quarta-feira, abril 29, 2009

"Campeonato mentiroso"

Disse o Evangelista na Trofa! E porquê na Trofa?! Porque o Trofense, supostamente cumpridor, vai jogar esta semana com o Belenenses, supostamente incumpridor?! Ou foi por acaso e o Presidente do Sindicato só está preocupado com a concorrência desleal entre os clubes pequenos?! E entre os clubes grandes e pequenos? Não se preocupa? E o Evangelista está mesmo convencido que são os salários em atraso na Liga Sagres (convém frisar de que Liga e de que jogadores é que estamos a falar) que contribuem decisivamente para a mentira do campeonato? Ou está a tentar confundir a nuvem com Juno?


E que tal começar pelas verdadeiras mentiras! Por exemplo, pelos apoios escandalosos do Estado aos três clubes ditos grandes?! Incluem-se naturalmente as empresas públicas e que tenham capitais do Estado, e nesta fase também os bancos intervencionados, que de privados só têm o nome! Reparem que não falei nas autarquias, porque entendo que essas ajudas são legítimas desde que contemplem com equidade todos os clubes de cada autarquia. Explico: trata-se de dar o mesmo aos clubes que concorrem no mesmo campeonato. E agora faço um desenho para o sindicalista perceber - assim, no que toca à Câmara Municipal de Lisboa o Belenenses deveria receber os mesmos apoios ( em euros) que Benfica e Sporting.


Mas desviei-me na explicação, regressemos às mentiras da Liga Sagres. E o que dizer dos jogadores emprestados pelos três clubes do costume?! Que emprestam jogadores de forma estratégica para terem os clubes pequenos na mão! Será o caso do Trofense? E aqueles clubes que têm salários em atraso mas dispôem de jogadores acima da média cujos salários não são eles que pagam! Jogadores que fazem a diferença em campo! Isto não será concorrência desleal?


E que dizer das contratações (ou ameaça de contratações) com o campeonato a decorrer?! E o assédio a jogadores que pertencem a clubes que serão os próximos adversários? Quer um lembrete ou um exemplo, sr. Evangelista?


Vale a pena continuar?


Claro que não, porque o sindicalista vai dizer que isso é com a Liga, e a Liga vai dizer que isso é com os clubes, e como os clubes que decidem são três (sendo os outros meros satélites) não saímos daqui.
Esta é que é a grande verdade (ou mentira) do campeonato.
Os salários em atraso (e as contribuiçoes e impostos em dívida) na Liga Sagres existem e é preciso acabar com isso, mas todos sabem que em se tratando dos três intocáveis deixa logo de haver problema! Quem não se lembra dos certificados fiscais que o Benfica entregou (sem correspondência com a realidade) ou de outras manobras que tais!
Querem limpar o futebol português? Acho bem. Começem pelos mais ricos, perdão, pelos que devem mais!
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Saudações azuis.
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.Nota do Autor: - Nem de propósito pode ler-se hoje (quinta-feira) no Record on line "Ruben Micael na expectativa". E mais à frente também pode ler-se que o Benfica está interessado em Nené, outro jogador do Nacional da Madeira!
Se nos lembrarmos que o clube encarnado vai à Choupana este fim de semana disputar um jogo decisivo (por causa dos fundos comunitários da Champions League - outra fórmula de concorrência desleal!) está demonstrada a minha tese e ficamos todos esclarecidos sobre o " campeonato mentiroso".
E já agora, aguardamos uma tomada de posição do Evangelista (pode ser na Trofa) sobre estes factos mentirosos e sobre a ligação também mentirosa entre a comunicação social que temos e os 'clubes do estado'.
À boa maneira soviética.

terça-feira, abril 28, 2009

Com toda a franqueza!

