tempo em que eras campeão de Portugal!
Troca tudo por pontos e vitórias e voltarás a encher, não apenas o Estádio do Restelo, mas os estádios onde o Belenenses se deslocar!
Para que não deites tudo a perder, não te esqueças da receita do sucesso:
- Rectaguarda firme, que não te atraiçoe ao primeiro desaire.
- Um grande treinador que será o teu outro eu.
- Respeito pelos sócios e pela memória do Clube.
E se tens alguma dúvida sobre os seus símbolos, eu esclareço-te: é a Cruz de Cristo e a cor Azul.
Se seguires este caminho, terás sempre mais vitórias que derrotas, e serás o Presidente de um Grande Clube.
Saudações azuis.
.
Post-scriptum: Escrevi e publiquei este postal há cerca de um ano. Amanhã irei votar no candidato, que em minha opinião, mais se aproxima deste presidente ideal, do presidente que o Belenenses precisa.

quinta-feira, abril 26, 2007

Mentalidades

Somos todos Belenenses, isso é um facto, digo mais; Todos somos poucos. Mas é evidente que o Clube está a atravessar um momento complicado, não só pelas questões financeiras, mas devido a uma mudança de mentalidade que está a ocorrer nos seus adeptos.

Existe uma diferença muito nítida, na forma de pensar dos adeptos talvez mais velhos ou antigos, como preferirem, e a dos adeptos mais jovens que imaginam um Belenenses que nunca tiveram oportunidade de ver mas que acreditam ser possível. Devo acrescentar que isto de jovens e antigos nada tem a ver com idade, mas apenas com Mentalidade.

Sinto isto aqui na blogosfera e também por experiência própria, pelo contacto com outros adeptos, e acho que esta mudança é positiva na medida em que a mentalidade dos mais antigos deixou o Clube na situação que está à vista de todos.

Por outro lado o Belenenses é um Clube com potencial ao contrário do que estamos habituados a ouvir, dito pelos mais antigos; que estamos asfixiados pelos grandes de Lisboa. Nada mais falso, em primeiro lugar porque os grandes são-no cada vez menos e é uma grandeza artificial como sabemos e em segundo lugar porque se há clube que pode ter uma posição antagónica aos clubes do estado e lutar por um futebol nacional mais equilibrado e saudavel, esse clube é o Belenenses e por ultimo Lisboa é e será cada vez mais o centro do País com cada vez mais pessoas a viver.

O grande problema é que os adeptos mais antigos têm mais votos e com esta sua mentalidade arriscamo-nos a que acabem com o Clube antes que a mudança de mentalidade ocorra. Resta a esperança que o Belenenses resista, esperança esta que é possivel reforçar aqui na blogosfera, onde me foi possível constatar que apesar de tudo: há jovens do Belenenses, e com boas ideias para o Clube.

Mais recentemente a existência de uma lista com ideias e preocupações que vão ao encontro do que penso para o Futuro do Clube faz-me acreditar que será uma questão de tempo.

Será muito importante que o adeptos compreendam que o Belenenses precisa de liderança, precisa de um Presidente que ganhe tarimba com vitórias, e não a descer de divisão, é fundamental um projecto a pensar no futuro, necessariamente ambicioso e não utópico como as mentalidades mais antigas o classificam .

O Engº CF, mesmo que ganhe as eleições graças à mentalidade de uma parte dos adeptos e aos respectivos votos por procurações, pelo que tive oportunidade de ver nas ultimas AGs não terá grandes condições para dirigir o Clube. E sinceramente acho incompreensível como é que não aproveitou as excelentes oportunidades que teve para se demitir. Um Presidente do Belenenses tem que ter méritos proprios, e não méritos que na realidade são de outros.

O verdadeiro grande mérito do actual Presidente foi ter criado todas as condições para incentivar os outros candidatos a avançarem pois nem a mentalidade mais antiga, depois da epoca passada, pensaria em mante-lo lá. Claro que o Jorge Jesus está a baralhar isto tudo, mas ainda bem por tudo e mais pela oportunidade de vermos de que fibra são feitos os adeptos do Belenenses. Os sócios, ou melhor, a maioria dos sócios têm normalmente o que merecem.

