A salvação parece encontrada e tem nome, chama-se Tribunal do Desporto, instância independente das federações e das ligas, e sendo assim, capaz de julgar (ou arbitrar) com isenção. A ideia é engraçada mas já estou como o desconfiado Luís XI, rei de França, quando lhe garantiram que a Guarda Real estava ali para o proteger, perguntou: - “E quem guardará os guardas!”
A verdade é que o órgão até pode ser formalmente independente da federação e da liga, mas quem nos garante que num caso destes, refiro-me ao episódio do Conselho de Justiça, as decisões seriam proferidas com independência, bom senso e um mínimo de respeito pelo direito! Dito de outra forma, os árbitros (ou juizes) deste futuro tribunal eram sorteados, nomeados ou eleitos, por quem?! E segundo que critério?! Seriam três árbitros do Benfica, três do Sporting e três do Porto e para desempatar inventava-se um árbitro do Lusitano de Évora ou alguém que não gostasse de futebol!
A ver se nos entendemos, as pessoas que chegam a estes cargos, em princípio, são todas sérias e honestas, por certo competentes nas suas actividades profissionais, o problema não é de pessoas, pois já foram juizes e tiveram que se retirar, são agora advogados e foi o que se viu, é preciso cavar mais fundo, a questão não se resolve no telhado, tem a ver com todo o edifício do futebol, nomeadamente com os seus alicerces.
Continuo a dizer que Portugal não pode depender exclusivamente dos subsídios europeus, sejam eles ‘quadros comunitários de apoio’ ou prémios de presença na ‘liga milionária’. No caso do futebol estes ‘subsídios’ são um presente envenenado, apenas ajudam a cavar ainda mais o fosso entre clubes grandes e pequenos. Pelo contrário, é urgente inverter a pirâmide das prioridades: primeiro que tudo temos que valorizar e tornar rentável o campeonato nacional e só depois pensar nas provas internacionais, sejam de clubes, sejam de selecção. Enquanto isto não suceder, enquanto a principal liga portuguesa não for mais equilibrada em termos orçamentais (para ser mais competitiva), enquanto servir apenas para alguns clubes se habilitarem ao euro-milhões, o futebol português vai continuar a ser uma fonte de casos e questiúnculas. Neste sentido o Tribunal do Desporto está no telhado, nada resolve, e estamos de novo a empurrar o problema para a frente… com a barriga.
Saudações azuis.
A verdade é que o órgão até pode ser formalmente independente da federação e da liga, mas quem nos garante que num caso destes, refiro-me ao episódio do Conselho de Justiça, as decisões seriam proferidas com independência, bom senso e um mínimo de respeito pelo direito! Dito de outra forma, os árbitros (ou juizes) deste futuro tribunal eram sorteados, nomeados ou eleitos, por quem?! E segundo que critério?! Seriam três árbitros do Benfica, três do Sporting e três do Porto e para desempatar inventava-se um árbitro do Lusitano de Évora ou alguém que não gostasse de futebol!
A ver se nos entendemos, as pessoas que chegam a estes cargos, em princípio, são todas sérias e honestas, por certo competentes nas suas actividades profissionais, o problema não é de pessoas, pois já foram juizes e tiveram que se retirar, são agora advogados e foi o que se viu, é preciso cavar mais fundo, a questão não se resolve no telhado, tem a ver com todo o edifício do futebol, nomeadamente com os seus alicerces.
Continuo a dizer que Portugal não pode depender exclusivamente dos subsídios europeus, sejam eles ‘quadros comunitários de apoio’ ou prémios de presença na ‘liga milionária’. No caso do futebol estes ‘subsídios’ são um presente envenenado, apenas ajudam a cavar ainda mais o fosso entre clubes grandes e pequenos. Pelo contrário, é urgente inverter a pirâmide das prioridades: primeiro que tudo temos que valorizar e tornar rentável o campeonato nacional e só depois pensar nas provas internacionais, sejam de clubes, sejam de selecção. Enquanto isto não suceder, enquanto a principal liga portuguesa não for mais equilibrada em termos orçamentais (para ser mais competitiva), enquanto servir apenas para alguns clubes se habilitarem ao euro-milhões, o futebol português vai continuar a ser uma fonte de casos e questiúnculas. Neste sentido o Tribunal do Desporto está no telhado, nada resolve, e estamos de novo a empurrar o problema para a frente… com a barriga.
Saudações azuis.
Sem comentários:
Enviar um comentário