Não vale a pena andarmos com panos quentes, o Belenenses precisa acima de tudo de franqueza, precisa de ter coragem para assumir umas quantas verdades que entram pelos olhos dentro. E posso começar pela ‘choradeira’ sobre o segundo golo do Nacional, que no campo me pareceu azelhice do Júlio César, e que visto e revisto na televisão pode dar a ideia de ter havido falta. É de qualquer modo um lance duvidoso e se fosse ao contrário não tenho dúvidas que a grande maioria dos que agora clamam por justiça achariam o lance perfeitamente legal!
Dito isto, pergunta-se: - mas onde está a franqueza de tudo isto?!
É preciso ser claro e aceitar que o Nacional quando marcou o segundo golo já estava por cima no jogo e, mais canto menos canto, acabávamos por sofrer o golo da ordem. A não ser que Jaime Pacheco tivesse respondido a tempo (e com êxito) às alterações efectuadas por Manuel Machado ao intervalo.
E não estou a crucificar o Jaime Pacheco, estou simplesmente a constatar (mais uma vez com toda a franqueza) um facto, que o futebol é isto, uma luta táctica em que às vezes se ganha e outras vezes se perde.
Outra questão que devemos abordar com frontalidade diz respeito ao número de golos sofridos: - uma equipa que sofre quarenta e dois golos em 26 jornadas, terá forçosamente de marcar pelo menos dois golos para ganhar um jogo! Porque senão, empata ou perde. É só fazer as contas.
E de novo, com toda a franqueza, já não vale a pena encontrarmos bodes expiatórios neste ou naquele jogador, porque se trata de uma deficiência colectiva, do sistema defensivo encarado como um todo, deficiência essa que não pode ser só assacada às defesas, mas a todos. E a verdade é que até à data não conseguimos dar a volta ao texto.
Como por outro lado não temos nenhum daqueles jogadores que resolvem os jogos, que jogam bem quando tudo parece estar a correr mal… o resto do campeonato não se afigura fácil nem o futuro está garantido.
Também por isso, e em abono da verdade, não me incomoda que um candidato ao próximo acto eleitoral diga aquilo que sente sobre as dificuldades que se avizinham, ou sobre as medidas que pretende tomar se for eleito. Até valorizo essa postura. Dir-se-á que os jogadores e equipa técnica podem ser afectados!
Entendo o contrário, e por duas razões básicas: - em primeiro lugar a verdade desde que seja temperada com a caridade (no seu verdadeiro sentido), nunca fez mal a ninguém. Em segundo lugar, o Belenenses precisa de exigência como de pão para a boca. Chega de palmas por tudo e por nada. É deseducativo.

Saudações azuis.

segunda-feira, abril 27, 2009

Lista D

Lista D de degrau, de descida!
O jogo disputou-se à tarde e por isso houve mais público. Entrada livre, o que quer dizer que a indústria do futebol não é sustentada pelo futebol!
Jogámos contra o vento na primeira parte e não nos saímos mal de todo. A equipa esteve compacta e conseguiu manter o Nacional longe das imediações da nossa baliza. Mas de repente, e contra a corrente, sofremos um golo frio. O lance desenrolou-se à minha frente e pareceu-me que quer Arroz, quer Júlio César poderiam ter feito um pouco mais… Valha a verdade que o Nacional dispõe de um dos ataques mais eficazes da Liga Sagres!
Empatámos de seguida por Saulo, tivémos algumas chances de passar para a frente do marcador, mas esperámos pelo vento favorável da segunda parte.
Esperámos em vão.
Manuel Machado fez entrar Mateus, este travou Baiano, e começou a incomodar a nossa defensiva. Um canto e outro canto, e Pacheco nada. Quem marcava os cantos era o Alonso – bolas teleguiadas! Muito diferentes dos nossos cantos… as conhecidas roscas do Zé Pedro.
E num desses cantos Júlio César foi batido. Terá havido falta, mas os árbitros só marcam essas faltas na segunda circular.
Júlio César já deveria saber disto.
O pior é que deixámos de sair em bloco para o ataque. Os sectores ficaram longe uns dos outros e assim era difícil aproveitar o vento. E quando tivémos alguma hipótese, não tivémos pontaria. Só nos últimos minutos, nomeadamente nos descontos é que criámos verdadeiro perigo. Um cabeceamento de Saulo que bateu no ferro, uma bola desviada no último instante por um madeirense, e mesmo a terminar, na sequência de um canto Patacas salvou sobre a linha um cabeceamento de Júlio César! Não me enganei, foi mesmo o Júlio César, no tudo por tudo. Um belo cabeceamento, por sinal.
Enfim, algum azar à mistura.
A seguir é na Trofa, sem margem de erro.
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Resultado: Belenenses 1 - Nacional 2
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Nota do autor: Por lapso chamei Paulo César ao Júlio César, é o que dá quando somos confrontados com tantos imperadores! Corrigido o erro, peço as minhas desculpas ao próprio e aos leitores.

