segunda-feira, junho 29, 2015

O que eu temia…

A tinta ainda fresca do meu último postal e já oiço novas sobre Dálcio que não me agradam. Porque será?! Porque sou chato, porque sou uma daquelas relíquias que não compreendem a evolução dos tempos, onde é tudo uma questão de euros, perdão, de kuanzas ou patacas, enfim, porque me agarro a coisas mesquinhas como a dignidade, porque não me habituo a engolir sapos, etc.!

Mas deixemos o meu ego para nos centrarmos no ego do Dálcio. Diz o rapaz na sua ingenuidade: - Que já está a treinar sozinho! Para aparecer em grande e convencer Sá Pinto! Que a nova época é fundamental para convencer o Benfica! Que está convencido que o Belenenses é o clube ideal para isso.
As palavras não serão estas, mas a ideia é.

E daqui para a frente, nos jogos, nos jornais, na televisão, quando alguém se referir a Dálcio, lá teremos que ler ou ouvir – o jogador do Benfica emprestado ao Belenenses! Menos em dois jogos. Naqueles em que não irá defrontar o Benfica!

Saudações azuis


Nota: E desculpem lá qualquer coisinha.

quinta-feira, junho 25, 2015

Dálcio

Vamos lá então falar do Eucidálcio e nada melhor que uma história para não ter que fazer um desenho.
Dálcio, contaram-me, vinha no Metro de Almada muito entusiasmado e a razão prendia-se com o facto de ir a caminho de Belém para rubricar um contrato profissional. Era o realizar de um sonho para um jovem que já tinha passado por um dos eucaliptos e fora preterido. Seguiu-se um pequeno clube da margem sul onde o Belenenses o foi buscar para jogar nos juniores. Uma história comum.

Acontece que Lito, treinador do Belenenses, queixando-se das poucas alternativas que tinha para o ataque e vendo ali um jogador com futuro terá acelerado o processo e eis Dálcio a jogar na Taça da Liga, a driblar dois jogadores do Sporting e a apontar um golo de categoria! Os adeptos deliraram e viram ali um novo ídolo, alguém que vingasse as derrotas do presente, alguém que nos lembrasse o passado. É um erro mas é assim que o coração funciona. Foi sol de pouca dura.

A comunicação social entrou em cena, Dálcio foi logo convocado para a selecção de sub-qualquer coisa, o Benfica também terá entrado em cena, deu as suas ordens, prometeu os tostões do costume, e Dálcio deixou de ser do Belenenses. Vai continuar a rodar no Restelo, mais um ano ao que se diz, e se vingar, então o Benfica tomará conta do negócio. E eu pergunto: - que raio de negócio é este afinal?! Nem se percebe para que quer o Belenenses um centro de formação?! Ou percebe-se, se for uma sucursal do Seixal.


Saudações azuis



Nota: Uma das respostas possíveis às questões que levanto seria esta: - se o Dálcio não ficar no Belenenses mais um ano, vai rodar para um clube da concorrência! Pois que vá, é preferível tentar valorizar outro jovem jogador e se tivermos necessidade de o vender, pois que se venda no mercado externo, aos preços de mercado. Digo mercado externo porque o mercado interno é uma armadilha, não existe. É um mercado de tesos onde havia três tesos que tinham crédito ilimitado no BES, PT, e em mais umas quantas empresas falidas d'aquém e d'além mar! Isso ainda não acabou, mas vai ter que acabar.

terça-feira, junho 23, 2015

Emprestados (Parte dois)

No último postal não houve tempo para propor uma alternativa à má solução adoptada pela Liga. Faço-o agora.

Ora bem se a Liga estivesse realmente preocupada com a verdade desportiva, e como lhe compete, em aumentar a competitividade do campeonato português, teria começado por reduzir os direitos de propriedade dos clubes acabando assim com o sistema feudal em vigor! Feudal no sentido de que tudo o que nasce e cresce no Condado, se por acaso tem algum valor, é propriedade de três senhores feudais!

Muito concretamente teria que estabelecer um tecto de inscrições e por essa via limitava drasticamente o número de jogadores profissionais na propriedade de cada clube. Não arrisco o número mas deveria chegar para as necessidades da equipa principal uma vez que a equipa B, a existir, deveria incluir alguns jogadores da formação ainda sem contrato profissional.
Mas a Liga não foi por aqui. E não foi por aqui porque está ao serviço do regime feudal.

