No
jogo das pequenas vinganças Lito ganhou mas engasgou-se quando
falava sobre os méritos da vitória. Silas por sua vez desculpou-se
com a injustiça do resultado. Ambos fugiram à verdade. De facto no
jogo das tácticas Silas bloqueou o ataque axadrezado, que costuma
criar ocasiões mas desta vez só as teve graças a dois brindes dos
centrais azuis. O primeiro ainda no primeiro quarto de hora, um erro
repetitivo de Gonçalo Silva – passe de transição rasteiro para a
zona central do meio campo, passe de alto risco, com a bola a ser
imediatamente devolvida à procedência e com Gonçalo já fora do
lance. Escorregou no relvado traiçoeiro e Heriberto rematou torto,
ao lado. O segundo erro e que ditou o resultado aconteceu já na
segunda parte, um erro imperdoável de Nuno Coelho, que não merecia
o deslize face à esgotante tarefa de andar a fazer circulação de
bola lá atrás à espera de uma aberta para o passe longo nas costas
da defesa do Boavista. Quem não tem culpa disto é o público que já
não aguenta este jogo enfadonho ainda por cima sujeito a erros
fatais pois a probabilidade de acontecerem perto da nossa área é
muito grande. E no fim das contas se analisarmos o saldo positivo de
tanta canseira, de tanto lançamento, a coisa resume-se a dois
lances de perigo: - um desperdiçado por Calila, outro por Licá. É
curto. Está na hora de mudar o chip. Para isso a equipa necessita de
ter jogadores de mais qualidade quer no meio campo, quer no ataque, ou
seja, quer na recepção da bola, na rotação apropriada e na
capacidade para prosseguir a jogada. Naturalmente em direcção à
baliza contrária. Neste aspecto, Show foi uma agradável surpresa e
não tenho dúvidas que a camisola seis será dele. Infelizmente não
será no próximo jogo atendendo a que a Liga NOS não é o Gira
Bola. Uma factura, a factura da ingenuidade, que vamos ter que pagar.
Mas nem tudo está mal, continuamos a ter o Koffi que quase defendia
o remate fatal de Heriberto. E hoje fico-me por aqui.
Resultado
final: Belenenses 0 – Boavista 1
Saudações
azuis
Nota:
Já perto do final e com a necessidade de chegarmos pelo menos ao
empate, Silas lançou na partida mais dois jovens oriundos do Lille.
E o que podemos dizer é o mesmo de sempre. Vê-se que são jogadores
talentosos mas que precisam de tempo para ajudar a resolver os problemas
estruturais da equipa. Para isso talvez aquele avançado centro do
Irão que joga no Rio Ave e que fez a cabeça em água à defesa do
Sporting! E por falar em Sporting já não se aguenta a novela Bruno
Fernandes que ainda por cima tem mau perder. Farta-se de dar cacetada
em campo e os árbitros, nada. Se alguém lhe toca é logo falta.
Nunca se esqueçam do que eu sempre disse: - o nacional benfiquismo
também inclui o Sporting. O Sporting com varanda para a luz. Embora um bocadinho mais pequeno. Na
proporção do verde e encarnado na bandeira do regime.
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