Quase
em silêncio, sem comícios nem provocações, seria a melhor forma
de celebrar o centenário do Clube de Futebol 'Os Belenenses'. Uma
forma de respeitar o passado, os seus fundadores, e tantos adeptos
que hoje se fossem vivos não reconheceriam o clube do seu coração.
Mas já sabemos que não vai ser assim. Não vai haver um segundo de
tréguas. Divididos, agarrados à equipa principal ou ao estádio do
Restelo, vamos esgrimindo argumentos numa guerra que todos sabemos
perdida. Perdida porque as decisões judiciais, sejam elas quais
forem, não têm o condão de sarar as feridas nem reconstruir
afinidades. Dou-vos o meu exemplo - sou sócio, já o meu pai o era,
tenho as quotas pagas até ao final do ano, mas não vou ao Restelo,
sigo a equipa principal do Belenenses, como sempre segui, onde quer
que ela jogue, alegro-me com as suas vitórias, sofro com as suas
derrotas, e como eu há-de haver mais. Perdi a confiança nesta
Direcção quando expulsou a equipa do Restelo e resolveu arranjar
outra para lhe fazer frente. Deixarei de ter clube quando perder a
confiança na SAD. Isso acontecerá quando concluir que perdeu o
sentido da sua existência. Que é mais dela própria que do Belenenses.
Saudações
azuis
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