Saudações azuis.

terça-feira, abril 21, 2009

A jornada

Antes mesmo de entrarmos em campo ficámos a saber que as eleições tinham sido suspensas por decisão judicial. O candidato da Lista C conseguiu assim fazer valer os seus pontos de vista e posteriormente, por consenso entre todos os candidatos, as eleições foram marcadas para o próximo dia 10 de Maio.
Terá prevalecido o bom senso pois o extremar de posições (já se sabe que todos têm razão!) só prejudica o Belenenses.

Quando a jornada começou para nós, já sabíamos que o Paços de Ferreira, ao vencer na Amadora, tinha deixado o pelotão dos aflitíssimos. E nesta segunda-feira, a Naval ganhou embalagem para fazer o mesmo, porque pode chegar aos trinta pontos na próxima jornada uma vez que joga de novo em casa e contra o penúltimo Rio Ave.
Nada disto é certo, mas neste cenário, o grupo que vai lutar até ao fim pela salvação deve resumir-se a: - Trofense, Rio Ave, Belenenses e Vitória de Setúbal. O Estrela da Amadora também pode entrar nas contas da descida, mas por outras razões.
Nestas circunstâncias vou fazer um exercício astrológico em função das necessidades do Belenenses. Vejamos o que nos dizem as estrelas:

O Trofense tem o pior calendário, dos cinco jogos que faltam joga apenas dois jogos em casa, um deles decisivo contra o Belenenses (que está proibido de perder) e o outro, na penúltima jornada com o Porto, que pode ainda precisar dessa vitória (esperemos que sim) para ser campeão.
Os jogos fora do Trofense são todos de perder – Braga, Benfica e Paços de Ferreira. No entanto, este jogo na Mata Real corresponde à última jornada e o Paços, já livre de perigo, pode facilitar…
De qualquer modo o Trofense dificilmente somará mais do que quatro a seis pontos aos actuais 19. Vinte e cinco pontos, no máximo.

O Rio Ave também joga apenas duas vezes em casa (Braga e Estrela da Amadora) e desloca-se à Figueira da Foz (o tal jogo da próxima jornada que pode salvar desde já a Naval), vai a Guimarães e visita o Restelo num jogo decisivo em que o Belenenses tem de ganhar.
Ora bem, como já escrevi, o destino do Rio Ave depende fundamentalmente do resultado que obtiver na Figueira da Foz. Se perder, e apesar de ser uma equipa com alguns trunfos, não acredito que consiga levar de vencida o Sporting de Braga, restando-lhe amealhar os três pontos quando receber o Estrela da Amadora. Simplesmente, este jogo acontece apenas na última jornada e nessa altura, todos esperamos que o Belenenses tenha a folga suficiente para não ser apanhado pelos homens de Vila do Conde. Porque se não for assim… recordemos que o nosso último jogo é no Estádio da Luz.
Mas confiemos nos astros e pelas minhas contas concluo que o Rio Ave, actualmente com 20 pontos, não fará mais do que vinte e cinco pontos até ao final. Ou se forem vinte e seis, que nenhum dos pontos seja à nossa custa.