E pergunta-se: - para além das equipas B, que abastardam completamente a segunda Liga, para além do número de jogadores que podem emprestar e rodar no primeiro escalão, três por clube, teoricamente quarenta jogadores por cada um dos eucaliptos, o que é preciso mais para transformar o futebol português numa fraude?!

Acham bem um sistema que levou a esta realidade?! Em que três clubes são práticamente os donos de todos os bons jogadores e os restantes quinze meros satélites?! Sem hipóteses de rentabilizar no mercado exterior os seus formandos?!
Acham mesmo bem?!

Saudações azuis



Nota: Para a próxima falarei sobre Dálcio e a hipótese de ficar no Restelo mais uma época sendo já jogador do Benfica! Uma hipótese que repudio e que a ir para a frente continuará a ferir a alma belenense. E a adiar a retoma azul. 

Emprestados, piso sitético, etc.

É conhecida a posição deste blogue sobre empréstimos de jogadores entre clubes que participam no mesmo campeonato. Somos contra. E somos contra porque a verdade desportiva é o valor que importa defender em qualquer competição. Os empréstimos, por mais voltas que lhes queiram dar, são sempre empréstimos e colocam os clubes que os aceitam em situação de favor. Não apenas nas quatro linhas, mas nas assembleias de voto, ou nas várias querelas em que o futebol português é fértil. A perfomance do jogador também pode ser alvo de suspeições quando este defronta o clube que é proprietário do seu passe. Mas é pior se não joga porque então o clube a quem está emprestado acaba por jogar desfalcado quando defronta o clube cedente. E a verdade desportiva deixa de existir.

E então o que fez a Liga para solucionar o assunto?! Fez uma lei! E se é sempre melhor ter uma lei do que não ter nenhuma temos que admitir que esta lei preocupou-se mais com os interesses dos clubes proprietários do que com a verdade desportiva!
Assim, e deve ter sido este o raciocínio da Liga, um clube poderá ter nove jogadores emprestados, três do Benfica, três do Porto e três do Sporting, e as coisas ficam equilibradas entre eles, e já não podem reclamar uns dos outros! 
Acertei?!
Concluindo,  verdade desportiva só interessa entre os grandes. O resto é lixo.


Saudações azuis


Nota : Faltou-me falar do piso sintético que construímos no campo nº2, mas isso até dói. Há dois Belenenses - o clube recreativo que anda a dar cabo do futebol, e custa-me  dizer, o Belenenses que é gerido pela SAD sem belenenses, mas que faz alguma coisa pelo futebol. E o Belenenses sem futebol, não estou a falar de futebol feminino, nem de futebol salão, nem de futebol de praia, não é Belenenses. 






sábado, junho 13, 2015

Escrever sobre o Belenenses…

Tirando as notícias, todas iguais dos diários desportivos, e uma ou outra intervenção dos órgãos que comandam o clube, ninguém mais escreve ou fala sobre o Belenenses. Sabemos que algumas eminências da comunicação social fazem questão de lembrar, de vez em quando, que são adeptos do clube! Mas deve ser do antigo, do que lutava pelo título, porque há muito que só se ocupam dos três eucaliptos.
Existem evidentemente outras plataformas de intermediação, estilo face book, etc, e ainda não há muito tempo a blogosfera azul estava bastante activa, emitindo com regularidade informação e comentário sobre o Belenenses. Mas tudo isso se calou. Raríssimos sobrevivem! É aliás esta verificação que me tem motivado a escrever mais… e naturalmente a acertar menos.
E aqui levanta-se sempre a velha questão: - faz sentido haver um blog que se diz belenense, e passa a vida a criticar o seu clube?!
A resposta não é fácil mas tem um pouco a ver com a paz dos cemitérios. Aí também não se ouvem muitas críticas! E eu espero ‘vivamente’ que o Belenenses ainda esteja vivo.

Construída a justificação, um breve comentário sobre os últimos desenvolvimentos noticiosos.
Sobre Sá Pinto gostei das suas primeiras declarações. E a primeira impressão é muitas vezes a que fica.
Sobre o presidente da SAD gostei do enunciado das virtudes que recomendam um treinador. E também estou a gostar da política de aquisições, que sem desprimor para ninguém, com a sangria que leva os mais badalados, ocupam agora a linha da frente, quer em termos de maturidade, quer em termos de atributos técnicos. Uma boa aposta!
O que falta então, sem ser animar a malta?! O meio campo ainda não me convence. E quem irá marcar quatorze ou quinze golos no campeonato?!


