Vamos começar por dizer que o
Belenenses jogou bem e se a vitória fosse uma questão de mérito ganharíamos
folgadamente. Mas ficámos pelo empate. Um empate perante uma Académica com a
corda na garganta, que lutou muito, mas não mostrou muitos argumentos. Como o
seu próprio treinador reconheceu desportivamente - tiveram sorte. A sorte chamou-se
penalty, numa jogada onde Filipe Ferreira foi ingénuo na abordagem do lance,
uma vez que Hugo Seco já tinha ganho a posição. E talvez não conseguisse
concretizar. Já não estava em campo Gonçalo Brandão que talvez adivinhasse a
dobra!
Seja como for o Belenenses sofreu de falta
de eficácia, não conseguindo materializar em golos o domínio exercido. Faltou
alguma inspiração a Miguel Rosa, e a Sturgeon continua a faltar o golpe de asa,
quer no último passe, quer nos golos que não marca, isto apesar de ter feito
uma bela exibição! Mas insisto, dois golos por época, é curto para um jogador
com pretensões. E já agora aproveito para dar um recado à SAD – Sturgeon é,
obviamente, para renovar.
Voltemos ao jogo e ao meio campo,
de certo modo improvisado, uma vez que os habituais titulares (Aguilar, Bakic e
Carlos Martins) estavam lesionados. Foi basicamente o meio campo que nos levou
à vitória (na segunda parte) em Setúbal e que ontem voltou a controlar o jogo e
a criar oportunidades para outro resultado. Portanto não foi por aqui. Neste
aspecto apenas André Sousa esteve abaixo do esperado. Um tanto nervoso e a
necessitar de rever a sua postura em campo. A ver se nos entendemos: - estar
permanentemente estatelado na relva, e ao mais pequeno contacto rebolar-se com
dores, não é bom caminho para quem quer assumir as rédeas do meio campo azul.
Precisamos de mais endurance, e menos exagero. E nestes exageros acabou por
prejudicar a equipa ao deixar-se expulsar num caso em que foi ele a vítima! O
árbitro errou, é certo, mas não se espere dos árbitros portugueses,
especialmente nesta fase do campeonato, grandes afirmações de coragem. E foi
cartão amarelo para os dois. Só que o amarelo do Sousa era o segundo.
Últimas notas – a réstia de
esperança, o sonho do sexto lugar, esfumou-se com este empate. Essa é, para mim,
a grande desilusão de uma época. Uma época cheia de recordes, recordes
europeus, recordes de golos sofridos, uma época em que chegámos a pairar sobre a
linha de água! Uma época, melhor dito, uma segunda volta em que um treinador desconhecido
revolucionou o futebol azul e nos colocou de novo na rota europeia. Rota europeia
manchada por deslizes* e goleadas insuportáveis**. Uma época de instabilidade dentro
do clube. Uma época para recordar e aprender.
Saudações azuis
*Deslizes: - Arouca, no Restelo, Tondela no último minuto, empate com a Académica - são sete pontos.
**Goleadas insuportáveis: - contra os nossos rivais.
Post Scriptum: - É evidente que o trabalho do árbitro nos prejudicou ficando até por marcar uma grande penalidade contra a Académica. Mas isso já os belenenses estão habituados. Isso só muda quando mudar o regime... republicano, com hino e tudo.
*Deslizes: - Arouca, no Restelo, Tondela no último minuto, empate com a Académica - são sete pontos.
**Goleadas insuportáveis: - contra os nossos rivais.
Post Scriptum: - É evidente que o trabalho do árbitro nos prejudicou ficando até por marcar uma grande penalidade contra a Académica. Mas isso já os belenenses estão habituados. Isso só muda quando mudar o regime... republicano, com hino e tudo.
Sem comentários:
Enviar um comentário