Estive a rever o jogo com o Setúbal na televisão, e com
calma e sossego apercebi-me melhor do momento em que nos desorganizámos. Esse
momento aconteceu por volta dos setenta minutos e coincide com a entrada do
Persson, a saída do Chaby e o avanço do Yebda e o Tandjigora na tal inversão
do triângulo do meio campo. Já tinha referido o facto mas agora tudo ficou mais
nítido. Faltou alguém que tivesse pés para segurar a bola e não a perder, e
Chaby estava a fazer isso embora às vezes a decisão do último passe não lhe
tenha saído bem. Mas isso faz parte do crescimento do atleta. Yebda que
entretanto surgiu a ocupar espaços mais adiantados fez muito pior e não tem a
desculpa da juventude. Por outro lado, o Belenenses que até então controlava
perfeitamente o jogo passou a sentir dificuldades nas rápidas saídas do
Vitória. Então fizeram falta quer Yebda quer Tandjigora mais recuados. Conclui-se
daqui que a nossa segunda parte e até aos setenta minutos estava a ser bem
conseguida e com possibilidades de marcarmos mais um golo num contra ataque e
de não sofrermos nenhum. É claro que depois do empate juntou-se à nossa
desorganização o crescimento do adversário e a vida do Belenenses complicou-se
muito. É fácil falar depois do jogo mas Domingos, que tinha conseguido corrigir
os defeitos notados na primeira parte, como que se suicidou com as substituições
operadas.
Aproveitei também o visionamento do jogo para confirmar
aquilo que escrevi sobre o penalty sonegado ao Belenenses e que já no campo me
pareceu penalty. E pareceu-me penalty porque naquela situação qualquer toque,
por mais pequeno que seja, o avançado desequilibra-se e cai. E basta uma imagem
que prove o contacto, e ela existe, para não haver necessidade de ver mais
nada. Aliás estou convencido que o árbitro foi sugestionado pelo vídeo árbitro
e este deverá ter sido sugestionado pelos comentários da Sport TV em especial por
um dos comentadores que achava que não tinha havido contacto! Houve contacto
sim senhor. Aliás e para que estas situações não se repitam, o Belenenses
deveria ter protestado publicamente contra tal decisão. E já escrevi, fossem outros
os intervenientes e estou convencido que o árbitro nunca voltaria com a sua palavra
atrás!
Assim, se continuarmos todos caladinhos o vídeo árbitro vai
servir para aquilo para que foi concebido, a saber: – passar de fininho sobre a
batota institucionalizada fingindo que se muda alguma coisa para continuar tudo
na mesma. Uma táctica velha e relha.
Saudações azuis
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