O
nacional benfiquismo é uma das facetas do regime republicano. A unicidade é o
seu ideal. Na sua versão mais apurada resume-se a um país, um partido e um
clube! Um clube de estado. A sua cor é o encarnado e o seu símbolo uma ave de
rapina napoleónica. No futebol, atendendo a que não é fácil jogar sem
adversário, logo criaram um clube de raiz anglófila e recompuseram a bandeira
verde rubra da carbonária. A terceira república quebrou sem querer aquela
unidade. Fugindo ao saque e ao fecho das empresas, o capital e o trabalho rumaram a norte, e assim ressurgiu o liberalismo nortenho. A supremacia no
futebol mudou-se para o Porto. Trinta anos depois com o país reduzido aos
subsídios de Bruxelas, terá chegado a altura de refazer a antiga hegemonia
lisboeta. Ou seja, refazer o nacional benfiquismo. A ideia, se a memória não me
falha partiu de um ex-primeiro ministro actualmente a contas com a justiça.
Disse ele, ainda era comentador televisivo, que Lisboa já merecia ter um
campeão europeu de clubes! Veio então o apito dourado para eliminar a
concorrência a norte, não se olharam a gastos, faliram empresas públicas
e bancos, preencheram-se os lugares chave para controlar perdas e danos. A
comunicação social, domesticada, e o seu principal adversário, velho e caduco, ajudaram
à festa. Uma sombra paira entretanto sobre as cabeças assustadas da nação!
Chama-se Bruno e quer uma fatia do bolo que antes mal dava para dois quanto
mais para três! Não admira que ninguém queira tirar uma selfie com ele!
Saudações azuis
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