E resta o Vitória de Setúbal, actualmente em queda livre, e cujo calendário inclui também dois jogos em casa e três em recinto alheio. Recebe o Paços de Ferreira e o Leixões, e joga fora contra Porto, Sporting e Naval. Aparentemente e em condições normais o Vitória (que tem 22 pontos) chegaria aos vinte e oito pontos com facilidade. Bastaria para tanto vencer os dois jogos em casa, relativamente acessíveis, e poderia inclusive ir à Figueira da Foz na última jornada com possibilidades de discutir o jogo pelo jogo.
Mas o Vitória está doente, há jogadores a rescindirem os contratos, cansados de esperar pelo salário. Contra o Benfica, não funcionou como equipa, e aquela que já foi uma sólida estrutura defensiva, abriu brechas por todos os lados!
Enfim, tanto pode dar Bonfim como triste fim…

Quanto ao Belenenses, o único deste grupo que tem três jogos em casa e apenas dois fora, constitui-se na obrigação de vencer dois jogos em casa (um deles obrigatoriamente contra o Rio Ave) ou vencer um e empatar dois. E não pode perder na Trofa.
Seriam os tais vinte e sete pontos/vinte e oito pontos que podem dar (à justa) para permanecer na primeira divisão (Liga Sagres).

Isto é muita ginástica mental. O melhor é ganharmos os três jogos em casa e irmos ganhar à Trofa.

Saudações azuis.

domingo, abril 19, 2009

Marítimo 1 – Belenenses 1

O velho relato na telefonia, que fomos conferindo no ‘Record on line’, disse-nos que o Belenenses entrou bem na partida, tapando as investidas do perigoso meio campo madeirense (Bruno e Marcinho), mas que aos poucos o Marítimo se foi acercando com perigo da baliza azul. Duas ou três oportunidades para os madeirenses (com Júlio César a salvar uma delas) e nenhuma oportunidade para o Belenenses! Foi assim a primeira parte.
No início da segunda ouvimos o grito do locutor – ‘golo do Belenenses’! Praticamente no primeiro lance de ataque, Marcelo concluiu com êxito um cruzamento de Saulo!
Se o jogo tivesse acabado ali…
Mas não acabou e logo de seguida o Marítimo empatou por Victor Júnior. E pensei: - será o fado do costume?!
Entretanto Wender rendeu Mano e Marcelo saiu para entrar Roncatto.
Talvez o Roncatto me surpreenda… e marque um golo!
Entrámos finalmente nos descontos e disse o locutor que falhámos uma grande oportunidade para marcar o segundo golo…
Eu por mim já estou por tudo!
Uff, e termina o jogo com um empate, ao que nos dizem justo.
Nada mau, foi um pequeno passo para a salvação.

Saudações azuis.

quinta-feira, abril 16, 2009

Votar ou não votar, eis a questão?!

Este é um ponto prévio que terei de pesar profundamente e se resume no seguinte:

- Vale a pena eleger um presidente para o Belenenses que depois é impedido de governar o clube de acordo com o projecto que o fez eleger?!
- E é impedido (e ameaçado fisicamente!) por um conjunto de arruaceiros ao serviço de interesses particulares, as tais ‘quintas’ que persistem no Restelo e estão cada vez mais viçosas enquanto o Clube definha?!

Depois de dar uma resposta a esta questão, pode acontecer que mesmo assim me decida a participar no acto eleitoral. Surgem então três hipóteses participativas (e vou cingir-me às duas listas por enquanto admitidas a concurso):

A primeira hipótese seria a lista (A) encabeçada por Viana de Carvalho, repleta de ex-dirigentes, aqueles que se vêem e aqueles em quem se pensa!
Mas esta hipótese não é hipótese e parece-me simples de resolver: – pois se eu nunca votei em Cabral Ferreira porque razão mudaria agora o meu voto?!
Afinal, qual é a novidade que esta lista apresenta? A mim, que sofro com o futebol do Clube, o que promete a (Lista A) para acabar com o sobe e desce? Que projectos apresenta para voltarmos a competir pelos lugares cimeiros da tabela?
Nada! Zero vezes zero.
O discurso das receitas alternativas é sintomático! Pretende-se angariar meios para o futebol que não passam pelo futebol! Uma nova bingo-dependência para sustentar mais uns quantos vícios.
Enquanto o futebol se marginaliza outra vez.
Posso estar completamente errado mas sou daqueles que ainda acredita que a indústria do futebol deve gerar as suas próprias receitas. O resto são extras. Bem-vindos certamente, mas extras.

