Caso
sem fim à vista, assombração azul, e até podia não ter
acontecido nada não fora a crónica de asneiras que já não se
usam. Explico: - em condições normais este era um jogo para acabar
a zeros, empatado, com o Belenenses a ter bola mas sem armas para
fazer golos, e o Boavista com uma defesa 'à Lito', intratável, mas
que ofensivamente estava muito dependente dos nossos erros. E de
facto não podíamos errar. Vimos isso em duas fífias de Sasso (não
são erros, são mesmo fífias) e numa dividida entre Diogo Viana e
Mateus com este ainda a conseguir rematar.
E por falar em Mateus
estávamos avisados, eu pelo menos estava, que o perigo só podia vir
dali. Assim não se compreende que Gonçalo Silva, jogador
experiente, não tenha resolvido aquele lance despachando a bola com
firmeza. Sasso, aliás, quis imitá-lo a seguir, e também lhe passou
pela cabeça tentar ludibriar Mateus... Teve sorte. Tivemos sorte.
Mas
o jogo seria sempre difícil atendendo à situação delicada dos
axadrezados na tabela classificativa. Pelas alas era impossível
passar a não ser que tivéssemos no banco um extremo a sério,
daqueles que são fortes no um para um, e neste caso eram sempre dois
boavisteiros que fechavam. Restava o jogo interior e isso dependia
dos médios conseguirem fazer transições com sinal mais. Nem com
sinal mais, nem com sinal menos, além de que o Boavista tinha
instruções para matar qualquer iniciativa perigosa. E fez as faltas
que quis. Em última análise tentámos os passes de longa distância,
mas a respectiva qualidade deixou muito a desejar.
Finalmente
os dois avançados escalados para este jogo – Licá e Velez –
foram sempre presa fácil para os centrais contrários.
Mas
ainda é preciso explicar o segundo golo do Boavista. E eu explico.
Diga-se que quando Silas substituiu Nuno Coelho desfazendo a defesa a
três eu já 'sabia' que estaríamos mais perto de sofrer o segundo
golo do que de empatar. Já 'sabia' porque tenho dotes de adivinho e também porque o histórico não se engana. Mas
voltemos ao segundo golo do Boavista. Em concreto o que aconteceu foi
o seguinte: - já a caminho do final do jogo desfrutámos de vários pontapés de canto, dois deles do lado esquerdo do nosso ataque, e quem se
encarregou da respectiva marcação foi Matia Lulic. Foram ambos
(mal) marcados ao primeiro poste, com a bola muito baixa e de fácil
intersecção pela defensa boavisteira. O primeiro rendeu um cartão
amarelo ao nosso Zacharya afim de parar um perigoso contra ataque e o
segundo rendeu o segundo golo ao Boavista. O futebol não é uma ciência exacta, mas às vezes parece!
Resultado
final: - Boavista 2 – Belenenses 0
Saudações
azuis
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