Saudações Azuis

terça-feira, abril 24, 2007

Complexo Desportivo do Restelo

Quantos somos? Qual a assistência média nos jogos de futebol? Quantos ex-sócios existem?
São perguntas que tem um interesse relativo, pouco até para o adepto que está mais interessado no jogo e nos resultados.
Estas questões tem que ser equacionadas é por quem dirige o Clube, por pessoas competentes e que tenham projectos e soluções que façam com que o Clube tenha uma evolução positiva.
Numa situação ideal, os adeptos pensariam nisto talvez na altura de votar para optar por esta ou aquela proposta entre várias interessantes. Um pouco como um treinador que tem vários jogadores bons para a mesma posição, a chamada dor de cabeça que todos os treinadores querem ter.
Infelizmente no Belenenses isso não acontece. Se estivermos atentos à blogosfera, verificamos que acontece até o contrário, são os adeptos, mais ou menos anónimos que abordam todos os assuntos possiveis quando a direcção se mantem impavida como se nada fosse com ela.
Quantas vezes não dou por mim a pensar em soluções para dar vida ao complexo do Restelo. A reconversão do Complexo Desportivo do Restelo é essencial para o Futuro do Clube, foi a conclusão a que já cheguei hà muito tempo. E sendo um projecto que leva necessariamente o seu tempo, não compreendo como é que até hoje não há nada em andamento, nem sequer há nada apresentado aos sócios no sentido de tornar o Restelo num local que além de naturalmente bonito tenha também vida e seja atractivo pela sua funcionalidade, e por ter um conjunto de equipamentos modernos e úteis para os sócios.
Qualquer adepto que vá ao Restelo durante a semana certamente vai pensar o mesmo e vão-lhe ocorrer meia dúzia de soluções para melhorar o Complexo, será que os dirigentes não pensam sequer nisso?
Bem, as eleições estão proximas e temos finalmente candidatos que se preocupam com isso, e têm propostas interessantes.

Há quem diga que é um projecto utópico, eu diria ambicioso, é uma questão de mentalidade:

As preocupantes contas do Belenenses

Título de um artigo fundamental do Professor Nuno Valério, que descodifica o Relatório e Contas de 2006, por forma a compreendermos a real situação do Clube. De leitura obrigatória.
O Professor Nuno Valério é o sócio nº 3848 do Belenenses e candidata-se a Presidente do Conselho Fiscal pela Lista C.

domingo, abril 22, 2007

Parabéns para quem?

Para mim, que já não aguento tanta inferioridade junta?
Para aquela primeira parte inqualificável? Que já não se usa?
Para o treinador que errou estrondosamente? À semelhança do que já tinha acontecido durante a primeira parte contra o Braga?
Meio remate, de longe, à baliza! Nem uma equipa da terceira divisão! E afinal, com tantos trincos, tantas precauções defensivas, tanto medo… corremos o risco de ser goleados! E por quem?! Estávamos porventura a defrontar alguma super-equipa?! Não tenho qualquer receio em afirmar o seguinte – este era (é) o Porto mais acessível dos últimos anos.
O que se veio a provar no princípio da segunda parte, logo que entraram em campo dois jogadores capazes de sacudir a equipa – Carlitos e Fernando. E logo que passámos a jogar num 4-3-3 normalizado, apostado em atacar a baliza do Porto. Sem complexos e sem falsos vedetismos! Foi pena então que a bola não chegasse mais vezes aos pés de Carlitos…
Mas claro que o mal já estava feito: já tínhamos moralizado a equipa adversária. E pior do que isso, alguns dos nossos jogadores que têm estado em alta, já estavam descrentes e já tinham cometido erros que não costumam cometer.
Há muitos anos que vejo este filme, já não me impressionam as excitações dos neófitos, houve muito elogio durante a semana, elogio típico de uma mentalidade pequena, os tais horizontes curtos, pensados época a época, e que sem querer se transmitem aos jogadores.
Apenas um exemplo: Dady não deu uma para a caixa, como se costuma dizer. E estava a defrontar o Ricardo Costa, não estava a defrontar o Ricardo Carvalho do Chelsea! Aqueles décimos de segundo de temporização, de hesitação, eram suficientes para ser desarmado. Mas o Dady não costuma jogar assim, é dos jogadores que pensa mais rápido, e que se desfaz da bola com mais inteligência! Mas lá está, subiu-lhe alguma coisa à cabeça. Tudo isto tem que ser refreado.
Existem naturalmente diferenças de potencial entre as duas equipas, o Belenenses tem visíveis fragilidades no seu plantel, vale sobretudo pelo seu conjunto, mais uma razão para meditar sobre esta derrota, que pode ser útil se tirarmos as devidas ilacções.
Posso perder ou ganhar nas Antas, mas não quero continuar, ano após ano, a ser envergonhado.
Para aqueles que têm as mesmas ambições…um Belenenses que não se inferioriza em nenhum campo – Saudações azuis.