Saudações azuis

Nota importante: Lamento como não podia deixar ser a suspensão da Taça de Honra de Lisboa. Diz-se que foi para não a desvalorizar atendendo a que Benfica e Sporting têm compromissos mais rentáveis no exterior. Acredito. O que eu também acredito, e já me referi a este assunto, é que enquanto os três grandes clubes de Lisboa não perceberem a importância da Taça de Honra (e não só) para polarizar de novo em Lisboa o eixo do futebol nacional... então ainda não perceberam nada.  

quarta-feira, junho 10, 2015

Sá Pinto, ponto final

Umas horas depois de ter publicado o meu anterior postal surgiu a confirmação oficial de que Sá Pinto será o novo técnico do Belenenses. Terminam portanto aqui as minhas especulações sobre o assunto. Para trás fica a lembrança de Lito e a continuidade de Jorge Simão, responsáveis pela boa época que fizemos e a quem desejo as melhores felicidades. Quanto a Sá Pinto espero o que todos os belenenses esperam, que seja um passo em frente no regresso, sempre adiado, ao nosso ADN - lutar pelo título que já ganhámos. Da primeira Liga, evidentemente.

Saudações azuis

terça-feira, junho 09, 2015

E se fosse Marco Silva o escolhido?!

Embora não tenha sido ainda apresentado, Sá Pinto será ao que tudo indica o futuro treinador do Belenenses. E como já aqui escrevi o treinador que a SAD escolher passará a ser o meu treinador. Dito isto nada me impede de especular sobre outras hipóteses, mesmo as mais improváveis! Mas atenção, uma hipotética ida de Marco Silva para o Belenenses não é mais inverosímil do que a mudança de Jesus para Alvalade! Aliás posso até dizer que depois disto, tudo é possível! E ainda bem.

Mas vamos lá ver quem era Marco Silva antes de treinar o Sporting?! Um jovem treinador que, como outros, tinha feito sucesso num clube de menor dimensão. No caso, o Estoril. É claro que não podia ter ido para o Belenenses quando saiu do Estoril e por variadíssimas razões. Razões e circunstâncias. Para além do Belenenses assumir um vago ‘projecto de recuperação a sete anos’, lutava desesperadamente para não cair de novo na segunda Liga. As circunstâncias também eram adversas.

Mas podemos imaginar outras circunstâncias: - tivesse Leonardo Jardim continuado no Sporting, não tivesse o Paulo Fonseca sido o flop que foi no Porto, tivesse o Belenenses feito o que fez esta época, e por último, mas em primeiro lugar, tivesse o BES falido um ano antes, e a possibilidade de Marco Silva rumar ao Restelo não seria assim tão absurda.
É claro que era preciso que o investidor quisesse, e querendo, tivesse capacidade (e o golpe de asa) para tal.


Saudações azuis

segunda-feira, junho 08, 2015

Chegou a tua hora Belém!

Aproveita a maré verde que escancarou o nacional-benfiquismo, que revelou o silêncio cúmplice do rotativismo norte-sul, que só a Benfica e Porto interessava. Aproveita as poucas energias que te restam, e abandona as subserviências em que vegetas. Se queres ser escravo arranja ao menos um patrão que não esteja falido, que não tenha contribuído para a falência do BES, da PT, etc, etc,. Um patrão de preferência africano, malaio, chinês, e que não sofra da coluna vertebral.

Como já reparaste está tudo falido e por isso todos falam agora em aproveitar a formação! Mas curiosamente tu nem isso tens! Pelo menos não tens um centro de formação como os outros. E quando consegues formar alguém o rapaz já está hipotecado ou vendido à concorrência. Assim não dá. Diz-me lá uma coisa Belenenses – há quanto tempo não ganhas um campeonato de iniciados, juvenis ou juniores, em futebol?! Pois é, não dá para continuar a brincar às quintinhas com o dinheiro das rendas e de vez em quando apresentar uns campeões de modalidades que só chegam ao topo enquanto os ‘eucaliptos’ não se lembram de lá ir buscar a malta toda! Lembras-te da última experiência de futsal, não é verdade?!
Portanto toca a abrir a pestana se ainda queres apanhar o comboio. Ele está aí à tua espera.

Três notas:
Não quis atingir ninguém com este postal, o destinatário é mais profundo, tem a ver com o espírito instalado no clube, sem ambição e sem alma.