Passemos à Lista B que enferma dos mesmos problemas da Lista A:

- Também não faz a rotura com o passado recente (já não é assim tão recente!); também confunde o Restelo com o Clube de Futebol “Os Belenenses”; e também está cheia de modalidades.
- Em seu favor, a declaração do cabeça de lista – ‘não há modalidades auto-suficientes’! Uma verdade tão simples mas que até à data nenhum candidato ousou pronunciar!
-
Quanto ao futebol… disse alguma coisa, ‘uma estrutura profissional’, (com alguém que perceba de futebol, espera-se), uma voz na Liga de Clubes, sim, mas… quer baixar o orçamento!

E surge a terceira hipótese, face às dúvidas que me assaltam – votar nulo?!
É uma hipótese para quem ainda não deixou de sonhar!
Não me esqueço que ali bem perto do Restelo existe um clube centenário – o CIF (Clube Internacional de Futebol) – que como o nome indica foi fundado para jogar futebol e agora é conhecido apenas pelo ténis. Ainda lá existe um campo de futebol, uma lembrança do passado…

Saudações azuis.

O irritante Ronaldo

O futebol que desenvolve é irritante, a forma como marca os livres é irritante, é irritante a expressão, tudo nele é irritante. É óbvio que o país irritante o adora! Estão bem um para o outro. Ontem, ainda o achei mais irritante! Não pelo remate, saiu-lhe bem, e depois há sempre um Helton para sofrer aqueles golos. Mas pelas declarações, pela pesporrência com que explicou o feito!
Talvez me irritasse menos se os jornais sulistas não tivessem embandeirado em arco pela eliminação do Porto! Mas rejubilaram e o encarnado marcava hoje todas as manchetes. E sabem como sou alérgico ao encarnado. Aos verdes também porque fazem mal à barriga. Nem imagino se isto tem acontecido a algum dos clubes da segunda circular… Estávamos de luto carregado pela certa e o irritante Ronaldo já teria pedido desculpas pela inspiração! Outra patetice que os portugueses adoram!
Mas voltando ao irritante, ficamos todos à espera dos seus remates fulminantes ao serviço da selecção.

Saudações azuis.