Resultado final: Porto 3 – Belenenses 1

No início da segunda parte, Nivaldo reduziu para 2-1, de cabeça, na sequência de um canto.

Comentário oportuno

Com a devida autorização transcrevo a resposta que deixei no ‘Último Reduto’, na respectiva caixa de comentários de um estimado consócio, e a propósito das próximas eleições:

“Caro Pedro Guedes

Só hoje li esta sua profissão de fé em Cabral Ferreira, porque eu ando arredio e pouco saio do meu cantinho. Melhor dito, dos meus cantinhos, uma vez que distribuo a minha insensatez por outros espaços.
Mas mantenho as dúvidas sobre as capacidades do nosso actual timoneiro, que continua refém de uma ausência de estratégia para o Clube e hoje vive, ou sobrevive, à conta dos resultados do futebol.
Também é justo que assim seja, porque a outra face da moeda também o penalizaria. Mas não se esqueça que foi Cabral Ferreira quem disse numa célebre Assembleia, que o Belenenses estava bem, excepto numa modalidade, o futebol, na altura a caminho da segunda divisão!
Mudou? Percebeu finalmente que o Belenenses ou é futebol, ou não é?!
Se mudou, é positivo. Se aprendeu, também é positivo.
Mas não podemos encarar o futuro quando se desconfia que o presidente anda a reboque de um treinador, por melhores que sejam os resultados. Porque os resultados, neste contexto, são sempre efémeros, não dão garantias de uma consistência a que todos aspiramos, pois bem sabemos que só essa consistência de resultados nos poderá reerguer de novo ao estatuto perdido.
O treinador é um profissional ao serviço do Belenenses, não está imune a uma proposta de trabalho irrecusável, ao contrário do Presidente do Belenenses, que esse sim, colocará sempre os interesses do Clube que se dispôs a servir acima dos seus interesses pessoais. Assim o esperamos. Por isso estas eleições não são para escolher o treinador ou os jogadores do Belenenses, mas sim o seu Presidente.
Um abraço”.

Post-Scriptum: Mas independentemente de quem venha a ser o futuro Presidente do Belenenses, terei o maior gosto em seguir viagem a seu lado rumo à UEFA, muito embora eu sofra um pouco da síndroma dos aviões, à semelhança de grandes craques como Bergkamp ou o nosso Tiago ex-Marítimo (este mais a fingir).