A segunda nota refere-se à recusa do director desportivo em abandonar o projecto há pouco iniciado. Louvo evidentemente a atitude mas posso acrescentar que são essas as atitudes que espero sempre de quem trabalha no Belenenses.

A terceira nota tem a ver com o presidente do Sporting, um vilão universal para os media, apenas porque defendeu os interesses do seu clube! Dá que pensar.



Saudações azuis

sexta-feira, junho 05, 2015

Vou eu para director desportivo!

E se isso acontecer podem ter a certeza que nenhuma movimentação (ou convite) dos ‘eucaliptos’ me há-de fazer mudar de ideias. Não será o dinheiro que me há-de afastar do projecto que ainda ontem abracei! Seja o Real Madrid a pedir, o Mourinho a exigir ou o Jesus a implorar. Não, não vou dar o salto para lado nenhum, já não tenho idade para dar saltos, por causa da coluna…
Só preciso de um carro com motorista e uma guia de marcha que me leve a esses pelados longínquos onde nascem e crescem os jogadores de futebol. Mais nada.

Mas agora pergunto, qual é a necessidade de Sporting, Benfica e Porto andarem a fazer prospecção de jogadores se tudo o que nasce e é bom lhes é oferecido de bandeja?!
O Belenenses, sim, precisa, muito embora seja assaltado depois e lhe roubem algum diamante que por acaso tenha descoberto. Isso é que não pode continuar. Sim, é verdade, estas notícias incomodam-me. E não consigo disfarçar com frases feitas: - ‘é futebol, são profissionais’! Aqui, quando a frase chega ao fim, apetece-me soltar um palavrão.


Saudações azuis    

quinta-feira, junho 04, 2015

Em nome do pai!

Em nome do pai, ferrenho sportinguista, e com a ajuda do espírito santo de Angola, Jorge Jesus atravessou a segunda circular, como outrora Júlio César atravessou o Rubicão! E os dados assim lançados produziram como seria de esperar surpresa e choque, e uma série de reacções que adiante comentarei. Surpresa agradável para as hostes leoninas, choque terrível para a nação benfiquista. Em suma, um dia interessante para o futebol português! Mais interessante seria se no aeroporto da Portela desembarcasse, vindo de Moçambique, um novo Matateu com destino ao Belenenses! Que pudesse ser nosso, sem estar hipotecado a ninguém, que pudesse marcar golos em todas as balizas do campeonato! Mas não chegou ainda esse dia… Voltemos então a Jesus, ao seu gesto, e às reacções do nacional-benfiquismo:

O Correio da Manhã, por exemplo, noticiava a toda a largura da primeira página, que tinha sido o (mau) dinheiro africano a afastar Jesus do bom caminho! E insidiosamente exibia a fotografia dos grandes accionistas de Alvalade! Os outros órgãos noticiosos também estavam tristes preferindo realçar a contratação de Rui Vitória. Entre os adeptos a sensação era a do marido enganado, optando alguns por minimizar a situação repetindo um velho disparate – ‘que Jorge Jesus não sabe aproveitar a formação’! É exactamente ao contrário, Jorge Jesus forma ele próprio os jogadores que precisa, valoriza-os como ninguém, para serem depois vendidos muito acima do seu valor real! Aliás o Benfica nunca vendeu tanto e tão bem. Já assim acontecera no Belenenses.

E para terminar uma pequena ferroada. Mais uma. Nem quero imaginar o desespero do pseudo belenense Manuel Sérgio com esta travessia. Bem sei que é só uma avenida, mas para onde irão agora as profecias de amor eterno entre Jesus e Vieira, com a Champions pelo meio?! Será que vai adaptar-se a uma versão verde e branca?! Eu prefiro esperar por outro Matateu.


Saudações azuis

quarta-feira, junho 03, 2015

A geografia do campeonato

Quem olhar (com olhos mal vistos) para os resultados deste último campeonato pode chegar à conclusão que o norte do país está a perder gaz em relação ao sul, se considerarmos no sul a região de Lisboa. Com efeito quer o bicampeonato e a Taça da Liga, ganhos pelo Benfica, quer a Taça de Portugal conquistada pelo Sporting, além do encurtamento pontual para o Porto, são factores que vão nesse sentido. Como vai nesse sentido o sexto lugar alcançado pelo Belenenses, e a possibilidade (ao fim de muitos anos de jejum) de uma prova europeia! Sem esquecer naturalmente o Estoril que se manteve na primeira Liga.
Mas as coisas não são bem assim e explico:

Em primeiro lugar existe uma nova realidade geopolítica que são as autonomias regionais, sendo que a Madeira terá este ano três emblemas a disputar a primeira Liga: - Marítimo, Nacional e União.
Não é um fenómeno ocasional, é uma situação duradoura, pois já há alguns anos que pelo menos dois clubes da Madeira disputam a Liga principal, o que diz muito sobre o sucesso (a todos os níveis) de tal modelo de organização política! E que estranhamente ninguém quer adoptar no continente!

