Antes de mais devo saudar um
excelente artigo assinado por António Barradas na ‘Comunidade Azul’
(Canoticias.pt) sobre a possível dispensa de Miguel Rosa! O artigo está muito bem
escrito e o tema é o amor à camisola, algo que o futebol actual não consome.
Mesmo assim gostei. E gostei porque num país cada vez mais condicionado pelos
três clubes do estado, do regime, dos bancos, como lhes queiram chamar, haver
ainda algum jogador que afirme o seu amor a outro clube, já é de si um gesto singular!
Mas o passe de Miguel Rosa, tal como o de muitos outros não pertence
maioritáriamente ao Belenenses, e isso deixa-me sempre um amargo na boca. E
condiciona o discurso. Aliás se nem o futebol pertence maioritáriamente ao
Belenenses… se nem a formação tem a correspondência natural e lógica com a
equipa principal… se tudo isto é um absurdo criado pelos próprios belenenses… como
é que ainda podemos falar em mística… como é que podemos almejar jogadores que festejem
livre e espontaneamente os golos que marcarmos ao Benfica, ao Sporting e ao
Porto?! Esta é a conclusão que me interessa retirar daquele, repito, excelente
artigo.
Quanto aos aspectos meramente
desportivos e que possam caber nos palpites de um adepto, basta lerem o que
escrevi há muito pouco tempo sobre o Miguel Rosa*. Não retiro uma vírgula. Na
minha opinião faz falta ao plantel. Mas também compreendo que a última palavra
tem que ser a do técnico. Pois é ele que tem a cabeça no cepo. E não lhe invejo
a tarefa.
Saudações azuis
*Postal de 15 de Fevereiro 2017
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