sexta-feira, abril 20, 2007

Deixem-me sonhar

Com o infortunado José Torres na lembrança, também eu repito essa verdade do espírito, deixem-me sonhar… apesar do sofrimento, apesar dos impropérios, com as minhas desculpas a todos os circunstantes, apesar do ruído, para lá dos limites, apesar daquela primeira parte, apesar do atraso nas substituições imperiosas, apesar de tudo isso, vou continuar a sonhar com o sonho da Taça!
O jogo começou com o nosso golo – Ruben Amorim sai em contra-ataque e lança magistralmente Dady, que em golpe certeiro inaugura o marcador! Rejubilámos!
Mas era cedo para foguetes. O Braga avançou no terreno, um tridente a meio campo que lançava a bola para um outro tridente, um rapidíssimo tridente atacante que ultrapassava e confundia a defesa azul. Querem saber os nomes dos suspeitos? Atrás – Vandinho, João Pinto e Andrade (com Frechaut a ajudar)! À frente – Maciel, José Carlos e Wender!
E o empate foi uma questão de tempo.
Nós não conseguíamos armar o ataque, os dois pontas de lança, nesse período, nunca foram servidos em condições, a bola perdia-se no primeiro passe.
Veio o intervalo, veio o barulho do speaker, não pensei em nada. Jesus passou a primeira parte a andar de um lado para o outro!
Jorge Costa fez uma substituição ao intervalo que se veio a verificar fatal para os seus interesses – saiu o defesa central Nem, recuou Frechaut para o seu lugar, entrou Davide para defesa direito. Do nosso lado, nada, tudo como dantes.
A verdade é que as coisas se equilibraram, passámos a ter mais bola e chegámos a meio da segunda parte sem sofrermos grandes sustos, porque o meio campo do Braga, sem o apoio de Frechaut, estava mais retraído, a iniciativa do jogo passou pela primeira vez a ser nossa! E as substituições, embora tardias, foram decisivas!
Saiu Silas, pouco influente, entrou Gaúcho, sóbrio e eficaz. Saiu Cândido Costa, lento a pensar e a executar, entrou Fernando a desequilibrar na esquerda. O Braga nessa altura, a um quarto de hora do fim do tempo regulamentar, já só pensava no prolongamento.
Entretanto, Amaral, que passou o jogo a ser ludibriado por Wender, lesiona-se. Entra Carlitos e recua Ruben Amorim para defesa direito. Começa o prolongamento com o jogo invertido, ou seja, ao contrário do que se passou na primeira parte, o meio campo azul, refrescado com Fernando e apoiado por Ruben Amorim, tomou conta do jogo, enquanto que o Braga, fosse pelo cansaço, fosse pela falta de argumentos, começou a pensar nas grandes penalidades. Por essa altura já Carlitos fazia estragos na extrema defesa arsenalista, de uma das vezes sentou Carlos Fernandes, o golo azul adivinhava-se. A expulsão de Wender, aos 98 minutos de jogo, complicou ainda mais a situação, o Braga já não chegava às imediações da nossa área.
E veio o segundo período do prolongamento e com ele o gesto precipitado de Frechaut, o braço a procurar a bola para que ela não seguisse com perigo para o coração da área de Paulo Santos. Penalty claro.
José Pedro não tremeu e carimbou o passaporte para o Jamor.
Os melhores do Belenenses foram: Ruben Amorim, Dady, Gaúcho, Fernando e Carlitos. Este último, palpita-me que será a nossa arma para destruir a defesa leonina e trazer a Taça para o Restelo.
Saudações azuis.

quarta-feira, abril 18, 2007

Brevíssimas

“Cabral Ferreira declinou o convite de Duarte Ferreira para estar presente na sessão de esclarecimento sobre as contas do Clube, promovida pela lista B. ‘Não vou estar presente, pois estarei em campanha’, referiu, e quanto às falsidades presentes no Relatório e Contas de 2006, invocadas por Duarte Ferreira, foi lacónico: ‘É a opinião do senhor pré-desistente a candidato’.”
Fonte: jornal ‘O Jogo’ de hoje.

“Vice-presidente pede transparência às listas” – “O actual vice-presidente do Belenenses, João Barbosa teceu ontem críticas aos candidatos concorrentes à presidência do Clube, por estes não debaterem ‘verdadeiramente o futebol’, nomeadamente no que concerne à futura constituição da SAD e à eventual criação de um director-geral para o futebol dos azuis…acrescentando ainda: ‘Os sócios têm de saber qual é a composição da SAD. Não se podem passar atestados de estupidez aos sócios’…”.
Fonte: jornal ‘O Jogo’ de hoje.

“Candidatos em debate a três na RTP África” – Duarte Ferreira e respectivos elementos da lista B…anunciaram a realização de um debate em directo com todos os candidatos na RTP África, no dia 26 do presente mês, ou seja, apenas dois dias antes das eleições…”.
Fonte: jornal ‘O Jogo’ de hoje.

