segunda-feira, julho 27, 2009

Construir

Deve ser muito difícil dirigir o Belenenses!
Dou razão ao Telmo Carvalho – vendam a SAD porque quem a comprar não vai querer perder dinheiro. Tal como está, andamos a ver passar os comboios e o Belenenses nada lucra com isso. Além do mais é fonte de suspeições e calúnias, e se calhar, entreposto de interesses alheios.
Esta situação não favorece o Belenenses, não favorece os negócios em que o Belenenses esteja interessado, apenas favorece a irresponsabilidade e o nevoeiro! Muito nevoeiro! Para cúmulo, a direcção em lugar de cumprir o programa para a qual foi eleita, vem dar satisfações aos grupos de pressão que a ‘apertam’! Desculpem lá, mas não é assim que se dirige um clube profissional de futebol.
Houve eleições, candidatou-se quem quis, ganharam estes, portanto toca a baixar a bola.
O que se passou o ano passado, arruaças, ‘apertos’ a treinadores, treinos interrompidos por técnicos improvisados, isso não pode voltar a suceder no CF “Os Belenenses”. Esses irresponsáveis não podem continuar a dar cabo do clube, ainda por cima convencidos que são os ‘salvadores da pátria’!

E depois assistimos a situações caricatas, situações que só acontecem no Belenenses! Por exemplo, enquanto o Mourinho se fartou de ‘oferecer’ oportunidades de negócio ao Porto, através do Chelsea, e não só, os sócios do Restelo preferem andar a insultar o Jorge Jesus, a encararem a possibilidade de um excelente negócio para o Belenenses!
Que me interessa a mim quem ganha também com a transferência?! Que interessa agora estar a escalpelizar o contrato feito com o Júlio César em 2008?! Foi o que foi. Melhor do que o costume, porque o costume é sermos fintados. O costume é não recebermos nada.
Tomara eu que o Jorge Jesus se interesse por outros jogadores do Belenenses. Desde que esses jogadores sejam mesmo do Belenenses! Aí é que bate o ponto.

Mas neste momento o que interessa é a equipa de futebol que vai jogar na Liga Sagres. É sobre ela que vou dar alguns palpites, um exercício de ficção sugerido num ‘comentário’ da concorrência – faça você a equipa do Belém!
Pois muito bem, uma equipa acessível - vendo o Júlio César ao Benfica, e em lugar de receber o dinheiro em prestações a perder de vista, exijo em troca três jogadores emprestados por uma época, sem aumento de despesa para o Belenenses. Contento-me com um dos guarda-redes que eles lá têm, com um avançado, e com o polivalente Jorge Ribeiro.
Se pudesse escolher o avançado escolheria o Mantorras, que apesar das maleitas ainda marca golos. E ficávamos a ganhar com o negócio - apagavamos uma estrela na Luz e cativavamos a comunidade angolana no Restelo; Jorge Ribeiro jogaria a defesa esquerdo (Diego e Pires devem ser lançados com calma) e passávamos a ter um especialista em bolas paradas, incluindo os cantos.
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Ainda preciso de um defesa direito, de um central de raiz e sobre o meio campo tenho dúvidas! Tenho dúvidas porque nunca vi jogar o Barge nem o Ivan. O Celestino é um jovem, tal como o Pelé, André Almeida e o Freddy. Não podem jogar todos ao mesmo tempo.
Mas o meio campo é um sector vital. Parece que continuamos a ser dominados pelos adversários, não agarramos jogo, perdemos a bola facilmente, e não há pulmão para jogarmos a alto ritmo do princípio ao fim. E sem pulmão as compensações falham, o risco de sofrermos golos aumenta exponencialmente. Como se tem visto.
Não são só as hesitações ‘centrais’, as 'avenidas' laterais, ou mesmo ‘o baluarte’, os únicos responsáveis pelos golos sofridos. É todo o sistema defensivo, no qual o meio campo ocupa papel primordial.
Se o adversário tem mais bola que nós, é natural que crie mais oportunidades de golo. Se perdemos a bola com facilidade, os contra ataques adversários tornam-se mortíferos.

Portanto, muito trabalho tem este treinador para inverter a situação e fabricar um meio campo operário, que segure a bola quando for preciso e saiba passá-la a propósito.
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Pensando melhor, poupava no defesa direito porque o Mano faz o lugar, mas o central de raiz terá de ser adquirido. E não podemos facilitar, tal é a pressão (e a convicção de alguns sócios) sobre a falta de qualidade dos actuais.
Num golpe de asa ainda ía buscar um extremo, daqueles que ‘furam’ pelas faixas laterais. Mas já não deve haver verba.
Se o negócio Júlio César falhar, as nossas necessidades mantém-se. E sem dinheiro teremos que ir bater a outra porta. O problema é a moeda de troca.
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A humildade também é um sinal de grandeza. Já não há lugar para fantasias. Reconheçamos o estado de penúria em que nos encontramos, base segura para preparar o futuro.

Saudações azuis.

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