Desde o início das primeiras
picardias entre a SAD e o Clube, ainda na vigência da direcção de António Soares,
que venho dizendo (está escrito) que o modelo bicéfalo em que assenta o regime
institucional do Belenenses é um erro gravíssimo. Que não funciona nem vai
funcionar. O decurso do tempo e as actuais ocorrências deram-me razão. Mas não era
preciso ser génio para adivinhar que uma vez separados o futebol profissional e
a restante actividade do clube, não poderíamos continuar a eleger direcções
como antigamente. O futebol profissional é a razão de ser do clube e portanto
quem manda no futebol tem que mandar no clube. É assim que acontece com os
nossos concorrentes onde o presidente do clube é ao mesmo tempo o presidente da
SAD. E não pode deixar de ser assim porque quem investe é quem manda. E se não
manda directamente, põe lá alguém da sua confiança a mandar. Isto não tem
discussão em lado nenhum.
Ou talvez tenha discussão no
Belenenses mas pelas piores razões. E chegamos àquilo a que chamei – ‘restante
actividade do clube’, sem qualquer menosprezo mas também sem quaisquer
subterfúgios. A restante actividade do clube resume-se a tarefas de gestão, de infraestruturas,
administrativas e outras, supõe-se que tendo como fim último a valorização do
futebol do clube.
Sobram as modalidades, aquelas
que o clube tenha capacidade para desenvolver ao mesmo nível que os nossos
rivais (Benfica e Sporting) e fica de fora o futebol de formação que em toda a parte
está verticalizado e deve depender da SAD.
Concluindo: Urge cair na realidade
e perceber que mais importante que pensar em mudar de investidor, (mesmo que
seja possível os problemas serão os mesmos) temos de pensar em mudar a
estrutura organizativa do clube. Acabar com a bicefalia, hierarquizá-lo, para
que possa estar ao serviço do Clube de Futebol ‘’Os Belenenses’’!
Dois galos numa capoeira dão mau
resultado.
Saudações azuis
Conferência de imprensa da Direcção - comentário: Depois das 'explicações' da Direcção, em que assume a sabotagem, e deixa algumas ameaças no ar que podem ter implicações no futuro da equipa de futebol, penso que chegámos a um ponto de não retorno. É uma situação perigosa e só com eleições antecipadas pode ser resolvida. Está na hora de devolver a palavra aos associados. O presidente da assembleia geral deve agir, não pode ficar silencioso e inerte.
Conferência de imprensa da Direcção - comentário: Depois das 'explicações' da Direcção, em que assume a sabotagem, e deixa algumas ameaças no ar que podem ter implicações no futuro da equipa de futebol, penso que chegámos a um ponto de não retorno. É uma situação perigosa e só com eleições antecipadas pode ser resolvida. Está na hora de devolver a palavra aos associados. O presidente da assembleia geral deve agir, não pode ficar silencioso e inerte.
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