Pergunta da semana: Porque é que a comunicação social desportiva dá menos relevância nas suas notícias ao candidato da lista C, Fernando Gouveia da Veiga?!
Fonte: Belém integral.

Saudações azuis.

segunda-feira, abril 16, 2007

Estrela da tarde

Começou cedo a tarde no Restelo, primeiro no pavilhão onde o andebol azul não conseguiu aproximar-se da vantagem que o ABC ía guardando, graças sobretudo à exibição do seu guarda-redes! O resultado final ditou o nosso afastamento.
A tarde prosseguiu no soalheiro e escalavrado campo de treinos e aí temos que saudar a genica dos jovens azuis que se bateram de igual para igual com o Sporting, segurando um justo empate a zero.
No entretanto, assistiamos ao bulício das candidaturas, à distribuição dos jornais de campanha, com os candidatos a medirem-se, atentos a todas as pequenas vantagens, e revelando assim que o Clube está vivo, bem vivo. E não resisto a uma sugestão para o futuro: existe sempre espaço dentro do estádio do Restelo para que as diversas candidaturas aí possam estabelecer a sua sede de campanha. Afinal somos todos belenenses e as eleições fazem-se em prol do Belenenses.
Mas a estrela da tarde, seria o esperado embate da equipa principal da Cruz de Cristo frente ao Estrela da Amadora!
Estádio composto, com a novidade que se saúda, de haver muita gente a ocupar a bancada nascente, dando maior comodidade e visibilidade aos assistentes, em lugar de os colocar como antigamente, na superior norte.
Dito isto, regressemos ao jogo que mostrou mais uma vez que a estrela azul tem luz própria, brilha mesmo, entra forte no jogo e ainda não tinham passado quinze minutos e já Garcês se estreava a marcar no campeonato, com um bonito toque a sobrevoar o nosso antigo guarda-redes Pedro Alves! Veio o segundo por Dady, com Garcês a bisar no terceiro, tudo isto, antes da meia-hora e perante um Estrela aturdido, sem perceber o que lhe estava a acontecer.
Na segunda parte, apesar de estarmos a favor do vento, a equipa não foi tão eficaz a fazer a tal ‘transposição defesa-ataque’ (passe a frase feita que prometo não repetir) muito por culpa da imprecisão no passe dos nossos centro campistas, mas a tarde já anoitecia e com três a zero desculpa-se sempre muita coisa. Jorge Jesus é que não desculpa nada e faz bem - bastou um excesso de confiança de Marco, para ser logo repreendido!
O jogo acabou em festa com um consócio a lamentar-se que isto assim já não tem graça, já não se sofre como antigamente, já não parece o Belenenses!...
O melhor em campo foi Rolando!
Saudações azuis.

sexta-feira, abril 13, 2007

Clube confidencial!

Números oficiais, no relatório e contas de 31 de Dezembro de 2005 os sócios efectivos eram 18.149. Na hora das eleições de 9 de Abril de 2005, estavam inscritos nos cadernos 7.934 sócios com capacidade eleitoral!
Agora, e segundo Cabral Ferreira confidenciou a um jornal, apenas 6.200 sócios poderão decidir quem será o próximo presidente do Clube de Futebol “Os Belenenses”!
Temos que reconhecer que é curto, que algo vai mal no reino belenense.
Eu sei que as explicações não se podem resumir à boa ou má gestão desta ou daquela Direcção, muito embora esta sequência de Direcções que saem umas das outras também não ajude.
O problema é mais vasto e mais fundo e anda ligado, como já chamei a atenção, ao efeito redutor imposto pela globalização em curso. Efeito redutor que, diga-se, ninguém parece interessado em contrariar, desde o Governo, à Federação, ou à Liga!
Mas se isto é assim, a verdade é que se não formos nós a defendermos a nossa casa, os outros também não a irão defender. Alguma coisa tem de ser feita, e pela minha parte, sugeri uma medida concreta para recuperar muitos dos antigos sócios que, por este ou por aquele motivo, se afastaram. Basta procurarem o texto no arquivo, o título é – “Bola de saída”, publicado em 23 de Fevereiro passado.
Mas isso é uma gota de àgua comparada com o oceano de desinformação e asfixia a que todos os clubes estão sujeitos desde que não se chamem – Benfica, Sporting ou Porto!
Contra esta ditadura é que é preciso lutar, contra estes ‘comilões’ é que é preciso marchar, marchar…

