sábado, maio 28, 2005

Foi há 16 anos, estivemos lá.



Hoje não posso deixar de falar do décimo sexto aniversário da conquista da Taça de Portugal. É muito mais fácil falar de momentos a que assistimos. No entanto tenho que confessar que a minha memória desse tempo não é muito nítida. Em 89 ainda estava na fase que vou designar de “fase do topo norte” porque era de ai que assistia aos jogos, com o meu pai, no Restelo. Ainda não era sócio e não ia com muita regularidade ao futebol, apenas quando aconteciam jogos mais importantes. Lembro-me do Belenenses – Barcelona, de um Belenenses – Porto e de um Belenenses – Setúbal. Mas ida ao Jamor foi o momento alto desta fase e a conquista do título foi sem dúvida marcante. Nesta fase foi o meu Pai que, não sendo um adepto “ferrenho” teve um papel importante, ao levar-me a esses jogos estava a assegurar a continuidade, na família, de adeptos do Belenenses. É claro que contou com uma ajuda preciosa, uma equipa que disputava uma eliminatória das competições europeias com o Barcelona e disputava a final da Taça com o Benfica (e ganhava) é sem duvida uma ajuda importante. E era aqui que eu queria chegar. Hoje, e desde ai, o Belenenses já não chega à final da taça nem vai às competições europeias, e quando nestes dias nos lembramos dos momentos da nossa Historia (em especial os que assistimos) e se fala em trazer juventude para o Clube, dá que pensar. E eu dou comigo a pensar “como é que os jovens até aos vinte e tal anos, que não se podem lembrar como eu da final da taça, podem ser do Belenenses, quando os que se lembram cada vez se afastam mais do Clube”.
Bem, enquanto esperamos que os dirigentes façam a sua parte, nós vamos fazer a nossa.
Com estes artigos intitulados “As minhas tardes inesquecíveis” pretendemos, em poucas palavras, partilhar momentos, bons e maus, que vivemos e que nos ficaram na memória. O objectivo é incentivar quem viveu esses momentos desafiando-os também a completar estes artigos, por exemplo com datas ou com factos que nos escapem e assim transmitir aos mais jovens a História do Belenenses, e incentiva-los a participarem no presente do Clube. Quem quiser pode também descrever em poucas palavras uma tarde inesquecível, que queira partilhar.

Entretanto na RTP memória lembraram-se de nós. Desta vez não nos podemos queixar. Cheguei a casa a tempo de ver a segunda parte. Achei curioso os dois golos aconteceram logo depois das expulsões. O do empate depois do Valdo sair e o da vitória depois do Zé Mário sair, já não me lembrava.
Quanto à arbitragem. Vi um jogador do Belém pontapear o Veloso, se fosse hoje este tinha caído para enfatizar a situação até o jogador do Belém ser expulso. Na expulsão do Zé Mário não se vê a primeira agressão mas, pela reacção do Ricardo, acho que podemos dar o benefício da dúvida, claro que esta reacção hoje seria também punida. Globalmente, estou a falar da segunda parte, acho que a arbitragem foi positiva e normalmente vista nos dias de hoje a actuação do árbitro passaria desapercebida não fossem os critérios em relação à virilidade estarem desactualizados.
Por ultimo, reparei, que só quando sofremos o golo do empate começamos a jogar (o que se compreende pela importância do jogo e pelo favoritismo que é atribuído ao adversário), hoje muitas vezes isso só acontece depois de estarmos a perder mesmo em jogos menos importantes, tem a ver com garra e ambição. Deviam passar este jogo no princípio da próxima época para os jogadores, treinadores e até os dirigentes verem.

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