Velasquez voltou ao normal, não
inventou! Deu uma vista de olhos ao onze que propus e decidiu-se por Miguel Rosa
em vez de Fábio Nunes. Era uma opção mas como se viu na primeira parte o
Belenenses teve pouco jogo ofensivo. O meio campo errou inexplicávelmente
alguns passes de transição e nesse aspecto viu-se que Bakic não estava nos seus
dias. Mas Bakcic lesionou-se cedo no encontro. Era altura para decidir se apostávamos
tudo no ataque ou se nos resguardávamos defensivamente! Velasquez preferiu
resguardar-se e colocou Rúben Pinto a par de Aguilar. Menos mal. A outra
hipótese seria aproveitar a boa onda de Tiago Silva. Ofensivamente não houve
grande melhoria valendo então o bom desempenho defensivo, para além do labor de
Aguilar a meio campo, a segurar bem a bola.
Na segunda parte com Miguel Rosa mais
próximo de Juanto e André Sousa a derivar para a esquerda, a equipa tornou-se
mais ameaçadora. Entretanto surge novo contratempo. Aguilar acusa o esforço e pede
para ser substituído. Entra Ricardo Dias, e com isso o Belenenses ganhou músculo
(e mais intensidade) passando a recuperar muitas bolas. Assim, com o domínio de
meio campo e a subida de rendimento de Sturgeon, a vitória dos azuis chegou com
naturalidade.
Não foi tarefa fácil, vê-se que
há treino e dedo do treinador, até porque o Vitória de Setúbal precisava destes
pontos para assegurar de vez a manutenção.
Numa análise mais fina, nota-se
que há jogadores que estão a subir de rendimento e como tal devem ser aproveitados
neste sprint final. O campeonato ainda não acabou. Globalmente gostei do
desempenho defensivo, com a equipa muito compacta, muito solidária e onde é
justo destacar a boa exibição de Gonçalo Brandão! Também gostei de Abel Aguilar
a revelar classe, por vezes no limite do calafrio, mas tem que ser assim. Quem tiver
medo de ter a bola não pode jogar no grande Belenenses. Outro capítulo: - André
Sousa tem que jogar, e por duas razões importantes: - está sempre em jogo e por
isso procura sempre a bola. Parece a pescadinha de rabo na boca mas não é. Com um
bocadinho mais de intensidade e com menos tendência para se atirar para a
relva, temos ali um grande organizador de jogo! E não se percebe porque é que
não é ele a marcar as bolas paradas! Juanto, que jogou bem e marcou o golo, é
que não revelou grande aptidão para tal. Pelo menos ontem. E mais duas referências
individuais: - a excelente entrada de Ricardo Dias, tal como já tinha
acontecido contra o Sporting; e a grande segunda parte de Sturgeon que
desbaratou o flanco esquerdo da defesa sadina!
Não é meu costume falar do
árbitro, mas Soares Dias durante grande parte do jogo não deixou o Belenenses
jogar. Apitava a tudo, parecia basket.
Saudações azuis
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