quarta-feira, abril 11, 2007

Vício, batota e futebol

Nos outros países europeus, naqueles em que o futebol é jogado sob o escrutínio cerrado de estádios cheios, onde os adeptos da equipa da casa estão sempre em grande maioria, nos mesmos países em que o espectador pagante, sócio ou não sócio, é uma componente fundamental do espectáculo, inclusive em termos de receitas, aí, nesses países, é possível afirmar com alguma segurança que o futebol não está ainda completamente viciado, nem ao serviço de interesses totalmente estranhos ao que se passa no plano meramente desportivo. E quando acontece qualquer desvio, logo surgem consequências gravosas para os infractores.
Em Portugal não podemos garantir o mesmo.
Em Portugal e em países similares, onde os adeptos pertencem quase exclusivamente a três clubes, (incluindo jornalistas, árbitros, dirigentes, políticos, magistrados e banqueiros), com estádios vazios, excepto quando lá jogam os três do costume, e com as receitas do futebol a serem geradas fora do circuito normal da bilheteira, aqui, a suspeição agiganta-se todos os dias e ganha foros de caso de polícia!
E não é isso que entretém e estremece permanentemente todo o edifício do futebol luso?!
Claro que é…mas ‘no pasa nada’, como dizem nuestros hermanos!
E não acontece nada porque neste universo tridimensional as coisas têm estado relativamente equilibradas, e salvo a rivalidade norte/ sul, só alguma zanga momentânea de comadres, deixa vir ao de cima algumas…meias verdades! Mas para além disso, dizíamos, está tudo de acordo, estão todos no mesmo barco! E sabem disso.
Ultimamente contudo, e fruto do efeito redutor que a globalização vem impondo, o bolo habitual começa a ser curto para as ambições megalómanas dos três clubes do Estado. Daí algum aperto e a perspectiva de alguma imolação a norte para manter a capital em todas as frentes.
Volto ao princípio, o futebol movimenta muito dinheiro e muitos interesses, dinheiro e interesses que estão fora do futebol jogado nas quatro linhas, e por isso o dinheiro e os interesses terão que ser recompensados, também fora das quatro linhas! Não são os jogadores nem os clubes que recebem a parte de leão, mas sim quem investe por fora, em dinheiro ou influência. E porque investe, e sabe que investe numa máquina falida, o retorno, qualquer retorno, vem sempre envolvido em suspeita.
As contrapartidas surgem portanto noutras vertentes – desde a alteração de PDMs, construção civil, lavagens de dinheiro, eleições que se ganham ou se perdem, lugares políticos que se abicham, num rol interminável de ligações mais que perigosas!!!
É este o nosso futebol, o nosso vício, a nossa batota.

