domingo, abril 28, 2019

Difícil de explicar


Entre elogios e desculpas começa a ser difícil esconder a frustração por uma época que ameaça acabar nos quarenta pontos. Muitos trocariam de lugar connosco, não duvido, e muitos valorizam a campanha do Belenenses num mar de dificuldades, sem casa própria, a jogar sempre fora, e também têm razão. Mas há um momento em que os adeptos por mais fervorosos que sejam já não se contentam com os elogios e com as desculpas.

O jogo de ontem tem pouca história. Aliás na antevisão que fiz só não acertei no euro milhões. Luquinhas foi o homem do jogo (há quanto tempo não nos toca um 'homem do jogo'?!) e Inácio mostrou como se ganha um desafio com 38% de posse de bola! Esperou pacientemente por nós, lá atrás, esperou que falhássemos algum passe para colocar a bola de imediato num dos seus 'ciclistas' – Luquinhas e Baldé. Ainda assim e durante a primeira parte, tirando um ou outro susto, conseguimos passar incólumes! E até podíamos dizer que estávamos a fazer um jogo relativamente competente. Com o senão de não haver ninguém que desequilibrasse o Desportivo das Aves pelas alas. E foi talvez esse aspecto que decidiu o jogo. Cientes da ineficácia de Diogo Viana na ala direita e da ausência de Kiki na ala esquerda tentámos meter passes (impossíveis) no centro da defesa avense, passes que faziam ricochete e se transformavam em velozes contra ataques do adversário.

Daí nasceu o penalty que deu o primeiro golo. Penalty injusto, é certo, porque foi precedido de um fora de jogo que toda a gente viu... menos o árbitro, o bandeirinha e o VAR! Mas para lá do primeiro golo irregular a verdade é que já sabíamos que para sair da Vila das Aves com pontos tínhamos que marcar golos. E essa incapacidade ficou plenamente demonstrada naqueles minutos finais em que repetimos as mesmas jogadas até à exaustão e sem criar qualquer perigo.

Silas no final explicou que os jogadores estavam mal posicionados em termos de ataque! Mas então não há ninguém que os corrija a partir do banco?! Pois é, isto de ter um treinador que não pode abrir a boca durante os jogos é mais um handicap a juntar aos outros. É muito handicap.


Saudações azuis

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