A outra questão prende-se com o enfraquecimento dos clubes da margem sul do Tejo! Em anterior postal já me referi à política de ocupação levada a efeito por Benfica e Sporting, com a conivência das próprias autarquias. Depois do socialismo, esta intrusão foi o golpe final nas aspirações de alguns emblemas que eram uma peça importante nas contas do campeonato. Barreirense, CUF, Montijo, Amora ou Seixal, dois deles alternavam quase sempre na primeira divisão garantindo assim um maior equilíbrio entre o norte e o sul. Equilíbrio que se rompeu a seguir ao 25 de Abril, aproveitando o Porto para copiar aquele modelo. E deu-se bem.
Quanto ao sul própriamente dito o melhor é esquecer. No actual ‘deserto’ só o Vitória de Setúbal resiste, e não sei por quanto tempo!

Analisando agora as outras mudanças em resultado das subidas provenientes da Liga de Honra, regista-se algum assomo de interioridade, com o Tondela a subir, enquanto Covilhã e Chaves ficaram perto. Mas a verdade é que fica tudo a norte de Coimbra! Por outro lado o Boavista veio para ficar, reforçando assim a região do Porto.

Do exposto podem tirar-se algumas ilacções:

A região de Lisboa só terá chances de competir com a região norte se os seus principais clubes (Benfica, Sporting e Belenenses) adoptarem uma estratégia de valorização da sua própria região. E ninguém fará esse trabalho por eles. Uma estratégia que respeite as diferenças, mas com espírito de região autónoma. Esse modelo acrescentaria rivalidade e atrairia mais público. Mais público porque em lugar de haver apenas dois jogos grandes em Lisboa, passava a haver seis! Era assim quando Lisboa tinha a hegemonia do futebol.
Não querem repetir?!


Saudações azuis

Nota básica:- Não se conclua que tudo depende do Belenenses e do seu regresso à antiga condição competitiva. Também é preciso que Benfica e Sporting não o estejam permanentemente a desvalorizar. Só há grandes jogos se os adversários forem competitivos.

segunda-feira, junho 01, 2015

Reforços

Sobre os já confirmados pouco tenho a dizer, não os conheço, excepto o Tiago Almeida. No entanto, falar de reforços é falar dos problemas que existiram durante a época e tentar resolvê-los no futuro.

Ora bem, e seguindo o modelo clássico, digamos que no quarteto defensivo, tivemos dificuldades ao nível dos defesas laterais, especialmente no lado esquerdo, onde jogámos muitas vezes com adaptações. No centro da defesa, e depois do afastamento de Tikito, as lesões e castigos criaram-nos situações complicadas.
Portanto, precisamos indiscutivelmente de mais um defesa esquerdo. No lado direito a hipótese Geraldes, dependendo das condições do regresso, seria uma boa aposta. Para o centro da defesa e mesmo que Meira fique precisamos de mais um central.

No meio campo a possível saída de Pelé é mais uma razão para manter Meira, atendendo á sua polivalência. Mas não chega. Precisamos de um médio para a placa giratória e o nome de André Santos seria uma boa contratação. É jovem, raçudo, não se percebe porque não vingou no Sporting!

No ataque a contratação de Traquina pode resolver algumas coisas na ala direita. No entanto permanecem muitas indefinições. Miguel Rosa?! Deyverson?! Rui Fonte?! A realidade nua e crua mantém-se: – criamos poucas oportunidades e marcamos poucos golos! É preciso dar a volta à situação. Tiago Almeida precisava na altura de rodagem e aprendizagem. Já as adquiriu?! Outra indefinição. Aguardemos… com alguma ansiedade!

Uma ultima nota sobre o próximo treinador: cabe ao presidente da SAD escolher o treinador que melhor serve os interesses do Belenenses, que coincidem com os seus, na qualidade de investidor. Assim, o que ele escolher será naturalmente aceite por todos e todos faremos força para que realize um trabalho que corresponda às expectativas (cada vez mais altas) dos adeptos belenenses.


Saudações azuis