O vídeo árbitro em Portugal é um acto de cobardia. Sempre o
disse e mantenho. A Federação, sem capacidade, e possivelmente sem vontade, de
enfrentar os batoteiros e a batota institucionalizada, ensaiou uma fuga em
frente, a fingir inovadora, e lança-se na aventura do vídeo árbitro! Uma aventura solitária pois na Europa é apenas acompanhada pela Holanda! Isto diz muito sobre a receita
escolhida e nem vou fazer considerações ou comparações com a Holanda. Mas sei
que na Holanda não há clubes a deverem monstruosidades à banca nem tratamentos de excepção entre os vários emblemas.
Mas voltemos ao vídeo árbitro e às razões da sua precipitada
introdução: - é mais que certo que o vídeo árbitro apenas beneficiará Benfica,
Sporting e Porto e por esta ordem. E que nos confrontos entre eles o jogo há-de
estar mais tempo parado, em consultas, do que a decorrer. E vai uma aposta?!
Quanto aos outros clubes e pelo que se viu na supertaça entre Benfica e
Guimarães os jogadores encarnados podem continuar a entrar às pernas dos adversários,
por trás e de qualquer maneira, que nada lhes acontecerá! Não é assim Jardel?!
Não é assim Luizão?! Etc. Etc. Etc.! O lance do Jardel foi repetido mas nem
assim os vídeo árbitros o conseguiram ver na televisão!
Nesse mesmo dia, em
Wembley, na final da Supertaça inglesa disputada entre o Chelsea e o Arsenal,
não havia vídeo árbitro mas o árbitro expulsou o Pedro Rodriguez do Chelsea por
uma entrada por trás, uma entrada muito semelhante à do Jardel. Conclusão, o
problema não tem a ver com tecnologia mas com coragem e verdade desportiva.
Saudações azuis
Nota: Penso que o vídeo árbitro pode vir a ser útil mas não
para resolver problemas fora das quatro linhas e que estão à vista de todos. E que
ninguém tem coragem de os enfrentar.
Sem comentários:
Enviar um comentário