Está a casa de pernas para o ar, os vermelhos (os verdes na expectativa) abriram o jogo, já não há margem para disfarces, o centralismo redutor (chamem-lhe a globalização à nossa escala) tenta reconquistar o poder perdido nas aventuras esquerdistas de Abril. A sul, a mobilização é geral, arrasta o desertificado Alentejo (que emigrou para Almada e Setúbal); traz consigo o algarvio, que já sofreu pelo Olhanense, mas agora palpita pela segunda circular; o vale do Tejo é indefectível, verdes na margem direita, vermelhos na margem esquerda; apoia-se nos tradicionais bastiões do nacional-benfiquismo, um eixo imaginário que vai de Castelo Branco a Viseu (com passagem por Santa Comba); revive (sempre que pode) no Minho onde nos querem vender a ideia de adeptos próprios! Em Braga ou Guimarães haverá alguns, mas não são muitos. E pronto, está feito o roteiro, contadas as espingardas, sem necessidade de visitar o litoral centro onde a união nacional verde rubra é esmagadora, sendo que na zona de Aveiro ainda é possível encontrar dois ou três belenenses!
Contra este formidável exército, os dragões resistem no Douro litoral, sobem até à Póvoa, descem com o vinho do Porto desde a Régua ou refugiam-se em algumas bolsas transmontanas para os lados de Chaves. É caso para dizer que deve haver algum mérito nas suas vitórias.
Faltam os imigrantes e as ilhas adjacentes: o pessoal vindo das colónias (e seus descendentes) não tem nada que enganar – até rima com segunda circular. Quanto às autonomias, graças à auto-estima a que isso conduz, os mais jovens começam a eleger os clubes locais como prioridade nos seus afectos, afastando-se assim da antiga atracção lisboeta. Acredito que hoje, por exemplo, existam adeptos para quem o Marítimo é o seu primeiro e único clube.
E o Belenenses?! Onde fica nesta guerra?! Como dizia um amigo a propósito de outro tema – ‘somos poucos e com tendência para desaparecer’. Como eu o compreendo, somos realmente poucos, mas duas ou três qualidades (ou defeitos) nos identificam: não aceitamos a discriminação que a Câmara de Lisboa (e o Governo) fazem em relação ao Belenenses; não temos rivalidades desportivas com o Boavista nem com o Estrela da Amadora. Já tivemos com o Atlético e ainda temos com Benfica, Sporting e Porto.
E sobre o capítulo das alianças gostava de acrescentar o seguinte: só são possíveis quando estamos em pé de igualdade. Com o Porto temos uma relação de amizade que alguns sócios repudiam mas que vem de trás e se compreende: estão longe e não foram eles que nos tramaram. A cova quem a abriu fomos nós, mas quem nos empurrou para lá foram outros.
Saudações azuis.
Contra este formidável exército, os dragões resistem no Douro litoral, sobem até à Póvoa, descem com o vinho do Porto desde a Régua ou refugiam-se em algumas bolsas transmontanas para os lados de Chaves. É caso para dizer que deve haver algum mérito nas suas vitórias.
Faltam os imigrantes e as ilhas adjacentes: o pessoal vindo das colónias (e seus descendentes) não tem nada que enganar – até rima com segunda circular. Quanto às autonomias, graças à auto-estima a que isso conduz, os mais jovens começam a eleger os clubes locais como prioridade nos seus afectos, afastando-se assim da antiga atracção lisboeta. Acredito que hoje, por exemplo, existam adeptos para quem o Marítimo é o seu primeiro e único clube.
E o Belenenses?! Onde fica nesta guerra?! Como dizia um amigo a propósito de outro tema – ‘somos poucos e com tendência para desaparecer’. Como eu o compreendo, somos realmente poucos, mas duas ou três qualidades (ou defeitos) nos identificam: não aceitamos a discriminação que a Câmara de Lisboa (e o Governo) fazem em relação ao Belenenses; não temos rivalidades desportivas com o Boavista nem com o Estrela da Amadora. Já tivemos com o Atlético e ainda temos com Benfica, Sporting e Porto.
E sobre o capítulo das alianças gostava de acrescentar o seguinte: só são possíveis quando estamos em pé de igualdade. Com o Porto temos uma relação de amizade que alguns sócios repudiam mas que vem de trás e se compreende: estão longe e não foram eles que nos tramaram. A cova quem a abriu fomos nós, mas quem nos empurrou para lá foram outros.
Saudações azuis.
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