Fala-se de novo no projecto imobiliário, no centro de estágios, nas suas possíveis vertentes, localização, enfim, parece que alguma coisa está a mexer, a querer libertar-se das longas amarras que aprisionam o Belenenses…
Uma advertência: embora tenha sido o primeiro, desta nova vaga, a fazer o link para o célebre projecto imobiliário, aprovado numa não menos célebre AG, a verdade é que os intuitos que me moveram são os mesmos de sempre, a saber: retirar o clube do marasmo em que se encontra.
Sei quem fez o projecto, mas não tenho quaisquer interesses profissionais (e materiais) no mesmo, e inclusivamente, ao longo destes três anos já dei genéricamente a minha opinião sobre o que se deve ou não deve fazer no Restelo. Opinião que vai no sentido da requalificação da área, mas em consonância com a matriz do projecto inicial. Nada de habitações, de condomínios, de cimento armado a torto e a direito, estereótipos que estão na moda hoje mas não estarão por certo amanhã. E aqui é que bate o ponto: temos tendência a raciocinar e planear sobre o que nos parece ser o último grito do pensamento, esquecendo por um lado o que foi feito e entretanto abandonado, e por outro, considerando que chegámos ao fim da história!
Dou um exemplo simples: quando o Benfica resolveu fechar o terceiro anel, preparando-se para assistências da ordem das cem mil pessoas, toda a gente estava convencida que esse seria indiscutivelmente o caminho do futebol. Passaram poucos anos e todos concluem, infalivelmente, o contrário! Ou seja, estádios (melhor dito, pavilhões para futebol) com vinte a trinta mil pessoas é que está certo.
Por isso e para não nos enganarmos, nada melhor do que ir seguindo o caminho que os antepassados foram traçando, com o especial cuidado de distinguir sempre o essencial do acessório. E explico outra vez, desta vez a propósito da localização do ambicionado ‘centro de estágio’: em primeiro lugar levantemos como o perdigueiro as narinas para o futuro – será que os centros de estágio, tipo ‘alcochete’ fazem parte desse futuro?! Se fazem, então o Belenenses deve acompanhar a concorrência. Mas sem deixar de ser Belenenses, ou seja, o local deve ser criteriosamente escolhido em obediência a duas vertentes, que afinal se sobrepõem: deverá localizar-se numa região onde ainda exista alguma tradição azul, e como tal, terá de ser sempre numa zona ribeirinha.
Para o fim deixo o alerta amarelo: vivemos uma conjuntura recessiva, que acabará por afectar todas as actividades, o aperto do cinto é já uma realidade do dia a dia dos portugueses e o negócio do futebol também irá sofrer, nomeadamente as benesses com origem no orçamento de estado.
Recordemos a propósito o que está a acontecer ao Boavista, num percurso que encontra semelhanças no nosso passado e declínio. Também eles se meteram numa obra que derrapou e também eles são os únicos que a têm de pagar sem as ajudas que os outros tiveram…e têm!
Não é para desistir, é para aprender e não voltar a errar.
Saudações azuis.
Uma advertência: embora tenha sido o primeiro, desta nova vaga, a fazer o link para o célebre projecto imobiliário, aprovado numa não menos célebre AG, a verdade é que os intuitos que me moveram são os mesmos de sempre, a saber: retirar o clube do marasmo em que se encontra.
Sei quem fez o projecto, mas não tenho quaisquer interesses profissionais (e materiais) no mesmo, e inclusivamente, ao longo destes três anos já dei genéricamente a minha opinião sobre o que se deve ou não deve fazer no Restelo. Opinião que vai no sentido da requalificação da área, mas em consonância com a matriz do projecto inicial. Nada de habitações, de condomínios, de cimento armado a torto e a direito, estereótipos que estão na moda hoje mas não estarão por certo amanhã. E aqui é que bate o ponto: temos tendência a raciocinar e planear sobre o que nos parece ser o último grito do pensamento, esquecendo por um lado o que foi feito e entretanto abandonado, e por outro, considerando que chegámos ao fim da história!
Dou um exemplo simples: quando o Benfica resolveu fechar o terceiro anel, preparando-se para assistências da ordem das cem mil pessoas, toda a gente estava convencida que esse seria indiscutivelmente o caminho do futebol. Passaram poucos anos e todos concluem, infalivelmente, o contrário! Ou seja, estádios (melhor dito, pavilhões para futebol) com vinte a trinta mil pessoas é que está certo.
Por isso e para não nos enganarmos, nada melhor do que ir seguindo o caminho que os antepassados foram traçando, com o especial cuidado de distinguir sempre o essencial do acessório. E explico outra vez, desta vez a propósito da localização do ambicionado ‘centro de estágio’: em primeiro lugar levantemos como o perdigueiro as narinas para o futuro – será que os centros de estágio, tipo ‘alcochete’ fazem parte desse futuro?! Se fazem, então o Belenenses deve acompanhar a concorrência. Mas sem deixar de ser Belenenses, ou seja, o local deve ser criteriosamente escolhido em obediência a duas vertentes, que afinal se sobrepõem: deverá localizar-se numa região onde ainda exista alguma tradição azul, e como tal, terá de ser sempre numa zona ribeirinha.
Para o fim deixo o alerta amarelo: vivemos uma conjuntura recessiva, que acabará por afectar todas as actividades, o aperto do cinto é já uma realidade do dia a dia dos portugueses e o negócio do futebol também irá sofrer, nomeadamente as benesses com origem no orçamento de estado.
Recordemos a propósito o que está a acontecer ao Boavista, num percurso que encontra semelhanças no nosso passado e declínio. Também eles se meteram numa obra que derrapou e também eles são os únicos que a têm de pagar sem as ajudas que os outros tiveram…e têm!
Não é para desistir, é para aprender e não voltar a errar.
Saudações azuis.
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