Os inter nautas que gostam de me visitar no Belém Integral, já devem andar preocupados com o meu estado de saúde, vendo-me assim, amargo, obsessivo, com a mania da perseguição…, enfim, uma série de comportamentos desviantes a reclamar colete-de-forças e rápido internamento. E eu tenho que admitir que tudo isto pode acontecer!
Mas, entretanto, sobre o futebol Português, ninguém tem dúvidas que está doente. O problema é que, ao contrário da minha pessoa, não se quer tratar. Mais e pior, anda a fingir que se trata!
Mas, entretanto, sobre o futebol Português, ninguém tem dúvidas que está doente. O problema é que, ao contrário da minha pessoa, não se quer tratar. Mais e pior, anda a fingir que se trata!
Analisemos então os factos:
- Um grupo de clubes da Liga subscreve um Manifesto (entre eles está o Belenenses) a propor um conjunto de medidas para credibilizar as competições organizadas pela Liga.
- À cabeça, a inevitável questão das arbitragens e a repetitiva proposta de autonomização dos árbitros! Aqui, não resisto a referir, que Portugal, tem de facto, um problema com as arbitragens. Ao nível do poder Político andam os partidos e toda a gente muito preocupada, e há imenso tempo, a ver se conseguem arranjar o próximo árbitro do Regime. A ideia é que seja da “cor”. No futebol, idem, idem, aspas, aspas.
Estranho neste caso, ou talvez não, o facto de serem Benfica e Sporting a empunhar a bandeira dos espoliados, quando toda a gente sabe que as vítimas permanentes das arbitragens são os clubes pequenos!
- A oportunidade do passeio e da reunião na Sede da Liga numa altura de grande fragilidade dos principais dirigentes nortenhos!
- O relatório da Deloitte sobre as usuais e catastróficas contas da Liga a justificar intervenção Governamental. Curiosamente os grandes prevaricadores são os três Grandes e também por isso a iniciativa do Manifesto causa algumas perplexidades!
Estes são os factos. Vamos lá ver o que é que eles querem:
Benfica e Sporting estão falidos e só têm dívidas. O Porto também, mas tem uma “almofada” maior. Além disso, construiu nos últimos trinta anos algumas “condições” que os outros dois não têm.
Como se não bastasse, estão completamente dependentes das receitas extraordinárias da UEFA e daí o nervosismo quando algum incauto se tenta intrometer nos lugares cimeiros da classificação!
Como não querem fazer a aconselhável dieta, ou seja, resolver o problema pelo lado da despesa, preferem, (tal como o País e o Governo), a fuga para a frente em busca de novas fontes de rendimento.
Esgotadas as clássicas receitas dos nossos clubes de futebol: Subsídios, Bingo, bombas de gasolina, urbanizações, e, nalguns casos, transferências de jogadores e uns quantos bilhetes para ver o espectáculo (!), os Grandes procuram agora desencantar mais qualquer coisinha.
Contam para o efeito com o apoio entusiástico de toda a Comunicação Social e sabem como o Poder Político é sensível à propaganda do País através do Futebol, um velho hábito nacional, muito comum nas antigas democracias populares de Leste. Hoje, para além de Portugal, ainda subsiste em Cuba e… na Coreia do Norte. Mas o que é que se pode fazer?! Nós somos assim…
Bem, mas perguntam os leitores – que mais receitas haverá?
Claro que há!
Então não se lembram da campanha para a redução de clubes na Liga? Esfriou um bocadinho porque afinal um dos grandes argumentos era sua pouca competitividade?!
Os escribas de serviço ainda tentaram convencer o pessoal que a Liga estava nivelada por baixo, mas com a sistemática presença de clubes portugueses nas finais Europeias, deixaram-se disso.
Claro que a verdadeira preocupação, para eles, para o público em geral e para o Poder Político em especial, é a excessiva competitividade da Super Liga que torna mais difícil o acesso “seguro” à chamada “Liga Milionária”, situação muito desagradável para “os nossos três meninos”…
Aqui também não resisto a um comentário: Afinal, nesta Super Liga, os únicos intervenientes no espectáculo que não são competitivos, são o público!!! (inclui os Governantes quando estão a ver a bola) e a Comunicação Social!!!
Mas o objectivo primacial da redução tem a ver com a possibilidade de terem tempo para as suas digressões ao estrangeiro e para a realização de mais torneios particulares e consequentemente, mais dinheirinho.
Afinal os nossos emigrantes ficam muito contentes e quem sabe se o Ministério dos Negócios Estrangeiros não está na disposição de lhes atribuir alguma verba, a título de Embaixadores itinerantes?!
Outro grande aliado das reduções, sempre disponível, é o Presidente da estrutura fóssil conhecida pelas siglas FPF. Também ele precisa de mais datas para os jogos e estágios das suas inumeráveis Selecções, e pode ser que ainda se arranje algum dinheiro para compensar os clubes que fornecem jogadores, coitados…
Já viram os “argumentos” redutores…
Ao contrário, o que é que nós queremos:
- À cabeça, a inevitável questão das arbitragens e a repetitiva proposta de autonomização dos árbitros! Aqui, não resisto a referir, que Portugal, tem de facto, um problema com as arbitragens. Ao nível do poder Político andam os partidos e toda a gente muito preocupada, e há imenso tempo, a ver se conseguem arranjar o próximo árbitro do Regime. A ideia é que seja da “cor”. No futebol, idem, idem, aspas, aspas.