domingo, abril 08, 2007

Crónica de Leiria

D. Diniz veio à janela e com santa paciência mandou içar o pendão Real no lugar daquela bandeirinha verde e encarnada que todos os dias lhe desfeia a casa, e todos os dias nos lembra a presença obsidiante de Castela. Já por causa disso, deixou de frequentar aquele lado da muralha e não fosse a visita dos cruzados que ali iam jogar, e não teria aparecido.
Leiriense de coração, também gosta desta equipa vestida de azul que traz a insígnia da Ordem de Cristo que ele próprio ajudou a fundar, ou refundar, porque já vinha do Templo, e nessa recordação não pôde reprimir um sorriso de malícia, pois estava longe de imaginar que à conta disso, uma pequena mudança de nome e endereço, desse origem a tanto código e tanta literatura de cordel!
Mas enfim, sigamos o jogo, pensou, num estádio do Euro, fruta cores por dentro e por fora, cómodo por dentro mas descartável por fora, edificado ao estilo modernista onde o bonito e o feio não contam tal é a virtude da escola! Era nisto em que pensávamos enquanto íamos avançando para o local onde a única mancha verde é mesmo o Castelo, quase que a pedir – tirem-me daqui!
Esta é outra das decepções da cidade nova, cheia de pracetas e cimento, visão que contudo se esbate por dentro do estádio, onde aí sim, o Castelo é dominante e deixa adivinhar que com o cair da noite, iluminado, há-de então honrar a beleza indiscutível.
Nestas cogitações andávamos, quando fomos sacudidos por um venenoso contra-ataque de Ruben Amorim, que deu espaço para um cruzamento do veloz Amaral – o resto já adivinham – grande golo de Dady e estava feito o resultado.
Por decoro e simpatia não nos manifestámos já que ali estávamos a convite do alcaide, que generosamente nos chamou para a cidadela, mas por dentro, foram palmas e palmas…
Depois do jogo, numa agradável ceia em Marrazes, escalpelizámos os incidentes da partida:
Positivo – fomos uma equipa que se apresentou em Leiria favorita à vitória e que confirmou no campo esse favoritismo; com a entrada de Garcês, Jesus partiu o jogo abafando um perigoso ascendente do União no princípio da segunda parte, ao mesmo tempo que libertava Dady, transformado numa ameaça permanente para a baliza de Fernando; Marco continua a ser uma referência de segurança e inviolabilidade das redes azuis.
Negativo – não me lembro.
Saudações azuis.

quinta-feira, abril 05, 2007

Só visto!

Em todas as campanhas eleitorais acontecem coisas insólitas, caricatas, como por exemplo, o medo de falar com frontalidade em questões decisivas para a vida do Clube, os recados, os golpes baixos, enfim, uma ementa completa onde infelizmente não falta o pastel rançoso e estragado!
Aquilo a que eu ainda não tinha assistido, e me surpreendeu, diz respeito a uma intervenção infeliz de um recente empregado do Clube, que pelos vistos desconhece as suas funções e resolveu entrar na corrida eleitoral!
Mas quem foi que encomendou o sermão ao senhor Murrugaren?
Quem lhe pediu para criticar um dos candidatos que no pleno uso dos seus direitos deve ter como único critério o esclarecimento dos sócios sobre a verdade dos números, sobre a verdade do Clube?
Penso que é atrevimento a mais e acaba por desvendar o alcance de uma contratação em fim de mandato, apresentada com pompa e circunstância para promover e descobrir a imagem do Belenenses, mas que afinal parece mais preocupada com a imagem do actual Presidente! E de quem lhe possa fazer sombra.
E já que estamos aqui, quero reafirmar o seguinte: estamos fartos de silêncio, de medo disto e daquilo, de prejuízos para a equipa, por causa disto e daquilo! Não queremos uma campanha eleitoral a fingir, que se limite a gerir expectativas de voto, que contorne a difícil situação das contas do Belenenses, não vá o Dady falhar algum golo, enfim, não queremos uma campanha eleitoral caricata.
A terminar não resisto a uma pergunta dirigida ao novel descobridor do Belenenses: é então com contas erradas ou escondidas que quer atrair algum investidor sério para uma parceria com o Belenenses?!
Saudações azuis.

segunda-feira, abril 02, 2007

Asas azuis

Contra uma equipa de aves que voam baixinho o Belenenses não teve dificuldade em ganhar. Por um escasso golo da autoria do habitual Dady. Mas Marco ainda teve que se esticar uma ou duas vezes porque as aves precisavam de milho como de pão para a boca.
Na retina ficam alguns golos falhados, alguns por demérito nosso, outros por mérito do guarda-redes adversário. Esta crónica é curta e serve apenas para confirmar o bom momento que a equipa atravessa, pleno de confiança e com muitos jogadores em boa forma. E se conseguirmos manter a humildade, penso que podemos ficar nos lugares europeus.
Quero destacar ainda o brio do Desportivo das Aves que lutou até ao fim por outro resultado.

Post-scriptum: A nota negativa vai para quem se esqueceu de pôr a bandeira a meia-haste! Quaresma merecia e como antigo capitão de equipa ganhou esse direito.