A regra ontem aprovada pela FIFA “segundo a qual as equipas podem alinhar com um máximo de cinco jogadores estrangeiros, sendo os restantes seis obrigatóriamente elegíveis para jogar na selecção nacional do clube em causa (…) esbarra como se sabe nas leis da União Europeia pois é contrária ao princípio da livre circulação (…) e o comissário europeu para o emprego e assuntos sociais já considerou que a regra é inaceitável, deixando um aviso claro: serão levantados processos de infracção contra os estados membros que a apliquem”.
Deixando para melhor altura uma análise aos aspectos rácicos e xenófobos da proposta Blatter (que visa atingir os jogadores brasileiros e é portanto contrária aos interesses do universo lusíada), olhemos a questão à luz das consequências para um clube como o Belenenses:
Todos sabemos que sem a enorme oferta de jogadores bons e baratos oriundos do Brasil o campeonato português seria ainda menos competitivo, e se os clubes com menos posses (leia-se ‘apoios do estado’) tivessem que utilizar obrigatóriamente seis jogadores portugueses em cada jogo (com as naturalizações mais dificultadas, a obrigarem a cinco anos de residência contra os actuais dois) fácilmente se conclui que os bons jogadores portugueses seriam imediatamente arrebanhados pelos três clubes do costume. Para os outros ficaria o refugo, e então o fosso desportivo entre grandes e pequenos ainda seria maior.
É isto que queremos?
Claro que não.
Saudações azuis.
Nota: Michel Platini já disse que considerava a proposta bastante positiva, portanto a UEFA continuará (democraticamente) a apoiar os interesses dos grandes clubes. Resta-me adivinhar qual será a opinião da federação portuguesa de futebol.
Fonte: Jornal Record de 31/05/08
Deixando para melhor altura uma análise aos aspectos rácicos e xenófobos da proposta Blatter (que visa atingir os jogadores brasileiros e é portanto contrária aos interesses do universo lusíada), olhemos a questão à luz das consequências para um clube como o Belenenses:
Todos sabemos que sem a enorme oferta de jogadores bons e baratos oriundos do Brasil o campeonato português seria ainda menos competitivo, e se os clubes com menos posses (leia-se ‘apoios do estado’) tivessem que utilizar obrigatóriamente seis jogadores portugueses em cada jogo (com as naturalizações mais dificultadas, a obrigarem a cinco anos de residência contra os actuais dois) fácilmente se conclui que os bons jogadores portugueses seriam imediatamente arrebanhados pelos três clubes do costume. Para os outros ficaria o refugo, e então o fosso desportivo entre grandes e pequenos ainda seria maior.
É isto que queremos?
Claro que não.
Saudações azuis.
Nota: Michel Platini já disse que considerava a proposta bastante positiva, portanto a UEFA continuará (democraticamente) a apoiar os interesses dos grandes clubes. Resta-me adivinhar qual será a opinião da federação portuguesa de futebol.
Fonte: Jornal Record de 31/05/08
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