segunda-feira, abril 13, 2009

Crónica pelo telefone

A jogos de vida ou de morte já não assisto por uma elementar questão de saúde. São muitos anos a morrer aos poucos e não vale a pena arriscar o golpe fatal. Por essa razão a crónica não é minha mas de um amigo com o qual estou sintonizado e que já sabe o que a casa gasta.
Falámos naturalmente das dificuldades em gerir uma vantagem de dois golos madrugadores! Quem não gostaria de se ver a ganhar por duas bolas a zero aos doze minutos de jogo! No primeiro golo até beneficiámos de um critério largo do árbitro! Pois noutras circunstâncias…
Mas lembrámo-nos
que tirando Saulo (uma oportuna aquisição no mercado de Inverno) a eficácia dos pontas de lança do Belenenses tem sido praticamente nula. Este foi aliás um dos grandes pecados cometidos no defeso pois nenhuma equipa sobrevive sem um ponta de lança efectivo. Recorde-se que em épocas anteriores tivemos Meyong e Weldon, qualquer deles com lugar de destaque na lista dos melhores marcadores!
Mas o Adriano não quis vir! E os entendidos entretiveram-se a descascar na defesa…
Esqueceram-se (até hoje!) de contar quantos golos marcou o Roncatto nas duas épocas que já leva no clube! Fiaram-se no Marcelo que ainda assim lá vai marcando um golito de vez em quando. Mas sobretudo acreditaram que a dupla José Pedro – Silas fosse mais produtiva. E se o primeiro continua dentro do aceitável a verdade é que Silas ainda nem se estreou!
Talvez esteja a guardar-se para os madeirenses.
Apesar de tudo, se temos convertido algumas das ocasiões de golo que fomos falhando escandalosamente no decurso do campeonato (estou a lembrar-me por exemplo do Vinicius em Matosinhos) era bem possível que já estivéssemos em situação mais desafogada. E aqui chegamos à definição de ponta de lança ou goleador - aquele que, jogue bem ou mal, vai marcando golos, feios ou bonitos, mas em que a bola entra na baliza e é validada pelo árbitro. O Belenenses não tem nenhum jogador assim.
A chamada ía longa mas ainda deu tempo para perguntar pelo guarda-redes?!
O ídolo dos adeptos deu barraca outra vez! Salvou uma data de golos em Coimbra, num jogo que perdemos, mas neste, que estávamos a ganhar e era proibido falhar… falhou. E quase ía comprometendo a vitória.
Jorge Jesus também se viu aflito na altura em que foi necessário substituir Marco Aurélio, ensaiando umas quantas alternativas que nunca resultaram completamente.
Esperemos que este rapazinho Júlio César, que defende penalties e bolas indefensáveis, aprenda rapidamente a defender as bolas defensáveis. E como venho repetindo precisa treinar mais as saídas aos cruzamentos.
Porque o primeiro a transmitir confiança à defesa tem que ser o guarda-redes.
E despedi-me do meu amigo com alguma frustração. É certo que ganhámos mas a incapacidade de gerir e ampliar o resultado perante uma equipa que jogou durante largos minutos reduzida a dez jogadores… é no mínimo preocupante.
Enfim, o que é preciso é ganhar.

Saudações azuis.

sábado, abril 11, 2009

Aleluia

O Belenenses venceu esta tarde o Vitória de Setúbal por duas bolas a uma. Marcaram Saulo (por duas vezes aos 6 e 12 minutos) e Michel Simplício a quatro minutos do fim reduziu para o Vitória. Com este resultado pode dizer-se que a esperança azul ressuscitou!
Saudações azuis.

terça-feira, abril 07, 2009

"Grupo de adeptos reunido com jogadores"!

A gente lê e não acredita. Mas é verdade!
Segundo noticiam os jornais "um grupo de adeptos reuniu-se com os jogadores nas instalações do clube. Os adeptos chegaram ao Restelo enquanto decorria o treino e sentaram-se no banco de suplentes do campo principal com o objectivo de falar com os jogadores..."!!!
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Ora bem, das duas uma: - ou as recentes alterações estatutárias determinam que o Belenenses entrou definitivamente em auto-gestão, e eu não sabia, ou a Comissão de Gestão devia explicar aos sócios o que se está a passar. E ocorrem-me naturalmente uma série de perguntas muito simples:
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.Quem é este 'grupo de adeptos' e quem lhes deu representação?
.Quem os autorizou a entrar no campo principal durante um treino?
.Qualquer outro grupo de adeptos pode fazer o mesmo? E quando muito bem entenderem?
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É claro que tudo isto não passa de mais um episódio caricato, daqueles que já não surpreendem no Belenenses, mas revela o estado a que o Clube chegou! Está completamente a saque.
Mas basta de denegrir, olhemos a parte positiva da questão - se por hipótese ganharmos o próximo jogo está finalmente encontrada a solução para os nossos problemas. Uma conversa semanal dos jogadores com este (ou outro!) grupo de adeptos e é vitória garantida. Talvez possamos dispensar o treinador e restante staff técnico. Directores para o futebol idem. Poupava-se imenso dinheiro.
A seguir fechem o Clube.
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Saudações azuis

segunda-feira, abril 06, 2009

Catilinária

“Até quando abusarás tu (Delgado) da nossa paciência…”!
Assim se expressava Cícero testando os seus limites e eu estou na mesma. Poderia seguir por outro caminho, tentar dizer bem de alguma coisa, rebuscar qualquer ideia construtiva… mas logo desisto, não seria entendido, a começar por mim próprio!
Vamos então a isto:

