Uma primeira parte de pré-época, cheia de experiências, embora
durante algum tempo (vinte minutos) conseguisse emperrar a máquina trituradora
bracarense, e uma segunda parte em que o Braga fez o que quis. Naturalmente que
jogar hoje contra o Braga não é tarefa fácil pois eu bem vi que mesmo perdendo
na Madeira este Braga asfixiou práticamente o Marítimo. A diferença é que o
Marítimo jogou com as suas armas, poucas ou muitas, são armas, enquanto o
Belenenses jogou ontem com armas de plástico, armas a fingir.
Mas voltando ao jogo, ou seja àquela primeira (recuso-me a
comentar a segunda) dizia eu que entrámos bem e tenho que admitir que a ideia
de Domingos até era boa mas como o comentador ía repetindo aquilo estava pouco
mecanizado e só dava para defender. A parte do esquema relativo ao ataque não
fazia parte das instruções. Talvez numa bola parada… Mas vamos aos pormenores
que é sempre o mais importante:
- O árbitro é caseiro e nos desarmes só marca faltas ao Belenenses.
Devíamos estar avisados sobre isto e ser mais rápidos a desfazermo-nos da bola;
-Por volta dos quinze minutos o André Sousa, encostado ao
flanco esquerdo, posição que não domina, começa a fazer asneiras;
- Gonçalo Silva está em dia não;
- O Diogo Viana no corredor central e o Pereirinha descaído
no flanco direito vão aguentando a situação; Geraldes, sem confiança nenhuma
falha passes importantes; Arranques pelo flanco direito, nem um!
- O comentador Freitas Lobo diz que Domingos mudou entretanto
para o 4-3-3 mas o que eu vejo é que à meia hora de jogo já não conseguimos passar
o meio campo. O Braga começa a recuperar a bola com maior facilidade;
- Adivinha-se uma abébia defensiva e aos 37 minutos lá veio a
prometida abébia – um cruzamento de Esgaio, um cruzamento normal, passa por Gonçalo
Silva e não podia passar; Geraldes, mal posicionado, deixa-se antecipar por
Fábio Martins e estava feito o golo. Um golo evitável. A estratégia de Domingos, chegar ao intervalo sem sofrer golos, cai assim por terra;
- É verdade que o Braga não dispôs na primeira parte de
grandes ocasiões de golo, mas no que toca ao Belenenses o pecúlio ofensivo resume-se a dois livres e um canto! Remates, nem um!
O resto, o que aconteceu a seguir, foi e é preocupante.
Resultado final: Braga 4 – Belenenses 0
Saudações azuis
Nota: Não serve de conforto mas há um erro técnico da equipa
de arbitragem no livre que deu origem ao quarto golo. O contacto da bola com Gonçalo
Silva resulta de um ricochete involuntário. O que conta, e devia ter contado, era
o toque propositado de Saré para suster a bola junto à linha de fundo. Foi aí
que o nosso guarda–redes, ingénuamente, cometeu a falta. Era aí que o
respectivo livre deveria ter sido marcado. O árbitro hesitou, voltou a hesitar,
mas eles andam com os emails na cabeça e têm medo de errar contra as equipas
mais fortes. Mas errou.
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