segunda-feira, maio 08, 2006

O desastre anunciado

Por vários caminhos confluíram todos os desastres que, lá longe, já se anunciavam a quem quisesse ver claro, a quem conseguisse desentranhar aquela última esperança que normalmente morre na praia.
Os resultados deste Domingo sombrio foram lógicos. A única surpresa seria o empate ou a vitória do Belenenses em Barcelos!
Não aconteceu.
Mal preparados desde o início, para uma época em que desciam quatro equipas, fomos simplesmente adiando o inevitável. Numa recta final discutida palmo a palmo, em que valem sobretudo as condições anímicas, teríamos poucas hipóteses de sobreviver. Porque digo isto? Porque perdemos há muito a mística, que vem de cima, que se transmite ao campo, qual força invisível...
Não é este o momento para inventar culpados, nem para semear divisões e ódios entre os associados. Somos todos Belenenses, e por isso, presumo que todos queiram o melhor para o Clube.
Precisamos de ter a consciência que esta é a terceira vez, em dez anos, que caímos no fosso da segunda divisão! Ou a quarta vez, em vinte e quatro anos, que isso nos acontece! Tornámo-nos um clube de sobe e desce! É isso que queremos? Penso que não, a não ser que queiramos extinguir a chama que ainda nos alumia.
Está pois na altura de enfrentarmos a realidade e de dizermos claramente qual é o caminho que pretendemos seguir. Este já sabemos que não vai a lado nenhum.
Nos momentos de grande crise, definem-se os grandes homens, e também, as grandes instituições. Ainda há tempo para salvar o Belenenses. Depende de nós.
Saudações azuis.

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