É sempre assim, tento desviar a atenção para outros assuntos
mas o jogo de logo à noite reaparece neste dia chuvoso e frio. Eu se fosse o
Domingos não mexia na equipa que entrou em Portimão. Já existem algumas rotinas
defensivas que convêm manter. Para entrar o Chaby que realmente pode agitar qualquer
coisa, tem que sair alguém, e aí só se for um dos extremos (Fredy ou Diogo
Viana). Quanto a Bakic não está entrosado e o adversário é perigoso no contra
golpe. Com o decorrer da partida, logo se vê. E o que temos visto neste
campeonato é que o factor casa conta muito pouco. Só conta para Benfica,
Sporting e Porto.
Não tenho falado do VAR porque parece-me que já disse tudo!
Se têm lido o que escrevo já sabem que não sou um entusiasta e também sabem o
que penso sobre a sua precipitada introdução. Teve a ver, não com a coragem da
inovação, mas com a cobardia federativa que assim encontrou uma forma de não
enfrentar o clima de suspeição que já se adivinhava. Teve azar, o clima de
suspeição não desapareceu e até aumentou e o VAR veio acrescentar outros
problemas. Aliás e para ficarmos esclarecidos sobre a realidade do vídeo
árbitro, a revista Sábado publica uma interessante entrevista a um apostador
profissional português (trader) que sobre o VAR disse o seguinte: -
“quando o
VAR vai definir se é golo ou fora de jogo, há imenso dinheiro a entrar. E as
pessoas apostam a favor do clube grande, porque já se percebeu que o VAR foi
criado para beneficiar os clubes grandes.”
Finalmente uma palavra sobre o G-15 e a suspeita de estar a
ser instrumentalizado. Não sou bruxo mas tenho antecipado alguns riscos, reais
ou imaginários, e que podem ensombrar um projecto sem dúvida prometedor. Porque
promete mudar o futebol português. Mudar para melhor porque não há nada pior
que uma ‘competição’ onde uns ganham sempre e comem tudo, e os outros perdem sempre e passam fome! É natural portanto que o G-15 seja hostilizado por Benfica,
Sporting e Porto, cada um à sua maneira, uns com cantigas de embalar outros com
rugidos de leão. Mas convém esclarecer uma coisa: - quem fabricou de facto o
G-15, foi o G-3 desde sempre apadrinhado pela federação, pela ausência da Liga
e se quiserem pela complacência de todos os governos. Um dia isto teria que acontecer porque a alternativa a um campeonato fictício, inviável e falido, seria
inscrever os três fidalgotes (que os bancos e os contribuintes sustentam) no
campeonato espanhol! Esse sim, competitivo e com público.
Dito isto vamos prosseguir com o projecto do G-15 mas
focados nos nossos interesses comuns, que infelizmente não são, neste momento,
compagináveis com os interesses dos chamados três grandes. E todos sabem,
embora não o verbalizem, que o G-18* só será uma realidade quando houver a centralização
dos direitos televisivos e a correspondente distribuição da receita segundo critérios
equitativos. E havendo dinheiro só não será independente quem tiver mentalidade de escravo.
*Sem esquecer os interesses legítimos da Liga de Honra.
Saudações azuis
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