O jornal “A Bola”, que recebo gentilmente todas as segundas-feiras, é a imagem do país e nesse aspecto não tem culpa nenhuma de ser reflexo em vez de reflectir! E não tem culpa nenhuma porque os seus autores se consideram inimputáveis e gostam de o ser! Dizem eles que seguem as audiências, são incuráveis portanto.
É assim que dizer mal do jornal ou dos seus directores é um acto gratuito sem consequências, um mero desabafo de consciência, tal qual o tribuno romano.
Tomemos como exemplo o aplauso de Delgado ao juiz Costa da Liga (há Costas por todo o lado!) pelo jogo de castigo imposto ao Lizandro Lopez.
‘Piscineros’ é o título do aplauso, e a partir daqui está lançada nova confusão no futebol português. É disto que ele vive, o futebol e os jornais que temos. Para além do precedente perigoso seria útil deixar uma pergunta no ar – se o ‘polémico’ lance tivesse ocorrido num jogo, ainda que televisionado, mas em que não houvesse ‘prejuizo’ para os clubes da segunda circular, alguém acredita que aconteceria alguma coisa?! Nem processo, quanto mais condenação.
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Encerrando este assunto e por uma questão de coerência, nunca é de mais repetir: - existem determinados lances que não podem ser analisados (e valorizados) em câmara lenta porque as imagens assim obtidas, ou não captam, ou distorcem os efeitos dos pequenos impactos, decisivos para desequilibrar um jogador lançado em velocidade. Nestes casos só a visão directa e a velocidade real servem para ajuizar da legalidade do contacto. No caso em apreço o árbitro estava defronte para o lance. Mais tarde disse que se enganou... convencido pelos 'olhos' da câmara lenta!!! Outro precedente perigosíssimo!
Nunca me esqueço do lance que envolveu Porta, derrubado por Reyes (com um pequeno encosto) no momento em que se preparava para rematar. Eu vi uma grande penalidade clara. A televisão pública pôs a câmara lenta e disse que não era nada.
E o juiz Costa nem sequer sabe quem é o Porta!

Saudações azuis

sábado, abril 04, 2009

Calvário

Sem desfalecimentos os homens da Cruz de Cristo percorrem o seu calvário mas não lhes está prometida qualquer Páscoa. A passagem destina-se apenas à segunda divisão ou Liga Vitalis.
É realmente triste o que nos está acontecer e nem preciso de ver o jogo para adivinhar o que se passou em campo! Pois se andamos nisto há meses! Jornada após jornada as cenas repetem-se sem novidade: - entra um sai outro, vem dar no mesmo. Acabamos sempre por sofrer golos e raramente marcamos.
Um amigo dizia-me há tempos: - o Belenenses não é como as outras equipas, quando cai nos últimos lugares já dali não sai. E é verdade. Há dentro do clube uma doença da vontade, uma falta de arreganho (não confundir com violência), um amorfismo congénito que prende os movimentos, que faz baixar a cabeça, e parece que os próprios jogadores que contratamos obedecem a esse perfil tristonho, vencidos antes do tempo! Raramente chega um ‘vencedor’ ao Restelo e quando chega é normalmente posto de lado para não destoar com os que lá estão. Somos um clube de submissos e pensamos que a submissão é outra coisa!
Por isso a análise a mais uma derrota pouco tem a ver com as características técnicas dos jogadores ou com a táctica do Jaime Pacheco. A doença é mais profunda e infelizmente nenhuma das candidaturas que se perfilam no horizonte traz o remédio que precisamos.
Para a história o Belenenses perdeu um a zero em Coimbra e ficam a faltar sete jornadas para o fim.

Saudações azuis.