Estranho neste caso, ou talvez não, o facto de serem Benfica e Sporting a empunhar a bandeira dos espoliados, quando toda a gente sabe que as vítimas permanentes das arbitragens são os clubes pequenos!
- A oportunidade do passeio e da reunião na Sede da Liga numa altura de grande fragilidade dos principais dirigentes nortenhos!
- O relatório da Deloitte sobre as usuais e catastróficas contas da Liga a justificar intervenção Governamental. Curiosamente os grandes prevaricadores são os três Grandes e também por isso a iniciativa do Manifesto causa algumas perplexidades!
Estes são os factos. Vamos lá ver o que é que eles querem:
Benfica e Sporting estão falidos e só têm dívidas. O Porto também, mas tem uma “almofada” maior. Além disso, construiu nos últimos trinta anos algumas “condições” que os outros dois não têm.
Como se não bastasse, estão completamente dependentes das receitas extraordinárias da UEFA e daí o nervosismo quando algum incauto se tenta intrometer nos lugares cimeiros da classificação!
Como não querem fazer a aconselhável dieta, ou seja, resolver o problema pelo lado da despesa, preferem, (tal como o País e o Governo), a fuga para a frente em busca de novas fontes de rendimento.
Esgotadas as clássicas receitas dos nossos clubes de futebol: Subsídios, Bingo, bombas de gasolina, urbanizações, e, nalguns casos, transferências de jogadores e uns quantos bilhetes para ver o espectáculo (!), os Grandes procuram agora desencantar mais qualquer coisinha.
Contam para o efeito com o apoio entusiástico de toda a Comunicação Social e sabem como o Poder Político é sensível à propaganda do País através do Futebol, um velho hábito nacional, muito comum nas antigas democracias populares de Leste. Hoje, para além de Portugal, ainda subsiste em Cuba e… na Coreia do Norte. Mas o que é que se pode fazer?! Nós somos assim…
Bem, mas perguntam os leitores – que mais receitas haverá?
Claro que há!
Então não se lembram da campanha para a redução de clubes na Liga? Esfriou um bocadinho porque afinal um dos grandes argumentos era sua pouca competitividade?!
Os escribas de serviço ainda tentaram convencer o pessoal que a Liga estava nivelada por baixo, mas com a sistemática presença de clubes portugueses nas finais Europeias, deixaram-se disso.
Claro que a verdadeira preocupação, para eles, para o público em geral e para o Poder Político em especial, é a excessiva competitividade da Super Liga que torna mais difícil o acesso “seguro” à chamada “Liga Milionária”, situação muito desagradável para “os nossos três meninos”…
Aqui também não resisto a um comentário: Afinal, nesta Super Liga, os únicos intervenientes no espectáculo que não são competitivos, são o público!!! (inclui os Governantes quando estão a ver a bola) e a Comunicação Social!!!
Mas o objectivo primacial da redução tem a ver com a possibilidade de terem tempo para as suas digressões ao estrangeiro e para a realização de mais torneios particulares e consequentemente, mais dinheirinho.
Afinal os nossos emigrantes ficam muito contentes e quem sabe se o Ministério dos Negócios Estrangeiros não está na disposição de lhes atribuir alguma verba, a título de Embaixadores itinerantes?!
Outro grande aliado das reduções, sempre disponível, é o Presidente da estrutura fóssil conhecida pelas siglas FPF. Também ele precisa de mais datas para os jogos e estágios das suas inumeráveis Selecções, e pode ser que ainda se arranje algum dinheiro para compensar os clubes que fornecem jogadores, coitados…
Já viram os “argumentos” redutores…
Ao contrário, o que é que nós queremos:
Sobre reduções, aquilo que é imperioso fazer, é escavacar a FPF, substituir aquela engrenagem paleolítica, democratizá-la, (lembram-se dos episódios das ultimas eleições para aquele Politburo!), reduzir clubes e Divisões e restringir o acesso à Liga, através de um exigente Código de Admissibilidade. (Ver “Diga 33”)
Claro que todos percebemos que a redução de clubes na Liga é uma autêntica machadada nos outros trinta e três Clubes, que não fazem digressões nenhumas, têm menos jogos para ter receitas mas têm que continuar a pagar salários aos seus trabalhadores, (os jogadores), entretanto mais inactivos! Grande golpada?!
A troco de quê, é que algum dos trinta e três clubes vai aparar este golpe?
O que precisamos é de valorizar as competições da Liga, precisamos de mais jogos, e em melhores condições.
O Belenenses propôs em tempos, e bem, a realização da Taça da Liga, mas os Grandes, claro que não quiseram…, mas temos que insistir, reservando ao vencedor um dos lugares disponíveis nas competições Europeias.
Claro que todos percebemos que a redução de clubes na Liga é uma autêntica machadada nos outros trinta e três Clubes, que não fazem digressões nenhumas, têm menos jogos para ter receitas mas têm que continuar a pagar salários aos seus trabalhadores, (os jogadores), entretanto mais inactivos! Grande golpada?!
A troco de quê, é que algum dos trinta e três clubes vai aparar este golpe?
O que precisamos é de valorizar as competições da Liga, precisamos de mais jogos, e em melhores condições.
O Belenenses propôs em tempos, e bem, a realização da Taça da Liga, mas os Grandes, claro que não quiseram…, mas temos que insistir, reservando ao vencedor um dos lugares disponíveis nas competições Europeias.
Quanto ao resto, agora já sabem porque é que eu ando esquisito … e desconfiado.
JSM
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