terça-feira, janeiro 09, 2018

Nervoso miudinho, Var e G-15!

É sempre assim, tento desviar a atenção para outros assuntos mas o jogo de logo à noite reaparece neste dia chuvoso e frio. Eu se fosse o Domingos não mexia na equipa que entrou em Portimão. Já existem algumas rotinas defensivas que convêm manter. Para entrar o Chaby que realmente pode agitar qualquer coisa, tem que sair alguém, e aí só se for um dos extremos (Fredy ou Diogo Viana). Quanto a Bakic não está entrosado e o adversário é perigoso no contra golpe. Com o decorrer da partida, logo se vê. E o que temos visto neste campeonato é que o factor casa conta muito pouco. Só conta para Benfica, Sporting e Porto.

Não tenho falado do VAR porque parece-me que já disse tudo! Se têm lido o que escrevo já sabem que não sou um entusiasta e também sabem o que penso sobre a sua precipitada introdução. Teve a ver, não com a coragem da inovação, mas com a cobardia federativa que assim encontrou uma forma de não enfrentar o clima de suspeição que já se adivinhava. Teve azar, o clima de suspeição não desapareceu e até aumentou e o VAR veio acrescentar outros problemas. Aliás e para ficarmos esclarecidos sobre a realidade do vídeo árbitro, a revista Sábado publica uma interessante entrevista a um apostador profissional português (trader) que sobre o VAR disse o seguinte: -

quando o VAR vai definir se é golo ou fora de jogo, há imenso dinheiro a entrar. E as pessoas apostam a favor do clube grande, porque já se percebeu que o VAR foi criado para beneficiar os clubes grandes.”

Finalmente uma palavra sobre o G-15 e a suspeita de estar a ser instrumentalizado. Não sou bruxo mas tenho antecipado alguns riscos, reais ou imaginários, e que podem ensombrar um projecto sem dúvida prometedor. Porque promete mudar o futebol português. Mudar para melhor porque não há nada pior que uma ‘competição’ onde uns ganham sempre e comem tudo, e os outros perdem sempre e passam fome! É natural portanto que o G-15 seja hostilizado por Benfica, Sporting e Porto, cada um à sua maneira, uns com cantigas de embalar outros com rugidos de leão. Mas convém esclarecer uma coisa: - quem fabricou de facto o G-15, foi o G-3 desde sempre apadrinhado pela federação, pela ausência da Liga e se quiserem pela complacência de todos os governos. Um dia isto teria que acontecer porque a alternativa a um campeonato fictício, inviável e falido, seria inscrever os três fidalgotes (que os bancos e os contribuintes sustentam) no campeonato espanhol! Esse sim, competitivo e com público.

Dito isto vamos prosseguir com o projecto do G-15 mas focados nos nossos interesses comuns, que infelizmente não são, neste momento, compagináveis com os interesses dos chamados três grandes. E todos sabem, embora não o verbalizem, que o G-18* só será uma realidade quando houver a centralização dos direitos televisivos e a correspondente distribuição da receita segundo critérios equitativos. E havendo dinheiro só não será independente quem  tiver mentalidade de escravo.

*Sem esquecer os interesses legítimos da Liga de Honra.



Saudações azuis

Sem comentários: