É difícil fazer uma omeleta sem
ovos, assim como é difícil arbitrar se não houver árbitros competentes. E o
vídeo árbitro, porque depende da competência dos árbitros, torna-se assim num
instrumento inútil e até prejudicial. E não vem ao caso a desculpa de que estamos
no ano zero e há-que ter alguma tolerância em relação aos erros. Isso seria um
bom argumento não fosse a constatação geral de que ao fim de dezassete jornadas
o vídeo árbitro em lugar de melhorar as suas prestações, tem vindo a piorar.
Mas analisemos o assunto com mais
detalhe. Finda a primeira volta do campeonato ficámos a saber que as intervenções
do VAR corrigiram 28 decisões inicialmente tomadas pelos árbitros de campo. Parece
muito e parece que afinal o VAR é um instrumento útil pois, pelo menos naquelas
situações, terá garantido a verdade desportiva. Não sou tão optimista, nem vou
por aí.
Não é uma questão de quantidade. O
vídeo árbitro só se justifica se trouxer qualidade e confiança. Não existe para
estar sempre a intervir e a interromper a partida. E muito menos existe para só
intervir nos jogos entre pequenos. Onde não há pressão da opinião pública e
publicada. Numa breve resenha e das 28 intervenções constatamos que só quatro
ou cinco dizem respeito aos três grandes e só uma foi desfavorável aos seus interesses.
Mas logo compensada, no mesmo jogo, por uma decisão favorável. Nos jogos entre
eles o VAR nem se atreve a intervir. E como disse acima, à medida que o
campeonato foi decorrendo e a contestação foi aumentando, o VAR hibernou e está
cada vez mais silencioso!
Isto não é VAR, é medo. E falta
de ovos.
Saudações azuis
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