No
mercado dos pobres, ou dos falsos ricos, a excitação é muita mas
não passa disso. Como diz o povo – muita parra e pouca uva! Estou
a pensar no Benfica, no Sporting e no Porto, únicos clubes que
interessam à nossa comunicação social, mas posso estender o
raciocínio aos restantes clubes. É só uma questão de escala e …
muita publicidade. Quanto à excitação, ela só significa mais
pobreza. Quer dizer que há gente demais a viver deste futebol
fictício. Um futebol cifrão, cheio de amor ao clube, com fados e
guitarradas à mistura, mas onde o dinheiro misteriosamente acaba por
ir parar não se sabe aonde! Única explicação para tantos milhões
anunciados e para tanta dívida acumulada! Para doirar a pílula
temos os prémios da Federação Gomes! Portugal Futebol Clube é o
nome desta nova pátria e o seu novo desígnio. Desígnio exportador
de talentos, desígnio que não depende de nós mas do mercado. Ou
seja, da carteira e da vontade dos potenciais compradores. Talvez fosse de valorizar mais o nosso campeonato! O que é que achas, oh Gomes?!
Mas
que interessa isso quando temos entre nós um super agente! Navegador
da galáxia que transforma esperanças em negócios do arco da velha!
Na senda de João Félix, Bruno Fernandes já está vendido por um
balúrdio, não se sabe a quem, nem isso interessa, porque o rapaz
vai continuar no Sporting! O clube comprador (ou benfeitor) arrisca
tudo e o Sporting não arrisca nada! Quem paga o juro da engenharia
é melhor nem falar. Melhor que isto nem nas viagens do Gama!
E
agora vou centrar-me no mercado do Belenenses. Veio um jovem avançado
do Ajax, o colombiano Mateo Cassierra, a título definitivo, com três
anos de contrato, o que é de saudar e corresponde ao caminho que nos
convém: - valorizar o que é nosso. Quanto a saídas registámos a
de Mika para a Académica, um bom guarda-redes mas naturalmente
tapado por Koffi e Moreira. E saiu também por empréstimo o defesa
direito Gonçalo Tavares para alinhar na equipa B do Granada. Penso
que com Calila e Simon Perez a posição fica salvaguardada.
E
percebemos que não tenha vindo mais ninguém nestas últimas horas
uma vez que ainda temos a 'armada francesa' (e não só) para
explorar. Destes, e pelo que vi, quer Koffi quer Show têm lugar no onze principal. Os outros – Faraj, Brym, Akim, Shano – não posso dar
uma opinião abalizada. Mal os vi jogar. Mas Silas conhece o seu
valor e se estão lá, é com o seu assentimento. Aliás Silas só
não queria era perder jogadores. E não perdeu. Tem agora duas
semanas para implementar um futebol mais atraente e sobretudo mais
eficaz. E o tempo urge.
Saudações
azuis
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