quarta-feira, maio 09, 2012

O que está e o que se adivinha!

Escrevi em tempos uma crónica onde adivinhava o futuro. Esse futuro, imaginava eu, iria selecionar, por baixo, os participantes num também futuro campeonato nacional. E aí talvez houvesse lugar, outra vez, para um Belenenses mais forte, se entretanto conseguíssemos sobreviver. Porque é de sobreviver que se trata, num país onde o dinheiro começa a faltar para o essencial e o essencial não é o futebol. Por muito que isso custe a entender a muita gente. Por essa razão os clubes habituados a viver (exclusivamente) dos orçamentos autárquicos (ou das autonomias regionais) vão ter que apertar o cinto correndo o risco de desaparecer, a prazo, do futebol profissional. Sirva de exemplo a União de Leiria, um clube sem adeptos, que joga na Marinha Grande enquanto alguns vereadores leirienses propõem a demolição do próprio estádio de Leiria! No meio destes escombros, hão-de salvar-se, dizia, os clubes com um passivo aceitável e com alguma força associativa. Ora bem, não conhecendo a situação em pormenor, parece-me no entanto que o Belenenses ainda reúne as condições requeridas. Portanto, com coragem (algum dinheiro) e bom senso… vamos lá.



Nota: - A tentação da liguilha esbarrou na Covilhã, o empate não chega. Mas como acima escrevi, terá de haver solidez na escalada. Até ao lugar que ambicionamos e é o nosso.



Saudações azuis

quarta-feira, maio 02, 2012

Alargamento, sim ou não?!

Primeira questão: - a quem é que não interessa o alargamento?

Resposta: - aos grandes, Benfica, Sporting e Porto.

Porquê?

Por várias razões e todas elas duvidosas:

- Porque quanto mais depressa resolverem esse detalhe chamado campeonato nacional (que lhes dá prejuizo) mais depressa se qualificam para as provas europeias (leia-se ‘liga dos campeões’) e assim, mais depressa recebem as quantias que a liga milionária oferece.

- Porque podem efectuar as suas digressões de fim de época com calma e sossego.

- Porque não sofrem (como os outros clubes) o facto de terem os jogadores parados e a ganhar salário, uma vez que os respectivos plantéis são maioritáriamente constituídos por jogadores internacionais, sempre envolvidos em competições e deslocações (nomeadamente ao continente americano). Sem esquecer as férias dos mesmos craques.



Segunda questão: - a quem é que interessa o alargamento?

Resposta: - aos restantes clubes.

Porquê?

- Pelas razões opostas acima enunciadas, ou seja, não há liga dos campeões à vista, não há digressões de fim de época que valham a pena e o facto de manterem jogadores parados, a ganhar salário, é forte penalização.

Resumindo e concluindo: - o calendário é feito a pensar nos grandes e na selecção.



Terceira questão: - com o alargamento pode aumentar o número de clubes com salários em atraso?

Resposta: - Não. Porque o problema dos salários em atraso existe hoje, sem alargamento, e para a quase totalidade dos clubes da primeira e segunda Ligas. Logo, as causas devem procurar-se noutro lado. Não é aumentando o número de jogos e receitas que virá mal ao mundo. O contrário, sim.

Outra questão são as aldrabices e a falta de coragem para reformar o futebol português de alto a baixo. E ele só não é reformado porque os ‘grandes’ não querem.



Saudações azuis