quarta-feira, abril 06, 2016

Inevitável

Desde o início das primeiras picardias entre a SAD e o Clube, ainda na vigência da direcção de António Soares, que venho dizendo (está escrito) que o modelo bicéfalo em que assenta o regime institucional do Belenenses é um erro gravíssimo. Que não funciona nem vai funcionar. O decurso do tempo e as actuais ocorrências deram-me razão. Mas não era preciso ser génio para adivinhar que uma vez separados o futebol profissional e a restante actividade do clube, não poderíamos continuar a eleger direcções como antigamente. O futebol profissional é a razão de ser do clube e portanto quem manda no futebol tem que mandar no clube. É assim que acontece com os nossos concorrentes onde o presidente do clube é ao mesmo tempo o presidente da SAD. E não pode deixar de ser assim porque quem investe é quem manda. E se não manda directamente, põe lá alguém da sua confiança a mandar. Isto não tem discussão em lado nenhum.

Ou talvez tenha discussão no Belenenses mas pelas piores razões. E chegamos àquilo a que chamei – ‘restante actividade do clube’, sem qualquer menosprezo mas também sem quaisquer subterfúgios. A restante actividade do clube resume-se a tarefas de gestão, de infraestruturas, administrativas e outras, supõe-se que tendo como fim último a valorização do futebol do clube.

Sobram as modalidades, aquelas que o clube tenha capacidade para desenvolver ao mesmo nível que os nossos rivais (Benfica e Sporting) e fica de fora o futebol de formação que em toda a parte está verticalizado e deve depender da SAD.

Concluindo: Urge cair na realidade e perceber que mais importante que pensar em mudar de investidor, (mesmo que seja possível os problemas serão os mesmos) temos de pensar em mudar a estrutura organizativa do clube. Acabar com a bicefalia, hierarquizá-lo, para que possa estar ao serviço do Clube de Futebol ‘’Os Belenenses’’!

Dois galos numa capoeira dão mau resultado.



Saudações azuis


Conferência de imprensa da Direcção - comentário: Depois das 'explicações' da Direcção, em que assume a sabotagem, e deixa algumas ameaças no ar que podem ter implicações no futuro da equipa de futebol, penso que chegámos a um ponto de não retorno. É uma situação perigosa e só com eleições antecipadas pode ser  resolvida. Está na hora de devolver a palavra aos associados. O presidente da assembleia geral deve agir, não pode ficar silencioso e inerte.

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