D. Diniz veio à janela e com santa paciência mandou içar o pendão Real no lugar daquela bandeirinha verde e encarnada que todos os dias lhe desfeia a casa, e todos os dias nos lembra a presença obsidiante de Castela. Já por causa disso, deixou de frequentar aquele lado da muralha e não fosse a visita dos cruzados que ali iam jogar, e não teria aparecido.
Leiriense de coração, também gosta desta equipa vestida de azul que traz a insígnia da Ordem de Cristo que ele próprio ajudou a fundar, ou refundar, porque já vinha do Templo, e nessa recordação não pôde reprimir um sorriso de malícia, pois estava longe de imaginar que à conta disso, uma pequena mudança de nome e endereço, desse origem a tanto código e tanta literatura de cordel!
Mas enfim, sigamos o jogo, pensou, num estádio do Euro, fruta cores por dentro e por fora, cómodo por dentro mas descartável por fora, edificado ao estilo modernista onde o bonito e o feio não contam tal é a virtude da escola! Era nisto em que pensávamos enquanto íamos avançando para o local onde a única mancha verde é mesmo o Castelo, quase que a pedir – tirem-me daqui!
Esta é outra das decepções da cidade nova, cheia de pracetas e cimento, visão que contudo se esbate por dentro do estádio, onde aí sim, o Castelo é dominante e deixa adivinhar que com o cair da noite, iluminado, há-de então honrar a beleza indiscutível.
Nestas cogitações andávamos, quando fomos sacudidos por um venenoso contra-ataque de Ruben Amorim, que deu espaço para um cruzamento do veloz Amaral – o resto já adivinham – grande golo de Dady e estava feito o resultado.
Por decoro e simpatia não nos manifestámos já que ali estávamos a convite do alcaide, que generosamente nos chamou para a cidadela, mas por dentro, foram palmas e palmas…
Depois do jogo, numa agradável ceia em Marrazes, escalpelizámos os incidentes da partida:
Positivo – fomos uma equipa que se apresentou em Leiria favorita à vitória e que confirmou no campo esse favoritismo; com a entrada de Garcês, Jesus partiu o jogo abafando um perigoso ascendente do União no princípio da segunda parte, ao mesmo tempo que libertava Dady, transformado numa ameaça permanente para a baliza de Fernando; Marco continua a ser uma referência de segurança e inviolabilidade das redes azuis.
Negativo – não me lembro.
Saudações azuis.
Leiriense de coração, também gosta desta equipa vestida de azul que traz a insígnia da Ordem de Cristo que ele próprio ajudou a fundar, ou refundar, porque já vinha do Templo, e nessa recordação não pôde reprimir um sorriso de malícia, pois estava longe de imaginar que à conta disso, uma pequena mudança de nome e endereço, desse origem a tanto código e tanta literatura de cordel!
Mas enfim, sigamos o jogo, pensou, num estádio do Euro, fruta cores por dentro e por fora, cómodo por dentro mas descartável por fora, edificado ao estilo modernista onde o bonito e o feio não contam tal é a virtude da escola! Era nisto em que pensávamos enquanto íamos avançando para o local onde a única mancha verde é mesmo o Castelo, quase que a pedir – tirem-me daqui!
Esta é outra das decepções da cidade nova, cheia de pracetas e cimento, visão que contudo se esbate por dentro do estádio, onde aí sim, o Castelo é dominante e deixa adivinhar que com o cair da noite, iluminado, há-de então honrar a beleza indiscutível.
Nestas cogitações andávamos, quando fomos sacudidos por um venenoso contra-ataque de Ruben Amorim, que deu espaço para um cruzamento do veloz Amaral – o resto já adivinham – grande golo de Dady e estava feito o resultado.
Por decoro e simpatia não nos manifestámos já que ali estávamos a convite do alcaide, que generosamente nos chamou para a cidadela, mas por dentro, foram palmas e palmas…
Depois do jogo, numa agradável ceia em Marrazes, escalpelizámos os incidentes da partida:
Positivo – fomos uma equipa que se apresentou em Leiria favorita à vitória e que confirmou no campo esse favoritismo; com a entrada de Garcês, Jesus partiu o jogo abafando um perigoso ascendente do União no princípio da segunda parte, ao mesmo tempo que libertava Dady, transformado numa ameaça permanente para a baliza de Fernando; Marco continua a ser uma referência de segurança e inviolabilidade das redes azuis.
Negativo – não me lembro.
Saudações azuis.
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