É triste o que estão a fazer ao
Belenenses e não me refiro apenas à equipa de futebol profissional. Refiro-me
ao clube como um todo. E daqui desta coluna desafio os críticos habituais a
chegarem-se à frente e a apresentarem uma solução para o clube. Mas tragam o
vosso dinheiro, não o das rendas, nem das hipotecas, nem o futuro dinheiro da
televisão, que aliás já deve ter sido adiantado, e muito menos o
dinheiro das obras de ‘requalificação’ anunciadas. Tragam dinheiro vivo (o crédito já acabou) para
requalificar a equipa de futebol e coragem para acabar com tudo aquilo que
empata o clube. Vou portanto analisar apenas aquilo que é analisável por um
treinador de bancada e que é adepto do Belém há mil anos!
Mais um jogo perdido, mais uma
machadada na reputação dos jogadores, dos treinadores e dos dirigentes. Pois é
assim que um adepto reage às derrotas especialmente no Restelo. E convenhamos que é
muita derrota! Domingos Paciência usa o que tem à mão, que é pouco, não há meio
campo, Vítor Gomes é um desespero para soltar a bola e quando a solta já está
bloqueado. Yebda, que jogou melhor, também se demora com ela e com os
inconvenientes que daí resultam Adversários recolocados e a solução é passar para
trás! Isto acontece inúmeras vezes e assim é difícil surpreender alguém. E não me
canso de repetir, que é aqui, no meio campo, que estão as raízes da pouca
produtividade atacante. Também não posso afirmar que a equipa tenha jogado mal,
ou que o Paços tenha merecido a vitória, porque não mereceu. Mas somados os
erros e subtraídos os falhanços o que acontece é que vamos sofrendo golos e é
uma raridade marcarmos. E quando marcamos parece que ficamos contentes e
recuamos no terreno. Foi o que aconteceu. O que aliado à passividade em alguns
lances (que têm que ser mortos à nascença) e aos já habituais erros infantis,
deu no que deu. Desta vez foi Camará mas podia ter sido outro jogador. Aliás já
tínhamos apanhado um susto num corte falhado de Yebda e que normalmente dá
penalty. Desta vez passou. O que não passou foi a entrada imprevidente e
grosseira de Camará. E quando o Paços já parecia satisfeito com o empate eis
que damos uma nova abébia, desta vez colectiva, com vários jogadores a serem ultrapassados,
num metro de terreno, de uma forma quase inacreditável. Foi duro demais para a
alma azul.
Não vou fazer mais comentários sobre
este jogo. Espero que a SAD aprenda a lição e espero também que Domingos
Paciência, que tem uma reputação a defender, prepare a nova época como deve
ser. Como o Belenenses exige e merece.
Saudações azuis
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