Numa altura em que todos os
cuidados são poucos para não enfraquecer a equipa de futebol, e é só isso que neste
momento interessa, não apenas a mim mas a todos os belenenses espalhados por
esse mundo, convém estabelecer uma clara fronteira entre o meu apoio ao
regresso do futebol profissional ao Clube* e o bota abaixo a que se assiste por
parte de alguns grupos de pressão que criticam por criticar tudo o que possa
estar a ser feito pela SAD e pelo actual treinador. Não dou para esse peditório. Um
peditório que acentua a clivagem entre ‘sócios do Restelo’ e sócios do
Belenenses. Estes últimos entre os quais me incluo são sócios de dar e não de
receber. São a esmagadora maioria. Nunca receberam nada nem querem receber
nada, querem apenas que o Belenenses cumpra o seu destino de grande clube de
futebol que já foi e não é. Nesse caminho de regresso à grandeza o Belenenses
pode contar com a nossa fidelidade sempre. Seja nas Salésias, no Restelo, seja onde
for. É esse o espírito.
Por isso não confundo as
questões. Nem podem ser confundidas. Para não descer aos distritais aceitámos
vender a herança que recebemos, e nessa altura ninguém se sentiu coagido. Para
a recuperarmos teremos que seguir o caminho inverso e também sem qualquer
coacção. Os termos da compra serão decididos pelas instâncias próprias, sem
vídeos** ou altifalantes. Porque não foi assim que a venda se efectuou. Até lá,
os verdadeiros belenenses não se dividem em ‘claques’ e apoiam a equipa.
Incondicionalmente.
Saudações azuis
*Fui talvez dos primeiros a
denunciar publicamente a estupidez da estrutura bicéfala que se instituiu no
Clube. Na altura estava tudo na paz dos anjos.
**Um vídeo que confunde o Restelo
com o Belenenses é sempre um vídeo errado.
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